Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Marian Espinosa

Termino de passar o batom nós meus lábios e encaro o espelho vendo quanta beleza alguém da minha idade por ter, ajeito meu cabelo e saio do closet indo pegar minha bolsa no quarto.

Hoje decidi deixar a bota de lado e usar minha mais nova louboutin, esses saltos eram altíssimos. Pego minha bolsa e encaro minha penteadeira vendo uma tiara vermelha.

Fico alguns minutos pensando usa-la ou não, mas sou interrompida por minha irmã estúpida que entra no meu quarto sem bater, reviro os olhos.

Marian: Além de ser feia é retardada. Não sabe bater? - a encaro.

Olivia: Não começa. - me analisou - Estar indo para o colégio ou para uma festa?

Marian: Eu sempre ando arrumada irmãzinha querida. Ao contrário de você, que mais parece uma..batata encardida.

Ela negou.

Olivia: Não caio no seu jogo.

Seus olhos verdes brilharam.

Bufei.

Malditos olhos!

Marian: O que quer aqui?

Olivia: O papai mandou te chamar, está demorando muito - dito isso, saiu do meu quarto batendo a porta.

Ignoro aquela criatura feia e voltei para o closet e abro a porta do guarda roupa e encaro as várias fotos, com corações grudados na madeira.

Christopher Uckermann.

Meu amor.

Christopher estava em todas as fotos, tirei essas fotos dele enquanto dava aula, ou sentado na mesa corrigindo provas, em todas elas, ele estava sério e muito gostoso.

Passei meu dedo no rosto tão lindo que ele têm e beijei a foto.

Marian: Meu Christopher. - sorri. - Até daqui a pouco amor - fechei a porta.

Sai do quarto e comecei a descer as escadas, mas parei quando minha mãe apareceu no hall falando ao celular completamente distraída. 

Ela usava uma calça Jens, uma louboutin e blusa branca. Seu cabelo estava solto e bem liso. Estava linda.

Igual eu, claro.

Camila: Tem certeza disso? - falou de voz baixa - Não sei se posso encontra-lo agora, mas irá ter o que combinamos até o final do dia. - garantiu.

Voltei a descer as escadas franzindo o cenho. Por que ela falava tão baixo?

Mamãe olhou para a escada e sorriu.

Camila: Ok. Até! - desligou - Bom dia minha princesa - sorriu.

Marian: Bom dia mãe. Por que estava falando tão baixo? - me aproximei dela.

Camila: Porque estou testando minha voz. Tenho uma novidade para te contar, fui convidada para ser jurada em um concurso de música na capital no final de semana, é uma participação na verdade - sorriu animada.

Marian: Mas você não tem uma carreira de cantora e sim atriz...

Camila: Esqueceu que sou formada em música e artes cênicas? - levantou uma sobrancelha bem feita.

Marian: Verdade - sorri. - Irá parecer na TV? - perguntei animada.

Camila: No canal aberto de toda a capital. Quer ir comigo? Pode ficar nos bastidores com outros famosos.

Sorri.

Marian: Vou adorar! 

Minha mãe me abraçou de lado e deu um beijo na minha bochecha. Começamos a andar até à sala de jantar.

Camila: Está tão cheirosa filha. 

Sorri ainda mais.

Hoje tenho aula de Química.

Sempre sento na frente de Christopher.

Marian: Sempre sou cheirosa mãe.

Entramos na sala vendo papai, os gêmeos e a feia da minha irmã tomando café, e o melhor de tudo, sem a presença daquela bastarda ridícula e feia da infeliz outra filha do meu pai.

Meu ódio por Dulce é enorme.

Só para começar pelo nome. Quem têm nome de velho? Dulce? Aquela vadia da mãe dela deveria ser uma vaca igual a filha, Dulce era horrorosa de feia, aquele cabelo vermelho de farmácia, aquela cara ridículo e aquele corpo. 

Só de imaginar um cara bonito, como Christopher por exemplo, interessado naquela feia me dar vontade de vomitar, era patético. Mas é claro que ninguém tão bonito quanto o meu Christopher poderia se interresar por ela. 

Sorrio com o pensamento.

Carlos: Bom dia princesa. - sorriu.

Me aproximo dele e dou um demorado beijo no rosto dele e sento ao seu lado, onde a bastarda senta quando estar aqui usurpando a família.

Marian: Bom dia papai. 

Mamãe senta como sempre ao lado dele.

Os gêmeos estão a devorando a mesa.

Carlos: Hoje estar um dia tão bonito. Nem parece que choveu horrores ontem

Olívia: Já sabe da Dulce? - abriu a boca.

Revirei os olhos.

Dulce não dormiu em casa.

Poderia estar no inferno que eu nem ia me importar. Só de pensar no que aconteceu na piscina do clube, me dar vontade de pegar meus louboutin e enfiar na goela dela.

Todo mundo viu aquilo.

E ela realmente não sabe com quem se meteu. Já não basta tentar roubar o meu pai? Ser da minha família? Morar nessa casa? E ter o meu sangue? Ainda quer ser mais do que eu no colégio?

Nunca!

O colégio e Christopher eram meus!!!

Apenas meus!!!

Carlos: Não. Mas creio que já esteja indo para o colégio. - falou simples.

Camila: Já sabe com quem ela foi dormir ontem? - perguntou séria.

Carlos: Já falei, com uma amiga.

Camila: Tem certeza? Sabe o nome dessa amiga? Onde mora? Ela é menor de idade e não conhece quase ninguém aqui, deveria controlar mais sua filha.

Olivia e eu nós encaramos.

A mesa ficou tensa.

Os gêmeos olhavam tudo quietos enquanto comiam.

Carlos: Fala como se a minha relação com Dulce fosse igual das meninas.

Camila: Ela é sua filha, não é? - pareceu jogar na cara do papai.

Eles se encararam sérios.

Carlos: Sim. Ela é minha filha. Sabe muito bem disso.

Camila: Infelizmente sei. 

Carlos: Vai começar com isso de novo?

Camila: Não vou começar nada. Não fui eu que fiz filha por aí! - jogou na cara do papai rosnando.

Carlos: Aqui não. - avisou sério - As crianças estão na mesa.

Camila: Tirando os gêmeos, elas não são crianças. - rebateu.

Carlos: Sim. Mas esse assunto é apenas de nos dois. - falou mais sério ainda.

Camila: Nós dois não! É assunto seu, não foi eu que fiz filha por aí - voltou a dizer.

Papai respirou fundo.

Carlos: Camila...

Mamãe deu de ombros olhando a mesa.

Maldita Dulce!

Fazendo meus pais brigarem!

 Ficaram em silêncio por alguns minutos.

Camila: Vai falar com ela hoje?

Carlos: Vou. De hoje não passa.

Camila: Isso é ridículo Carlos Daniel, ela vai rir de você - avisou.

Marian: Ela quem?

Camila: Dulce. Seu pai quer conversar com ela. Mostrar uma coisa que ele tem guardado á anos. - bufou.

Carlos: Não acho que ela vá rir, acho que irá ficar devastada isso sim. - encarou a parede pensativo.

Do que eles estão falando?

Camila: Isso se ela acreditar em você. 

Carlos: É. Isso estar certa. Mas eu tenho como provar - rebateu.

Mamãe riu.

Camila: Boa sorte!

Papai a olhou sem emoção.

Terminei meu café calada e logo chamei Henrique para irmos. Dei um beijo nos dois e sai da sala.