Fanfic: 8 Segundos (Adaptada Ponny, AyA) | Tema: AyA, Ponny
-Anahí, sua desgraçada! Abre essa porta, porra! –Meu Deus, aquilo só podia ser brincadeira. Fazia vinte minutos que eu esmurrava a porta que nem um louco, mas nada daquela patricinha cínica e enganadora de homens com tesão me responder. –Abre a porta! –gritei de novo, mas foi em vão. Podia ouvir a risada da maldita dentro do quarto.
–Burro! Burro! Burro! –Bati a mão espalmada na minha cabeça. Eu era muito idiota de ter deixado as coisas irem longe demais de novo, mas daquela vez Anahí foi mais esperta. Eu achando que a noite que tinha começado mal terminaria comigo dentro dela...Acabei foi do lado de fora, pelado e com frio.
Olhei para o meu companheiro de jornada entre minhas pernas e pude notar que o frio já fazia efeito: o que antes estava duro como um coco murchou. Andei pelo galpão usando as mãos para tapar meu pau enquanto procurava algo para vestir. Aquele quarto era o único que tinha fora da casa-grande, era o lugar que eu usava para descanso quando precisava ficar de plantão na fazenda. Minha ideia era ficar lá com Anahí até o dia amanhecer, quando os primeiros empregados apareceriam. A maioria deles ficava de folga até segunda, mas alguns, como os empregados da casa, voltariam no domingo de manhã.
Passei pela baia do Ventania, que, por estar em recuperação, era o único cavalo que havia ali. Ele relinchou assim que me viu.
–É, companheiro. –Acariciei a testa dele. –Noite difícil. –Seria cômico se não fosse trágico: eu estava pelado conversando com um cavalo. Poderia montar e cavalgar até a casa do tio Santiago, mas, apesar de tudo, não deixaria Anahí sozinha do lado de fora da casa. Querendo ou não, eu era responsável por ela.
Saí pelo quintal tentando encontrar o que vestir, mas a única coisa que eu achei foi um vestido no varal. Foi fácil deduzir que era da Anahí, pois mais ninguém na casa teria coragem de usar um pedaço de pano mínimo como aquele. Mal dava para saber se era um vestido ou uma blusa. Eu o puxei do arame e, sem nem olhar direito, rasguei o tecido e o enrolei na cintura. Pelo menos meu amigo não ficaria envergonhado. Voltei para o galpão e coloquei a cadeira de frente à porta do quarto. Assim que Anahí saísse, eu torceria seu pescoço da mesma forma que se mata um frango.
Me sentei e, minutos depois, tive uma ideia; levantei e procurei a caixa de força do galpão. Desliguei a chave, e imediatamente tudo ficou escuro. Ela não estava com medo? Quis ver o que ia fazer.
Voltei rindo, me sentei na cadeira e aguardei: era uma questão de tempo até Anahí se pronunciar. –Alfonso! Seu filho da mãe! –ela gritou do quarto. Não disse? Quando o quesito era mulher, eu tirava de letra. –Liga a luz! –Rá! Se ela achava que eu iria dar o braço a torcer, estava muito enganada. Anahí não sabia com quem estava brincando, e, quando eu entro num jogo, não admito a derrota. Nunca sairia perdedor. –Eu te odeio, seu caipira idiota!
–A reciproca é verdadeira, patricinha mimada! –gritei de volta.
Inclinei a cadeira para trás e apoiei a cabeça na parede. Era só esperar o dia amanhecer. Anahí ia descobrir com quantos paus se faz uma canoa.
Cochilei sentado e, quando acordei, percebi os primeiros raios de sol. Levantei e caminhei até a porta o galpão. O raiar do dia no campo era lindo, e eu contemplava o céu no horizonte. Voltei para o quarto e tentei entrar, só para ter certeza de que a maldita não tinha fugido enquanto eu dormia.
–Anahí, minha linda. Vem aqui para fora –chamei, provocando-a. –Seu Alfonso está te esperando. Vem, Cristal.
Alguns segundos depois, ouvi um barulho de coisas caindo no quarto. Provavelmente ela estava quebrando tudo, tentando andar no escuro.
