Fanfic: Grávida Por Acidente AyD Finalizada | Tema: Portinon

Bom diaa❣️

...

Pov. Dulce

Os dias foram passando e eu já estava para completar oito semanas de gestação, assim que soube que a doutora tinha voltado para a clínica fui até lá conversar com ela, a senhora Verônica Iglesias além de ter me pedido milhões de desculpas, e ter dito que eu estava no direito de processá-la, me explicou algumas coisas que eu precisava muito saber, segundo ela.

Mas para ser bem sincera não passou pela minha cabeça processá-la, porque querendo ou não, e apesar de não estar ciente de quando aconteceria, eu aceitei fazer a inseminação, mesmo sabendo que a outra pessoa não estava ciente.

– Então quer dizer que essa tal Anahi Portilla, sua sobrinha... — Ela concordou esboçando um pequeno sorriso. – Muito provavelmente irá propor que eu entregue meu filho assim que nascer? — A doutora concordou. – Não vou permitir isso, esse bebê é meu! Meu! — Eu não queria demonstrar fraqueza, mas senti minha voz vacilar.

– E não deve permitir mesmo, é por isso que vou te ajudar. — Ela disse com determinação e fiquei sem entender. Por que a doutora me ajudaria??

– Me... Me ajudar? — Será que a senhora Iglesias está falando sério mesmo?

– Sim Dulce, minha sobrinha está noiva de uma mulher vulgar, interesseira e muito falsa. Gabriela não merece a Anahi e muito menos o bebê que você está esperando, ela fará de tudo para convencer Anahi a tirar a criança de você.

– O quê? Quem essa Anahi pensa que é?! No meu filho ela não vai tocar!! — Nem que eu tenha que fugir para o México, mas meu bebê elas não vão tirar de mim. – E como vai me ajudar?

– Simples, você e a Anahi vão casar. — Disse como se fosse realmente simples me fazendo arregalar os olhos. Essa mulher só pode estar doida!

– Espera aí! A senhora só pode estar brincando né! — Ela moveu a cabeça negando enquanto sorria

– Não, e não precisa me chamar de senhora. Vocês duas formarão a família perfeita, e sei que estou completamente certa nisso.

Fiquei alguns segundos calada analisando o que acabei de escutar, eu sou pobre, sou totalmente o contrário da noiva da tala Portilla, que com certeza também é rica e sofisticada, não que eu seja uma total zero a esquerda em relação a etiqueta, apenas sei o básico. Porém, comparado a essas duas mulheres é como se eu não soubesse nada.

Isso é loucura demais! Não posso me meter nessa furada, muito menos meter meu bebê nessa confusão toda. Não sei o que fazer! Não sei o que fazer!

Fechei os olhos, meus cotovelos estavam apoiados em ambas pernas minhas, então me permiti descansar o rosto sobre as mãos. Como vou poder ter meu bebê em paz assim?!

– Dulce, sei que é muito para você nesse momento, no entanto tenho que te deixar avisada. Uma hora ou outra a Anahi vai te procurar, ela tem informações sobre você e sabe onde mora, te encontrar é apenas questão de tempo.

– Co... Como assim? Onde ela conseguiu essas informações?? — Ergui o rosto sentindo algumas lágrimas caírem.

– Comigo. — Arregalei os olhos. – Anahi veio me procurar muito brava com tudo que fiz, eu a alertei sobre a noiva, mas minha sobrinha não é uma idiota completa como pensava, ela já percebeu as intenções de Gabriela. Mas mesmo assim não parece ter desistido do casamento em questão. — Revirou os olhos soltando um suspiro em seguida. – Eu já tinha reunido algumas informações sobre você, e com a vinda de Anahi até aqui só me poupou trabalho de procurá-la para entregar.

– O quê?! — Saí da cadeira muito nervosa tentando a todo custo segurar as lágrimas. – A senhora fez isso e agora espera que acredite que quer me ajudar?! Vocês ricos acham que podem manipular todas as pessoas né? Mas deixa só eu te falar uma coisa não vai funcionar comigo! — Deixei um suspiro escapar sentindo algo incomodar meu corpo. – Nem que eu tenha que fugir daqui, no meu filho ninguém toca. Ni... Ninguém vai, ninguém vai to... — As palavras sumiram da minha boca e a última coisa que vi, foi a doutora Iglesias correndo de encontro a mim.

....

– Dulce, Dulce? Hey como está se sentindo? — Eu ouvia uma voz ao longe me chamar, abri os olhos lentamente e ainda um pouco tonta vi a doutora do meu lado.

– Onde... Onde eu estou?

– Em um dos quartos aqui da clínica, você desmaiou, ainda bem que cheguei a tempo de te segurar antes que chegasse ao chão. Você teve uma repentina queda de pressão e pelos exames que fiz pude ver que não está se alimentando direito.

– Exames?

– Sim, você estava um pouco pálida então achei melhor realizar alguns exames. Dulce, uma boa alimentação durante a gravidez é essencial tanto para a mãe quanto para o bebê, principalmente para evitar um possível quadro de anemia. – Me sentei na cama olhando para baixo toquei minha barriga com uma das mãos. Me desculpa meu bebê, você nem nasceu e aqui fora tá uma loucura em tanto, mas a mamãe promete que vai te proteger. Sempre e para sempre.

