Fiquei por mais um tempo conversando com Jimmy, até ele ser chamado pelo celular para voltar a trabalhar, fechei meu notebook e resolvi descer, tinha perdido o almoço na mesa, por isso, entrei na cozinha e vi Madalena e Fabiana almoçando.

Me ajuntei a elas e almoçamos juntas.

Maitê tinha sumido mais uma vez.

Ela andava tão feliz e estranha.

Quando terminei de almoçar, Olivia entrou na cozinha e acabou me pedindo para ajuda-la com a mala. Aceitei e subimos juntas para o seu quarto.

Olivia: Valeu por me ajudar. - fechou a porta e foi direto para o closet - Eu nem estou animada para ir nesse passeio. - falou quando voltou com uma enorme mala na qual colocou na cama.

Dulce: Porque não faz alguma coisa que goste na capital? - sugeri.

Olivia: Sozinha? - fez careta - Mamãe vai está ocupada nas gravações e o tempo livre dela eu vou está no passeio. - voltou para dentro do closet.

Dulce: Eu te acho muito sozinha Olivia.

Ela retornou com os braços cheios de roupa que ela jogou na cama.

Olivia: Sempre fui, papai trabalha muito e o pouco tempo que têm, tenta nos dar atenção - sentou na cama e começou a organizar sua mala - Mamãe sempre preferiu Marian para sair e me colocou em várias aulas. Só tenho onze anos e falo cinco línguas - suspirou.

Dulce: Camila é doida, desculpa, mas é verdade e já te falei isso e falei pra ela também. Está entrando na adolescência, precisa curtir essa fase. - sorri de lado.

Olivia: Você está quase saindo. Curtiu muito? - sorriu.

Dulce: Não. - rimos. - Nunca fui festeira, na verdade, sempre fui caseira. Gosto mesmo de ajudar quem precisa.

Olivia: Faz caridade?

Dulce: Não gosto dessa palavra, acho ofensiva. Eu gosto de ajudar quem precisa, o que é uma obrigação de todos nós aliás - citei a fala da minha avó.

Olivia: Mamãe adora fazer caridade, sempre quando faz uma está postando nas redes sociais dela, apenas para ganhar fama de boa pessoa.

Dulce: Conhece muito bem sua mãe. 

Olivia: É minha mãe, né? - deu de ombros - Já que gosta de ajudar, aqui na cidade tem uma ONG de animais, faço o papai ajudar, mas ela precisa de muito mais ajuda...- falou hesitante.

Dulce: Quer que eu ajude? São animais abandonados? - me interessei.

Olivia: Sim. Quando eu fizer dezoito anos, vou ser responsável por ela, a ONG foi criada quando um turista matou um cachorro atropelado por pura maldade - negou - Várias pessoas ficaram revoltas e o desgraçado nem foi preso por isso. Conheço a responsável da ONG, quase todo final de semana estou lá ajudando, ela precisa de mais recursos e..

Dulce: Não precisa falar mas nada. Vou ajudar. Quando vier da viagem, você me leva até lá e eu converso com a responsável. Vai ser muito bom ajudar.

Olivia: Obrigada Dul. - falou alegre com os olhos verdes brilhando. - Gosta de animais? Porque eu amo muito.

Dulce: Gosto, adoro cachorro na verdade. - sorri - Olivia, faz tempo que eu queria te perguntar uma coisa...

Olivia: O quê? - largou as roupas.

Dulce: Carlos Daniel e nem Camila tem olhos verdes, de quem herdou eles?

Olivia: Da minha avó, mãe da minha mãe. Mamãe não herdou os olhos, mas eu herdei. - sorriu de lado.

Dulce: Só você. Porque nem Marian e os gêmeos têm esses olhos lindos.

Olivia: Pura sorte. A vovó não gostava muito da mamãe, elas sempre foram distantes uma da outra, mas ela veio aqui umas duas vezes quando eu era pequena, lembro do rosto e dos olhos dela, era bonita e muito séria. Se trancava no escritório com a mãe e o pai e quando saia dava uma olhada em mim, lembro dela falar que eu tinha sorte - falou olhando para a parede, como se estivesse revivendo - Nunca entendia isso, até perceber que era por causa dos olhos. - sorriu.