–Nem morta! –respondeu. –Vai embora, Alfonso. –Aguardei alguns segundos perto da porta; se ela abrisse uma fresta sequer, eu partiria para dentro. Com a raiva que eu tinha acumulado nos últimos dois dias, eu colocaria Anahí no meu colo e estapearia sua bunda até deixá-la ardendo. –Some daqui, seu babaca –ela continuou me xingando.
Quando percebi que ela realmente não abriria, voltei a me sentar na cadeira. Escutei um barulho vindo de fora, e como ainda era cedo para a chegada dos funcionários fiquei em alerta. Com cuidado, cheguei até a porta para ver do que se tratava. Suspirei de alivio quando vi um cavalo trazendo meu tio.
–Sua bênção, tio –disse já do lado de fora. Santiago desceu do cavalo e me olhou dos pés à cabeça. Imediatamente, começou a rir. Minha cara de reprovação não adiantou e ele continuou tirando sarro de mim.
–Deus te abençoe, ‘’ filha’’ –ele brincou, mas aquilo só me deixou com mais raiva da Anahí. Quando eu colocasse minhas mãos nela... –Não sabia que agora eu tenho uma sobrinha. Você fica muito bem de dourado. –Ele apontou para o pano que me cobria e eu dei uma risada forçada.
–Há-há! Muito engraçado.
–Mari me contou o que aconteceu e eu vim ver se precisava de ajuda, mas pelo visto você sabe se virar. Mas cuidado, Alfonso, para não se virar demais, se é que você me entende. –ele piscou, e, se não fosse meu tio, eu o teria deixado de olho roxo. Já estava nervoso pela situação com a Anahí e ainda tinha que aguentar piadinhas.
Entrei novamente no galpão e meu tio me seguiu.
–Cadê a Anahí? –ele perguntou, e eu apontei na direção do quarto.
–Quer dizer que ela te trancou do lado de fora e sem roupa? –Santiago levantou as sobrancelhas me questionando e eu assenti. –Garota esperta.
–Você só pode estar brincando comigo, né? –eu disse irritado.
–Você trouxe a chave? –Ele me olhou confuso. –Tio, a patricinha saiu sem as malditas chaves, por isso tivemos que passar a noite aqui fora.
Toda a cena da noite anterior voltou à minha mente. Eu estava pronto para transar com ela quando a maldita armou aquela cilada e eu caí como um patinho. Ela deve ter planejado tudo desde a hora em que me pediu para ficar na fazenda.
Santiago mexeu nos bolsos e tirou um molho de chaves.
–Esta é da cozinha. Lá dentro você consegue destrancar as outras portas-disse, segurando uma chave dourada. Meu tio jogou o chaveiro em minha direção e eu o peguei no ar. –Como ela te deixou sem roupa? –perguntou curioso.
–É uma longa história... –Não dava para explicar que meu pau estava na boca da Anahí e eu pretendia fodê-la antes de saber o que ela tinha armado para mim. Meu tio era muito profissional e seguia o velho ditado ‘’ onde se ganha o pão não se come a carne’’. Eu também nunca havia me envolvido com alguém do trabalho, muito menos com a filha do patrão, mas Anahí mexia com cada músculo do meu corpo de uma forma que me deixava incontrolável. Era impossível resistir.
Antes que Santiago fizesse mais perguntas, escutamos o barulho da porta se abrindo. Olhamos para o corredor e vimos Anahí correr em direção à outra saída. Não pensei duas vezes. Saí correndo atrás dela e, quando a alcancei eu a peguei e joguei o seu corpo em meus ombros, assim como na noite anterior.
–Me solta, Alfonso! –Ela batia em minhas costas, mas com a força que tinha mal fazia cocegas. –Agora!
–Bom dia, meu amor –eu disse sarcástico, e ela bufou. –Dormiu bem?
Caminhei ais alguns passos e ela não cansava de me acertar com seus socos insignificantes.
–Alfonso, seu filho da puta, você está com meu vestido? –Ela levantou o tecido que cobria minha bunda. –Sabe quanto custou? Mais do que o seu salário, seu babaca.
Anahí estava brava porque eu tinha rasgado seu vestido, e eu estava puto porque ela tinha me deixado ao relento. Nó dois tínhamos motivos pra acordar de mau humor, mas acontece que naquela batalha eu sairia vencedor.
