Fanfic: Grávida Por Acidente AyD Finalizada | Tema: Portinon

Boa noite pessoas!

Boa leitura ❤️

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Pov. Autora

Dulce encarava a mulher a sua frente sem acreditar que era real mesmo, quanto tempo esperou para reencontrar Giovanna, e fantasiou o encontro de ambas, de como seria perfeito e que finalmente poderiam continuar da onde pararam.

Mas vendo aquela versão de Giovanna, tão superior, tão arrogante e tão dona da porra toda, Dulce percebeu que talvez aquele amor de verão tinha ficado em Cancún, pois, não reconhecia a paixão de adolescente que tanto mexeu com ela.

Aproveitando que a pessoa em questão saiu do sofá, e foi dando passos cautelosos até ficar de frente para si, foi impossível não admirar e porque não também babar na mulher linda, e nos olhos azuis que a fez se perder muitas vezes. Não controlou seus olhos quando ambos fizeram um pequeno tour no outro corpo, avaliando cada pedacinho e pode notar como Giovanna estava diferente, Dulce queria saber se o tanquinho de antes ainda estava ali. Mordeu o lábio com o pensamento e se sentiu quente de repente.

Será os hormônios da gravidez?? — pensou consigo mesma.

Mas balançou a cabeça minimamente para retomar o foco do que estava acontecendo. Por que Giovanna estava ali, dentro de seu apartamento? E onde estava May afinal? Dulce ainda com o celular em mãos foi direto ao whatsApp ligar para May. Estava preocupada.

– Já falei que não será necessário ligar para a polícia. — Anahi repetiu, e a ruiva apenas revirou os olhos. A Portilla tinha que admitir que estava um pouco surpresa ao ver Dulce Maria, só não entendia por quê.

Lembra que quando leu todo aquele documento sobre a mulher que carrega seu filho, viu que o nome dela também tem Maria, isso a fez voltar alguns anos atrás, na época que era adolescente e conheceu uma garota que por muito tempo considerou especial, mas visto que seria uma empresária de sucesso – como realmente aconteceu – Anahi não poderia se prender a laços do passado, teria que ter muito foco para atingir seus objetivos.

Até ponderou procurar Maria, mas disistiu de fazer. Pois, sabia bem que naquele momento não poderiam ter nada além de um amor de verão. Por isso decidiu esquecê-la.

Porém, analisando detalhadamente a Savinón enquanto fala ao celular, a Portilla até pôde notar algumas semelhanças, mas a Maria que conheceu usava óculos a maior parte do tempo, era magrinha, tinha os cabelos ondulados, usava aparelho móvel, e depois de ganhar o colar com pingente de fada que Anahi deu, ela não tirava do pescoço.

É, definitivamente não é minha Maria. — Concluiu a Portilla.

– Vai ficar plantada nesse celular até quando? — Disse Anahi irritada segurando o braço de Dulce, pelas contas dela aquela mulher já havia passado mais de dez minutos na ligação. A ruiva a encarava com olhos arregalados por ser pega de surpresa e pelo susto. – Se estou aqui é porque precisamos falar de algo sério.

Dulce puxou o braço de volta raivosamente, despediu-se de May que explicou ter precisado entrar no trabalho mais cedo, e suspirou erguendo uma sobrancelha para a mulher a sua frente.

– Não entendo por que está aqui, e pode me dizer quem foi que permitiu você invadir meu apartamento?? — Anahi sorriu ladino e a ruiva resmungou para si mesma: que droga de sorriso era aquele?

– Eu não invadi, apenas dei um agrado ao porteiro e disse que era da família. — Encolheu os ombros rapidamente numa clara demonstração de que não foi nada demais.

– Que vem a ser invasão! Você comprou o porteiro!? — A ruiva estava visivelmente irritada e por instinto levou a mão direita ao ventre, o acariciando. Tal ato não passou despercebido por Anahí que sentiu o coração esquentar. Havia uma vida ali dentro que também era parte sua.

– Eu já lhe falei o que me traz aqui. Quero acertar tudo sobre a entrega do meu filho, assim que nascer. — Deu mais alguns passos adiante e Dulce sentiu as pernas bambearem.

– Não me diga que você... Que você é a Ana-Anahi Portilla??! — Se bateu internamente por ter gaguejado. Precisava se recompor oras!

A coisa estava ficando pior do que pensava, para falar a verdade Dulce nem prestou atenção direito ao que a mulher disse de primeira, Quando entrou no apartamento. Mas agora, a famosa Anahi Portilla estava bem ali a sua frente, exigindo que entregue seu filho, aí já é demais!

