Fanfics Brasil - Os Bulgari Hunter: Carniceiro de Aluguel

Fanfic: Hunter: Carniceiro de Aluguel | Tema: The Witcher


Capítulo: Os Bulgari

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Alcançaram a feiticeira alva segundos após saírem da sala, Heythan andava ao lado dela e as vezes seus olhos rubis passeavam pelos corredores, Eric andava mais atrás e seus olhos esmeralda não paravam de mirar em todos os locais, os passos dos três ecoavam pelos corredores, encontravam serventes e guardas pelo castelo, que faziam uma leve reverência a Lizandra e ao Hunter de Ouro, quanto a Eric apenas se limitavam a um curto aceno, outros apenas o ignoravam, a feiticeira guiou eles por um grande salão, não era o salão do trono más era tão grande quanto, as paredes eram todas brancas e lisas pareciam serem feitas da mesma rocha, pilastras da mesma pedra chegavam ao teto e eram todas talhadas, o enorme salão brilhava graças aos orbes de luz no teto, nas paredes haviam grandes desenhos dourados e brilhantes de enormes árvores genealógicas, os sobrenomes das famílias estavam em destaque no topo das árvores, era impossível não parar e admirar, as esmeraldas de Eric pareciam perdidas em meio a tudo aquilo, ele não conseguia parar quieto, estava até mesmo de boca aberta e uma expressão de impressionado tomava seu rosto, Lizandra achava engraçado as reações do jovem Hunter que ia de árvore em árvore ver as famílias


 


 


Eric: São as grandes famílias de feiticeiros que tiveram enorme participação na fundação do reino de Indevar, algumas foram adicionadas ao longo da história e outras ajudaram dês dos primórdios -Ele dizia andando de um lado para o outro- Os Aurons, Os Demener, Os Ingarus, a sua família senhora Lizandra os Vantassel


Lizandra: Vejo que gosta de história jovem Hunter -Ela dizia se aproximando do mural de sua família do qual Eric estava observando-


Eric: Sempre gostei, na fortaleza de Karleg, o principal foco era o combate, herbalismo, alquimia e criptozoologia, mas nossos professores também se preocupavam com nossa educação, então tínhamos outras matérias e história era minha favorita


 


 


No mural abaixo dos nomes havia a data de nascença e de falecimento, os últimos nomes eram os de Lizandra e sua irmã Karlaia, do qual tinha as datas de nascença mostrando que Lizandra era a mais velha mas sem data de falecimento


 


 


Eric: Existem diferenças de mais de 400 anos entre algumas datas, como é possível?


Lizandra: Assim como os Hunters, nós os feiticeiros temos um envelhecimento muito lento, existem feiticeiros que chegaram a 600 anos, assim como à Hunters que atingiram a mesma idade


Eric: Impressionante, mas aonde está Heythan?


 


 


Eles olharam em volta, logo avistaram uma figura de sobretudo e um grande chapéu vermelho sangue de braços cruzados olhando fixamente para um mural, ambos foram até ele, assim que chegaram perto Eric olhou para o mural e percebeu que diferente dos demais esse estava sujo, mal cuidado, as letras douradas cravadas na pedra ainda brilhavam junto do desenho de árvore, mas alguns nomes estavam encobertos por manchas, Heythan esticou a mão e esfregou a luva na parede


 


 


Heythan: É Calcário, o que houve com está família? -Ele limpou a mancha que tampava o último nome- Lira é último nome mas as datas indicam que ela viveu apenas 20 anos, achei que as grandes famílias tinham um lugar privilegiado aqui, mas está parece que é bem odiada


Eric: Bulgari?, acho que não me lembro dessa família, o mural está sem nenhum cuidado