Continuei caminhando com a Anahí resmungando em meus ombros. Sabia bem o que eu faria com ela. Na verdade, eu tinha passado a madrugada maquinando minha vingança. Tudo que eu tinha pensado ainda era pouco para o que ela merecia, mas, então me lembrei de um apelido que ela tinha me dado: tratador de porcos.
–Ai, que nojo! –Anahí gritou e eu a imaginei tapando o nariz com os dedos como tinha feito quando me conheceu. Sorri, pois o cheiro era pouco para o que estava por vir. –Alfonso, me põe no chão e vamos conversar como pessoas civilizadas –ela pediu com um tom de voz gentil. Pura encenação. Eu já conseguia perceber que aquilo não passava de falsidade.
–Desculpa, eu sou um idiota analfabeto, lembra? –disse me referindo ao dia em que nos conhecemos. –Civilização não é comigo –completei dando um tapa em sua bunda. –Não se preocupa, você vai aprender como resolvemos as coisas por aqui.
Mais alguns passos e eu cheguei aonde queria: o chiqueiro.
Bem que eu gostaria que fosse um chiqueiro dos antigos, onde vários porcos ocupavam o mesmo espaço na lama. Mas, como as coisas mudaram, havia um local um pouco mais limpo, mas não muito. Parei em frente a ele e abri a portinha que o delimitava.
–Alfonso, você não vai me deixar aí, né? -Anahí perguntou desesperada. Quando eu a virei nos meus braços, pronta para jogá-la, ela começou a espernear e a gritar. –Seu boçal, eu vou mandar te demitir. Alfonso, isso é um...porco?! –Olhou incrédula para os animais à sua frente.
Contei até três, balançando em direção a dois porcos que estavam deitados. No três, eu a joguei, e Cristal caiu de bunda no chão, por cima dos dejetos que estavam ali.
–Isso é pra você aprender a respeitar as pessoas. Não vai pensando que pode chegar aqui e agir como se estivesse na cidade –gritei.
Anahí começou a gritar, mas os porcos ficaram com mais medo dela do que ela deles. Meu tio Santiago chegou e me olhou com reprovação. Logo notei que Mariana estava bem atrás dele.
–Mano, o que você fez? –Minha prima passou por mim antes de entrar no chiqueiro para ajudar Anahí a se levantar.
–Eu odeio você, Alfonso! –Anahí gritava furiosa, tentando tirar a sujeira da roupa. Eu a deixei com Mariana e saí. Não ficaria esperando o sermão do Santiago e muito menos o da princesinha. Podia escutar os gritos dela enquanto eu me afastava. –Meu pai vai saber disso. Você me paga!
Mari tinha chegado à fazenda no carro do meu tio. Ela ainda não tina um próprio, por isso havia aceitado o trabalho de babá da patricinha. Sem perguntar se eu poderia pegá-lo, entrei no carro e liguei a chave que estava na ignição. Fui direto para casa, sem nem perder tempo de passar na casa do meu tio para vestir outra roupa.
No caminho de volta eu pensava no que a Anahí tinha feito, mas também pensava em seus beijos e em sua boca me chupando. Esse misto de sentimentos que Cristal despertava me assustava. Eu queria matá-la, mas também queria beijá-la. Queria torcer seu pescoço, mas também, mas também queria fodê-la. Como essa garota me tira do sério!
Quando cheguei em casa e desci do carro, escutei um assovio. Eu me virei e vi o filho da puta do Henrique.
–Gostosa! –ele gritou de dentro da sua caminhonete. –Quanto é o programa, Alfonso? Ou seria Sheila? –Olhei para baixo e me dei conta de que estava quase nu. Mostrei o dedo do meio para o Henrique, que gargalhou ainda mais. –Vem aqui, chuchu. Vamos var uma voltinha!
Abri a porta com a chave reserva, que ficava na janela, e entrei em casa antes que partisse a cara do Henrique.
Tomei um banho e dormi. Estava morto de cansaço. Acordei com o celular tocando. Primeiro achei que estivesse tendo um pesadelo, mas depois eu abri os olhos e realmente havia alguém me perturbando.
