Fanfic: A Traição-adaptada-Vondy- Terminada | Tema: Hot

– Volte a dormir se puder, pedhaki mou – murmurou ao subir no helicóptero.
No entanto, quando o ruído das hélices começou, a névoa da sonolência se dispersou.
Dulce se contentou em se aninhar contra a curva do pescoço largo enquanto decolavam na direção da ilha.
Era óbvio que Christopher havia telefonado e disparado uma sucessão de ordens, porque quando entrou em casa, com ela nos braços, Patrice já tinha uma refeição a aguardando e o dr. Karounis se encontrava a postos para monitorar o estado de Dulce. Após a comoção inicial, Patrice e o médico o asseguraram de que ela estava bem e pediram licença para se retirar, deixando-os sozinhos.
Dulce começou pela tigela de sopa e suspirou, satisfeita, quando o alimento lhe forrou o estômago vazio.
– Não deixará de fazer mais nenhuma refeição – disse Christopher em tom de reprovação enquanto a observava do lado oposto da mesa.
– Não era essa minha intenção – respondeu ela. – Apenas me distraí.
– Eu me certificarei de que isso não se repita.
Dulce ergueu uma das sobrancelhas e exibiu um sorriso travesso.
– Então, voltou a ser sério?
Christopher a encarou com olhar furioso.
Aquilo a fez se lembrar do que acontecera entre os dois, antes de ela desmaiar. A expressão de Dulce se tornou séria e o encarou, pensativa.
– O que há de errado? – perguntou ela.
Dulce brincou com a colher antes de pousá-la na tigela.
– Por que ficou tão aborrecido quando estávamos nas ruínas?
A expressão de Christopher permaneceu neutra, mas ela percebeu que a pergunta não o agradou.
– Não foi nada. Estava apenas pensando em assuntos de trabalho – retrucou descartando o assunto.
Dulce lhe dirigiu um olhar incrédulo, mas não insistiu. Quando concluiu a refeição, mais uma vez ele a ergueu nos braços e a carregou até o quarto. Em seguida, pousou-a sobre o
colchão e metodicamente começou a lhe remover as roupas. Quando lhe tirou a calça comprida, Dulce se encontrava deitada na cama apenas de calcinha e sutiã. A inspiração
profunda de Christopher soou audível enquanto ele se virava de costas.
– Christopher – sussurrou ela. Com a musculatura do corpo tensa pelo grande esforço que parecia fazer para se controlar, ele se virou. – Fique comigo. Vamos tirar um cochilo juntos? Estou me sentindo muito cansada.
Se ele não parecesse tão torturado, Dulce teria soltado uma risada. Lutou para manter a expressão neutra enquanto Christopher ruminava aquele pedido. Por fim, começou a
desabotoar a camisa. Em silêncio, se despiu até ficar apenas com a cueca boxer e escorregou para a cama, acomodando-se ao lado dela. E então, soltou um xingamento baixo.

Dulce lhe dirigiu um olhar questionador enquanto os olhos dourados lhe varriam o corpo.
– Não quer vestir algo para dormir? Não pode ficar apenas com suas roupas íntimas. Não parece confortável.
As maçãs do rosto de Dulce se tornaram rubras, mas ela anuiu.
– Um camisão será suficiente.
Christopher se levantou e retornou com uma de suas camisas. Ajudou-a a sentar e lhe retirou o sutiã. As mãos ligeiramente trêmulas enquanto lhe vestia a camisa pela cabeça e a deixava escorregar pelo abdome abaulado.
Com um movimento suave, a inclinou de volta na direção do colchão e se ajoelhou diante dela.
– Está melhor assim?
– Muito melhor – concordou ela com voz rouca.
Christopher se deitou ao lado dela e a puxou para os seus braços. Dulce contorceu o corpo, tentando encontrar o ponto ideal. Quando encaixou as nádegas contra o quadril de Christopher lhe sentiu a ereção e congelou. Em seguida, fez menção de se afastar, mas ele a prendeu no
lugar.
– Não se mexa.
Os braços fortes a envolveram, prendendo-a. Com o rosto em chamas, Dulce tentou relaxar. No momento em que ele a tocara, o sono se dissipara. Agora tinha de tentar dormir com aquele corpo forte colocado em cada centímetro do seu.
O calor que dele emanava se derramava sobre ela. Christopher lhe acariciou os cabelos e murmurou palavras gregas em seu ouvido. Embora não entendesse o sentindo, Dulce reconheceu a intenção de relaxá-la. Um suspiro de satisfação lhe escapou dos lábios quando a
mão longa escorregou por seu braço, quadril e descansou sobre a coxa. Uma sensação de perfeição a atingiu e a deixou perplexa ao perceber que a emoção que não sabia definir e com
a qual estivera batalhando se chamava amor. Dulce abriu os olhos quando ouviu a respiração de Christopher cadenciada pelo sono.
Amava aquele homem. Aquilo não deveria surpreendê-la, mas agora que percebera aquele sentimento, lembrou-se que não o havia reconhecido de imediato, após a perda de memória.
Não deveria saber de alguma forma que amava aquele homem?
Christopher era complicado, quanto a isso não havia o que discutir. Complexo, firme e reservado. Bem, se um dia conseguira lhe quebrar as barreiras, certamente seria capaz de
repetir a façanha.
Dulce relaxou para dormir, a determinação imprimindo um ritmo cadenciado em sua mente.