Dulce: Todas as vezes que olho pra você, vejo Alfonso me olhar.

Ela riu.

Olivia: Quando ele me conheceu, ficou meio que me perseguindo por temos os mesmos olhos, eu achava engraçado, mas depois ele se afastou. 

Dulce: Sinto que Alfonso esconde uma coisa, tem um segredo, sabia?

Olivia: As vezes penso a mesma coisa. Principalmente quando ele olha pra mim de um jeito...- sussurrou.

Dulce: Que jeito?

Olivia: Como se me conhecesse durante minha vida toda. Estranho, eu sei.

Dulce: Muito.

Olivia: Ele faz parte da ONG também. Não vai muito, mas ajuda. - sorriu - Ele também adora animais.

Dulce: Conhece muito o Alfonso?

Olivia: Ele também é meu diretor e quando me viu pela primeira vez foi muito estranho, não sei dizer, fiquei encantada por temos os mesmos olhos, acho que ele também. - riu. - Ele sempre puxou conversa comigo e sempre foi muito legal, ele é um cara legal e bonito.

Dulce: Quem acha mais bonito, Alfonso ou Christopher? - sorri.

Olivia: Os dois são lindos, Christopher tem fama de chato e exigente, mas é muito lindo. Alfonso é lindo também, mas os olhos..- fez um pausa. - Acho que o Alfonso. - respondeu.

Dulce: Eu acho o Christopher. 

Olivia: Você e Marian. Ela tem fotos dele no closet dela. - negou.

Dulce: Ela tem, é? - torci a boca - O quê você acha que ela faria se Christopher namorasse? - cruzei os braços.

Olivia: Ela daria um jeito de infernizar a coitada. Marian acha que depois do colégio vai poder ficar com Christopher.

Dulce: Como é?

Olivia: Ela acha que depois do colégio, os dois vão ficar juntos - riu - Coitada!

Dulce: Coitada mesmo! - respirei fundo para me controlar. - Vamos terminar sua mala? - peguei uma roupa.

Olivia e eu arrumamos a mala dela e depois eu voltei para o meu quarto. Quando deu cinco horas da tarde, Olivia veio se despedir de mim, acompanhei ela até a escada e fiquei encostada nela vendo Marian e Camila se despediram dos gêmeos, Carlos Daniel ainda estava na empresa e ele levaria elas para o aeroporto.

Camila: Cuida bem dos meus filhos - mandou para Fabiana que assentiu.

Marian: Não deixa eles entrarem no meu quarto - mandou enquanto mexia no celular.  Olivia pegou a mala e foi para porta depois de beijar os gêmeos.

Gael: Trás presentes mamãe. - pediu pulando.

Camila: Eu trago crianças. Rael se quiser dormir com o papai hoje pode.

Rael: Ebaaaaa - gritou alegre.

Gael: E eu? - fez bico.

Camila: Também. Mas seu irmão tem pesadelo por isso falei. - deu mais um beijo nos gêmeos - Tchau crianças.

As três saíram da mansão.

Fabiana: Hora do lanche de vocês. - puxou os dois pelos braços.

Rafael: Posso tomar rifrigerente?

Fabiana riu.

Fabiana: Refrigerante meu amor. Pôde sim querido. - falou carinhosa.

Gael: Posso comer batata frita? - perguntou enquanto sumia pela sala de jantar.

Suspirei e voltei para o meu quarto.

.................

Estava assistindo um filme no notebook quando meu celular apitou.

Estou na parte de trás da mansão. Tem dois seguranças. O que pensa em fazer?

Respondi.

Espera eu mandar pular o muro.

Pular o muro? Isso tem mais de dois metros de altura. Acha que sou o homem aranha ruivinha? 

 Ri.