–Alô. Peguei o celular do criado-mudo e nem olhei quem era.
–Porra, Alfonso! Quer abrir a porta? –Pedro! Tinha que ser ele.
–Vai para o inferno, não tem queijo. –desliguei o telefone e tentei dormir novamente, mas Pedro era insistente e voltou a ligar.
–Caralho! –atendi xingando.
–Alfonso, abre a porta. Seu tio pediu para eu vir atrás de você –Pedro falou e eu levantei sonolento.
Mal abri a porta e Pedro entrou. Apesar de estar irritado por ele ter me acordado, aquela seria uma boa hora para acertarmos as contas.
–Cara, se você soubesse como eu estou puto por você ter deixado as meninas beberem daquele jeito... Eu te sugiro ficar pelo menos uns três dias sem colocar a fuça na minha frente.
Pedro estava de pé na sala e agora me olhava envergonhado.
–Eu não tive culpa, uai. Achei que elas ficariam bem. Eu fiquei fora por pouco mais de trinta minutos –ele explicou e eu tive que tirar o chapéu para Anahí: ela precisou de apenas meia hora para fazer Mari perder toda a educação e a moral que eu e Santiago levamos a vida toda para lhe ensinar.
–O que meu tio quer? –perguntei, mudando de assunto. O estrago já tinha sido feito, e não adiantaria eu quebrar o nariz do Pedro, pois nada apagaria o vexame que a Mari deu.
–Santiago tentou te liga e você não atendeu. As vacinas chegaram, e o representante já está impaciente te esperando. Você precisa ir à fazenda recebe-las.
Droga! Eu sabia que as vacinas chegariam a qualquer momento, mas o que eu não esperava era ter que voltar à fazenda tão cedo.
Queria ficar o mais longe possivel.
–E se prepare –Pedro falou. –Anahí está bufando que nem boi bravo por sua causa.
Autor(a): fertraumadaponny
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Estava tomando o meu quarto banho. Esfreguei tanto minha pele na tentativa de tirar o cheiro dos porcos que ela estava ardendo. Ainda não acreditava na petulância daquele caipira. Alfonso realmente não tinha amor à vida e muito menos ao emprego. Assim que saísse do banheiro, eu ligaria para o meu pai e exigiria a demissão do ogro. Con ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 31
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barbie Postado em 19/10/2019 - 07:47:10
Cadê vc? Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plissssssssssssssssssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 03/11/2019 - 23:09:45
Oiiiii amore, voltei ^^ Postando
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barbie Postado em 20/09/2019 - 10:09:29
Queroooooooooooooooooooooooooooooo Maissssssssssssssssssssssssssssssssss Plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 21/09/2019 - 19:11:52
Oiiiiieee postando amore ^^
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barbie Postado em 07/09/2019 - 21:03:15
Estava sumida, pois estava sem internet, mas agora consegui resolver o problema e agora estou de volta e espero não sumir mais... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaa Plisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss sssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 21/09/2019 - 19:11:21
Tudo bem eu entendo ^^ Fico muito feliz que tenha voltado Postando amore
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tinkerany Postado em 12/08/2019 - 23:32:00
Continua
fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:10:42
Postando amore *-* Vc provavelmente também irá sentir ranço pela Letícia "amiga da May", ela é praticamente um lobo em pele de cordeiro
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barbie Postado em 12/08/2019 - 22:57:30
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:09:34
Postando amore *-*
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barbie Postado em 09/08/2019 - 19:07:20
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:09:07
Postando amore ^^
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tinkerany Postado em 07/08/2019 - 01:56:02
Eu vou surtar com esse Rafa aaaaaa
fertraumadaponny Postado em 11/08/2019 - 23:49:01
kkkkkkkkk sim vc vai surtar com esse cara, vai pegar ranço dele assim como eu tenho um ranço eterno dele kkkk Postando amore ^^
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barbie Postado em 04/08/2019 - 14:45:12
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssss
fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:26:25
Postando amore ^^
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tinkerany Postado em 04/08/2019 - 05:09:49
Continus
fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:25:53
Postando amore ^^
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luananevess Postado em 03/08/2019 - 23:47:45
😱😱😱😱😱😱
fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:25:33
Oiiie ^^ Postando amore