Lizandra: Uma tragédia assolou os Bulgari, é uma lástima, a família atraia olhares para onde passavam pois todas as gerações tanto homens quanto mulheres eram ruivos de olhos verdes como os de Eric, os únicos que não demonstravam tal aparência eram os maridos e esposas que se casavam com um Bulgari, eles tinham um dom natural com feitiços de ilusão, quando um Bulgari se transformava em outra pessoa por uma ilusão, não existia feiticeiro que conseguisse revelar o feitiço, eles ajudaram imensamente na construção de Esgaror e durante muitas gerações ajudavam no castelo em múltiplos assuntos, nunca foram Feiticeiros Oficias da Corte, mas para quase tudo se tinha a opinião deles, minha família era muito amiga deles, meu avô e Thomas Bulgari eram quase inseparáveis devido a uma amizade de infância


Heythan: Me parecem uma grande família que ajudava a coroa, o que deu a eles esse destino Liz?


Lizandra: A inveja meu caro Hey, a inveja fez isso, Os Bulgari mantinham uma posição de respeito perante a corte assim como as outras famílias de feiticeiros, durante o reinado de Aurélio o bisavô de Aurio, muitos nobres da corte se uniram em uma trama fétida e inescrupulosa, tomados pela inveja do renome da família planejaram incriminar eles por traição, sobre a acusação de planejarem regicídio e tomarem o trono, eles planejaram cada maldito detalhe, provas falsas, testemunhas, cada peça colocada de maneira exata no tabuleiro, o problema é que algumas famílias de feiticeiros acreditaram e tomadas pelo desapontamento e se sentindo traídos se voltaram contra Os Bulgari, ouve confrontos entre feiticeiros, mas eram muitos contra poucos e no final a família de cabelos ruivos foi derrotada e capturada, o Rei Aurélio tomado pelo ódio mandou enforca-los em praça pública para servir de exemplo, meu avô Fercos Vantassel e minha família tomaram partido pelos Bulgari e tudo que conseguiram foi serem xingados e quase terem o mesmo destino, mas Thomas Bulgari proibiu meu avô de continuar se envolvendo, assim Thomas, Margarita, os jovens gêmeos Delcius e Belcius Bulgari foram enforcados em meio a uma multidão os chamando de traidores, foram desonrados, sua mansão foi queimada, suas lojas destruídas e saqueadas, tudo que tinha o emblema B na cor vermelha foi manchado e os Bulgari apagados da história, anos mais tarde no início do reinado de Aurio o serviço secreto que também é comandado por Faustos descobriu sobre essa conspiração, nosso rei ficou tão enfurecido que mandou eliminar as famílias que participarão daquilo, mas já era tarde demais para isso, e as provas foram apagadas com o tempo, então ainda a muitas pessoas que acreditam na traição da família de ilusionistas, outros chamam Rei Aurio de louco pelo que ordenou sem provas, mas infelizmente a tragédia já havia ocorrido -Ela contava a história olhando para a parede e as vezes olhando Heythan com seu olhos lilás-


Eric: E quanto à essa Lira Bulgari?


Lizandra: Lira era a caçula da família, ninguém sabe o que houve com ela, alguns dizem que morreu durante os confrontos, outros dizem que se matou, existem especulações que ela fugiu mas esse é o mais improvável, melhor irmos, Cassandra já deve estar ficando preocupada


 


 


Assim Lizandra e Heythan continuaram andando e Eric olhou uma última vez para o mural e os seguiu, assim que saíram do grande salão caminharam por um corredor e logo a frente viram a porta da mesma sala que esperaram Faustos, dois soldados estavam de guarda e assim que os viram, rapidamente um deles pegou a chave e destrancou a sala, logo que entraram cada Hunter foi para a mesa que deixou os itens e começou a se equipar, Eric não demorou muito a se armar, poucos segundos foram o suficiente, ele checou seu equipamento e logo depois saiu da sala fechando a porta, enquanto Heythan se equipava Lizandra desembainhou apenas alguns centímetros a espada de prata e tocou na lâmina, rapidamente soltou um pequeno gemido de dor e olhou para o dedo, Heythan se virou e segurou a mão dela


