Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Ficamos em um dos melhores quartos do clube, quando entrei me surprendi com a decoração, o luxo e a vista do quarto. Ao invés de uma parede, era uma enorme janela com vista para um bonito e grande campo de golfe do clube. No quarto tinha três camas de casal, três sofás, uma grande mesa de jantar, uma grande TV de última geração bem no centro, três frigobar e um ilustre de cristais no teto.

Maite e Zoraida se jogaram em suas camas. 

Me aproximei da que sobrou. 

Deixei a mala na cama e fui em direção para uma porta dupla aberta dentro do quarto.

Era um enorme closet com vários espelhos.

Bem bonito.

Entrei no único banheiro. 

Tinha uma banheira, duas pias e era todo branco.

Voltei para o quarto.

Mai e Zora já estavam tirando as roupas da mala.

Sentei na minha cama.

Dulce: O que vão fazer depois do almoço?

Zoraida: Eu vou atrás de soltar de tirolesa - falou animada.

Maite: Eu vou ver se consigo uma hora para andar a cavalo.

Zoraida/Maite: Quer ir comigo?

Dulce: Eu vou ver o que o Eddy quer fazer, se eu não gostar vou com uma de vocês - brinquei.

Zoraida: Ficamos mesmo em segundo lugar - riu.

Maite: Né? - também riu.

Zoraida: Mas não se esqueçam que lá para as seis, temos que começar nos arrumar para a festa. - lembrou - Ainda não acredito que vocês me fizeram escolher aquela fantasia - negou.

Dulce: Eu que não acredito que vocês duas me fizeram escolher a fantasia. - ri.

Maite: Na boa Dul, com esse cabelo vermelho ficará perfeita na fantasia.

Zoraida: E você? Aquela fantasia é sua cara - falou pra Mai.

Maite: Também achei - falou metida.

Rimos.

Zoraida: Sabe a fantasia da Marian? - sentou na cama.

Maite: Eu que fiz a mala dela. Adivinha? - riu - Mulher gato, com chicote e tudo.

Zoraida: É muito comum essa fantasia.

Maite: Marian é a típica piranha adolescente comum - deu de ombros.

Abri minha mala e comecei há tiraras roupas.

Dulce: Vou começar a guardar isso aqui no closet - murmurei.

Zoraida: Vou fazer tudo rápido, quero almoçar - pegou as roupas e saiu correndo para o closet.

Ri.

.............

O refeitório parecia mais um buffet, com mesa redonda com toalhas de seda, pratos rasos, três tipos de taças de vidro, talheres para cada refeição e tinha garçons. Parecia mais um restaurante isso sim, do que um refeitório.

Esperamos Eddy chegar e fizemos os nossos pedidos. 

Eddy: Estou pensando em jogar alguma coisa depois - sorriu - Mas pelo que me contou, não é muito fã de esporte.

Dulce: Não. - neguei - Acho que vou andar um pouco á cavalo com a Mai.

Maite: Ebaaa! - se animou.

Zoraida: Vou passar a tarde toda na tirolesa e quero ver se vai dar tempo para jogar um pouco de basquete.

Eddy: Eu vou jogar futebol. Vou acabar com aqueles playboyzinhos. - riu.

Maite: Vão apostar?

Eddy: Provavelmente.

Zoraida: Podíamos ir a praia amanhã de manhã, não? Ou fazer um tour pelas ruas de Cancún para a Dul conhecer - falou simpática pra mim.

Maite: Ok então. Vamos no centro e depois para a praia. - sorriu.

Continuamos conversando até o nosso almoço chegar. Marian apareceu com seus amigos e sentaram próximo da saída, a turminha dela ria muito. Por um momento, ela passou os olhos por todo o refeitório e me encontrou olhando pra ela, na mesma hora me olhou irritada.

Levantei uma sobrancelha.

Ela revirou os olhos e voltou a conversar.

A pessoa é louca.

Terminamos de almoçar e formos fazer nossas atividades do dia. Eddy me deu um rápido beijo e saiu quase correndo para jogar futebol. Por quê garotos gostam tanto de futebol? 

Queria entender.

Zoraida foi para tirolesa e eu e Mai começamos a andar pelo clube, até o estábulo que ficava próximo dos campos de golfes, iamos conversando sobre o clube e o caminho até lá foi rápido, assim que chegamos já vimos uma certa movimentação e a metade da turma onde Pablo e Alfonso seriam os resposáveis estavam em fila para calvagar.

Pablo estava encostado em uma das cercas rindo de um garoto que não conseguia subir em cima de um cavalo, enquanto Alfonso, conversava com dois funcionários do clube que eram responsáveis pela organização e o estábulo.  Alfonso foi o primeiro a nos notar quando entramos na fila, se despediu dos dois que conversava e se aproximou da gente.

Estavamos atrás de uma garota que mais mexia no celular, do que prestava atenção em sua volta.

Alfonso: O que achou do clube Dulce? - estava ansioso pela resposta.

Dulce: Muito bonito! E enorme - sorri.

Maite: Ela ianda não teve tempo de conhecer tudo, mas eu vou mostrar tudo pra ela - garantiu.

