Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Sim, o sentimento estivera lá, esperando pelo momento de ser admitido. Dulce tinha sido tão boa... Ou assim pensara... em manter seu emocional distante.
Amava Christopher Seu coração se comprimiu. Aquela era uma admissão dolorosa.
Descobrir que você estava apaixonada não deveria ser a coisa mais maravilhosa do mundo?
Por que sentia um súbito desconforto na boca do estômago?
— Nós temos opções — disse Christopher.
Ela piscou e focou sua atenção no presente, e no fato de que estava na cama após um sexo ardente com o homem que... Amava.
— Que opções? — perguntou Dulce com voz rouca.
— Eu posso alimentá-la. Posso fazer amor louco e apaixonado com você
novamente. Ou nós podemos tirar uma soneca, e depois escolher a opção um ou dois. Ou ambas. Viu? Eu sou fácil.
Ela sorriu e o abraçou. Amava-o. E agora que admitira isso, estava inundada por muitas emoções, e uma delas era medo.
— Eu vou passar a noite aqui? — perguntou Dulce. Não quisera presumir, mas precisava saber antes de escolher as opções.
— É claro. Isso é, se você quiser. Se não trouxe roupas para ir trabalhar amanhã, posso pedir que meu motorista a leve para casa.
Ela engoliu em seco.
— Eu trouxe roupas. Mas se ele me levar para o trabalho, ficarei sem carro. Se ele puder me levar para casa com tempo de eu pegar meu carro, posso me vestir aqui.
Por um momento, pareceu que Christopher ia dizer alguma coisa, mas então evidentemente mudou de ideia e não pressionou. Dulce ficou curiosa sobre o que ele queria falar, mas como ele, não pressionou.
— Tudo bem. Vamos acordar cedo, de modo que você possa tomar banho e se aprontar aqui, antes de ir para casa pegar seu carro.
Incapaz de resistir, ela o beijou. Não foi um beijinho leve dessa vez, mas um beijo apaixonado, que mostrava sem palavras a profundidade de seus sentimentos.
Quando finalmente se afastou, os olhos de Christopher estavam brilhando com paixão, mas havia também um contentamento sobre o qual ela não queria especular.
— Nesse caso, voto para comermos, fazermos amor e depois dormimos —
murmurou ela.
— Fechado.
Meia hora depois, eles estavam sentados na cama de pernas cruzadas, devorando o jantar que Christopher pedira no quarto. Dulce estava vestida num dos roupões dele, e Christopher usava uma cueca samba-canção.
Eles estavam quase acabando de comer quando ocorreu a ela que ainda não levantara o assunto sobre o jogo de beisebol. E agora se sentia completamente à vontade para falar.
— Conte-me sobre seus planos para o resto da semana. Você vai retornar para Seattle até nossa apresentação na sexta?
Christopher inclinou a cabeça e estudou-a intensamente.
— Isso depende, suponho.
— Do quê?
— Se tenho uma razão para ficar.
Ela enrubesceu. O significado daquilo não poderia ter sido mais claro. Sentindo a boca subitamente seca, Dulce deu um gole de água.
— Eu queria convidá-lo para a abertura da temporada dos Tide. Tenho ingressos. Bons ingressos. Está interessado?
Christopher pareceu um pouco surpreso por um momento, e ela imaginou se tinha ultrapassado os limites. Mas então ele sorriu. Um sorriso caloroso e genuíno que dizia
que estava contente com o convite.
— Eu adoraria ir. E na quinta-feira à noite, certo?
Ela assentiu.
— Eu poderia apanhá-lo, então iremos com meu carro.
Os olhos de Christopher brilharam, e ela podia jurar que pareciam vitoriosos. Sobre o que, não tinha ideia.
— Apenas me fale o horário, e estarei esperando ansiosamente.
— Começa às 7h, portanto, estarei aqui por volta das 5h30.
— Estarei aguardando.
Dulce relaxou. Estava dando tudo certo. Ela o levaria ao jogo e o apresentaria para Noah depois. Então, na manhã seguinte, faria a apresentação e a conta seria sua. Não podia contemplar nenhum outro resultado.
Golden Gate e Athos Koteas podiam ser fortes, mas não possuíam Noah Hart, e certamente não possuíam as ideias dela. Ideias que Dulce sabia serem perfeitas para Christopher e a empresa dele.
A conta era sua.
Dulce olhou para baixo e viu que ambos tinham acabado de comer. E pelo jeito que ele a olhava, provavelmente a queria de sobremesa.
— Dê-me dois segundos para limpar isto daqui, colocar o carrinho no corredor, então iremos para a opção número dois, embora eu ache que a opção três deva ser atrasada de modo significativo.
Ela arqueou a sobrancelha, sentindo o coração disparar.
— Atrasada por quanto tempo?
— Por muito tempo — replicou ele sedosamente. —Acho que a opção dois pode ser dividida em opções três, quatro, cinco...
Em resposta, Dulce desamarrou o cinto do roupão e removeu-o, até que estivesse sentada nua na cama.