Fanfic: Devoção Total-MiniFic- Vondy-Terminada | Tema: DyC

Terça-feira de manhã, Dulce escolheu o caminho covarde e ligou para Brock a fim pedir férias até o fim da semana. Ele não gostou do fato de ela estar se escondendo, mas após perceber seu desespero, concordou sem discutir.
Ela passou o resto do dia limpando seu apartamento, seu estado emocional alternando entre raiva e tristeza.
Na quarta-feira, arrumou uma mala e foi para o lugar que poderia lamber suas feridas em segurança. A casa de seu pai.
Ele a estudou por um longo momento, então a envolveu num abraço de urso. Dulce precisava disso. Nunca o conforto do lar parecera tão bom quanto agora.
Seu pai lhe preparou um bom café da manhã, pois acreditava que qualquer coisa podia ser curada com um imenso café da manhã caseiro.
Durante todo o tempo que Dulce comeu, ele permaneceu sentado ao seu lado, fazendo a refeição em silêncio. Não bisbilhotou ou exigiu respostas. Era isso que Dulce mais amava sobre ele. Seu pai nunca se intrometia na vida dos filhos. Apenas esperava que eles fossem procurá-lo, então movia céus e terras para resolver suas situações.
Mas apenas dessa vez não havia solução.
Ela passou a tarde no sofá, assistindo à televisão com ele, que lhe mimou o tempo todo, inclusive assando seus cookies favoritos... de chocolate com nozes.
Obviamente seu pai falara com os outros filhos, porque no fim da tarde, todos os seus irmãos chegaram, um de cada vez, enchendo-a de abraços e carinho. Ou pelo menos Adam e Dalton fizeram isso.
Quando Noah apareceu, olhou-a e perguntou o que tinha acontecido. Dulce caiu aos prantos, o que levou seu pai, Adam e Dalton a ameaçá-lo por tê-la aborrecido.
— Bem, papai, eu não a aborreci. É óbvio que alguém fez isso, mas com certeza não fui eu! — protestou Noah. — Ninguém ainda perguntou a ela o que aconteceu?
— Nós estávamos esperando — disse o pai.
— Esperando o quê? Que Dul chorasse?
Dulce secou os olhos e tentou parar de fungar. Sabia que seus irmãos detestavam quando ela chorava. Especialmente Noah. Noah sentou-se ao seu lado no sofá.
— Isso não tem nada a ver com Christopher Uckermann, tem? Apesar de seu esforço para não chorar, a pergunta desencadeou mais lágrimas.
— Bom trabalho, seu tolo — exclamou Adam.
—Alguém já lhe disse que sua habilidade com o sexo oposto é zero? — perguntou Dalton.
Noah pôs um braço carinhoso ao redor de Dulce.
— O que aconteceu, Cece?
— Oh, Noah, foi horrível. O jornal imprimiu aquelas fotos e esse blog diz coisas terríveis. Minha carreira corre perigo. Minha reputação está arruinada, e Christopher não quer
mais me ver, porque eu lhe pedi um tempo até que a poeira baixasse. Ele acha que é meu segredinho sujo, e detesta isso. E me detesta.
Ela esfregou os olhos com força.
— Alguma coisa disso faz sentido para o resto de vocês?
Dalton e o pai trocaram olhares indefesos.
Noah suspirou.
— Talvez você deva voltar e começar com o que o jornal publicou e o que diz o blog, e por que sua carreira e reputação estão prejudicadas.
— É uma longa história — murmurou ela.
— Nós temos a noite inteira — ofereceu Dalton.
Dulce suspirou e, mais uma vez, contou a história do começo ao fim, não deixando nenhum detalhe de fora. Exceto pelo sexo. Seus irmãos não iam querer ouvir sobre sua
vida sexual.
— Isso é loucura — disse Adam.
Dalton assentiu em concordância. Noah, que conhecia melhor o que a imprensa podia fazer com uma carreira e reputação, leu o artigo com expressão preocupada.
— Isso é ridículo — concluiu.
Dulce assentiu.
— Nem me fale.
— E onde entra esse tal de Christopher? — perguntou seu pai. — Quero dizer, você fingiu ser a noiva dele, e esse jornal fala sobre vocês, e me diz que ele está zangado porque
você o considera seu segredinho sujo. Não estou entendendo.
Ela suspirou.
— Eu estou apaixonada por Christopher, papai. E agora ele me detesta.
A expressão dos quatro homens era atônita. Houve um silêncio pesado, e ela lamentou ter confessado o fato. Nenhum deles sabia o que fazer ou dizer a seguir.
— Ouça, eu amo vocês todos. Não sei o que seria de mim sem minha família.