Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Dulce fez uma careta.
— Ela dizia como está feliz com nosso futuro casamento.
— Ah, isso explica a expressão torturada nos seus olhos.
Christopher circulou-lhe a cintura e a puxou para mais perto. Então, simplesmente a beijou.
Mesmo perplexa por aquela demonstração pública aparentemente impulsiva, Dulce não pôde evitar corresponder ao beijo feroz e apaixonado.
— Sabe, não precisamos sair do hotel imediatamente — murmurou ele contra seus lábios. Meu avião pode decolar a hora que eu quiser. O que acha de voltarmos para o quarto?
Não. Eles precisavam voltar para casa. Ela necessitava acabar o fim de semana, de modo que pudesse recuperar a sanidade. Todavia, pegou-se sussurrando:
— Sim.
O brilho predatório estava de volta nos olhos de Christopher. Ele pôs as taças de ambos na mesa mais próxima, então pegou-lhe a mão e praticamente a arrastou para fora da
recepção. Eles correram em direção ao elevador como dois adolescentes com hormônios desequilibrados.
Ao entrarem no quarto, ele a pegou nos braços e a carregou diretamente para a cama, deitando-a lá e dando um passo atrás para remover as próprias roupas.
Dulce se inclinou sobre um cotovelo para apreciar o físico dele.
— Sabe — começou ela timidamente —há uma de suas fantasias que ainda não realizamos.
Arqueando as sobrancelhas, ele subiu na cama e pairou perigosamente sobre ela.
— Oh, verdade? Qual?
Dulce rodeou-lhe o pescoço com os braços e puxou-o para um beijo. Depois deslizou a boca para a orelha dele e sussurrou em detalhes sobre que fantasia estava falando.
O avião de Christopher aterrissou em São Francisco perto de meia-noite. Ele a ajudou a descer os degraus e parou ao seu lado na pista enquanto esperavam que o carro se aproximasse.
Ele lhe afastou uma mecha de cabelos do rosto. Na verdade, Dulce estava
desalinhada da cabeça aos pés. O que tinha começado como um rápido interlúdio se transformara numa tarde de puro hedonismo. Eles haviam feito amor mais vezes do que ela podia contar.
— Tem certeza que não vai me deixar levá-la para casa? — perguntou Christopher, olhando entre ela e o carro que agora estava parado a poucos metros.
Dulce meneou a cabeça.
— Não, você ainda precisa voar para Seattle, e já passa da meia-noite. Ficarei bem. Seu motorista vai cuidar de mim.
Ele pensou em insistir, mas Dulce ergueu a mão. O diamante brilhou na luz dos faróis do carro. Lentamente, ela removeu o anel do dedo e colocou-o sobre a palma de Christopher.
— Não preciso mais disso.
Ele franziu o cenho enquanto olhava para a jóia delicada em sua mão.
Era ridículo que aquilo parecesse um rompimento verdadeiro. O coração de Dulce se comprimiu, e ela teve a vontade absurda de pegar o anel de volta e pôr no seu dedo.
Erguendo-se na ponta dos pés, deu-lhe um beijo no rosto.
— Adeus, Christopher. Faça uma boa viagem.
Dulce virou-se e permitiu que o motorista a conduzisse para o banco de trás.
Enquanto o veículo partia, viu Christopher parado no mesmo lugar que ela o deixara, a mão fechada sobre o anel. Eles se entreolharam através da janela até que o carro se afastou demais e o contato foi perdido.