O beijo foi ficando mais intenso, Christopher já estava com as mãos na minha cintura e quando ele ficou por cima de mim no sofá, senti meu tornozelo bater em sua perna.

Dulce: Aiii - parei o beijo com dor.

Christopher: Desculpa. - sentou - Desculpa. - olhou para minha perna - Esqueci que estar desse jeito. Desculpa.

Dulce: Tudo bem. - a ervilha continuava no meu tornozelo - Por que não continua me beijando? - sorri.

Christopher: Por que não vai tirar logo essa roupa molhada? - levantou.

Dulce: Vou ficar com o quê?

Christopher: Então...- mexeu no cabelo - Eu tenho um roupão. Aproveita e toma uma banho quente. 

Tirei a ervilha e sentei no sofá.

Dulce: Me empresta o seu carregador? - entreguei meu celular a ele - Preciso dar sinal de vida na mansão.

Christopher: Seu pai deve estar preocupado. Ainda mais com essa chuva. Consegue andar de um pé só?

Dulce: Sim. 

Christopher: Vou pegar um roupão pra você e colocar para carregar. - saiu.

Observei a chuva até ele aparecer com um roupão. 

Christopher: Pronto. - me ajudou a levantar e a andar. - No armário tem toalhas. Assim que sair do banheiro, vou colocar sua roupa para lavar e depois secar - avisou.

Dulce: Obrigada! 

O banheiro ficava logo na entrada do corredor. 

Christopher: Também vou tomar banho. - avisou e eu o encarei um pouco assustada. Ele riu. - No banheiro do meu quarto - deixou claro.

Dulce: Ah. - fiquei sem graça.

Christopher: Mas não desanima. Ainda terá o prazer de um banho junto comigo. - beijou o canto da minha boca e entrou em uma outra porta do corredor.

Entrei no banheiro.

Deixei o roupão no guincho e comecei a tirar a roupa. Entrei no box e coloquei na água quente, quando fiquei embaixo do chuveiro soltei um suspiro. O sabonete estava lacrado quando peguei de cima da prateleira do box.

Não demorei muito no banho.

Me enrolei no roupão e procurei por alguma escova de dente, achei uma lacrada, passei uma pasta nele e escovei os dentes. Depois peguei uma toalha no armário e enrolei meu cabelo.

Sai do banheiro com dificuldade com as minhas roupas, ou melhor da Maite, e procurei a área de serviço. Passei pela cozinha achando ela grande e bonita demais para um homem.

Christopher cozinhava? 

Ainda na parte na cozinha, mais ao fundo, tinha uma porta de vidro onde dava para a área de serviço. Entrei nele e acendi a luz. Até na área de serviço, que eu imaginava ser a única coisa bagunçada nesse apartamento, com vários roupas jogadas, produtos de limpeza e por aí, era na verdade limpo e organizado.

Coloquei minha roupa na máquina e coloquei sabão. Esperei a água encher e logo apertei o botão para bater. Me enrolei mais no roupão, já que por baixo dele eu não usava nada e voltei pulando de um pé só até a sala.

Christopher continuava no quarto.

Voltei a sentar no sofá.

Não demorou e Christopher retornou e também estava de roupão.

Christopher: Não quero que se sinta constrangida em ser a única de roupão, por isso, decidi usar também. - avisou.

Dulce: Deveria usar roupão mais vezes.

Christopher: Cadê suas roupas? 

Dulce: Eu coloquei para lavar. 

Christopher: Seu tornozelo?

Dulce: Só dói quando mexo.

Ouvimos um estrondo.

Christopher: É impossível você sair daqui desse jeito. Ainda mais com esse tornozelo machucado.

Dulce: O que quer dizer?

Christopher: Acho que terá que passar a noite aqui. - sorriu.

Dulce: Você nem acha ruim, né?

Christopher: Não. É melhor ligar para o seu pai. Já são quase dez horas.

Dulce: Meu celular carregou?

Christopher: O suficiente para uma ligação. - voltou ao quarto e trouxe meu celular - Tem algumas chamadas do seu pai.

Ficou ao meu lado.

Peguei o celular e vi quatro chamadas do Carlos Daniel, duas de Olivia, duas de Maite e duas de Eddy.

Dulce:Então...eu vou dormir aqui? 

Christopher: Apenas se quiser. Mas é arriscado sair com esse tempo. Já pegou tanta chuva e esse tornozelo. - falou preocupado.

Sorri.

Disquei o número da Maite primeiro.

Não demorou muito e ela atendeu.

Maite: Dulce? - suspirou - Graças a Deus, onde você estar? Está bem? Seu pai e Olivia estão preocupados.

Dulce: Escuta, preciso de um favor seu e por favor, não conte pra ninguém.

Maite: O quê foi?

Dulce: Eu preciso que...confirme que vou dormir com a Zoraida hoje. 

Maite: Está com ela? 

Dulce: Não. Não faz pergunta difícil, tá? Amanhã eu falo o que aconteceu. Só preciso que confirme, caso alguém pergunte pra você.

Maite: E ela sabe que está usando o nome dela?

Dulce: Não e nem precisa saber.

Maite: Onde estar e onde vai dormir?

Dulce: Pode fazer isso por mim?

Maite: Tá bom. Mas amanhã eu quero saber de tudo. - avisou.

Dulce: Vai saber. Obrigada Mai. Tchau.