 


 


Heythan: Se machucou? -Ele olhava para o rosto dela e para seus olhos lilás-


Lizandra: Sempre me esqueço que a lâmina de prata não gosta muito de seres mágicos -Ela olhou para o dedo e encarou os olhos rubis de Heythan-


 


 


Lentamente seus olhares se aproximaram, Lizandra abaixou a gola do sobretudo que tampava a boca, seus lábios se chocaram em um intenso e apaixonado beijo, ela enrolou seus braços no pescoço do Hunter o puxando para perto, ele a prendia pela cintura aproximando ao máximo um do outro, permaneceram se beijando e era evidente que ambos almejavam aquilo a muito tempo, com uma das mãos o Hunter começou a passear seus dedos entre as onduladas mechas douradas da feiticeira, ela andou com ele em meio ao beijo e o pôs contra uma estante que tremeu um pouco com a batida derrubando um livro, ela separou seus lábios lentamente mas seus olhos permaneciam fixos um no outro, ambos estavam ofegantes, ela enrolou o cinto da espada no tronco do caçador e apertou a fivela


 


Lizandra: Está pronto caçador? -Ela o olhava com paixão-


Heythan: Estou e quanto a você feiticeira? -O mesmo olhar estava em seu rosto-


Lizandra: Agora estou -Ela deu um sorriso-


 


 


Assim que chegaram no estábulo o castanho alazão de Eric já estava pronto no qual ele rapidamente montou, o negro alazão de Heythan estava logo ao lado ele conferiu a sela e logo depois subiu, Lizandra e Cassandra andaram até uma  luxuosa carruagem vermelha e dourada, toda adornada e enfeitada, o cocheiro abriu a porta para elas e assim que entraram ele fechou a porta, subiu na carruagem e pegou as rédeas do qual a frente havia quatro vistosos e imponentes corcéis, Lizandra abriu a cortina e fitou Heythan com os olhos


 


 


Lizandra: Acha que ela ainda lembra de você?


Heythan: Mamãe Flora nunca esquece de três coisas, uma dívida, uma filha e um rosto


Cassandra: Consegue nos acompanhar Hunter de Prata? -Ela dizia olhando e sorrindo para Eric-


Eric: Vou tentar não te deixar para trás -Ele respondia sem jeito e levemente corado-


 


 


