Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Desde que falamos eu te amo um para o outro, Christopher e eu estamos mais grudados, ficamos na cama por mais um bom tempo, apenas quando escureceu ele decediu pedir alguma coisa para jantarmos, tomei um longo banho e depois fui para a sala onde ele estava.

Christopher: Pedi uma pizza. - avisou.

Dulce: Não estou com fome.

Christopher: Você nunca está com fome. Mas vai comer.

Dulce: Tão mandão - revirei os olhos.

Christopher me puxou para o sofá e me abraçou.

Acabei rindo.

Dulce: O que foi?

Christopher: Nada. - beijou meu rosto - É que...você é só minha. - sorriu.

Dulce: É. Eu sou. 

Christopher: Dulce...- ficou mais sério - Já que você era..virgem, não tomava nada, mas é melhor ir ao médico e...

Dulce: Eu sei. - o interrompi - Vou ao médico logo. Relaxa, eu sei me cuidar.

Ainda mais eu que jamais quero ser mãe.

Ele assentiu.

Christopher: Te amo! - tocou no meu rosto.

Dulce:  Te amo! - repeti antes de beija-lo.

Ficamos nos beijando, até ele mesmo interromper o beijo.

Christopher: Precisamos falar sobre suas notas...- avisou.

Dulce: Agora? - fiz careta.

Christopher: Se não for agora vai ser nunca.

Me afastei um pouco dele.

Dulce: Eu não entendendo nada. - murmurei.

Christopher: Vou ter que arrumar um tempo para te dá algumas aulas, porque se continuar desse jeito vai reprovar no final do ano. - estava sério - Seu histórico, suas notas são ótima, por que mudou quando veio pra cá?

Dulce: Talvez seja você que me desconcentra. - ri - Quando está escrevendo no quadro eu e as meninas da turma ficamos olhando pra sua bunda.

Christopher riu.

Christopher: Eu sei. Mas o que posso fazer se sou lindo?

Bati no ombro dele.

Dulc: Convencido! 

Christopher: Mais é sério ruivinha. Vou sempre deixar tudo mais fácil para você.

Dulce: Obrigada! - sorri e o abracei colocando minha cabeça em seu peito - Desde que começamos a ficar, não me sinto mas tão sozinha, você me liga todos os dias às cinco horas da manhã só para ouvir minha voz, nos encontramos toda a semana no porão, apenas final de semana que fica complicado pra gente se ver, manda mensagem direto dizendo que está com saudades, dar zero para quem me faz chorar e...foi perfeito hoje - o encarei - São atitudes como essa que sabemos como uma pessoa ama outra, porque só falar é fácil, difícil é demonstrar.

Christopher: Atitude vale mais que palavras, aprendi isso cedo. - beijou minha testa.

Dulce: Tenho que ser mais carinhosa com você, assim como é comigo. - reconheci - Mas eu nunca fui muito de demonstrar sentimentos, apenas com minha mãe, meu tio e ás vezes o Dylan e quando minha mãe morreu, eu morri um pouco também, ainda mas como ela morreu.

Já queria chorar ao me lembrar que eu mesma matei minha mãe.

Christopher me abraçou mais apertado.

Christopher: Quem é Dylan?

Dulce: Um amigo, quase um irmão.

Christopher: Hum...e quantos anos ele têm?

Dulce: Dezessete. 

Christopher: Nunca me falou sobre ele.

Dulce: Eu nunca falo muito sobre mim - apontei. - É filho do meu tio.

Christopher: Ele mora em Los Angeles?

Dulce: Não. Atualmente está num internato na Suiça, mas ele nasceu em New York.

Christopher: Certo. - fez uma pausa - Queria ter te conhecido quando perdeu sua mãe.

Dulce: Eu também queria ter te conhecido. Não vai perguntar como ela morreu?

Christopher: Não quero que fique triste amor.

Dulce: É impossível isso Chris. - respirei fundo - Ela ficou muito doente e se foi.

Eu a matei.

Christopher: Sinto muito.

Dulce: Eramos grudadas demais, desde pequena, sempre foi eu, ela e o meu tio. - dei um meio sorriso - Ela fazia planos para quando eu terminasse o colégio, iamos viajar o mundo, fazer tatuagens e beber juntas, agora vai ser só eu. - falei baixo.

Christopher: É por isso que não quer entrar na faculdade? Nunca fala sobre isso.

Dulce: É. Quero fazer o que ela tinha planejado. - toquei no meu colar. - Entrar na universidade logo após o colégio irá me impedir.

Christopher: Isso é bonito. De alguma forma sua mãe sempre vai está com você.

Dulce: Mesmo ela tendo feito o que fez e eu não esteja conseguindo perdoar ela agora, Rachel não deixa de ser minha mãe. Só queria entender, o por quê? Não pode ter sido apenas vingança.

Christopher: Talvez deva parar de ficar tentando entender o porquê, já foi feito, o estrago foi grande pra você, aproveita o que perdeu, ficar tentando entender o porquê não irá conseguir perdoar nunca sua mãe. - falou como o adulto que era.

Dulce: Acho que tem razão.

Christopher: Ela trabalhava com o quê?

Dulce: Era dentista, cirurgiã dentista na verdade. - sorri - Amava o que fazia.

Christopher: Por isso que seus dentes são tão bonitos e branquinhos. - sorriu.

Dulce: Crescer com uma mãe dentista você não consegue tomar um refrigerante sem escovar os dentes em seguida. - ri. - Ela era muito rígida com isso.

Christopher: Típico de mãe. A minha não me deixava ficar sem comer por mais de três horas.

Dulce: Agora entendo porque vive me mandando comer - neguei.

Christopher: Talvez, mas você nunca está com fome. 

Dulce: Sou assim já faz um bom tempo.

Christopher: Mas comigo você come.

Dulce: Sou obrigada. - deixei claro.

Christopher: Só nisso. Jamais vou te obrigar com qualquer outra coisa.

Dulce: Eu sei.

Ficamos conversando até o interfone tocar e Christopher mandar o entregador subir, quando pegou a pizza me obrigou a comer, a pizza estava deliciosa e acompanhado de uma coca cola estava bom mesmo, depois do jantar, ficamos juntinhos no sofá conversando.

Era gostoso conversar com ele, ser tocada por ele e beijada por ele.

As horas passaram muito rápido, logo ia amanhecer e eu teria que ir embora.

Fomos para a cama e fizemos amor novamente.

Dessa vez não senti nenhum tipo de dor, ao contrário, fomos dormir quando os primeiros raios de sol começaram a entrar no quarto. Deitada em seu peito, em seus braços e cansada, eu quis que aquele momento se congelasse e eu ficasse ali pra sempre.

Sempre.