Fanfic: Minha eterna paixão - Portiñón | Tema: Rebelde, RBD, Portiñón, Portinon

Dulce havia acabado de tomar café quando recebeu uma notificação em seu celular, seu coração descompassou, ela estava tão ansiosa pela mensagem de Anahí que saiu da cozinha correndo para a sala e tropeçou na mesa de centro batendo o joelho, sentou-se no sofá xingando ao menos quatro gerações de sua família, pegou seu celular e o seu coração faltou sair pela boca ao ver o nome de Anie na tela de seu celular, abriu a mensagem e quase chorou de alegria, finalmente iria encontrá-la

"Dul, bom dia! Tudo bem? Desculpe não ter dado mais notícias, estava ocupada por esses dias, espero que entenda, mas como prometido ai vai o endereço e o horário para almoçarmos, me confirme por mensagem, estou muito ansiosa e morrendo de saudades de você! 

13:30 - Parque Centenário, 10 - Restaurante Ave Maria

Beijos Anie! =)"

Dulce não podia deixar de sorrir, estava mais ansiosa do que nunca e correu para o quarto para escolher uma roupa, nunca foi de ficar horas escolhendo roupa ou se arrumando, mas queria estar linda e matadora para a sua antiga paixão, mesmo que em sua mente não causaria nenhum efeito sobre Anahí. Conhecia o restaurante, era bem discreto e não muito longe de onde morava, ficou aliviada, sabia que ali não seriam incomodadas por curiosos ou até mesmo por paparazzis, já no quarto respondeu a mensagem confirmando o horário com Anie.

Em casa, Anahí já sabia o que vestir, olhou no relógio e era 11:55, seu coração parecia que iria explodir a qualquer momento, em menos de duas horas estaria com Dulce, matando a saudade de anos, não da forma que sempre quis, mas já era alguma coisa, quando estava indo para o banheiro recebeu uma mensagem de Dulce confirmando o almoço, não poderia estar mais feliz. Ao sair do banho seu celular estava tocando em cima da cômoda, pegou e viu que era Velascos, atendeu logo, sabia que o deixaria irritado se não atendesse de uma vez.

_- Que po*rra você tá fazendo que não atende essa porcaria de telefone sua idiota? Por acaso ele está ai de enfeite?

_- Calma Velascos eu estava no banho, acabei de sair e corri para atender. Pode falar. - disse ela com a voz trêmula de raiva e medo após a estupidez do marido com ela

_- Eu estou ligando pra avisar que eu acabei de chegar aqui e está tudo bem, não que você desejasse isso claro - riu irônicamente - como está o Manu?

_- Manu está bem, vou ao shopping com ele para levarmos um presente para mamãe e para a Mari também, ia te mandar mensagem avisando. Tudo bem? - perguntou com receio da reação dele, ele sempre a proibiu de sair de casa e talvez pudesse achar que ela estava se aproveitando da "boa vontade" dele de não ter reclamado sobre ela ir visitar a família.

_- Ok Anahí, faça o que quiser, só não saia gastando um mundo de dinheiro com idiotices pra elas e também tome cuidado para não sair nas notícias, sabe como essas revistas de fofoca são e eu não quero me estressar durante a viagem, se não quando eu chegar irei descontar em você, sabe disso!

_- Não precisa se preocupar - respondeu ela contendo a alegria de ele ter caído nessa história, sabia que ganharia tempo e ele não ligaria nem para a mãe e nem para irmã dela a procurando, desligou o telefone e foi se arrumar, estava quase na hora de ver seu amor.

13:30 em ponto e Dulce já estava no local em que Anahí marcou com ela, o restaurante era bonito e aconchegante, não era luxuoso, era simples e requintado, parecia uma casa, aos fundos tinham mesas ao ar livre, logo ela foi atendida pelo maitre e levada a uma das mesas vazias, o restaurante estava vazio para alivio maior de Dulce, ela escolheu uma mesa ao canto mais vazio do lugar, estava de cabelos presos e óculos escuros para evitar que fosse reconhecida, olhava tudo encantada, Anahí sempre tivera bom gosto para absolutamente tudo, ao olhar pra porta se surpreendeu ao ver surgir a mulher mais linda que já havia visto na vida, era ela, com os cabelos soltos, já não tão loiros como antigamente um pouco mais escuros, mas estava linda, Dulce mal conseguia fechar a boca, ela estava deslumbrante, estava maravilhosa, o coração de Dul nunca bateu tão forte em toda a vida, suas mãos suavam frio, seu corpo tremia, sua boca estava seca, qual era o poder que aquela mulher ainda tinha sobre ela mesmo após tantos anos? Ela estava paralisada

_- Dul, quanto tempo! - disse Anahí tirando Dulce do transe em que estava por vê-la

_- Anie, que saudades de você! - disse ela despertando e se levantando pra abraçar a loira.

Aquele abraço fez com que as duas estremecessem, Anahí estava tentando se conter desde quando entrou no restaurante e viu o amor de sua vida sentada ao canto e completamente linda como nunca havia visto antes, mas ao abraçar a ruiva, o corpo de Anahí respondeu no mesmo instante, ela encostou o nariz nos cabelos de Dulce e inalou aquele cheiro doce que ela tinha, doce como seu nome, riu ao pensar nisso e não queria sair daquele abraço nunca mais, ali, naquele pequeno instante que para elas durou uma eternidade esqueceram-se do mundo ao redor. Soltaram-se do abraço relutantes e sentaram-se á mesa, uma de frente para a outra, Dulce já não usava mais o óculos e nem Anahí e os olhos azuis se cruzaram com os castanhos da outra, não haviam dito palavra alguma ainda, não conseguiam parar de se olhar até serem interrompidas pelo garçom que chegou para anotar os pedidos. Dulce pediu uma salada e um vinho branco, Anahí a acompanhou na salada mas pediu um suco natural.

_- E então Dul, me conta qual o milagre que te tras aqui? Você já estava fora há tanto tempo, achei que não voltaria mais. - perguntava Anahí sem conter a curiosidade, queria saber tudo o que se passava com aquela mulher.

_- Ai Anie, eu voltei e de vez viu, dessa vez vim para morar, por isso te chamei para almoçar, queria te ver, senti tantas saudades suas e de todos os outros claro - disse ao perceber que quase deixou transparecer sua vontade de estar apenas com ela - mas queria te ver primeiro, sempre fomos tão próximas, sei que perdemos o contato há muito tempo, mas quero retomar nossa amizade, fazer parte de sua vida e que você faça parte da minha - tocou a mão da loira e tirou rapidamente para que Anie não estranhasse, o que não sabia é que aquele contato fez a outra estremecer assim como ela.

_- Não acredito! Sério? Voltou para morar aqui, de vez? - dizia sem conter sua empolgação e felicidade, não podia acreditar que a mulher que tanto amava viveria ali tão próxima a ela de novo e que queria tudo aquilo

_- Sério Anie! - disse Dulce divertida. - Mas também te chamei aqui porque quero te contar algumas coisas, afinal um recomeço de amizade não é recomeço sem troca de confidências e apoio nem que seja moral - as duas sorriram.

Dul notou a empolgação de Anie e ficou feliz, viu que ao menos a amizade da loira ela teria, mas tinha algo diferente na amiga, algo que a estava intrigando, ela não enxergava mais aquele brilho que ela sempre teve, não via felicidade estampada em seus olhos e aquilo a deixou inquieta, achava que Anahí estaria radiante por causa da maternidade, mas não encontrou essa felicidade nela, poderia jurar que por vezes o olhar de Anahí era triste e queria descobrir o porquê daquilo.