Alfonso: Espero que goste de tudo por aqui. Afinal, quem arrecadou com os custos para fazer esse clube tão bonito e famoso foi seu pai - sorriu - Ou seja, você também é dona disso aqui.

Dulce: Carlos Daniel é dono disso aqui? - fiquei surpresa.

Maite: Acho que esqueci de falar esse pequeno detalhe - fez careta.

Alfonso: Legalmente é dele sim, apesar de fazer parte do colégio. - explicou - Os animais daqui são das fazendas dele, ele decidiu cria-los aqui assim que o clube foi feito.

Maite: Marian adora esfregar na cara de todos isso quando está aqui - revirou os olhos.

Alfonso: Mas mudando de assunto, eu sei que Maite sabe cavalgar, aprendeu aqui, mas e você? 

Dulce: Eu fiz quando criança algumas aulas de hipismo - respondi.

Alfonso: Temos uma profissional aqui - brincou.

Dulce: Por favor sem exageros, eu só sei o básico. Não segui adiante com as aulas.

Maite: Sério? Por quê?

Dulce: Minha mãe era um pouco paranóica com esse negócio de cair do cavalo, quebrar alguma coisa ou bater com a cabeça. Por isso só fiz algumas aulas por insistência de um tio - expliquei.

Jimmy era fascinado por Hipismo, tão fascinado que resolveu fazer disso por um tempo sua carreira, durante oito anos de sua vida, ele foi um atleta desse esporte, ganhou prêmios e dinheiro, mas largou esse esporte porque se apaixonou por Direito.

Alfonso: Certo! - um aluno o chamou - Espero que se divirtam. Qualquer coisa é só me chamar.

Maite: Obrigada!

Quando Alfonso saiu, foi quando Pablo percebeu nos duas, mas uma aluna o chamou, o impedindo de se aproximar de nós duas. Ficamos mais um tempo na fila até, enfim, ser a nossa vez. Maite escolheu um cavalo preto e eu resolvi ficar com um branco. 

Subi no cavalo sem nenhuma dificuldade, assim como Maite, o instrutor ainda quis nos dar uma pequena aula, por educação fiquei ouvindo, mas eu sabia de tudo que ele falava. Em cinco minutos, começamos a calvagar lentamente pelo enorme haras.

Maite: Eu amo isso aqui - suspirou.

Dulce: Eu também gosto - sorri.

Maite: Desculpe não ter falado sobre o seu pai - pediu.

Dulce: Tudo bem.

Maite: Essas botas apertam meu pé - fez careta - Ainda não entendo porque temos que usar essa bota.

Dulce: Porque é apropriada para cavalgar.

Maite: Desculpa aí profissional - brincou.

Ri.

Ficamos em silêncio sentido o vento.

Maite: Pablo não para de te olhar - riu.

Olhei disfarçadamente para trás e ele estava no mesmo lugar onde o vimos pela primeira vez, encostado na cerca, com os olhos em nos duas.

Dulce: O que quer dizer com isso?

Maite: Nada! Só acho que ele dar muito atenção pra você - observou.

Dulce: Ele é gentil. Só isso. Fora que todo mundo fala que ele é assim mesmo.

Maite: Ele é sim. Mas com você...sei lá, parece que é meio fascinado.

Dulce: Coisa da sua cabeça - ri.

Maite: É. Coisa da minha cabeça. Quer ir escalar depois?

Dulce: Fica do outro lado do clube. Não quer fazer alguma coisa por aqui mesmo?

Maite: Deixa de ser preguiçosa - riu - Vamos de carrinho, aí eu aproveito e mostro todo o clube pra você, vamos por favor - pediu.

Dulce: Ok. Mas por que quer tanto ir lá depois?

Maite: Por nada - apressou um pouco mais o cavalo.

Fiz o mesmo.

Dulce: Maite? - fiquei ao seu lado.

Maite: Aí, tá! - balançou a cabeça - Christian está sendo o resposável da escalada hoje. Amanhã é outro professor e ele normalmente fica sem camisa e...- respirou fundo - Perder aquele homem sem camisa e suado escalando não está nos meus planos. - falou de uma forma safada.

Ri.

Dulce: Que safada! Meu Deus! 

Maite: Falou a virgem Maria - revirou os olhos.

Gargalhei.

Continuamos calvagando e conversando por alguns minutos, os cavalos eram muito mansos e eram treinados para obedecer a gente. Por isso, Maite e eu decidimos apostar uma pequena corrida, guiei meu cavalo assim que ela gritou. Conforme corriamos, nós divertiamos, gargalhavamos, era uma delícia apostar uma corrida de cavalo, o vento, a velocidade fazia tudo ficar perfeito.

Chegamos até o final do campo, por isso, teriamos que voltar, então, voltamos correndo, só que acabei olhando para as cercas e percebi alguém ali encostado. Maite foi disparada na frente, enquanto me distrai com Christopher me olhando fixamente. 

Encarei aquele olhar.

Nós olhamos fixamente, até eu voltar para a corrida acabando o contato visual.

Por impulso fiz o meu cavalo correr mais rápido.

Juro que podia sentir o olhar dele queimando minhas costas.

Fiz o cavalo correr ainda mais.