Fanfic: Minha eterna paixão - Portiñón | Tema: Rebelde, RBD, Portiñón, Portinon

O coração de Anahí disparou quando viu Dulce, apesar do gesso no braço e no pé e do curativo na cabeça, ela estava linda, Anie quase chorou de emoção ao ver Dulce bem após aquele grande susto para todos. Logo Claudia e Mari foram para o quarto, Paco foi até a cozinha conversar com Dona Blanca e Dulce chamou Anahí para irem até o escritório do senhor Fernando, a loira até tentou ajuda-la mas Dulce negou com rispidez.

- Pode falar o que tiver pra falar, mas acho muito difícil que me convença do contrário do que penso.

- E o que você pensa Dulce?

- O óbvio, que você mentiu pra mim, não havia necessidade disso Anahí, eu aceitei seu casamento, mas suas mentiras que me iludiram não posso aceitar.

- Depois que eu explicar você vai entender tudo Dul, te juro!

- Então pode começar. – falou séria. Achava mesmo que nada que Anie dissesse a faria mudar de idéia, mas mal sabia ela que a história era muito pior do que qualquer coisa que pudesse imaginar.

- Primeiro, sei que não me deve satisfações, mas queria saber porque esse homem está aqui? Você que pediu que ele viesse? – falou nitidamente enciumada com a presença de Paco.

- Bom, como você mesma disse, não te devo satisfações. Enfim, pode começar o que quer dizer.

- Ok, então vamos lá. – falou respirando fundo, como se tivesse reunindo forças pra contar tudo e lidar com as reações de Dulce que estavam por vir. – Bom, primeiro, quero deixar claro que eu contei para as nossas famílias sobre o nosso relacionamento e pode até ficar com raiva agora, mas espero que entenda quando eu terminar de falar tudo que tenho pra falar.

- Por que fez isso Anahí? Não tinha esse...

- Dulce, me deixe contar primeiro, depois você me julga, por favor! – falou interrompendo-a, que ficou calada, deixando a loira falar. – Bom, eu sei que quer explicações primeiro sobre o último acontecimento de quando tivemos juntas, porém, preciso ir bem antes disso pra que entenda a situação como um todo. – novamente respirou fundo buscando forças. – Eu e Velascos, desde que noivamos sempre tivemos uma relação muito conturbada, eu sofri diversas agressões físicas e psicológicas, eu e ele nunca tivemos uma relação de amor e de nenhum tipo de sentimento bom Dulce, ele sempre ameaçou minha família e não me deixava sequer pensar em separação e eu sempre tive muito medo do que ele pudesse fazer com meus pais, minha irmã, meus sobrinhos, entende? O Manuzinho, não foi feito de maneira tradicional, eu não suportava que Velascos chegasse perto de mim e muito menos que me tocasse, por isso, procuramos uma clinica de fertilização, ninguém sabe disso, escondemos ao máximo, afinal, o que seria do grande governador se soubessem que ele é um merda como homem que não tem capacidade de engravidar a própria mulher não é mesmo? – sorriu ironicamente sem conseguir conter algumas lágrimas que já caiam de seu rosto. – Dulce, eu vivi o inferno na terra e você não tem noção de metade do que passei.

- Por que nunca me disse? - perguntou indignada

- Por favor, me deixe terminar e depois pergunte o que quiser, eu não posso parar agora. – falou entre lágrimas. – Bom, vivi nesse casamento, sofrendo todos os tipos de agressões, graças a Deus ao nosso filho ele sempre deu amor, que eu nem sabia que tinha ali, mas a mim ele sempre tratou mal, me tratava bem em público para manter as aparências de casal feliz, mas sempre estive completamente infeliz com aquele homem, ele já havia me proibido de cantar, logo me proibiu de ver e falar com meus amigos, com você Dul, por isso ficamos 7 anos sem nos falar, sempre que chegavam mensagens de amigos meus, ele me fazia trocar de número, não demorou muito e começou a restringir até o contato com a minha família, eu só podia ligar pra minha mãe ou pra minha irmã com a presença dele, só podia ir lá quando ele autorizava, até da Aviesta eu tive que abrir mão, porque ele não queria que eu trabalhasse, quis me manter prisioneira. Quando você voltou de viagem e me mandou mensagem, ele queria que eu apagasse, mas eu teimei, fui persistente, respondi sua mensagem, encontrei com você e ele começou a soltar as rédeas, viu que não teria como manter as coisas como estavam, ele me deixou rever meus amigos, me deixou sair mais algumas vezes com vocês, me deixou me reaproximar da minha família, mas sempre ameaçando cada um de vocês. O acidente do Ucker, não foi acidente, Velascos mandou um dos capangas dele para atropelar o Poncho, estava achando que eu tive algo com ele, porém, o cara acabou pegando Ucker, achando que era o Poncho e deu no que deu, quando eu soube, fiquei com muita raiva, mas não tinha o que fazer, ele como sempre, ameaçava cada um de vocês. – falou chorando bastante e recuperando o fôlego para dar continuidade.

