Fanfic: Grávida Por Acidente AyD Finalizada | Tema: Portinon

Boa noite pessoas! Como estão?? Bora atualizar.

Boa leitura ❤️

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Pov. Dulce

Depois de dormir um pouco estava me sentindo bem mais disposta, saí do quarto me espreguiçando, sentindo vontade de ficar deitada mais um pouco. Pensei que May pudesse estar na sala, no entanto, o apartamento encontrava-se totalmente silencioso foi aí que deduzi que Maite pudesse estar dormindo no quarto dela, dei de ombros. Porém, grande foi minha surpresa quando a vi entrar com uma sacola em uma mão e na outra uma caixa decorada. Me perguntei o quê seria aquilo. Minha melhor amiga trancou a porta e foi sentar no sofá me chamando para fazer o mesmo.

– Dul sabe de uma esses sintomas que você anda sentindo eu acho que só pode ser uma coisa... — Encarei minha amiga sabendo o que diria a seguir.

– Que coisa? — Ela enfiou a mão sacola a dentro tirando de lá três testes de gravidez de marcas diferentes. Encarei aqueles testes ciente que a certeza da gravidez eu já tinha.

– Vai lá fazer, aí depois combinamos de conversar com o Pablo.

– O quê o Pablo tem haver com isso May? — Peguei os três testes e fui seguindo caminho para o banheiro, sendo acompanhada por minha amiga.

– Ué, mas ele é o pai não é? — Não consegui evitar o giro de trezentos e sessenta graus que meus olhos deram.

– Claro que não! Não sou louca de engravidar daquele idiota! — Falei fechando a porta do banheiro em seguida para fazer os testes.

– Então de quem é... — May parou de falar e eu podia jurar que ela estava com os olhos arregalados. – Dulce Maria Espinoza Savinón! Não me diga que você não sabe quem é o pai do bebê?!

– Saber eu sei, só nunca vi pessoalmente. — Maite ficou calada.

Depois de fazer o xixi nos três potinhos e colocar dentro os palitinhos fiquei ali esperando o resultado, com medo daqueles testes darem negativo, por mais que eu soubesse que era real, que o bebê existia, estava com medo de por alguma hipótese dar outro resultado. Foram os mais torturantes e demorados dez minutos da minha vida, e por fim tinha chegado o momento de olhar, meus olhos já estavam marejados. A ansiedade foi tanta que decidi tirar os três palitinhos de uma única vez, e só para confirmar a minha certeza porque os três deram positivo.

Abri a porta daquele banhei e chorando ao mesmo tempo, enquanto tinha os resultados nas mãos, May ao me ver veio logo me abraçar e minutos depois sorria e chorava comigo também.

– Parabéns Dul! Meu Deus você vai ser mamãe!

– Sim eu vou May! Me sinto tão realizada! — Minha amiga quebrou o abraço para me encarar.

– Eu vou estar com você em tudo e te apoiar em tudo também. Mas me fala como isso aconteceu? Como é possível você não conhecer pessoalmente o pai do bebê?

– É uma longa história, e para você não ficar achando que estou grávida do Pablo quero que saiba que meu bebê foi inseminado.

– Como é? Mas co... Quando? Essas coisas não são caras não?

– Pois é são, mas a doutora Iglesias me deu praticamente de graça, apenas tive que pagar pelos exames. — Fui caminhando em direção ao sofá sendo acompanhada por May. Sentamos uma de frente para a outra, deixei os testes sobre a mesa de centro vendo minha amiga me olhar intrigada.

– E porque razão ela te daria um procedimento tão caro desses de graça? — Encolhi os ombros porque nem eu sei.

– Ah talvez a doutora Iglesias tenha ficado comovida por saber da minha enorme vontade de ser mãe.

– É, talvez. — May se abaixou para pegar algo no chão, quando voltou a posição que estava antes além de ter um enorme sorriso no rosto, trazia nas mãos aquela caixa que vi com ela quando me entregou os testes de gravidez.

– O quê é isso?

– É para você futura mamãe. — A baixinha me sorriu com os olhos apertadinhos, e naquele momento eu não sabia se chorava ou sorria. O embrulho de estampa infantil já denunciou do que se tratava, o primeiro presente do meu bebê. Funguei tentando segurar as lágrimas.

Fui desembrulhando o presente com cuidado para não estragar a decoração, e quando por fim o abri meus olhos brilhavam, era um conjuntinho de frio muito meigo na cor rosa bebê.

– É tão lindo May, muito obrigada. Nós amamos.

– O primeiro presente de muitos que a madrinha vai dar. — Bateu palminhas e eu sorri mais ainda.

Pov. Autora

Verônica Iglesias desceu do uber aquela manhã com um sorriso enorme, sentia-se imensamente feliz tanto que preferiu não dirigir seu carro com medo de bater ou coisa assim, pois estava quase por sair flutuando, tamanha sua felicidade.