Anahi chegou mais perto ainda, com isso a menor acabou por perder o equilíbrio e senão fosse as mãos rápidas da Portilla, Dulce teria ido ao chão. Agora ambas encaravam-se, olhos azuis tranquilos e determinados contra olhos cor avelã um tanto arregalados e sem reação. A ruiva pensou que seu coração fosse parar a qualquer instante, pois ele nem batia mais coordenadamente.

– Tome cuidado. Não quero que nada aconteça ao meu herdeiro! — Disse ríspida e Dulce sentiu o corpo tremer. Assim que firmou as pernas desvencilhou-se de Anahi e foi até a cozinha, sendo acompanha pela mulher de olhos azuis.

A ruiva pegou um copo, despejou um pouco de açúcar e logo o encheu até a metade de água, deu uma mexidinha com a ajuda da colher, e levou o copo a boca enquanto tremia. Anahi vendo aquilo ficou preocupada, Dulce estava muito nervosa e isso não fazia bem ao bebê. Ela tratou logo de puxar uma cadeira e mesmo a contra gosto por parte da mais nova, conseguiu que Dulce sentasse.

– Procure se acalmar! Ou terei que chamar minha tia Verônica! — Sua voz estava áspera e muito irritada. Se aquela mulher não fosse capaz de se cuidar sozinha, Anahi precisaria vigiá-la de perto para manter a segurança dala e do bebê.

– Não grite comigo como se eu fosse um de seus funcionários! — Dulce rosnou encarando-a feio e percebeu a Portilla tensionar o corpo.

– Não você não é, mas está carregando meu filho e eu exijo que se cuide bem. — Disse autoritária e Dulce precisou se esforçar muito para não revirar os olhos.

– Você não exige nada! E pode baixar o tom para falar comigo Anahi Portilla, aqui dentro você não é melhor que ninguém. — E foi a vez da mulher de olhos azuis se esforçar para não gritar, por que essa mulher é tão irritante! – pensou consigo mesma.

– Que seja Dulce Maria, você assinará um termo que será feito por meu advogado, onde abre mão totalmente do bebê, não precisará se preocupar com nada em relação a ele, na verdade você está sendo como uma barriga de aluguel.

Dulce levantou tão rápido da cadeira que quase derrubou o copo deixado sobre a mesa, que audácia daquela Portilla! Lhe tratar como uma mera barriga de aluguel! A ruiva não pensou direito apenas fez, o tapa estralou e invés de se sentir culpada ou arrependida, Dulce estava aliviada. A pele branca como a neve de Anahi ficou  um tanto avermelhada por causa da agressão. Percebeu a Portilla tensionar a mandíbula, mas não se importou com o que viria a seguir.

– Está enganada se acha que vou abrir mão do meu bebê que tanto quis, agora pode não ser o melhor momento, mas ele foi planejado e eu o amo tanto. Você não vai tirá-lo de mim Anahi Portilla, nem com todo seu poder! É meu filho e o defenderei com unhas e dentes. Ninguém vai afastá-lo de mim, nem mesmo você!

– Eu não vou discutir com você neste estado Dulce Maria, você precisa de repouso. Meu filho precisa que esteja bem para que ele fique também. — Suspirou irritada. Seria tão mais fácil se Gabriela tivesse conseguido engravidar. – Deixarei um cheque para suas despesas, e para que possa comer bem.

– Não quero seu dinheiro! Eu trabalho e posso muito bem me manter, consegui fazer isso até hoje. — Anahi Portilla não iria humilhá-la mais, não mesmo. 

– Como já falei não vou discutir com você, conversaremos melhor em outra ocasião. Bom, vou indo. Até mais ver Dulce Maria.

A cabeça de Dulce estava uma loucura, nunca na vida ela poderia imaginar que engravidaria do seu amor de verão, muito menos que Giovanna viria a ser Anahi Portilla, empresária famosa extremamente rica e agora a outra mãe do seu bebê.

Não podia negar que ainda nutria sentimentos por ela, mas essa versão atual é soberba e autoritária, acha que o dinheiro compra tudo. Sentia uma vontade enorme de chorar, por melhor dizer o choro estava engasgado na garganta, mas ao escutar a porta bater em um claro sinal que a Portilla tinha ido embora, Dulce não se conteve e deixou que as lágrimas banhassem seu rosto, chorava por tudo, por ela ser Giovanna, por ser Anahi também, chorava por seu bebê e pela possibilidade de perdê-lo, ela morreria se isso acontecesse tinha certeza.

Seus ombros tremiam e a única coisa que queria era que as lágrimas levassem toda sua tristeza.

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Até o próximo.😘