Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Checou rapidamente as mensagens, então fez uma coisa que nunca fazia. Desligou seu celular e enfiou-o na sacola. Esta noite era sua. Não precisava de lembretes do mundo profissional. Se ia embarcar numa fantasia, embarcaria de cabeça.
Toda aquela experiência era muito excitante, pensou Dulce enquanto o motorista a levava, e ela olhava pela janela do carro. Podia ser amante ao chamado de seu benfeitor milionário, discretamente aconchegada num carro particular, indo encontrá-lo num local secreto.
— Caia na realidade, Dulce — murmurou para si mesma. Deus, perdia todas as suas células cerebrais quando se tratava de Christopher Uckermann. Se não fosse cuidadosa, jogaria fora toda sua independência e o esperaria à porta todas as noites, usando um avental e segurando uma travessa quente na mão.
Estranhamente, a imagem não foi tão desagradável assim. Pelos primeiros
segundos, pelo menos. Ela não pôde conter uma gargalhada.
O motorista a olhou pelo retrovisor, e Dulce valentemente tentou recuperar as feições sérias. Se ele soubesse os pensamentos absurdos que ela estava processando.
Se fosse uma garota dada a grandes fantasias, teria vestido somente um casaco elegante por cima da lingerie sexy. Então, quando entrasse no quarto de Christopher, descartaria o casaco e observaria a reação dele.
A ideia certamente tinha mérito, e se algum dia recebesse outro convite como o dessa noite, pensaria a respeito.
Alguns minutos depois, o motorista parou diante do suntuoso hotel que Christopher residia quando estava na cidade, e Dulce foi imediatamente cumprimentada pelo porteiro, que lhe
entregou um cartão-chave.
— O sr. Uckermann deseja que a senhorita suba imediatamente — disse o homem mais velho.
Dulce enrubesceu pela aparência que sabia que aquilo causava. Como se ela fosse alguma prostituta ou amante... E tudo estivesse programado para um encontro
clandestino.
Agradecendo, Dulce passou pelo porteiro e pegou o corredor que levava aos elevadores. Enquanto andava, tinha a impressão de que todos sabiam para que ela estava lá.
No elevador, inseriu a chave e apertou o botão para a cobertura. Logo estava no corredor assustadoramente silencioso. Os quartos deviam ser enormes porque havia somente quatro portas. A de Christopher era no final, e ela respirou fundo antes de inserir a chave na fechadura.
Quando abriu a porta e entrou, imediatamente viu Christopher parado do outro lado do quarto, um drinque na mão, olhando-a fixamente. Ele estivera esperando. Dulce podia
sentir a impaciência dele e ver a expressão de triunfo quando ela fechou a porta.
Ela permaneceu ali, imóvel, e Christopher pôs o copo de lado e atravessou o quarto em passos longos.
— Você veio — murmurou ele, antes de envolvê-la em seus braços e beijá-la. Não foi gentil ou particularmente cuidadoso. Os corpos de ambos se uniram quase com desespero.
— Você achou que eu não viria? — perguntou Dulce quando conseguiu recuperar o fôlego.
— Se você não viesse, eu estava preparado para ir ao seu apartamento e arrastá-la para cá.
Todas as preocupações desapareceram. Nada mais importava, exceto o desejo intenso que sentiam um pelo outro.
— Da próxima vez eu não virei. Tenho minha própria fantasia onde um homem primitivo me arrasta para sua caverna.
Christopher gemeu, e, antes que ela pudesse reagir, ele a tinha em seus braços, e a carregava em direção ao quarto.