Suspirou mal conseguindo acreditar que tudo saiu até melhor que o planejado, seu casamento com Lucy Vives encontrava-se a salvo e ambas estavam agora curtindo uma segunda lua-de-mel.

Esse tempo que ficou afastada do trabalho manteve o celular desligado, ligando-o agora e deparando-se com mais de cinquenta mensagens de Anahi, e trinta ligações perdidas de um número que ela mal sabia de quem era. Verônica suspirou sabendo que encontraria sua sobrinha muito brava, mas ela estava pouco se lixando. Nunca teve intenção de inseminar Gabriela Carrillo com o sêmen de Anahi, Iglesias nunca a suportou e não permitiria que seu futuro sobrinho ou sobrinha fizesse parte do golpe mais velho da face da terra, o da barriga.

Ela sabia bem o que lhe esperava assim que retornasse e já estava preparada para tal. Sorriu ladino ao entrar no aplicativo whatsapp, correu os olhos por seus contatos até o nome loira, desceu até a última mensagem e não conseguiu conter mais um sorriso ao lê-la:

VERÔNICA QUANDO VC APARECER EU VOU TE ESGANAAAARRR!!!😠

– Você vai é me agradecer garota. — Digitou uma resposta rápida guardando o celular na bolsa e seguiu para a porta principal de sua clínica. Indo direto para sua sala enquanto dava bom dia á alguns funcionários.

Demorou apenas vinte minutos para Verônica ouvir sua secretária falar alto com alguém, e em seguida sua sala ser invadida por uma Anahi extremamente furiosa. Iglesias deu um sorriso debochado e a Portilla foi a loucura socando a mesa.

– Do quê está rindo? — Rangeu Anahi dentro de um impecável terno azul marinho Dolce & Gabbana, sua testa franzida e o cabelo chegando na altura dos ombros, destacava sua cor do louro em contraste com a luz do local. A secretária encolheu os ombros e Verônica fez sinal que estava tudo bem e que ela poderia se retirar. Sol assim o fez fechando a porta depois de sair.

– Por que está tão irritada posso saber? — Vero cruzou os braços e assistiu sua sobrinha estreitar os olhos apontando-lhe o dedo.

– Ora sua...!!! Como teve coragem de me dizer que estava apenas me ajudando?!!

– Tudo bem Anahi esperarei seu obrigada mais tarde. Agora se me der licença tenho alguns trabalhos acumulados para resolver.

– Não brinca comigo Verônica! — Deu mais um soco e seus olhos agora pareciam duas chamas. – Eu não te denunciei porque é minha tia, irmã da minha mãe e é como uma melhor amiga para mim, mas o que fez foi crime! Inseminou o único sêmen que eu tinha guardado em uma estranha e ainda debocha de mim!

– Se quiser denunciar Anahi fique a vontade. Até porque não me arrependo de nada do que fiz, e digo mais faria tudo exatamente do mesmo jeito.

– Como é que é?! — Gritou espalmando as mãos na mesa. – Você pensa que é quem para decidir sobre a vida das pessoas?! Para decidir com quem elas devem ter filhos.? Hein Verônica?!

– Sou sua tia, uma pessoa que te ama e que sempre irá te proteger. E além de tudo isso Anahi, sou sensata e consigo enxergar um golpe a quilômetros de distância. — Suspirou unindo as mãos e apoiando o cotovelo sobre a mesa. – Você não é tão burra assim para não ter percebido como sua noiva é ambiciosa, interesseira e esperta.

– Claro que já percebi. — Endireitou sua postura metendo ambas as mãos dentro dos bolsos de sua calça social.

– E mesmo assim queria ter filho com ela?

– Eu já tinha desistido disso, Gabriela nunca seria mãe do meu herdeiro. A questão aqui não é sobre minha noiva, e sim que você não poderia ter decidido por mim, tomado partido e inseminado uma desconhecida.

Verônica suspirou, destrancou uma gaveta puxou-a para fora tirando de lá um envelopes marrom, trancando-a novamente em seguida. Deixou sobre a mesa e com um pequeno aceno de cabeça, indicou para que Anahi o pegasse. Ela assim o fez.

– Dentro desse envelope estão as informações sobre a mãe do seu filho ou filha, a mulher que fiz a inseminação com seu sêmen. Dulce é uma excelente pessoa, e o mais importante não é interesseira.

– A única coisa que quero dessa Dulce é meu filho. — Disse ríspida e pôs-se a caminhar até a porta.

– Mas se quiser saber onde ela mora irá precisar dessas informações. — Anahi parou pensando um pouco para depois voltar até a mesa, pegou o envelope e saiu batendo a porta com toda a força. Verônica alisou o queixo enquanto sorria. – Ah Anahi, você ainda vai me agradecer muito.