Fanfics Brasil - 1-Minhas pequena Perséfone Hades e Perséfone- A historia que ninguém contou.

Fanfic: Hades e Perséfone- A historia que ninguém contou. | Tema: Deuses do olimpo


Capítulo: 1-Minhas pequena Perséfone

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A sensação do calor batendo em sua pele era a melhor! Perséfone se pegou pensando se algum dia ela poderia viver sem aquilo. Regou algumas das suas flores favoritas, podou e as observou, a beleza que causava naquele jardim.


—Para mim, não existe jardim mais belo quanto o seu, filha- Com um sorriso imenso me levantei e virei para a figura do meu pai. Zeus era impetuoso, bravo, e exigente, tinha uma postura totalmente diferente quando estava sozinho com seus filhos.


—Pai-sorri o abraçando, e seus braços musculosos e quentes a envolveu. Tinha a plena certeza que ela era a cara de sua mãe Demeter, porém sabia que os azuis tempestuosos eram do seu pai.


—Não sei o que seria de nós, se um dia seu jardim não alegrasse nossa vista- sorri, adorava quando meu pai reconhecia minha qualidades, ao invés dos meus defeitos, como ele faz muito com Hercules.


—Jamais irei sair do Olímpio pai, será sempre agraciado com essa visão- ele sorriu de um modo fraterno e então suspirou.


—Creio que sua mãe avisou do banquete hoje- Me segurei para não revirar os olhos. Não sou uma fruto de um casamento, sou o fruto de uma amante, porém sei que meu pai ama de verdade minha mãe, mais não sai das garras daquela cobra chamada Hera. Ela me odiava, eu era uma lembrança perpetua de umas das traições do meu pai. Os comentários maldosos fazia com que ela me odiasse mais. Como por exemplo ser a filha mais bonita de Zeus, Hera ficou mordida de raiva, pelo simples fato de ter 4 filhas com ele. Ela fazia de tudo para transformar minha vida no inferno, uma das vezes inclusive, ela ateou fogo no meu jardim. Por sorte, meu pai e Poseidon conseguiram salvar pelo menos parte do jardim. Naquele dia houve uma grande chuva de raios no olímpio, Conseguia ouvir os gritos dele de longe, enfurecido pelo que ela fizera mais cedo.


—Me avisou- voltei a prestar atenção em minhas flores.


—E você irá?-perguntou e eu o olhei sarcasticamente.


—Pai, irá ter vários filhos seu na festa, para que minha presença será necessária?-Ele me olhou daquele jeito, que ele sempre me olhava quando começava um sermão.


—Cada filho que tenho é especial para mim, e a presença de cada um é essencial em cada evento que tem aqui- Suspirei, não iria brigar agora, dei ombros e o olhei.


—Irei desde que sua mulher não apronte para cima de mim- assim como ela fazia em cada evento.


—Dela eu cuido, pode ficar tranquila- Depositou um beijo acima da minha cabeça e saiu. Parei de mexer com as flores e suspirei, por que acho que seria a mesma coisa de sempre? Bem de qualquer forma eu iria preparada para a armação dela.


Me olhei pela ultima vez no espelho, estava linda, meu cabelo castanho estava preso, caindo em cascata em cachos. Meu vestido rosa, parecia que destacava minha pele morena, era todo brilhoso, e deixava parte da minha coxa exposta. Segui em frente ao salão de festas do olímpio. Meu pai estava no trono com aquela serpente, o que me deixava com mais raiva era que ela era linda. Tinha cabelos dourados e sedosos, seu corpo era magro, seus olhos eram azuis, porém sombrios, ela era uma cobra treinada. Seus olhos me avaliaram e seu olhar de desprezo reinou sobre mim. Revirei os olhos e sai da frente dela.


—Sempre trazendo um rosto de felicidade no rosto- Encarei Hercules com o mesmo desprezo.


—Sabe se tem uma das coisas que eu queria que tivesse funcionado, era aquela duas cobras no seu berço- ele riu, era uma risada gostosa de se ouvir até, arrumou seu cabelo loiro escuro com a mão e seus olhos, gêmeos aos meus, sorriram para mim.


—Irmã, é sempre um prazer conversar com você- revirei os olhos- Sabia que você é minha irmã preferida- eu o olhei seria.


—Ainda consegue achar uma preferida, no meio de tantos os irmãos? - agora nos dois rimos.


—Nosso pai devia parar de foder qualquer coisa que anda- olhei assustada em volta, e olhei para o trono, meu pai ainda possuía aquela máscara de tranquilidade, não devia ter ouvido nada.


—Hercules, controle essa sua boca- e no fim acabei rindo, nisso eu teria eu concordar, meu pai devia se controlar nessa sede de engravidar qualquer deusa ou ninfa que desse bola para ele.


