Pablo: Por que não fica na sua?

Christopher: Por que não cala a boca?

Pablo: Seja profissional Uckermann. Estamos a trabalho. - lembrou.

Christopher: Isso vale para você também.

Eu olhava de um para outro tentando entender aquilo.

Sério que eu ficaria quatro horas naquilo?

Dulce: Por que vocês não ficam quietos? - pedi ficando irritada.

Pablo: Desculpe. Não quis aborrece-lá Dulce.

Christopher: Não aprendeu mesmo que não deve chama-lá assim?

Dulce: Assim como? - o encarei séria.

Christopher:  Com intimidade.

Pablo: Eu falo como eu quiser Uckermann. Dulce não se encomoda. Ou estou engnado? - me encarou esperando a resposta. Apenas neguei.

Dulce: Não me encomodo com nada. 

Christopher apenas balançou a cabeça e ficou quieto.

Me encostei mais na poltrona e tentei me concetrar em outra coisa além do perfume de Christopher.

Pablo começou a mexer no celular dele.

E assim foi por uma hora.

........

Um aluno chamou Christopher no fundão.

Há contra gosto ele andou até lá. Era nítido que Christopher não queria está aqui.

Assim que ele saiu Pablo guardou o celular dele.

Pablo: Está tudo bem com você? - me olhou com ateção - Digo, depois daquilo...

Dulce: Da morte de um aluno? - cruzei os braços.

Pablo: É. Foi uma tragédia. Alfonso está arrasado. Na verdade, ele nem era meu aluno, mas não dar para não sentir a perda de alguém tão jovem. E tudo por escolhas erradas.

Dulce: Deveriam ter me dito o que acontece nesse colégio. 

Pablo: Aí você não ia querer estudar no colégio. Estou certo?

Dulce: Estar sim. Mas seria bom saber disso.

Pablo: Pensamos que estava controlado. Que os alunos tinham parado depois da primeira morte, que estavam assustados. Mas pelo visto, eles continuam usando essas porcarias.

Dulce: É irônica pensar que um colégio como esse têm esse tipo de coisa.

Pablo: A polícia está investigando desde da primeira morte. Alfonso tem feito campanhas, palestras de concientização. Mas para funcionar mesmo, a polícia tem que encontrar quem vende essas porcarias. - falou com pesar.

Diego Mendes era aluno do segundo ano, tinha desseis anos e morreu de overdose no meio do refeitório. Depois que o pânico se instalou, Alfonso cancelou todas as aulas, a polícia apareceu e eu descobri o que acontece naquele colégio. Diego era a terceira vítima de overdose, o colégio todo estar sendo investigado pela polícia para encontrar o traficante da famosa pílula verde. 

Era uma substância ilícita muito comum nas festas do colégio, a pessoa para ficar mais animado a consumia e ficava muito louco, o traficante que vendia essas porcarias nunca foi pego, ele tinha um métado muito eficaz para vender as pílulas. A pessoa entrava em contato com ele pela internet, fazia um depósito em uma das milhares de contas que ele tem e o traficante marcava um lugar para entregar, porém, no lugar só tinha a encomenda.

Ele nunca aparecia. E ninguém sabia quem ele era.

Mas a polícia sabia que era alguém do colégio.

Apenas isso.

As duas semanas que se passaram foram muito tensas.

O colégio estava assustado.

Dulce: Espero que encontre logo. 

Pablo: Vamos torcer para ninguém morrer até lá.

Christopher retornou e ficamos em silêncio.

Christopher: Vocês não precisam parar porque cheguei. Podem continuar conversando. - falou de mau humor enquanto tirava um fone de ouvido do bolso e conectava no celular.

Dulce: Não paramos de conversar porque você chegou. - me defendi.

Christopher: Não adianta de desculpinhas. - colocou os fones no ouvido - E a propósito, você reprovou na minha matéria. Vou ter que ter uma longa conversa com o seu pai. - dito isso, mexeu no celular e se encostou na janela nos engnorando.

COMO ASSIM?

Pablo: Babaca - murmurou.

Eu quis pegar o celular dele e enfiar onde o sol não bate.

Respirei fundo.

Falta só mais três horas.

Só mais três horas!!!!

............

Quatro horas depois, entramos em uma rua cheio de lojas, estava com muitas pessoas e a maioria eram turistas. Logo passamos em frente a praia que era um espetáculo, quase fiquei sem folêgo com tamanha beleza. O mar era num azul tão intenso, tão forte, tão poderoso. O ônibus passou rapidamente pela praia e seguiu em frente.

Ficou uns dez minutos dirigindo, até subir uma espécie de serra e enfim, passar por um enorme portão onde estava escrito o nome do colégio. O motorista estacionou atrás de outro ônibus e abriu as portas, a turma começou a sair. Christopher foi o primeiro a sair do ônibus e guiar a turma.

