Fanfics Brasil - Pov Alfonso 8 Segundos (Adaptada Ponny, AyA)

Fanfic: 8 Segundos (Adaptada Ponny, AyA) | Tema: AyA, Ponny


Capítulo: Pov Alfonso

486 visualizações Denunciar


Pov Alfonso Herrera


Meu celular tocou e eu tentei me desvencilhar dos braços da Raquel sem acorda-la.


–Alô – falei em um tom de voz baixo. Era o meu tio Santiago, provavelmente querendo que eu fosse até a fazenda do Braga.


–Tieta está parindo e, pelo que vejo, não conseguirá sem você –ele disse e, antes de ele terminar a frase, eu já está à procura das minhas roupas.


–Estou indo –respondi enquanto vestia meu jeans. Joguei a camisa no ombro e peguei meu chapéu na mesa de cabeceira ao lado da cama, onde Raquel dormia profundamente. Tambem, depois da noite passada... Eu e Raquel tínhamos uma relação nada convencional. Ela é dona do melhor bar da pequena cidade onde moro. Uma mulher decidida e que sabe o que quer, e ela quer o mesmo que eu: sexo sem amarras. Raquel foi casada e não estava disposta a se jogar em um novo relacionamento. E eu? Era um cara da estrada e não me apaixonava. Não porque não gostasse de relacionamentos. Acontece que não podia se aprender a ninguém se quisesse participar do circuito nacional de rodeio. Eu ficaria muito tempo fora de casa e não acreditaria que uma relação, fosse ela como fosse, pudesse sobreviver a distância. E o rodeio é minha paixão desde que me entendo por gente. Não deixaria essa oportunidade passar.


Tranquei a porta e passei a chave por baixo dela. Raquel saberia o que fazer quando acordasse. Ela sempre sabia.


Entrei na minha caminhonete e parti em direção à fazenda da qual meu tio é caseiro há muitos anos. Não ficava longe da cidade, eram poucos quilômetros, e minha jabiraca estava pronta para enfrentar a estrada. Ela era azul, antiga. Nada de tração nas rodas, painel digital e todas essas merdas que destroem os clássicos. Eu era adepto das coisas mais simples e em forma real, por isso não abria mão da minha caminhonete.


Cheguei e vi que meu tio tinha razão: Tieta necessitava de uma cesariana de emergência, ou ela e o filhote não sobreviveriam.


Preparei-me para realizar o meu trabalho: verifiquei se todo o instrumental que usaria estava devidamente esterilizado e, após confirmar, coloquei as luvas e o retirei das embalagens. Contei com a ajuda de dois funcionários, além do meu tio, que chegou com um isopor em que estava a anestesia.


–Valeu, tio.


–Acho que o filho é grande demais para Tieta.


Concordei com ele enquanto observava a anestesia descer pelo vidro e encher a seringa. Encaixei a agulha e procurei o local adequado para aplica-la.


–Calma, garota. –Acariciei o animal quando ele tentou se mexer. Tieta ficou imóvel e terminei de anestesia-la com segurança.


Todos os materiais necessários estavam à mão. Fiz uma pequena incisão em sua pele para encontrar o útero e retirar o feto. Então, troquei o bisturi pela tesoura e fiz a abertura, tomando todo o cuidado possivel para não haver a entrada de líquidos fetais na cavidade abdominal.


–Aí está você! –murmurei, vendo claramente um bezerro enorme. Meu tio tinha razão. Abri a incisão um pouco mais, para poder fazer a retirada. Além de estar com as patas amarradas e esticadas, Tieta tinha todos os funcionários monitorando-a. Encontrei o local exato para me apoiar, então fui puxando o filhote com cada vez mais força. E o milagre mais uma vez aconteceu!