—Não sei como aquela amargurada atura tudo isso- Sabia de quem ele falava.


—Hera e a deusa do casamento e da fertilidade, acho que no fundo ela se vê obrigada a passar para todos a fama de casal feliz- Ele riu com humor.


—O máximo que ela faz nesse casamento é dar fertilidade, para o marido dela- agora nos dois rimos.


—As duas cobrinhas vão continuar conversando contra mim?- Gelei só de ouvir aquela voz.


—Quer se juntar a nos querida? Já que é uma cobra mais treinada- Hercules não tinha medo algum de Hera, e eu o admirava por isso.


—Bastardos, isso é o que vocês são- eu e Hercules nos encaramos.


—Vai começar- sussurrei sorrindo. Era sempre assim, na primeira oportunidade ela jogava na nossa cara que erramos bastardos, filhos concebidos de um adultério.


—Vamos ver se esse seu sorriso de peçonhenta vai continuar no rosto daqui a alguns dias- Virou-se com seu corpo esguio e saiu com aquele rebolado venenoso. Gelei por dentro.


—Aquilo foi uma ameaça ou foi impressão minha?-perguntei e Hercules encarava enfurecido as costas dela.


—Foi uma ameaça- sussurrou ele olhando em volta- Não fique sozinha com ela, sinto cheiro de armadilha no ar- assenti, e não ficaria, daria um jeito de sempre estar com alguém.


—Meninos- Aquela cabeleira negra só podia ser de alguém, Demeter! Minha mãe. Seu rosto era fino e delicado, com traços fortes, seus olhos verdes pareciam brilhar no rosto, o vestido negro parecia a deixar com um ar poderoso- Posso saber o por que dessa cara?-perguntou ela para mim, suspirei balançado a cabeça.


—Nada mãe, apenas Hera, sendo ela mesmo, a deusa desagradável do olímpio- Olhei seria para Hercules e o mesmo entendeu o recado, nada  de falar sobre ameaça.


—O mesmo papo de ser bastardos?- Sua sobrancelha se ergueu elegantemente para cima.


—Exatamente tia querida- disse Hercules sorrindo e ela revirou os olhos.


—Ah, se Hera fosse mais esperta, não seria tão tola em continuar com aquele homem- seus olhos agora estavam no altar, e dançaram entre meu pai e Hera- Cada um traça o seu destino conforme suas escolhas- olhei para ambos, e apenas vi um casal infeliz, e aquilo me doeu.


De repente o salão pareceu ficar escuro e gelado, um arrepio desceu pela sua coluna, pela entrada do salão uma figura imensa e sombria entrava. Estava com um traje de guerra, o elmo impedia a visualização de seu rosto, ele era forte, muito forte, todos abriram espaço para ele passar.


—Hades-sussurrei observando ele passar pelo salão- O que ele faz aqui?- Perséfone tinha 18 anos, e nunca o virá uma vez se quer no monte olímpio.


—Boa coisa não deve ser-sussurrou Hercules. O mesmo já tinha visto Hades pessoalmente na sua experiência quase morte.


—E não é- Sua mãe tinha o tom de voz preocupado.


—Sabe o que ele quer?-perguntei e ela me olhou, só pelo olhar eu sabia que ela escondia algo.


—Sei- não comentou mais nada, apenas isso. Voltei meu olhar para os tronos, onde haviam sempre três cadeira. Uma para meu pai, outra para Poseidon, e a última sempre fora vazia, e então, depois de 18 anos, Perséfone viu ser ocupada pelo seu dono.


—Vejam só, não parem de dançar e comer só por causa de minha presença, continuem- Sua voz eram sombria e grossa, um calafrio percorreu sua espinha, isso era errado, muito errado, Perséfone não gostava de sentir essas coisas. Aos poucos todos voltaram as conversas normalmente, até se tornar um murmúrio só. A festa se passou tranquilamente, Hades não se levantou uma vez se quer, apenas observava a multidão, ela se perguntou se daria para ver alguma coisa através daquele elmo escuro.