Christopher: Maite é sua cúmplice? - riu.

Dulce: Digamos que sim.

Liguei para Carlos Daniel.

Carlos: Dulce? Onde você estar? Está bem? - foi logo perguntando.

Dulce: Estou bem sim. É que depois da detenção em que fiquei, fui para casa de uma amiga e perdi a hora, meu celular descarregou e..com esse tempo, vou ter que dormir na casa dela.

Carlos: Ah. Tá bom. É até melhor mesmo, você não atendia, fiquei preocupado já que não conhece quase ninguém.

Dulce: Estou bem. Amanhã nós falamos.

Carlos: Certo. Boa noite!

Dulce: Boa noite!

Quando encerrei a ligação, meu celular voltou a descarregar. 

Olhei Christopher que já estava me olhando. Sorri um pouco sem graça pela maneira que me olhava.

Dulce: O que foi?

Christopher: Você não sabe como senti raiva de você no outro dia, depois da festa. - confessou baixo.

Me surpreendi.

Dulce: Raiva de mim? Por quê?

Christopher: Você estava bêbada, me puxou para aquela sala e tentou transar comigo e nem ao menos viu meu rosto, se fosse outro, ele teria se proveitado de você e você nem se lembraria.

Dulce: Como sabe que eu não me lembro?

Christopher: Você se lembra? - cruzou os braços - Então, me fala, como você foi parar no seu quarto?

Dulce: Ehh...- suspirei - Ok. Não lembro de mas nada depois que ficamos nos agarrando naquela mesa. Mas foi a culpa da bebida, não estou acostumada a beber e quando você se aproximou de mim..eu não sei explicar....eu..

Christopher: Ficou louca para me beijar e quando conseguiu, não conseguia mas parar? Porque foi isso que aconteceu comigo. - sorriu.

Dulce: Isso. É como sinto agora também. - confessei - E como eu fui parar no quarto, afinal?

Christopher: Ficamos nos beijando naquela sala, até você insistir em beber de novo, você me levou junto mas estava tão bêbada que não conseguia nem mas andar direito, reclamou de sono e dormiu nós meus braços. Te levei para o quarto, te deixei na cama e sai.

Isso explica porque acordei com a fantasia no outro dia.

Dulce: Então a gente não..?

Christopher: Claro que não. Apesar de você querer muito. - deixou claro.

Eu me lembrava dessa parte.

Dulce: Eu cheguei a pensar por um momento que fosse o Pablo de Zorro. Ele estava de Zorro também.

Christopher: Quanto a isso, não foi coincidência. Ouvi ele dizer que queria essa fantasia e eu estava sem ideia para uma, acabei copiando ele. E também, não queria que você desconfiasse que era eu, então se por acaso, desconfiasse que era Pablo, melhor pra mim.

Dulce: Por quê?

Christopher: Porque não podemos ter nada. Você é de menor, as leis daqui são muito sérias. Ainda mais que sou seu professor, se alguém descobrir e me denunciar, vou ser preso e a minha licença de professor caçada. 

Dulce: Vou destruir sua vida.

Christopher: Não você ruivinha. - segurou nas minhas mãos - Eu deveria manter distância de você, ficar longe e manter a relação apenas de professor e aluna, mas desde que você esbarrou em mim naquele corredor não consigo te tirar da cabeça....- sua mão foi para o meu rosto - Você me irritava e eu tinha uma necessidade absurda de irrita-lá também, ouvia seu nome em todos os corredores do colégio, você foi assunto até na sala dos professores e com Christian dizendo toda hora o quanto era linda, inteligente e educada não consegui mas me conter.

Fez um carinho no meu rosto.

Christopher: Por isso que nas minhas aulas eu tinha que mandar sentar na minha frente, eu meio que tinha uma necessidade de tê-la bem perto de mim e claro, de irrita-lá. - beijou meu rosto - Eu não conseguia parar de pensar em você, o que estava fazendo e com quem estava, por isso, fiz a cabeça do Alfonso para manter as aulas com a porta aberta, eu estava tão fascinado que já cheguei a sonhar com você...- beijou o canto da minha boca - De como seria seu gosto, seu cheiro...eu estava ficando louco, nunca tinha sentindo isso, essa necessidade de ter alguém, de querer alguém como te quero.

Dulce: Então resolveu agir na festa? - falei quase grudando minha boca na dele para mais um delicioso beijo.

Christopher: Sim. Mas não fui de caso pensado. - beijou mais uma vez o canto da minha boca - E quando te beijei, meu primeiro pensamento foi: Por quê não fiz isso antes?

Segurei em sua nuca.

Dulce: Não fez antes, mas pode continuar fazendo agora. - o beijei.

Estão gostando?

Me contém o que acham que irá acontecer a partir de agora!!!!!

AMO interagir com vocês!!!!!

Ahhh, eu recebi uma mensagem no privado de uma dúvida, já respondi, mas vou comentar aqui também, caso vocês também tenham essa dúvida.

Dulce tem DOIS SEGREDOS e um vocês já sabem, que ela é muito rica e ela esconde de TODO MUNDO ISSO(menos Maite, ela contou pra ela). E o outro, só será revelado quase no final da fanfic(sim vai demorar muito ainda).

Christopher também têm DOIS SEGREDOS e esses segredos, serão revelados primeiro que de Dulce. E será revelado praticamente um atrás do outro. 

É isso.

COMENTEM!!!!