Você é grande e forte. Vai conseguir.

Dulce, você quer me matar? Se não reparou o muro da mansão toda tem cerca elétrica. 

Eu sei.

"Eu sei"? É isso? Você quer me matar mesmo?

Confia em mim. E Quando eu mandar pular, você pula rápido.

Fala para o Christian que eu perdoo ele por ter quebrado minha moto meses atrás e que ele pode ficar com a mobília do meu apartamento.

Meu Deus...e eu?

Você nada. Me mandou para a morte.

Só pula quando eu mandar!!!

Sai do quarto e fui procurar os gêmeos pela mansão. Encontrei eles na sala de estar jogando video game, me aproximei sorrindo.

Dulce: Oi..

Gael: Oi Dul. - falou olhando a TV.

Eles jogavam um jogo de carrinho.

Dulce: Vocês gostam de aniversário?

Rael: Tem bolo? - me olhou.

Gael: Aiii perdeu - riu do irmão.

Dulce: Não. Vocês conhecem uma tradição de aniversário?

Eles se encararam.

Rael: Qual?

Dulce: Um das muitas tradições, é jogar ovo no aniversariante.

Gael: Legal. - largou o video game.

Dulce: Os dois seguranças de trás da mansão, fizeram aniversário ontem e eu pensei em vocês fazerem essa tradição neles, não é legal?

Gael: Jogar ovo neles dois?

Dulce: Sim.

Gael/Rael: Ebaaaa - pularam.

Dulce: Mas não podem falar que eu que dei a ideia e nem que é o aniversário deles, tá bom? É o segredo da tradição. 

Rael: Não falar nunca?

Dulce: Nunca!

Eles deram de ombros.

Dulce: Muito bem. Agora vocês vão lá na cozinha e peguem vários ovos sem que ninguém vejam, quando pegar andem até eles e quando eu der sinal vocês comecem a jogar, feito?

Eles assentiram animados.

Os gêmeos foram direto para a cozinha e eu fui para a parte elétrica da casa, demorei um pouquinho para achar a parte da cerca elétrica e quando achei, desliguei assim como as câmeras também, sou precavida, em seguida fui para aérea de trás da casa.

Os gêmeos estavam com uma cartela enorme de ovo na mãos. Eles não brincavam em serviço, sorrindo, fiquei atrás de um armário. Os dois seguranças olhavam em volta distraídos.

Meus irmãos me olharam e eu balancei a cabeça, eles se encararam.

Gael/Rael: É GUERRAAAAA DE OVO - gritou enquanto corriam para jogar ovo em cima dos dois.

Os seguranças começaram a gritar mandando eles pararem, mas os dois só jogavam mais ovo e riam, riam muito, quando acabou a guerra de ovo, meus irmãos saíram correndo para dentro da mansão gargalhando.

Acabei rindo.

Os dois seguranças estavam completamente sujos, se olhavam com raiva e bufando. 

Xxx: Essas pestes são o demônio. - bufou irritado - Vamos ter que tomar banho cara. - negou.

Zzz: Vou chamar alguém para ficar aqui, não podemos deixar essa aérea sozinha a essa hora da noite. - falou enquanto chamava alguém pelo rádio e entrava na mansão.

Quando os dois entraram, mandei uma mensagem para Christopher.

Pula rápido!!! 

Guardei o celular e sai do meu "esconderijo".

Em dez segundo, vi uma mão segurar a cerca elétrica e em poucos segundos, Christopher pulava de cima do moro já dentro da mansão. Ele caiu quase de pé, um pouco torto, mas bem.

Tinha uma mochila nas costas.

Dulce: Morreu? - falei rindo.

Christopher: Quer subir e pular? - respirou fundo um pouco suado.

Dulce: Vêm logo. - puxei ele pela mão enquanto entrávamos correndo na mansão.

Relação proibida é tudo de bom kkkkk 

Está aí a explicação do Jimmy. 

Quem odeia ainda mais Rachel? 

Amo cada comentário de vocês *-* 

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