Uma hora e meia depois, meu trabalho estava concluído. O bezerro nasceu, e ambos, filhote e mãe, passavam bem. Deus me livre perder aquela vaca, ela valia mais do que eu ganhava em seis meses. Passei as instruções que os funcionários da fazenda deveriam seguir e resolvi sela o Ventania para dar uma volta. Além de montá-lo desde moleque, cuidei de sua pata ferida semanas antes e queria ter certeza de que ele estava curado.


Puxei o Ventania até o galpão mais próximo e o selei.


–Bom garoto –disse, acariciando sua testa. Um dos cavalos mais lindos em que tive a chance de montar. Ele era negro como a noite e tinha somente uma mancha branca entre os olhos.


Voltei ao galpão para buscar meu chapéu e, quando caminhava em direção ao Ventania, pensei em ter ouvido uma voz. O sol atrapalhava a minha visão, então não conseguia enxergar nada. Deve ter sido impressão. Já estava com um pé no estribo, preparando para montar, quando escutei novamente.


–Seu surdo!


Desci do cavalo, pois tinha certeza de que vinha da estrada. Que porra é essa?


A cena em que vi tinha sido hilária, se não fosse surpreendente. Uma garota –que com certeza não era das redondezas – estava parada com as mãos na cintura, olhando para mim.


Maldição, ela é linda.


Caminhei em sua direção. Ela podia estar perdida e precisando de ajuda. Mas, assim que cheguei mais perto reconheci a garota. Havia fotos dela espalhadas pela casa-grande e eu sabia que era filha do sr. Enrique estava para chegar, mas pelo que Mariana tinha me falado não seria naquele dia. Quando me aproximei, ela me encarou, tão surpresa quanto eu, mas logo virou o rosto e fechou o nariz com os dedos.


–Argh! Que nojo! Já inventaram uma coisa chamada banho sabia? –disse com a voz engraçada, e eu contive a vontade de sorrir, pois ela tinha acabado de me chamar de fedido. Filha da mãe! Olhei a garota de cima a baixo. Realmente, ela era linda...mas com a boca fechada. Odeio gente que se acha, e aquela garota da cidade parecia que tinha o rei na barriga.


–Pegue as minhas malas, e tome cuidado, são duas Louis Vuitton. –Seu nariz empinado já me irritava. Fiquei olhando para as malas pensando no que fazer: Deixo ela continuar imaginando que sou o empregado da casa ou aviso que está enganada e mando a princesinha ir à merda?


–Por. Acaso. Você. Entende. Português? –ela perguntou pausadamente, como se eu fosse um retardado. A segunda opção começava a ganhar vantagem. Mas, como Raquel tinha me deixado de bom humor, resolvi ficar calado ficar calado e levar as malas da garota.


Enquanto ela caminhava em direçao à casa, eu não aguentei e comecei a rir baixinho. Seu salto alto afundava na terra, fazendo com que ela andasse engraçado. Sua bunda requebrava de um lado para o outro, e por várias vezes ela quase caiu estatelada no chão. Será que ela achou que estava vindo para um shopping? Só pode! Balancei a cabeça rindo e ela entrou como um foguete na casa, sem nem olhar para trás, nem para agradecer. Malcriada! Quer saber? Chega! Joguei as malas no chão, bati a porta e sai seguindo meu caminho.


Montei no Ventania e comecei a trotar devagar. Quando percebi que eles estava cem por cento curado, forcei um pouco mais, galopando até chegar à casa onde meu tio morava.


Mariana saiu do quarto assim que escutou o barulho das minhas botas tocando o chão. Minha prima era linda, seus cabelos negros desciam até sua cintura, e seus olhos eram castanhos, iguais aos pai. Os dois eram a única família que eu tinha. Perdi meus pais em um assalto, e minha tia abandonou Mari quando ela nasceu e nunca mais deu notícias.