Lizandra pôs a mão para fora da carruagem e estralou os dedos, o cocheiro entendeu o sinal e atiçou os cavalos que saíram em um feroz e rápido galope, logo atrás Heythan e Eric vinham acompanhando com seus alazões que não ficavam para trás e conseguiam estar junto da carruagem facilmente, cortaram caminho por largas ruas de pedra da cidade, passavam rapidamente por grandes lojas de roupas, ferreiros, herbalistas e várias casas vistosas, indicando que estavam na área nobre da capital, chegavam perto de um portão do qual assim que o guarda viu a carruagem ordenou para abrirem caminho, a carruagem e os cavalos passaram rapidamente e começaram a seguir uma trilha de terra que levava até um pequeno vilarejo fora da cidade e cercado por campos de plantação, passaram rapidamente chamando a atenção de quem trabalhava nos campos, das senhoras que estendiam a roupa no varal e de crianças que brincavam na rua, prosseguiram bosque a dentro por uma estrada, o caminho era reto e cercado por árvores, Eric e Heytan não tiravam os olhos da mata, mesmo sendo uma floresta bem aberta o instinto falava mais alto, passavam rapidamente e erguiam poeira e folhas secas no galope, a carruagem pulava um pouco em algumas pedras e na estrada machucada mas logo se estabilizava, em certo momento Heythan conseguiu ver pela janela um pequeno pulo que Lizandra deu junto da carruagem, ele deu uma leve risada mas que logo foi interrompida por algumas folhas que acertaram o rosto do caçador a pleno galope e dessa vez foi a feiticeira que riu, após alguns minutos avistaram a frente um enorme casarão de madeira no meio do bosque, havia alguns cavalos e outras carruagens parados na frente do local, era enfeitado com panos vermelhos e plantas por toda a extensão, dava para ver que tinha movimentação tanto na porta quanto perto das carruagens, assim que chegaram diminuíram a velocidade, puderam ver que perto das carruagens havia um pequeno grupo de quatro cocheiros conversando e que acenaram assim que viram o colega chegando, logo perto da porta já havia garotas que usavam apenas uma saia curta e com uma abertura deixando amostra uma das pernas, da cintura para cima não vestiam nada e deixavam os seios à mostra, todas tinham tatuagens pelo corpo, elas variavam entre azul, verde e vermelho, mas seguiam o mesmo padrão, eram linhas onduladas da coxa até o pescoço, assim que viram os homens em cavalos fizeram pequenos movimentos como balançar ou apertar os seios, mordiam os lábios e outras passavam a língua entre eles, piscavam e olhavam sedutoramente, estavam bem maquiadas e com cores fortes mas principalmente o vermelho e o dourado, faziam gestos sexuais com as mãos e com a boca, uma delas perto da varanda fez um sinal para que eles entrassem, más pararam quando foram reprendidas por um olhar frio e severo de Lizandra, Heythan ergueu mais uma vez à gola do sobretudo sangue tampando o nariz e a boca e ajustou o chapéu deixando apenas um olho amostra e desceu do cavalo, Eric ficava as observando, parecia hipnotizado, mas logo acordou e desceu do cavalo depois de uma leve batida em sua perna ocasionada por Heytan, o cocheiro após ficar olhando rapidamente desceu e foi perto da janela no qual a feiticeira branca estava


 


 


Cocheiro: Minha senhora me desculpe a intromissão, mas estamos no lugar certo? -Ele olhava espantado-


Lizandra: Infelizmente estamos, não sei quanto tempo ficaremos então permaneça pronto


Cocheiro: Sim senhora -Ele disse abrindo a porta da carruagem-


 


 


Lizandra desceu da vistosa carruagem acompanhada de Cassandra, assim que desceram alguns olhares de repúdio se formaram nos rostos das garotas, Eric e Heythan se aproximaram e foram em direção do bordel, logo na entrada havia uma enorme placa de madeira no qual estava escrita: Bem Vindo a Toca do Prazer, Eric foi o último a entrar mas antes disso sentiu um leve tapa em sua bunda o que o corou mas disfarçou e seguiu caminho, o local era grande por dentro e bem movimentado, havia muitas garotas perambulando pelo local algumas sem roupa nenhuma e fazendo questão de balançar os seios, principalmente as que tinham os maiores, também haviam rapazes que e exibiam os músculos e o físico, alguns não usavam mais que um pano fino para se cobrir, mas também haviam  pessoas pelo local, alguns indicavam serem nobres pelas joias e pelas vestimentas, estavam espalhados entretidos com garotas ou garotos pelos locais, duas mulheres puxaram um homem de pelo menos 40 anos para um quarto e fecharam a porta, uma média sala de espera com cadeiras acolchoadas, mesas enfeitadas com tecidos e flores, uma enorme mesa cheia de prateleiras com garras de vinho e outras bebidas com um homem e uma mulher atendendo quem se aproximava era a primeira coisa que se via ao entrar no estabelecimento, uma fraca fumaça rosa oriunda de incensos e com um aroma de flores pairava no ar, mas o aguçado olfato dos Hunters logo indicou que aquilo era para disfarçar outro cheiro, Eric percebeu que todos, tanto homens quanto mulheres do local tinham as mesmas tatuagens, os únicos que eram privados delas eram os clientes, um pequeno grupo de prostitutas tocava uma fraca música que se misturava perfeitamente com o ambiente, rapazes andavam de um lado ao outro com bandejas e garrafas, dessa vez um rapaz jovial carregou uma senhora em seus braços e fechou a porta de um quarto, Lizandra e Cassandra olhavam tudo com repúdio nos olhos, andaram até o bar da sala, quando estavam chegando perto duas garotas, uma ruivas e uma loira se aproximaram de Heythan e a loira se pronunciou


