Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Lentamente, ela assentiu, passando os dedos trêmulos pelos cabelos.
— Essa é a única coisa que não posso fazer, Christopher. Por favor, não me peça isso. Se quer que eu admita, tudo bem. Quero você. Mais do que já quis qualquer outro homem.
O corpo inteiro de Christopher reagiu àquela simples admissão. Ela o queria mais do que já quisera qualquer outro homem.
Dulce virou-se no sofá e colocou os pés no chão. Parecia triste e assustada. Os olhos fechados dando a impressão de que estava se culpando por alguma coisa.
— Não sei o que você está pensando, mas não gosto disso - declarou ele sem rodeios. — Não tenho ideia de que tipo de culpa está colocando sobre si mesma, mas posso garantir que você não usou seus atributos femininos para me seduzir a assinar com sua agência. Eu a quero desde o primeiro momento que a vi. Quer saber quando foi isso, Dulce?
Ela abriu os olhos e o fitou.
— Quando?
— Na recepção de Sutherland. Você estava lá com um de seus clientes. Copeland, se bem me recordo. O gigante dos supermercados.
Dulce ficou boquiaberta.
— Mas você ainda estava com a agência Rencom.
Ele assentiu.
— Precisamente. Olhei do outro lado da sala e você me tirou o fôlego. Quer saber outro de meus segredos, Dulce? Eu ainda estava noivo de Bettina. Isso foi uma semana antes de eu encontrá-la na cama com Mitchell. Não me importei. Eu queria você demais. Agora, tente me dizer que isso tem alguma coisa a ver com sua proposta profissional.
Durante aquela conversa, Christopher tinha se movido para o sofá. Aproximou-se mais agora, inalando o delicado perfume feminino que passara a associar com ela.
Havia cautela e confusão nos olhos verdes de Dulce, porém havia mais alguma coisa. Desejo. Ela o queria tanto quanto ele a queria. Não importava, porque ele a teria.
— Quer saber de outra coisa? — murmurou Christopher. — Eu quase não considerei a Maddox para a conta. Sabe por quê? Porque não queria que isso interferisse no meu
processo de conquistá-la.
Ele estava perto agora. Tão perto que podia sentir a respiração quente saindo dos lábios de Dulce. Daquela boca sensual que tanto queria provar.
— Por que... Você mudou de ideia? — sussurrou ela.
— Sou perfeitamente capaz de separar negócios de prazer.
— Christopher, nós não podemos.
Ela pôs a mão sobre o peito dele. Grande erro. Uma corrente de eletricidade causou um sobressalto em ambos, mas antes que Dulce pudesse se afastar, ele lhe prendeu a
mão contra seu peito.
— Só um beijo, Dulce. Apenas um. Preciso beijá-la. É tudo que peço por enquanto. Posso esperar por mais até que resolvamos o assunto da conta.
Sem esperar consentimento, Christopher cobriu-lhe a boca com a sua. Quando ela abriu os lábios num gemido, ele aproveitou para aprofundar o beijo.
Dulce emitia os sons mais doces. Sons que ele engolia enquanto lhe devorava a boca.
Seus dedos se entrelaçaram nos cabelos dela. Cabelos que adorava. Longos e gloriosos, da cor de um pôr do sol avermelhado no deserto. A tentação era grande demais. Christopher vinha fantasiando sobre aquilo por muito tempo.
Manuseando a fivela, soltou-lhe os cabelos, que cascatearam pelas costas de Dulce.
Ele deslizou os dedos entre os cachos, encantado pela suavidade dos fios.
Continuou beijando-a, não querendo que o momento acabasse. Poderia passar horas assim, porém queria mais. Queria acariciar-lhe o rosto e o pescoço. Queria despi-la inteirinha, então deslizar a língua sobre aquela pele suave.
Imaginou qual seria a sensação de ter os seios dela nas mãos, e que gosto os mamilos teriam em sua boca.
Precisando de ar, afastou-se apenas o bastante para levar oxigênio aos pulmões.
Dulce arfou, então ele lhe traçou os lábios lentamente com a língua.
Pequenas mãos deslizaram para seu peito, deixando o corpo de Christopher em chamas com o simples toque.
Então ela ergueu as mãos para seu pescoço e entrelaçou-as em seus cabelos. Ele tremeu, e precisou se esforçar para manter o controle sobre sua excitação.
Seu corpo gritava para que ele a jogasse sobre seu ombro e a carregasse para o quarto, amando-a até levar ambos à exaustão. Sua mente gritava para que fosse
cuidadoso. Para não pressioná-la de modo que ela nunca mais voltasse.
Foi esse medo de afastá-la permanentemente que o fez recuar. Com grande relutância, afastou-se.
Os olhos de Dulce estavam nublados e tão confusos que ele teve vontade de jogar a cautela ao vento e continuar sua sedução.
— Isso é o que eu queria fazer desde que a vi naquele salão lotado, seis meses atrás. Agora você pode me dizer se esse nosso desejo tem algo a ver com a Maddox Comunicações e a Uckermann Enterprises.
Ela o fitou com expressão chocada.
— Oh, Deus, Christopher. O que vamos fazer?
Ele sorriu e acariciou-lhe o rosto gentilmente.
— Vamos tirar sua proposta do caminho amanhã cedo. O que acontecer depois disso, aceitaremos como vier.