Mari sempre foi minha pequena, mas há algum tempo eu vinha percebendo que ela era alvo dos olhares de quase todos os homens da redondeza, principalmente de Pedro. Eu tinha que ter uma longa conversa com meu amigo. Ai dele se tocasse em um fio de cabelo da minha princesa. Sou muito ciumento, mas nunca olhei para Mari com outros olhos e tambem tinha certeza de que ela me via somente como irmão.


–Mari, cadê o tio? –Ela deu de ombros.


–Não sei, mano, achei que estava com você. –Ela se aproximou, mas logo parou e fez uma careta. –Herrera, você está fedendo. –Ela fez cara de nojo.


Sorri.


Pela segunda vez no dia, uma mulher reclamava do meu cheiro. Isso era comum. Por causa do meu trabalho eu vivia na companhia de porcos, vacas, ovelhas e até coelhos. Normal de vez em quando cheirar como eles.


–Até você, pequena? –Comecei a correr atrás dela. Mari odiava que eu fizesse cócegas em sua barriga, e eu adorava tortura-la. Joguei minha prima no sofá e comecei o ataque. Quanto mais ela pedia para parar, mais eu continuava, rindo das caretas que ela fazia.


–Sorte sua que estou de bom humor hoje. Te deixar em paz vai ser minha segunda boa ação do dia –eu disse, me afastando. –Ah, é? E qual foi a primeira? Ajudou uma vaca a atravessar a estrada? –Mesmo com a respiraçao falha pelo ataque de cócegas, Mari conseguia fazer piada.


–Não, ajudei com as malas da sua pupila. –Ela arregalou os olhos e pulou do sofá rapidamente.


–Merda! A garota não chegaria só amanhã? –perguntou enquanto entrava em seu quarto. Caminhei até a cozinha e peguei uma banana da fruteira.


–Acho que o pai resolveu despachá-la antes! –gritei para que Mari pudesse me ouvir do seu quarto, enquanto descascava a fruta. Voltei para a sala e aguardei.


–E como ela é? –Enquanto perguntava, sua cabeça apareceu na porta.


Comecei a me lembrar da garota mimada. Fechei os olhos e era como se a visse em minha frente novamente. Seus cabelos estavam molhados de suor, e alguns fios grudavam no rosto. Ela estava com as bochechas vermelhas pelo esforço e tinha uma boca que me fazia pensar em coisas. Senti algo endurecendo dentro da calça. Não acredito que estou ficando excitado por aquela nojentinha.


E então? –Me assustei com a voz da Mari. Ela estava sentada embaixo do batente da porta, calçando as botas.


–E então o que? –perguntei, pois os pensamentos que estavam em minha cabeça tinham me feito esquecer a Mariana.


–Como ela é, Alfonso?


–Ah! –eu disse, tentando ganhar tempo para a resposta. –Ela é como um cristal.


–Como assim? Mari perguntou, sem entender.


–Nada. Agora anda logo, tenho que ir até o Pedro antes de voltar para a cidade.


Mari deve ter achado que eu estava ficando doido, pois me olhou de um jeito estranho, mas logo percebeu que se ficasse para discutir comigo se atrasaria ainda mais para receber a princesinha, então não perguntou mais nada.


~~*~~*~~


–Pedro, eu estou te falando, essa garota só vai trazer problema –comentei com meu amigo. Ele estava na cabine de uma máquina que mais parecia um disco voador de tão grande.


–Cara, faz meia hora que está falando dessa menina. Quer dar um tempo para minha cabeça? Estou trabalhando. –Ele pulou lá de cima. Realmente aquele trambolho era alto pra caramba.


Pedro é engenheiro agrônomo. O melhor da região. Somos amigos desde a faculdade. Na verdade tudo começou com uma briga em um jogo de cartas. Até hoje ele jura que eu roubei. O que é uma calunia, nunca roubo no truco. Então, depois que eu ganhei um olho roxo, e ele, um nariz quebrado, acabamos nos aproximando na enfermaria do campus. Desde então ele é o meu melhor amigo meu companheiro de jornada.


