Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Acordar na cama com Christopher não lhe trouxe nenhuma sensação de arrependimento.
Não quando, ao abrir os olhos, registrou um corpo masculino fantástico entrelaçado ao seu, aquecendo-lhe o corpo e a alma.
— Bom dia — murmurou Christopher contra sua testa.
— Hmm.
Ele riu e afastou-se por um momento.
— Droga.
— Não gosto dessa palavra — resmungou Dulce. — Coisas ruins acontecem depois
dessa palavra.
— Desculpe. Precisamos levantar.
— Que horas são?
— Meio-dia.
— Meio-dia? Nunca dormi até meio-dia na minha vida!
Christopher sorriu e puxou-a para seu peito.
— Que bom que eu pude contribuir para sua ruína.
— Tão arrogante — disse ela. — Agora, solte-me, ou vou parecer uma mendiga no casamento do seu irmão. — Dulce saiu dos braços dele. — Vamos, levante-se. Quanto antes acabarmos com isso, mais cedo podemos voltar para casa.
Duas horas depois, vestidos apropriadamente, eles se dirigiram para o terraço onde os noivos trocariam os votos. Quando chegaram à porta que levava ao lado de fora, Christopher passou um braço ao redor de sua cintura e a puxou para seu lado.
Um calor subiu-lhe ao rosto, até que ela lembrou que aquilo era para mostrar aos outros. Não poderia se esquecer disso.
O lugar da cerimônia era bagunçado e sem estrutura. Todos se reuniam no terraço, olhando para a pequena baía, conversando e se socializando, até que o pai de Christopher parou ao lado do arco floral e ergueu as mãos para pedir atenção.
— Se todos puderem se sentar, acredito que estamos prontos para começar.
Christopher conduziu Dulce para a primeira fileira de cadeiras, onde eles se sentaram ao lado de Ale e Victor. Segurou-lhe a mão firmemente até que Bettina apareceu.
Apesar da aparente indiferença, o comportamento de Christopher mudou assim que a cerimônia começou. Os dedos dele se afrouxaram nos seus, até que Dulce removeu a mão e colocou-a sobre o colo. Ele não tentou impedir a ação.
Com o olhar fixo em Bettina e no irmão, Christopher não sorriu até o fim da cerimônia.
Parecia petrificado. Sem emoções.
A situação piorou quando Ale começou a olhar para ele, obviamente notando a frieza do filho.
O que fez Dulce questionar se Christopher ainda amava Bettina. Ele dissera que nunca a amara, mas, então, um homem como Christopher se apaixonava?
O envolvimento dele com Bettina não podia ser considerado romântico. Christopher tinha feito uma lista de noivas em potencial, e colocado um anel de noivado na primeira
candidata adequada.
Então a cerimônia acabou, e de súbito Christopher estava sorrindo mais uma vez. Dulce prontamente esqueceu todas as preocupações e reservas.
Ele voltou a tocá-la com frequência, como se não pudesse manter as mãos longe dela. Enquanto eles esperavam no fim da fila de pessoas que entravam no hotel, Christopher
roçou-lhe a orelha com seu nariz.
—Vamos nos divertir na recepção — murmurou ele. — Você, eu, um pouco de dança erótica...
Ela riu enquanto se sentia cada vez mais relaxada. Era difícil lembrar-se de todos os motivos pelos quais não deveria se envolver com aquele homem, quando ele esbanjava
charme.
De qualquer forma, Dulce tinha poucas horas antes de precisar voltar ao mundo real.
Planejava apreciar cada uma delas.
Eles dançaram. Músicas lentas e sensuais, assim como ritmos mais agitados. Christopher era um dançarino incrível. Aparentemente, era bom em tudo que fazia.
Eles pararam um pouco, e Christopher a deixou a fim de ir buscar drinques para os dois.
Dulce virou-se para ver Ale se aproximando através da multidão, a expressão radiante.
— Dulce! Que bom que eu a encontrei antes que Christopher a leve embora de novo.
Dulce sorriu calorosamente. Ale pegou-lhe a mão.
— Eu não posso agradecê-la o bastante por ter vindo. É tão óbvio que vocês dois estão apaixonados.
Dulce precisou se conter para não reagir àquela declaração. Óbvio? Como poderia ser? Tudo que havia entre os dois era luxúria, não amor. Um homem como Christopher
provavelmente tinha mais mulheres do que podia lidar.
Mas não levara nenhuma delas para o casamento. Tinha levado Dulce.
Negócios, lembrou a si mesma. Conveniência.
— Vocês dois formam um casal tão lindo — continuou Ale. — Espero que
marquem logo a data do casamento. Não o faça esperar, embora eu saiba que ele merece. Quero que Christopher seja feliz.
— Tenho certeza de que decidiremos uma data satisfatória para ambos — disse Dulce diplomaticamente.
Ale a envolveu num abraço caloroso.
— Foi uma alegria tê-la aqui, Dulce. Estou ansiosa para encontrá-la novamente.
Ale se afastou, sorrindo com sinceridade, e Dulce se sentiu a pior das pessoas pelo fato de estar enganando aquela mulher.
— Oh, aí vem Christopher com seu drinque. Vou desaparecer agora e deixar vocês dois se divertirem.
Ale soprou um beijo na direção de Christopher e misturou-se com a multidão.
— Sobre o que vocês conversavam? — perguntou Christopher, parando ao seu lado e entregando-lhe um cálice de vinho.