– Dulce, te receitei algumas vitaminas, e partir de amanhã começaremos o seu pré-natal. — A encarei sem saber o que sentir, não sei se agora sentia raiva ou estava agradecida por ela ter me metido numa loucura dessas, a única coisa que não me arrependo é de ter dentro de mim meu grãozinho de amor.

– Eu agradeço por ter me ajudado agora pouco, porém não posso pagar por um acompanhamento médico nessa clínica, na verdade nem sei se tenho emprego ainda.

– Não se preocupa com isso, não irei te cobrar nada, você está carregando um herdeiro da família Portilla, o filho da minha sobrinha. Como falei antes vou te ajudar, em relação ao emprego você não precisará mais ir, irei depositar todos os meses uma mesada na sua conta, assim você conseguirá...

– Nem pensar! — A interrompi descendo da cama. – Isso não é um golpe do baú não senhora Iglesias, eu nunca faria uma coisa assim nem que passasse fome. Tenho meus princípios e minha dignidade. — Falei firme e observei um largo sorriso surgir no rosto dela.

– Eu sabia Dulce, você é a mulher perfeita para minha sobrinha. — Disse isso enquanto um sorriso satisfeito tomava conta de seus lábios. Suspirei, céus como fui acabar em uma situação assim?!

– Agradeço muito senhor—

– Por favor Dulce, me chame apenas de Verônica.

– Está bem, Verônica — Fiz o que me pediu mesmo estando insatisfeita. – Eu agradeço muito, mas poderia me dar um tempo para digerir todas essas coisas? Afinal de contas estou carregando um herdeiro em minha barriga, e sei muito bem o peso que essa palavra carrega.

A doutora assentiu e a próxima coisa que fez me deixou de olhos arregalados, ela me abraçou, fiquei paralisada para depois retribuir mesmo que mecanicamente aquele ato de carinho – que eu achei estranho, é claro – mas que não deixava de ser algo que mais venho precisando desde que descobri a gravidez.

Foram segundos que mais pareceram minutos, os quais foram interrompidos por alguém que rompeu porta a dentro, nos separamos no mesmo instante. A mulher que entrou era linda, trajava uma roupa formal, porém sedutora, seus cabelos levemente ondulados chegavam na medida dos ombros, ela encarou a doutora Verônica para logo mais direcionar seus olhos para mim. E outora vez fui surpreendida com um abraço.

– Mas o que...—

– Seja bem vinda a família minha querida. — Disse a mulher interrompendo-me. – Vero já me contou tudo e eu não via a hora de encontrá-la Dulce, você é linda demais. Anahi teve sorte. — Por que elas precisam envolver essa Anahi em tudo quando falam comigo hein??

– Eu agradeço, mas... — Ela me interrompeu carregando no rosto um sorriso simpático.

– Ora não precisa agradecer, sou Lucy Vives, casada com a Vero e a partir de hoje sua amiga se assim quiser. — Eu estava apreensiva? Estava, mas saber que aquelas duas mulheres além da May, estariam ali para mim me deu um alívio tão grande, que apesar de tudo deixei que um sorriso pequeno escapasse.

– Muito obrigada. — Sem que eu pudesse segurar um suspiro escapou.– Vocês não imaginam como me deixam feliz ao saber disso.

– Você merece a nossa confiança estou completamente certa disso. E Dulce, em relação ao dinheiro que falei anteriormente eu... — A interrompi.

– Já falei doutora, não quero nenhum dinheiro na sorte ainda tenho meu emprego, só preciso ir lá conversar com meu patrão.

Meia hora depois eu já tinha saído da clínica, as duas só me deixaram ir embora de lá depois que prometi não sumir do campo de visão delas.

Cheguei rapidinho ao prédio, Verônica – como ela quer que chame – e sua esposa me fizeram entrar em uber e me obrigaram a aceitar o dinheiro para pagar pela viagem. Eu agradeci muito, pois, graças a isso não demorei para estar em casa.

Agora cá estou eu dentro do elevador esperando chegar no 4° andar, e enquanto isso acariciava minha pequena e quase imperceptível barriga de grávida. Minutos mais tarde a porta se abriu, procurei a chave dentro de minha bolsa e quando a achei fui logo abrindo a porta, assim que acendo a luz percebo que tem alguém sentado de costas para a porta no sofá, já que a sala fica ali perto da saída do apê, não era a May disso tenho certeza. Meu corpo todo gelou e a palavra “assalto” piscava em minha cabeça. E o que será que aconteceu com minha amiga?

– Quem é você? O que quer aqui? Cadê a May? — Perguntei nervosa pegando o celular e tentando discar o número da polícia.

– Não se dê ao trabalho de chamar a polícia Dulce Maria. — Essa voz... Por que será que me parece familiar? – Só quero acertar tudo sobre a entrega do meu filho assim que ele nascer. — A pessoa levantou e cada passo que dava para se virar e ficar de frente para mim, meu coração disparava. O que é isso? Perguntei a mim mesma querendo entender por que me sentia assim diante de um estranho, ou melhor estranha porque a voz é feminina tenho certeza.

Mas foi só a pessoa finalmente virar e me olhar nos olhos que eu paralisei. Não pode ser, é... É a Giovanna??!

...

Até o próximo.😘