Antes de ir ver o Pedro, deixei a Mari na fazenda, pois ela seria paga para ser dama de companhia da filha do Braga. A menina ficaria aqui por um tempo e o pai não queria que a donzela ficasse sozinha. Quando zombei que al seria dama de companhia, minha prima se irritou ficou quase um dia inteiro sem falar comigo, o que foi um recorde, mas logo fizemos as pazes.


Meu amigo trabalhava em uma plantação de soja nas imediações e por isso estava em cima daquela colheitadeira do demônio. Velhas rivalidades nunca terminam. Não sei como foi que escolhi um agrônomo para melhor amigo. Eu devia estar louco.


–Cara, só estou dizendo que a Mari vai ter que ficar grudada nela o tempo inteiro. E isso quer dizer que nós dois estamos ferrados. A garota é difícil de engolir.


Tentei explicar meu ponto de vista, mas acho que Pedro teria que ver com os próprios olhos a menina que era como um cristal.


É assim que eu a imagino: como um cristal. Lindo, brilhante, mas muito fácil de quebrar, praticamente intocável.


–A Mari vai ter que dormir na sede com ela? –A voz do meu amigo tirou aqueles olhos azuis dos meus pensamentos. Talvez ele tivesse razão: eu estava pensando demais naquela garota. Precisava mudar o rumo da conversa, e sabia bem para onde seguir.


–Pedro, porque será que, de tudo o que eu falei, você só se interessou em saber da Mari? –perguntei com um tom de voz mais ameaçador. Ele conhecia a minha prima havia muito tempo, mas eu não estava gostando do jeito possessivo com que se referia a ela. Pedro tinha a minha idade, ou seja, velho demais para minha pequena.


–Só estou curioso, uai. –Ah! Eu me esqueci de mencionar que Pedro é mineiro. Seu sotaque carregado sempre fez sucesso com a mulherada, embora fosse muito tímido. Deu um trabalhão ajudá-lo a se enturmar durante a faculdade, mas, quando se enturmou, comprovou o que dizem sobre os mineiros: come quieto.


–Entendi –respondi dando a ele um olhar mais duro, mas Pedro simplesmente fingiu que não era com ele. –Mudando de assunto, tem cover country no bar da Raquel amanhã. Você vai?


Pedro deu de ombros e respondeu sem nenhum interesse:


–Não sei, ando meio cansado. Sabe como essa época da safra acaba comigo. Tô mortinho da Silva!


–Tudo bem, eu tenho que ir: prometi a Mari que a levaria para dançar. –Assim que eu disse o nome da minha prima, Pedro mudou a expressão e endireitou o corpo antes de falar.


–Acho que posso aparecer por lá também –disse, desviando o olhar.


Ele sabia que estava pensando merda, por isso não me encarava.


–Sério?! –Arqueei uma sobrancelha. –Só tenho uma palavra para você, Pedro: DEZOITO. –Dei ênfase à idade da minha pequena para ele entender de uma vez por todas que Mari não era para o bico dele.


–Deixa de ser idiota Alfonso. Essas caraminholas na sua cabeça ou são muito sol ou falta de sexo –ele disse, tentando mudar de assunto.


Rio das suposições dele, pois falta de sexo com certeza não era. Raquel tinha me deixado muito satisfeito naquela manhã. Sem querer prolongar o assunto, me despedi e peguei o caminho de volta para a cidade. Enquanto dirigia, comecei a escutar Country Boy, uma das minhas músicas preferidas.


 


Cause I’m a country boy, I’ve got a 4-wheel drive


Climb in my bed, I’ll take you for a ride


‘’ Country Boy’’ –Alan Jackson


 


Comecei a cantar junto. O tempo que passei no Texas me fez amar o estilo country. Mesmo depois que voltei para o Brasil, nunca deixei de escutar as minhas músicas preferidas.