—Meus queridos olimpianos- A voz do meu pai ecoou pelo salão e todos pararam- como tradição, em todas as minhas festas danço com algumas de minhas filhas- Não gostei nada do que estava por vim, toda vez que meu pai dançava com alguma de nós, filhas dele, era para algum pretendente ver e logo a pedir em casamento, assim como aconteceu com Hebe da última vez. Sabia que não seria ela, pelo simples fato que já fora pedida em casamento um milhão de vezes por vários deuses e até semideuses, porém sua mãe nunca permitiu, e Zeus tinha plena consciência disso. “Eles não prestam, na visão dos deuses, nos só servimos para procriar e ser traída, enquanto eles se divertem com as ninfas e outras deusas” essa era a frase que minha mãe soltava toda vez que eu perguntava o por que eu não poderia casar. No fim acabei concordando com ela. Casar não estava mais nos meus planos, queria viver o resto da minha vida ao lado de minha mãe, pelos campos, ou jurar minha pureza a deusa da lua como Artêmis fez, e ficar o resto da vida sendo protetora dos campos e estações. Assim como minha mãe disse que devia ser- E hoje quem me dará a honra de uma dança será a minha caçula- meu coração gelou- Perséfone, venha aqui apreciar a todos com sua luz – Olhei totalmente desesperada em direção da minha mãe, mas a mesma apertou os lábios, e assentiu para que eu prosseguisse, meu rosto ficou de todas as cores possíveis quando todos do salão abriram espaço para mim passar, suspirei e delicadamente fui em direção ao meu pai, aqueles pares de olhos no trono não me ajudavam em nada, Poseidon olhou para Hades com uma interrogação no rosto e percebi que o mesmo se moveu pela primeira vez parecendo interessado na dança. Meu pai estendeu a mão e eu apertei com delicadeza, logo entramos em uma valsa lenta ao som das arpas.


—Por que me chamou para dançar?-Seus olhos fugiram do meu.


—Sempre chamo suas irmãs, achei que estava na hora de te chamar também- ele não me enganava.


—Mamãe sabe que está tentando arrumar um casamento para mim?-perguntei e ele me rodopiou e se manteve em silencio.


—De onde tirou essa ideia minha pequena Perséfone?- eu ri sem humor.


—Não sou tola pai!, das vezes que dançou com minhas irmãs elas se casaram no dia seguinte! Para quem está me apresentado?- ela me olhou e então olhou em volta.


—Para um dos meus irmãos- eu o olhei seria.


—Você tem vários irmãos! Seja especifico- estava começando a ficar estressada, meu coração estava palpitando , não queria me causa, e muito menos com um dos irmãos do meu pai!.


—Olhe o tom comigo Perséfone!- Dane se ele era o todo poderoso Zeus! Queria respostas e já!.


—Não me enrole, minha mãe jamais permitiria isso!- Ele me olhou realmente furioso agora, o senti o ambiente ficar escuro, e não só eu como todos perceberam isso.


—meu irmão, controle-se- Alertou Poseidon vendo o tempo fechar. Ele queria guerra? Então ele teria! Um cheiro fétido de flores morrendo começou a infestar o salão, ele me olhou com mais raiva ainda ao ser suas lindas rosas brancas morrerem.


—Perséfone! Pare agora- um trovão ressoou pelo ar e todos deram gritinhos.


—Me de a resposta e elas voltaram a viver- Ele parou de dançar e o tempo começou a se abrir um pouco, mais ainda estava nublado.


—É hades, ele quer desposa-la – Agora a situação piorou, larguei suas mãos e ouvi gritos e pessoas se afastando, eu sem querer, deixei minhas emoções fluírem pelo poder, e as rosas brancas se tornaram negras, com espinhos enormes e grossos que poderiam servir até mesmo de estaca, o cheiro de podre infestou e impregnou, agora Zeus me olhava preocupado- Querida pare já- Ele tentou se aproximar mais eu me afastei e correi, para longe, fui para o único local que era o meu refúgio, onde ninguém iria me procurar, o meu jardim. Me joelhei em frente aos narcisos amarelos, minhas lagrimas caíram pela terra que logo fizeram as flores morrerem, enxuguei as lagrimas e mandei energias positivas para terra, fazendo os narcisos retomasse a vida, funguei tocando em umas de suas pétalas.


—Me perdoe por isso- logo, quando tudo isso passasse, e minha mãe daria a ordem final que eu não me casaria, iria arrumar a bagunça que fiz no salão com as rosas- As vezes eu não me controlo- minhas emoções eram voláteis quando tinha muitas flores por perto. Ouvi alguém se aproximar e enxuguei rápido minhas lagrimas- Sai daqui! Quero ficar sozinha!- disse para quem quer que seja. Porém os passos não se interromperam, continuaram vindo em minha direção- Está surdo? Não quero ninguém no meu jardim- Me levantei a fim de enfrentar o intruso, e então meu coração parou, ele parecia mais assustador de perto, devia ter uns 2 metros e pouco de altura, seu elmo impedia de ver qualquer sinal do seu rosto.


—Ouvi minha pequena fujona, devia ser mais dócil com seu marido- Sua voz era grossa, e aveludada, o olhei feio.


—Jamais serei sua mulher- me virei para sair daqui o mais rápido possível, porém o mesmo me segurou, e trouxe contra seu corpo quente e grande, ele parecia uma muralha atrás de mim.


—É o que veremos minha pequena Perséfone!- e então o mundo ficou preto, e eu perdi a consciência.


 



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Autor(a): bnataliabarrosq

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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