Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Eddy: Posso falar primeiro? - pediu assim que saímos do refeitório.

Dulce: Claro.

Andávamos devagar pelo corredor.

Eddy: Não sei se é muito cedo, mas queria muito que conhecesse minha família - falou carinhoso.

Ai meu Deus...

Aiii meu Deus...

Dulce: Eddy..

Eddy: Não me responde agora. - me parou no meio do corredor - É muito importante pra mim Dulce. Acho que nunca senti por garota nenhuma o que sinto por você.

Dulce: Eddy...

Ele se aproximou mais de mim.

Eddy: Eu acho que...- respirou fundo - Te amo! - falou antes de me beijar.

Quando senti seus lábios no meu, apenas coloquei minhas mãos em seus ombros para empurra-lo, mas antes ouvi uma voz grossa atrás de mim.

Christopher: De novo essa palhaçada? - falou alto.

Eddy se afastou rápido de mim.

Eddy: Senhor Uckerm..

Encarei Christopher em pânico.

Ele estava nada contente.

Droga!

Christopher: Garoto você estar passando de todos os limites - encarou Eddy furioso enquanto se aproximava.

Fiquei na frente dele.

Dulce: Ch...Professor por favor - pedi devagar - Calma. Não é..

Christopher: Nada do que estou pensando? - me olhou com raiva - Estou vendo. Sai da frente que o meu assunto é com esse garoto.

Eddy: Vai me levar para o diretor? Tudo bem! Mas deixa ela. - pediu.

Christopher: Cala a boca! - mandou alto olhando Eddy como um pitbull.

Eddy bufou.

Olhei em volta.

Dulce: Não vamos chamar atenção por favor. - tentei o lembrar.

Christopher continuava olhando Eddy como se quisesse matar ele.

Christopher: Quer saber? Dane-se! - falou antes de passar quase me empurrando e continuar andando.

Segui ele com o olhar até ele sumir e nem uma única vez olhar pra trás. 

Bufei.

Que droga!

Eddy: Já percebeu que ele surta toda vez que nós ver juntos? 

Engoli em seco.

Dulce: Regra do colégio. - lembrei.

Eddy: Hoje ele foi além.

Dulce: Deve ser algum problema familiar e também não é a primeira vez que ele nós pega assim. Não deveria acontecer isso.

Eddy: Tem razão. Podemos ser suspensos. - pegou nas minhas mãos - Vou me controlar aqui, tivemos sorte dele estar desse jeito. Mas pensa no que te falei. - beijou minha mão.

Dulce: Eddy..

Eddy: Deixa eu ir, antes que mude de idéia. - saiu quase correndo.

Suspirei.

Voltei a andar em direção ao vestiário da quadra. Não tinha ninguém quando entrei na quadra, abri a porta do vestiário e entrei vendo apenas a escuridão. Só ouvi a porta batendo e fui puxada para trás, bati um pouco minha costa na parede enquanto uma boca sugava a minha em desespero.

Christopher segurava meus braços na parede com uma mão e a hora estava firmemente na minha cintura.

Retribui o beijo do mesmo modo. Mas ele estava furioso demais para que me deixasse tocar nele. Ele interrompeu o beijo quando o ar faltou, mas ficou grudado na minha boca.

Nós encaramos.

Christopher: Por que deixa ele te beijar? - murmurou tentando se recuperar.

Dulce: Eu não deixo. - respirei fundo - Ele que me beija. 

Christopher segurou mais firme meus braços quando respondi.

Christopher: Vi suas mãos nele.

Dulce: Viu eu tentando empurra-lo.

Christopher encarou minha boca.

Christopher: Eu sou egoísta Dulce. - falou ainda murmurando.

Dulce: Egoísta?

Christopher: Não divido nada com ninguém. E isso, inclui você ruivinha.

Dulce: Gosto disso. - sorri.

Christopher: Que bom. Porque terá que resolver logo isso. - deixou meus braços livres e segurou com as duas mãos minha cintura fortemente - Você é minha e de mais ninguém.

Atacou minha boca.

Passei meus braços em volta de seus ombros e ele puxou minhas pernas para sua cintura. O beijei da mesma forma desesperada. Eu precisava daquilo, precisava de seus beijos, precisava dele na minha vida. 

O apertei mais em mim.

Christopher parou o beijo e foi para o meu pescoço. Suspirei.

Dulce: Nunca te vi tão bravo...- sussurrei com os olhos fechados.

Christopher mordeu meu pescoço.

Gemi.

Christopher: Não gosto de dividir o que é meu e você é minha. - me mordeu novamente - Só minha. - sugou minha pele, acabei gritando, rapidamente ele me calou com um beijo.

Quando nós afastamos, ele tocou no meu rosto, no meu cabelo. Estávamos recuperando o fôlego.

Christopher: Se eu pegar aquele garoto em cima de você, não vou conseguir me conter. - avisou - Seja o que estiver tendo com ele, acaba hoje.

Seus olhos estava transmitindo uma raiva, uma fúria intensa.

Dulce: Parecia um Pitbull.

Christopher: Eu posso ser um quando mexe com o que é meu. 

Dulce: Se controla. Precisamos disfarçar.

Ele assentiu.

Christopher: Desde que ninguém fique te beijando por aí, consigo disfarçar.

Sorri.

O beijei levemente.

Dulce: Vou te ver só amanhã?

Christopher: Eu trabalho para o seu pai támbem. Porque não faz uma visita pra ele, heim? - sorriu.

Dulce: Quem sabe? 

Ficamos no encarando até bater.

Bufei.

Que droga!

Christopher: Precisa ir. - me soltou.

Dulce: Não vou conseguir aguentar até amanhã para te beijar. - confessei.

Christopher: Eu também não ruivinha. Mas é melhor nos controlarmos. - me deu mais um longo beijo - Vai antes que eu não te deixe sair.

Sorrindo sai do vestiário.

..................

Eu olhava o jardim do colégio enquanto Altaír olhava pra mim. Já estava quase meia hora aqui calada. Era difícil falar sobre isso, já podia sentir meus olhos encherem de lágrimas.

Mas eu precisava falar.

Era por isso que estava aqui.

Como a profissional que era, estava calada, apenas esperando eu tomar um pouquinho de coragem e contar um pouquinho sobre mim. Eu estava sentada no sofá e ela na poltrona.

O celular estava gravando na mesinha.

Dulce: Eu tenho sonhado com minha mãe desde que ela morreu.

Altaír: E isso não é bom?

Dulce: Sonho com lembranças na verdade, mas depois, em uma das cenas a imagem se congela e aparece minha mãe tentando me matar. - a encarei.

Altaír: Por que ela ia te matar?

Dulce: Porque...ela sabe que esse é o único jeito de eu seguir em frente.

Altaír: Que jeito?

Dulce: Eu a matei. Matei minha própria mãe. Por isso, ela quer me matar também. - confessei a encarando.