Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Dulce: É uma lamentável coincidência. - encarei a janela - Sua mãe está bem?

Christopher: Sim. Ela se casou e abriu um restaurante em Los Angeles, tanto ela quanto o marido são chefes, apaixonados por gastronomia.

Dulce: Só tem Alfonso de irmão?

Christopher: Que eu saiba sim. Mas não vou me surpreender caso alguém apareça dizendo que é meu irmão. Vitor era...um cafajeste. - completou.

Christopher me olhava esperando alguma coisa de mim. Suspirei.

Dulce: Não vou ter medo de você. Se é isso que esteja pensando. Machucou o seu pai? Tá, mas teve um motivo pra isso. - beijei seu rosto.

Christopher: Acha que sou capaz de machucar você? - sussurrou.

Nós olhávamos nos olhos.

Dulce: Apesar de conhecer você a pouco tempo, tenho certeza que não é igual a seu pai. Jamais encostaria um dedo em mim e como tenho certeza? Eu só sei disso. Eu sinto. Mas...

Christopher: Mas..?

Dulce: Só tem uma coisa que me machucaria vindo de você, que me destruiria de verdade. - avisei.

Christopher: O quê?

Dulce: Cresci em uma mentira, só agora soube da verdade. Odeio mentira e odeio ainda mais ser enganada, traída, feita de trouxa. - neguei - Você prometeu não mentir pra mim, estou confiando nisso, não quebre minha confiança, não quebre essa promessa, porque isso sim, me machucaria e eu não perdoaria você. - fui sincera.

Christopher olhou para janela pesantivo. Agora observando ele, percebi que ficava pensativo todas as vezes em que eu tocava nesse assunto.

Parecia que ele queria dar a certeza de que não mentiria pra mim, mas para isso precisava pensar. Algo incomum, na minha opinião.

Christopher: Eu prefiro morrer até que te machucar dessa forma. - me encarou novamente - Não sabe o quanto significa pra mim, o quanto eu sou louco por você - tocou no meu cabelo - Você jogou algum feitiço em mim ruivinha.

Ri.

Christopher: É sério. Nunca senti por ninguém, o que senti por você desde a primeira vez que te vi e o que sinto todas as vezes em que te vejo. 

Dulce: Eu também. Só consigo pensar em você desde que nos esbarramos no corredor e você nem pediu desculpas. - lembrei dando um sorrisinho.

Christopher: Você que esbarrou em mim

Dulce: Não. Foi você. 

Ele negou.

Christopher: Você que me deve desculpas. 

Dulce: Não. Teimoso. É você. - toquei em seu rosto - Ao mesmo tempo que eu quero viver esse romance com você, tenho medo das possíveis consequências. - confessei.

Christopher: Por você vale a pena arriscar tudo. - pegou uma das minhas mãos e beijou - Não posso dizer que nunca vou errar, todos erram, mas posso dar a certeza de uma coisa, eu nunca vou enganar você ruivinha. - garantiu.

Sorri e me inclinei para beija-lo, mas antes que os meus lábios encostasse nos seus, bateram na porta. 

Dulce: Quem é? - falei alto.

"Maite" - respondeu.

Encarei Christopher.

Dulce: Vou pegar o café e dar uma desculpa para ficar trancada no quarto. 

Christopher: Vou tomar uma ducha.

Esperei ele entrar no banheiro e abri a porta saindo do quarto e fechando a mesma atrás de mim. Maitê usava o uniforme e sorria.

Dulce: Oi sumida. - sorri.

Maite: Oii. Seu pai está te esperando na mesa e ele quer falar sobre o seu presente para os gêmeos - avisou.

Dulce: Hum. Tá bom.

Maite: Está bem?

Dulce: Sim. Por quê?

Maitê me analisou.

Maite: Está diferente, sei lá, brilhando. - brincou me fazendo rir. 

Dulce: Sua felicidade passou pra mim.

Maite: Sei. É ele, né?

Suspirei e assenti.

Maite: Dulce...o Eddy. 

Dulce: Vou falar com ele hoje. Depois do almoço vou na casa dele. Tem como me acompanhar? - pedi.

Maitê asssentiu.

Maite: Claro. 

Tranquei o quarto.

Maite: Por que trancou?

Dulce: Os gêmeos. Soube o que fizeram com os seguranças? - menti.

Maite: Claro - riu.

Descemos as escadas e logo entrávamos na sala de jantar. Carlos Daniel e os gêmeos já estavam tomando café, pedi da Maitê uma bandeja e sem fazer perguntar ela foi pegar.

Sentei ao lado do meu pai.

Pai.

Eu tinha que começar a chama-lo de pai.

Dulce: Bom dia!

Gael/Rael: Bom dia melhor mana do mundooo - gritaram animados.

Carlos: Bom dia querida. Seu presente chegou cedo. Não acha que foi bem radical? - sorriu - Uma bateria e uma guitarra ao mesmo tempo?

Gael: Eu amei - sorriu.

Rael: Eu também.

Dulce: Percebi que eles tinham tudo menos isso. - dei de ombros - Quis apenas agrada-los.

Carlos: Eu sei, mas..- suspirou negando - Vocês dois vão ter hora para usar e nem pensem em usar isso no domingo de manhã, não quero ouvir a mãe de vocês reclamando no meu ouvido.

Ri junto com os gêmeos.

Maitê: Aqui. - entrou na sala me entregando a bandeja - Mais alguma coisa? - olhou Carlos Daniel.

Carlos: Pede para o seu pai preparar o carro. Daqui a pouco estou saindo.

Maite: Claro. Licença. - saiu.

Na sala não tinham nenhum funcionário e eu adorava isso. Ficava sem jeito tendo eles em pé nos observando a comer.

Comecei a colocar um pouco de cada coisa na bandeja sob os olhares de Carlos Daniel.

Carlos: Não vai tomar café aqui?

Dulce: Não. Eu acordei um pouco indisposta. Prefiro a cama.

Carlos: Por que não chamou alguém para isso? Nem precisava ter descido. Quer que eu chame um médico? - falou preocupado.

Dulce: Não. Não precisa. Só preciso descansar. - garanti.

Carlos: Vou na empresa agora, mas queria muito almoçar com vocês três em um restaurante...

Dulce: Hoje? - o encarei.

Carlos: Sim.

Mordi os lábios.

Carlos: Se estiver disposta, claro.

Dulce: Podíamos almoçar por aqui mesmo, outro dia almoçamos fora. 

Carlos: Tudo bem. 

Levantei e peguei a bandeja.

Carlos: Vai comer tudo isso? - encarou a bandeja um pouco assustado.

Dulce: Estou com muita fome. 

Carlos: Que bom. Você quase nem comia.

Dulce: Estou mudando isso. - falei antes de sair da sala.