 


 


Prostituta: Vejam só, um Hunter de Ouro, aqui está um cliente que vale cada minuto -Ela dizia sorrindo provocante-


Heythan: Estamos procurando a Mamãe Flora -Ele disse friamente-


Prostituta: Mamãe Flora não gosta de ser importunada -A ruiva disse mudando para um semblante sério-


Heythan: Diga a ela que Heythan gostaria de vê-la


Prostituta: O Leão Negro?, ficou ainda mais interessante... -mais uma vez à loira sorriu o mordeu os lábios mas logo começou a andar junto da amiga e fez um sinal para segui-la-


Heythan: Não seria melhor ficar na carruagem?, sabe que Mamãe Flora não gosta muito de feiticeiras -Ele sussurrou para Lizandra-


Lizandra: Ela vai abrir uma exceção para mim -Ela sussurrou e adiantou o passo-


 


 


Seguiram as garotas por um corredor do qual no final havia uma adornada porta de madeira, a ruiva abriu a porta e pôs a cabeça para dentro, mas sem revelar o interior


 


 


Prostituta: Mamãe Flora tem um grupo aqui que gostaria de conversar com a senhora


 


 


Uma voz um pouco rouca indicando o de uma senhora, mas de maneira firme e forte respondeu a garota


 


 


Mamãe Flora: Não tenho tempo para mascates, comerciantes ou clientes reclamando que não tiveram uma boa trepada -A voz falou friamente e de maneira rígida-


Heythan: Nem para velhos? -O Hunter falou atrás da porta-


Mamãe Flora: Essa voz...não acredito nisso, quem diria que você apareceria por essas terras Heythan, deixe-o entrar -A voz se tornou mais acolhedora-


 


 


O Hunter de Ouro deu disfarçadamente três moedas de ouro para cada garota que agradeceram com um sorriso de segundas intenções e abriram a porta, revelando uma grande sala, iluminada por castiçais espalhados nos cantos e pelas janelas, a sala tinha forma circular, estava coberta com um enorme tapete verde grama, também tinha duas pequenas mesas redondas nos cantos cobertas por um tecido vermelho e cercada por quatro cadeiras acolchoadas, algumas garotas e garotos residiam dentro da sala, estavam vestidos como os colegas do lado de fora, no centro havia uma enorme mesa com uma pilha de papéis no canto, uma taça dourada do outro, um tinteiro e uma pena no centro, uma moça em pé ao lado da mesa segurando uma jarra de vinho e no centro, sentada em uma cadeira imponente, estava uma mulher que aparentava no máximo 50 anos, tinha longos e lisos cabelos grisalhos, ela não estava velha como a maioria das senhoras nessa idade, sua face revelava que tinha idade mas não estava desgastada, estava muito bem maquiada com um forte batom vinho e sombras de mesma cor perto dos olhos, aliás seus olhos eram amarelos como um raio de Sol, a mulher ao ver o caçador entrar se levantou, revelando que usava um longo vestido negro, que deixava uma parte dos seios e os ombros  amostro, ele ressaltava bastante o busto e era mais fino na cintura, chegava até os pés e tinha um abertura deixando à mostra uma das pernas, ela começou a caminhar até ele


 


 


Mamãe Flora: Leão Negro a quanto tempo não te vejo -Ela o abraçou- como têm passado?


Heythan: Não estou mal e quanto a você?, como anda os negócios Mamãe Flora? -Ele retribui o abraço-


Mamãe Flora: Então ótimos como sempre, tempos de guerra, tempos de fome, tempos de seca, tempos de pestes, tudo isso ocorre mas nunca existe tempo ruim para uma foda, assim como nunca a tempo ruim para Hunters não é?


