Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Alfonso ficou a manhã toda com aquele delegado nojento, então outro dia iamos conversar, meu último tempo era com Chris, quando chegou já foi fazendo a chamada, em seguida, devolveu as provas para a turma, a minha não era tão bonita assim a nota. Ele me olhou sugestivo.

Eu sei, teríamos que conversar sobre isso.

Christopher:  O único que tirou zero foi o Vilard - falou alto para a turma.

Eddy: Por quê? - se revoltou.

Christopher: Porque você não estudou - falou de maneira simples.

Eddy: Eu fiz com a Zoraida e ela tirou nota azul e eu zero? Como assim? - estava indignado.

Christopher: Você não fez nada, ficou esperando sua colega fazer por você, é zero e não vou mudar.

Eddy: É injusto...- reclamou.

Christopher: Injusto é um aluno meu tirar zero, mais uma dessa vou chamar seu pai aqui. - avisou.

Eddy o encarou com raiva e Christopher o ignorou.

Hoje ele mandou abrir nossos livros e explicou um assunto rápido, depois mandou a gente fazer uma atividade do livro no caderno.  A sala estava em silêncio, quando ficou na minha frente tive que falar.

Dulce: Sei porque deu zero para ele - sussurrei.

Christopher: Ninguém faz você chorar e fica por isso mesmo. - falou no mesmo tom. - Sábado vamos conversar sobre suas notas.

Dulce: Mal vejo a hora. - sorri de lado.

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Caixas e mais caixas, estava arrumando os presentes que nunca chegaram nas minhas mãos, eram antigos, velhos mas aindava dava para fazer uma criança feliz. O berço já estava desmontado e dentro de uma das caixas. Ia doar para o orfanato da cidade junto com os novos presentes que comprei direto da loja, brinquedos, roupas, fraudas, leite e por aí vai.

Assim dava até gosto de gastar o dinheiro da minha família.

Peguei um urso pequeno e fiquei encarando ele por alguns minutos.

Olivia: Por que não fica com ele? Ou quer doar tudo mesmo? - falou encostada na porta.

Dulce: Não sou muito fã de urso, mas vou ficar com ele - sorri.

Separei uma caixa para guardar ele.

Olivia: Amanhã vai ter um evento da ong, quer ir? Assim já conhece tudo por lá.

Dulce: Vou adorar! - olhei ao redor - Acho que já terminei. O papai não vai ficar com raiva porque eu decidi doar tudo, né? - fiz careta.

Olivia: Não! Você não é mas uma criança, não tem sentido ficar com esses brinquedos.

Dulce: Ultimamente ele anda trabalhando demais...

Olivia: Sabe, eu ouvi ele dizendo ao telefone que as coisas estão um pouco complicadas.

Dulce: Está querendo dizer que ele está com problemas financeiros?

Olivia: Acho que não é tão sério assim, nosso pai tem muito dinheiro e se por aventura falisse não sei dizer como mamãe ia reagir. - negou - O papai precisa descansar para poder resolver os problemas dele na empresa. Me ajuda convercer ele? 

Dulce: Claro. - peguei a caixa com meu urso - Agora é só pedir para alguém deixar essas coisas no orfanato. - sai do quarto fechando a porta - Está livre agora?

Olivia: Sim. Quer fazer o quê? 

Dulce: Vamos chamar a May para assistir algum filme?

Olivia: Só se ela fizer brigadeiro de novo - sorriu.

Dulce: No meu quarto hoje! - subimos as escadas.

Olivia: Quero ver comédia. 

Dulce: Não. Terror! - rebati.

Ficamos discutindo isso até o meu quarto.

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Carlos: Então foi tudo bem no colégio hoje? - perguntou para Olivia.

Olivia: Sim. Tirei dez em matemática e português. - sorriu.

Camila: Não fez mais que sua obrigação. - sorriu forçada.

Carlos Daniel olhou para ela como se estivesse cansado de ouvir a voz dela.

Olhando os dois na mesa, pude perceber que estavam um pouco distantes um do outro.

Talvez o problema dele não seja com a empresa e sim com Camila.

Carlos: Parabéns filha. É bom saber que esteja indo bem no idioma. - olhou Marian - Sabe que o jantar não é hora de mexer no celular. - falou sério.

Marian suspirou largando o celular na mesa e ignorando ele.

Camila: Parabéns! Conseguiu fazer nossa filha te odiar. 

Carlos: Marian por favor....

Marian: Já terminei, posso subir mãe? 

Camila: Claro filha. - sorriu - Boa Noite!

Carlos: Obrigada por me ajudar! - falou irônico enquanto olhava Marian sair.

Camila: Não vou fazer nada Carlos Daniel, você que conseguiu isso. Então, você resolva.

Camila estava brava com ele, na verdade com todo mundo ali.

Os gêmeos ela tinha mandado jantar mais cedo e agora estavam no quarto.

Eu apenas observava calada, igual Olivia.

Camila: Quer saber? - levantou - Perdi o apetite! - saiu furiosa.

Meu pai susipirou.

Olivia: Tudo bem, pai?

Carlos: Sim querida.

Olivia: Seria bom se esse final de semana descansasse...

Carlos: Vou viajar Liv e para ser sincero uns dias longe da sua mãe vai me fazer bem. - falou baixo.

Acabei rindo.

Dulce: Desculpa. - continuei rindo.

Carlos: E você filha? Como foi o colégio?

Dulce: Normal. Conheci o delegado que é seu amigo.

Carlos: Franck? 

Dulce: Esse mesmo. - neguei.

Carlos: Não gostou dele?

Dulce: Não. Ele é estranho pai. - quis falar do olhar dele pra mim mas me controlei - Não gostei mesmo dele e preferia nunca mais vê-lo de novo.

Carlos: Ele é bom um delegado. Camila adora ele.

Por que será?

Me controlei para não revirar os olhos.

Olivia: Também não gosto dele. - murmurou.

Carlos: Bom, pelo menos vocês não precisam ver ele todos os dias.

Dulce: Pai? Você anda precisando de alguma ajuda? Me refiro com as financias.

Carlos: Não. Por quê?

Dulce: Se precisar de dinheiro, sabe que pode pedir para mim, tá?

Carlos: Faria isso? Emprestaria seu dinheiro para mim? - estava encantado.

Dulce: É claro. É meu pai. - sorri.

Ele ficou me olhando com os olhos brilhando.

Dulce: E desculpa se de alguma forma deixei Marian daquele jeito com você.

Carlos: O bracelete sempre foi seu. Marian é muito mimada, uma hora ela vai perceber que nem tudo que ela quer irá conseguir. - respirou fundo - Sabe de uma coisa? Você e Olivia são as que não me dão dor de cabeça e amo ficar conversando.

Olivia: Também te amo pai - sorriu.

Dulce: Eu também. - murmurei.

Terminamos o jantar e antes de subirmos ele beijou nossas testas.

Me senti com cinco anos de novo.