No caminho, meu celular tocou. Preferia quando não tinha sinal, assim as pessoas falavam mais pessoalmente, mas não podia negar a grande facilidade que o aparelho trazia quando o assunto era o meu trabalho.


–Alô. –Encostei a caminhonete antes de atender.


–Herrera, o transporte adiantou, você vai ter que volta para receber os animais –informou o meu tio.


–Estou indo –respondi e logo desliguei o celular. Estava esperando as novas aquisições do Braga somente no dia seguinte. Pelo jeito, ele resolveu adiantar tudo aquele dia, inclusive a filha. Sorrio ao me lembrar da Cristal. Não sabia ao certo o que aquela garota fazia ali, mas com certeza era algo contra sua vontade, pois era nítido o seu desgosto. E algo me dizia que ela era uma roubada.


Fiz o retorno e peguei a estrada para a fazenda novamente. Ou um dos poucos profissionais da região e, apesar de atender a várias propriedades, sou o único veterinário da Fazenda Girassol. Roberto Braga tem um grande rebanho de gado leiteiro e tambem cavalos de competição, e eu sou responsável por qualquer animal que chega ou sai da sua propriedade.


Amo meu trabalho, mas, desde que voltei ao Brasil e me reaproxime do tio Santiago, tinha uma vontade enorme de voltar a montar. Fazia isso quando adolescente, mas abandonei os rodeios para entrar na faculdade. Mas estava na hora de correr novamente atrás dos meus sonhos; um grande rodeio acontecia em uma cidade vizinha, e os peões vencedores passariam fazer parte da equipe do circuito nacional. Era a minha chance. O sonho de viajar pelo Brasil levando a minha verdade, o meu interior e as minhas raízes aonde quer que eu fosse.


Estacionei a caminhonete e fui logo em direção ao caminhão. Minha função era verificar se todas as vacinas necessárias haviam sido corretamente aplicada. Tambem me certificava de que as normas de bem-estar dos animais estavam sendo respeitadas. O s.r. Roberto é bem rigoroso em relação a isso. Nenhum animal saia da fazenda ou entrada nela passando por algum tipo de sofrimento ou desconforto. E essa foi uma das razões que me fizeram aceitar a sua proposta de emprego. E era o que me mantinha lá.


Repudio quaisquer maus-tratos a animais e nunca aceitaria trabalhar em algum lugar que não tivesse os mesmos princípios que eu.


Conferi tudo, inclusive se havia algum animal ferido. Após confirmar que todo estava certo, assinei a papelada para que o caminhão fosse liberado.


Já estava pronto para voltar para casa e sai do galpão um pouco apressado, sem perceber que alguem estava chegando. Eu me choquei com um corpo e acabei caindo no chão.


Assim que abri meus olhos e vi a mulher embaixo de mim, meu corpo se animou, não consegui evitar. Seria realmente bom se estivéssemos em outro lugar.


–Sai de cima de mim, seu idiota. –Brochei imediatamente! Por que ela tinha que abrir a boca?


–Foi mal, esquentadinha – disse sem pensar. Levantei e estendi a mão para que ela fizesse o mesmo.


Ela aceitou minha ajuda e ficou de pé.


–O que você está fazendo aqui? –questionei, pois ela não parecia uma mulher que se misturava aos animais. E, pela roupa que usava, não estava ali para alimentar os porcos.


–Com certeza não foi para ver você, que pelo visto ainda não tomou banho. –Ela apontou pra mim e fez cara de nojo.


Estava ficando cansado daquela patricinha metida, então a deixei falando sozinha e andei em direçao à minha caminhonete.


–Ei, seu caipira, eu ainda estou falando com você. –Sua voz era irritante.


Levantei a cabeça pedindo paciência aos céus.


 –O que você quer? –Me virei em sua direçao, já irritado. –Seu lugar não é aqui.


Continuei andando.


