Fanfic: A Traição-adaptada-Vondy- Terminada | Tema: Hot

Dulce se ajoelhou no chão frio do jardim e arrancou algumas ervas daninhas que circundavam as flores e a folhagem. Durante a rotina de trabalho matinal de Christopher, ela
encontrara outras formas de ocupar seu tempo para o desânimo do jardineiro que voava até ali duas vezes por semana para cuidar dos jardins.
Desde aquele desabafo na praia, Christopher deixara de lhe impingir Patrice e o dr. Karounis a cada preocupação com sua saúde. Em vez disso, a enfermeira e o médico se
mantinham nos bastidores para serem acionados se necessário e Christopher lhe permitira transitar pela escada sozinha.
Apesar do fato de continuar trabalhando durante as manhãs, ele aparecia para tomar café da manhã em sua companhia antes de retornar ao escritório. E então, começava o divertimento de Dulce. Todas as manhãs, encontrava uma forma de enlouquecê-lo. Quando Christopher saía à sua procura, após a jornada de trabalho, invariavelmente Dulce punha à prova a promessa que ele fizera em se abster de exigir que descansasse.
Quando ele a encontrara no jardim, apoiada nas mãos e nos joelhos, Dulce pensou que fosse vê-lo enfartar. No mesmo instante, Christopher erguera nos braços, a carregara para
dentro de casa e pela escada, a despira e a colocara na banheira.
Dulce dera risadinhas da expressão feroz do noivo, escutara com pretensa seriedade o sermão sobre não se colocar em perigo daquela forma nunca mais e no mesmo instante tramara incorrer na mesma travessura, tão logo Christopher se distraísse com o trabalho.
Aquilo dera início a um jogo engraçado entre eles, no qual o divertimento ficava exclusivamente por conta de Dulce, porque ele não conseguia achar nenhuma graça em sua contínua desobediência.
E então, lá estava ela, esperando, extasiada, o momento em que ele a encontrasse. Dulce ouviu o suspiro exasperado atrás dela e sorriu, mesmo quando se viu erguida no ar.
Sua cabeça colidiu com a solidez do peito largo e um sorriso lhe curvou os lábios diante da expressão sombria de Christopher, que resmungava durante todo o trajeto até a casa.
– Prometi suavizar minhas tendências superprotetoras. Parei de insistir para que descansasse e até permiti que você transitasse sozinha pela escada. – Dulce revirou os olhos.
– Mas você é capaz de desafiar a paciência de um santo.

Como fizera antes, e com o que ela estava contando, Christopher a despiu e colocou-a em um banho de imersão. Ele lhe lançava olhares furiosos o que a fazia soltar risadinhas enquanto
afundava na água. Dulce se banhava lentamente, e os olhos âmbar seguiam cada movimento com um desejo feroz. Deleitando-se com o fato de deter toda a atenção de Christopher, valeu-se daquela vantagem para, lânguida, esfregar a esponja sobre cada centímetro de seu corpo.
Quando terminou, lançou um olhar inocente à Christopher, que a secava com uma toalha.
Dulce conjurou um de seus melhores sorrisos, mas aquilo não ajudou em nada a suavizar o brilho feroz daqueles olhos dourados.
– Sua graciosidade não a livrará de um sermão, pedhaki mou.
– Bem, ao menos sou graciosa – retrucou atrevida.
– Por que insiste em me provocar? Meus cabelos estão ficando grisalhos e a culpa é toda sua.
Dulce relanceou o olhar aos cabelos negros do noivo que não se encontravam maculados por um único fio branco e ergueu as sobrancelhas.
– Pobre querido. Está muito velho para lidar com uma mulher grávida?
– Eu lhe mostrarei o velho – rosnou ele enquanto a erguia da banheira.
Mal teve tempo de secá-la, antes de penetrar no quarto com passos duros e depositá-la na cama. Os olhos de Dulce se arregalaram, apreciativos, quando ele começou a se despir
revelando o corpo musculoso.
– Certamente tenho de agir como uma menina levada com mais frequência – murmurou ela.
– Posso me acostumar facilmente com a punição.
– Sua feiticeira – disse ele ao se inclinar na direção dos braços que o aguardavam.
Christopher sempre determinava a forma como faziam amor, e ela sabia que sempre fora daquele jeito, mas no momento foi invadida por um repentino desejo de virar a mesa.
Enlouquecê-lo da mesma forma como Christopher fazia com ela.
Dulce o empurrou, fazendo-o recuar e erguer o tronco com a testa franzida. Em seguida, também se ergueu e pousou as mãos nos ombros largos, forçando-o a se deitar de costas.
Quando montou sobre os quadris retos com um joelho de cada lado, observou a expressão chocada com que ele a encarava e um sorriso malicioso lhe curvou os lábios.
– Quero tocá-lo – disse com voz suave, espalmando as mãos sobre as coxas musculosas e as movendo lentamente para cima.
Os olhos âmbar faiscaram como labaredas de fogo.
– Então, fique à vontade e me toque, agape mou.
Incapaz de evitar uma pontada de nervosismo, Dulce lhe tocou a virilidade e o sentiu se contrair em resposta. Invadida pela ousadia, fechou os dedos em torno da ereção e o acariciou suavemente.
Um gemido escapou da garganta de Christopher e ela percebeu gotículas de suor lhe brotarem na testa. Ele era um homem lindo. Forte, viril, exalando força por todos os músculos.