- Se lembra quando eu sumi, que você até ficou brava comigo. – a ruiva assentiu prestando atenção em cada palavra. – Dulce, quando nos encontramos, acho que se lembra que eu não queria ser tocada, não queria ser beijada, estava introvertida, naquela época, ele me estuprou, me espancou, me deixou completamente machucada, eu fiquei uns dois dias sem ao menos conseguir andar, ele me trancou no quarto de hóspedes e fiquei por dias sem comer. – Dulce ouvia tudo aquilo e seus olhos emanavam ódio, ela chorava, de raiva, de arrependimento por ter tratado Anahí daquela forma.

- Quando eu pedi o divórcio, foi porque Claudia e Marichelo me ajudaram a conseguir provas contra eles, colocamos câmeras na minha casa, tenho um dossiê, quando você sofreu o acidente, ele sabia de nós duas, armou tudo, para que ficasse com raiva e saísse daquele jeito com o carro, ele tinha ou tem, não sei, um caso com sua irmã Blanca e ela o ajudou com tudo isso, a descoberta sobre nós, uma câmera no seu apartamento, foi tudo ela, mas está aparentemente arrependida e disposta a colaborar pra acabarmos com ele, enfim, quando você sofreu o acidente eu fui até minha casa onde morava com ele, o confrontei, falei sobre o dossiê, ele assumiu que armou tudo e que sabotou seu carro, me bateu novamente, ameaçou a todos mais uma vez e disse que se eu procurasse a polícia mataria a mim e a você e meu filho cresceria ouvindo vários absurdos sobre mim, tenho os vídeos da confissão dele quanto ao seu acidente e também me agredindo, tenho um dossiê completo contra ele. Eu não queria estar contando isso agora pra você, sei que ainda está se recuperando e não deveria ter fortes emoções, mas não posso te perder Dulce.

- Anahí... eu... – tentou procurar as palavras.

- Espera, tem mais uma coisa, eu preciso te falar agora, olhando nos seus olhos. – se levantou e foi até a cadeira que Dulce estava sentada, se abaixou ficando na altura dos olhos de Dulce, fechou os olhos e buscou forças. – Dulce, preciso dizer que eu te amo mais que tudo na vida, você é a mulher da minha vida, sempre te amei, desde a nossa adolescência, mas não tive coragem de contar na época e depois que voltou não podia por causa de Velascos, não sabia como reagiria a todas essas coisas. Mas eu sempre guardei esse sentimento aqui dentro de mim, quando você foi embora, eu senti uma dor que nunca tinha sentido na vida, chorei por dias, quando paramos de nos falar por causa desse maldito, meu coração dilacerou e quando eu soube que ia noivar com Paco, me doeu tanto meu amor, você não faz idéia do quanto. – continuou chorando, Dulce segurou na mão dela, se inclinou e a beijou delicadamente.

- Anie, eu amo você! Demais, demais! Me perdoa por não ter te dado a chance antes de se explicar, eu não sabia, nem imaginava, eu...

- Amor, não tem que se desculpar de nada, não tinha como saber.

- Tudo isso que você passou, te digo que você é a pessoa mais forte que conheço, tudo que esse desgraçado te fez, eu te juro Anie, não vai ficar assim, eu mesma vou acabar com ele e ele não vai chegar perto de você nunca mais princesa! Te prometo. – falou em meio as lágrimas. – Será que você consegue me perdoar por ter sido tão imatura?

- Claro meu amor, não se martirize por isso, eu te entendo. Mas pra deixar muito claro, não existe gravidez nenhuma e o divórcio ainda está de pé. – falou sorrindo e chorando ao mesmo tempo ganhando um beijo da ruiva.

- Amor, agora que conversamos, pode por favor chamar Mari e Clau aqui, pra conversarmos as quatro e tentar pensar em como acabar com esse maldito.

- Dul, fica calma, não quero que fique se desgastando com isso.

- Como não? Olha tudo que ele te fez! Olha o que ele me fez! Não podemos deixar isso assim, ele vai acabar matando alguém que amamos e isso não posso deixar acontecer também. Vou ligar pra Blanca e aquela filha da put/a terá que me contar exatamente tudo que sabe.

Se reuniram e conversaram, Mari e Clau contaram tudo que sabiam pra Dulce, assim como Anahí, as duas ficaram bem e decidiram que nada mais iria separá-las dali em diante, sempre conversariam e se acertariam.