A garota continuou me seguindo, bufando de raiva. Sua pele vermelha indicava que ela tambem não ia com a minha cara, e eu estava pouco me lixando para o que aquela mimada pensava.


–Qualquer lugar em que você esteja não é o meu lugar –retrucou ela, usando o mesmo tom de voz que eu. –Mas, infelizmente, preciso da sua ajuda para encontrar alguem. Muito difícil para você? –Arqueou uma sobrancelha e me deu um sorriso desafiador. –Ouvi dizer que tem um médico veterinário aqui, e eu adoraria conversar com alguem alfabetizado. –Desdenhava de mim na caradura.


Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ela estava falando de mim!


Claro que eu não perderia a oportunidade de irritá-la mais uma vez. Abri um sorriso antes do meu próximo passo.


–Muito prazer –disse, tirando o chapéu e me curvando diante dela. –Dr. Alfonso, à sua disposição –completei.


Sua boca se abriu, e vi a expressão ‘’ cair o queixo’’ de forma literal.


–Mas, infelizmente, o analfabeto aqui não tem tempo para perder com conversas fúteis vindas de uma garota mais fútil ainda. –ela me olhava de cima a baixo, me analisando, ainda com a boca aberta.


–Eu...-Ela começou a dizer algo, mas eu a cortei.


–Passar bem, Cristal! –Me virei e não segurei o riso.


Aqui o sistema é bruto!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): fertraumadaponny

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Tinha acabado de sair o banho e aqueles malditos olhos claros me perseguiram até quando secava meu cabelo. Desde que encontrei com aquele chucro, eu não conseguia tirar aquele olhar dos meus pensamentos. –Você deve estar ficando louca, Anahí. Um roceiro?! –disse para a minha imagem no espelho. Estava sozinha no quarto que havia sido c ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • barbie Postado em 19/10/2019 - 07:47:10

    Cadê vc? Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plissssssssssssssssssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 03/11/2019 - 23:09:45

      Oiiiii amore, voltei ^^ Postando

  • barbie Postado em 20/09/2019 - 10:09:29

    Queroooooooooooooooooooooooooooooo Maissssssssssssssssssssssssssssssssss Plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 21/09/2019 - 19:11:52

      Oiiiiieee postando amore ^^

  • barbie Postado em 07/09/2019 - 21:03:15

    Estava sumida, pois estava sem internet, mas agora consegui resolver o problema e agora estou de volta e espero não sumir mais... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaa Plisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss sssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 21/09/2019 - 19:11:21

      Tudo bem eu entendo ^^ Fico muito feliz que tenha voltado Postando amore

  • tinkerany Postado em 12/08/2019 - 23:32:00

    Continua

    • fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:10:42

      Postando amore *-* Vc provavelmente também irá sentir ranço pela Letícia "amiga da May", ela é praticamente um lobo em pele de cordeiro

  • barbie Postado em 12/08/2019 - 22:57:30

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:09:34

      Postando amore *-*

  • barbie Postado em 09/08/2019 - 19:07:20

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 14/08/2019 - 01:09:07

      Postando amore ^^

  • tinkerany Postado em 07/08/2019 - 01:56:02

    Eu vou surtar com esse Rafa aaaaaa

    • fertraumadaponny Postado em 11/08/2019 - 23:49:01

      kkkkkkkkk sim vc vai surtar com esse cara, vai pegar ranço dele assim como eu tenho um ranço eterno dele kkkk Postando amore ^^

  • barbie Postado em 04/08/2019 - 14:45:12

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssss

    • fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:26:25

      Postando amore ^^

  • tinkerany Postado em 04/08/2019 - 05:09:49

    Continus

    • fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:25:53

      Postando amore ^^

  • luananevess Postado em 03/08/2019 - 23:47:45

    😱😱😱😱😱😱

    • fertraumadaponny Postado em 07/08/2019 - 00:25:33

      Oiiie ^^ Postando amore




Nossas redes sociais