Quando desci do ônibus soltei um suspiro.

O clube era simplesmente enorne.

Os ônibus tinham parado logo na entrada do hall da recepção.

Alguns funcionários do clube com a camisa do colégio estavam posicionados para receber toda aquela turma de adolescentes animados. Estou começando achar que eu era a única desanimada ali. Pablo tocou gentilmente no meu ombro.

Pablo: Nós vemos na sala da recepção. E espero que eu pegue a sua turma. Vou adorar passar esses dias com você - sorriu de lado.

Quando ele saiu, Maite me puxou para pegar nossas malas.

Nos encontramos com Zoraida e Eddy e formos juntos para a recepção lotada.

Tinha três recepcionistas para atender toda aquela gente.

Marian, claro, foi a primeira junto com seus amigos pegar a chave do quarto. E passou direto para a sala ao lado da recpção. Ela ainda tinha uma cara fechada, mas já dava um sorrisinho. Ficamos na enorme fila conversando, até chegar nossa vez.

Recepcionista1: Bom dia. Nome?

Dulce: Dulce Maria Green Espinosa.

A linda morena digitou e fez uma careta.

Recepcionista1: Green? - me encarou.

Suspirei.

Dulce: Sim. - olhei para o lado.

Maite e Zoraida já tinham pego as chaves e estavam sorridentes conversando. Eddy finalizava com a recepcionista com a distância de uma pessoa ao meu lado.

Recepcionista1: Aqui aparece Dulce Maria Greenever Espinosa - avisou.

Dulce: Esse mesmo. Uso abreviação no sobrenome do meio - murmurei.

Recepcionista1: Certo. Está no quarto 324 junto com as senhoritas Perroni e Gomez - leu no computador - Aqui sua chave e bem-vinda  - deu um cartão automático.

Dulce: Obrigada!

Me aproximei dos três que estavam me esperando.

Dulce: Ficamos juntas - sorri.

Zoraida: Ainda bem. Não estava afim de dividir o quarto com alguma patricinha.

Eddy: Vou ter que dividir com dois playboys - revirou os olhos.

Maite: Boa sorte! - fez careta.

Zoraida: Vamos? - apontou para a sala ao lado.

A sala ao lado era enorme e tinha apenas algumas poltronas que já estavam ocupadas. As escadas davam para o andar de cima. E em cima, tinha alguns professores olhando a turma. Marian estava sentada na poltrona envolta dos amigos dela conversando. Ficamos num canto conversando sobre o que iriamos fazer depois do almoço, já que daqui a uma hora seria o almoço.

Quando todo mundo ficou no hall, Alfonso e o resto dos professores apareceram na escada e iniciou uma apresentação de boas vindas. Ele também anunciou as regras e também citou que nos quartos as regras estariam nas paredes para nós lembrar. Depois de vinte minutos falando, enfim, ele começou a anunciar quais serão as turmas em que ficariamos.

Marian e sua turma ficaram na turma A.

Eddy ficou na turma B.

Eu, Mai e Zoraida ficamos na turma C.

Achei uma injustiça o Eddy pertencer a outra turma.

Ele passaria mais tempo com aquela turma do que com a gente.

Ficamos tristes.

Será que eu poderia fazer alguma coisa para mudar isso?

Desde do início ele só está sendo afastado de mim.

Por que será?

Quando foi a vez de Alfonso anunciar quais serão os professores a ficar resposáveis pelas turmas, Pablo me encarou sorridente. Dei um meio sorriso.

Alfonso: Na turma A serão os professores: Sebastian e Anahí. - quando terminou de falar, ouvimos Marian bufar alto. Aposto que ela queria que Christopher estivesse nessa turma - Na turma B serão os professores: Christian e Angelique. Na turma C serão os profesores: Ana Brenda e Christopher.

Pablo bufou.

Christopher riu e Christian o empurrou de leve.

Revirei os olhos. 

Eu teria que aguenta-lo até na turma daqui?

Que falta de sorte mesmo!

Alfonso: E na turma D ficarão eu e Pablo. - terminou - Os funcionários do clube estarão a disposição de todos vocês também. Qualquer coisa poderão contar com eles. Por enquanto é só. Descansem que logo o almoço será servido no refeitório. E em seguida, a diversão começará. - finalizou.

Todos começaram a se retirar.

Nos despedimos de Eddy e começamos a caminhar para o nosso quarto.

Olhei para cima e Christopher era o único que continuava parado olhando para baixo.

Ele estava me olhando profundamente.

Sustentei o olhar, até sair do hall.

Mas ainda pude sentir o olhar dele sobre mim até quando não era mas vista.

Me arrepiei completamente.

Nós próximos capítulos acho que irão gostar...

Enfim, eles estão nas férias no clube.

O que será que irá acontecer?

Palpites? 

COMENTEM!!!!

Muito!!!!