Fanfic: A Traição-adaptada-Vondy- Terminada | Tema: Hot

– Acabou – anunciou o médico.
Christopher arrumou as roupas de Dulce e, amparando-a com um braço em suas costas, ergueu-a para a posição sentada outra vez.
– Está tudo bem? – perguntou ao médico.
– Tudo ótimo. Apenas se certifique de que ela consulte um obstetra na Grécia. Não observei nenhum problema. Ela e o bebê parecem perfeitamente saudáveis, mas é bom que a srta. Savinón tenha cuidados regulares durante a gravidez.
– Providenciarei para que um médico particular, bem como uma enfermeira, permaneçam na ilha pelo tempo que ficarmos lá – afirmou Christopher. – Ela será bem cuidada.
O médico anuiu em aprovação e, em seguida, sorriu para Dulce.
– Cuide-se, minha jovem, e tenha uma excelente gravidez.
Dulce retribuiu o sorriso e segurou a mão de Christopher, que a ajudava a descer da mesa.
Momentos depois, ele a guiava para fora do consultório e para o interior da limusine.
– Está se sentindo bem? – perguntou ele quando o carro se pôs em movimento. – O jato está nos esperando no aeroporto, mas, se estiver se sentindo cansada devido à consulta, poderemos partir depois que descanse.
– Nossas malas já estão lá? – Dulce perguntou surpresa.
Christopher anuiu.
– Mandei levá-las para o aeroporto enquanto você estava na consulta.
– Podemos partir agora. Descansarei no avião.
Inclinando-se para a frente, ele instruiu o motorista para levá-los direto ao aeroporto e, em seguida, fechou o vidro que os separava do chofer.
Dulce olhou para ele, sentindo-se, de repente, tímida.
– Está feliz porque vai ter um filho?
Christopher pareceu perplexo com a pergunta. Em seguida, puxou-a para perto até quase sentá-la em seu colo, espalmou a mão sobre o ventre abaulado e o acariciou com ternura.
– Por acaso lhe dei alguma razão para pensar que não estou feliz com nosso filho?
Dulce negou com a cabeça.
– Não, só estava imaginando. Quero dizer, agora que sei o sexo da criança, de repente parece tão real.
– Não poderia estar mais feliz com nosso filho. Adoraria se fosse menina também. Desde que nosso bebê esteja saudável e seguro, fico feliz.
– Sim, eu também – Dulce suspirou. – Se eu ao menos pudesse me lembrar, tudo seria perfeito. Este foi um dia tão bom!
Christopher lhe pousou um dedo sobre os lábios.
– Não o estrague se lamentando sobre coisas que escapam ao seu controle. Sua memória voltará. Não a apresse.
As feições de Dulce se contraíram.

– Tem razão. Queria apenas…
– O que quer, pedhaki mou?
– Queria me lembrar de amar você – disse ela em tom de voz baixo.
Os olhos âmbar escureceram e, por um instante, o que Dulce viu refletido neles fez um arrepio lhe percorrer a espinha. Havia tantas emoções conflitantes naquelas íris douradas!
– Talvez consiga reaprender a me amar – disse ele por fim.
Dulce sorriu.
– Está tornando isso muito fácil. – Ela se recostou, feliz, ao corpo forte. Mas, em seguida, um pensamento incômodo a tomou de assalto. Mencionara amá-lo, algo que não conseguia se lembrar, mas que sentia que fora real. Porém, nada foi dito sobre o amor de Christopher por
ela. Nem por um instante ele lhe dissera palavras de amor. Não era natural que ele as expressasse espontaneamente?
Quando estava no hospital, não teria sido esperado que ele reafirmasse seu amor depois de um susto como aquele? Christopher não deveria ter procurado tranquilizá-la, assegurando que a amava, quando ela não conseguia se lembrar da vida que tiveram juntos?
Dulce ergueu a cabeça para lhe perguntar, procurar confirmação para aquele fato, mas a pergunta morreu em seus lábios quando percebeu que a atenção de Christopher estava focada na pequena tela da televisão em um canto do largo compartimento da limusine.
Dulce deixou que a pergunta morresse e se contentou com o aconchego remanescente daquele corpo forte e musculoso. Quando se deu conta, estavam chegando ao aeroporto.
– Chegamos – disse Christopher.
Dulce anuiu e ele saltou da limusine para ajudá-la a sair. A luz brilhante do sol a fez piscar várias vezes. Ela estremeceu de leve quando uma lufada de vento frio a fustigou.
Christopher lhe envolveu o corpo com um dos braços e se apressou em guiá-la na direção do jato particular. O interior da aeronave estava aquecido e parecia extremamente confortável.
– Há uma cama nos fundos – disse ele enquanto a guiava na direção de um dos assentos. – Tão logo levantemos voo, você poderá se deitar.
– Isso me parece ótimo – respondeu Dulce com um sorriso ao mesmo tempo em que ele se sentava a seu lado. Ela girou para olhar pela janela e, em seguida, relanceou o olhar à parte
frontal do avião, onde viu vários membros da equipe de segurança de Christopher dentro da cabine.
– Por que tem tantos seguranças?
Dulce sentiu o corpo forte enrijecer ao seu lado.
– Sou um homem muito rico. Há pessoas que têm interesse em me causar algum mal… ou àqueles que são importantes para mim.
– Oh! O risco é muito grande? – perguntou ela ao mesmo tempo em que se virava para encará-lo.
– O trabalho de minha equipe de segurança é assegurar que não haja nenhum risco. Não se preocupe. Cuidarei de sua segurança bem como a de nosso filho.