Heythan: Tem toda a razão, não importa o tempo, existem monstros para cada um deles


Mamãe Flora: Pare com essa pose de misterioso e me deixe ver como você está -Ela abaixou a gola do sobretudo e retirou o chapéu bagunçando os cabelos de Heythan, alguns caíram frente ao rosto, chegavam até o pescoço e negros como a noite, ela tateou uma cicatrização logo a baixo da orelha esquerda- acho que essa cicatriz é nova


Heythan: Salamandra Gigante, foi um pequeno descuido


Mamãe Flora: Vai acabar morrendo nesse ritmo Leão Negro -Nesse momento ela olhou para o pingente na corrente dourada- Vejo que deixou de ser um Hunter de Prata e subiu um degrau, fico feliz por você, depois de dar um fim aquele maldito sangue suga nada mais merecido e quem seria esse jovem rapaz? -Ela se virou para Eric e ficou frente a ele-


Eric: Eu sou Eric, um Hunter de Prata em experiência -Ele a olhou fixamente com os olhos esmeralda-


 


 


Ela encarou Eric e Heythan com seus olhos amarelos enquanto continuava ignorando as feiticeiras mais atrás, Mamãe Flora se virou e caminhou lentamente até sua mesa, pegou o cálice e estendeu a mão para a garota com a jarra que logo encheu o cálice, ela se virou, sentou na mesa, cruzou as pernas, bebeu um gole do vinho e olhou para o Hunter de Ouro


 


 


Mamãe Flora: Imagino que não esteja aqui pelos serviços não é Leão?, se estiver posso garantir que minhas meninas tem um preço especial para velhos amigos, não é meninas? -As garotas na sala deram um leve risinho- até o garoto pode aproveitar isso


Heythan: Agradeço a oferta, mas estou atrás do seu outro negócio minha cara


Mamãe Flora: Um Hunter procurando um vendedor de itens mágicos ilegais, que interessante -Ela bebeu mais uma vez-


Lizandra: Um traficante -Lizandra se pronunciou bruscamente-


 


 


Mamãe Flora parou o cálice na boca e encarou a feiticeira bruscamente com seus olhos amarelos, ela se levantou e caminhou até Lizandra ficando frente a frente com ela, a expressão da dona do lugar mudou para uma séria e de repúdio


 


 


 


Mamãe Flora: Eu estava ao máximo tentando te ignorar em consideração ao Heythan


Lizandra: Desculpe, eu não tive a intensão de ofender -Ela disse com muita ironia-


Mamãe Flora: Sempre me esqueço o do porquê odeio feiticeiras, mas toda vez que vejo seu rosto eu lembro na mesma hora


Lizandra: Então concordamos em muitos aspectos, pois também não gosto da sua espécie, chega até ser cômico que você comemore a morte do vampiro


Mamãe Flora: Cuidado com o que fala puta da coroa -Mamãe Flora ficou visivelmente brava-


Lizandra: Caso contrário? -Ela encarava a cafetina-


Mamãe Flora: Me diga, o que você usou nele?, foi uma poção?, um feitiço do amor?, tenho tantos clientes que eu adoraria que só tivessem olhos para as minhas meninas -Ela abriu um sorriso irônico-


Lizandra: O que você quer dizer com isso? -Ela deu alguns passos para a frente e sua expressou fechou, ela viu a cafetina fazendo um sinal disfarçado apontando para Heythan e rapidamente a feiticeira se irritou- Não me provoque -Rapidamente as chamas do ambiente suspenderam e se tornaram brancas, Heythan se aproximou e disse afastando lentamente as duas-


Heythan: Vamos acalmar os ânimos, precisamos de sua ajuda Mamãe Flora, não exatamente do seu outro negócio mas sim para achar um cliente do seu outro negócio


Mamãe Flora: E qual o interesse nesse cliente? -Ela disse se afastando e voltando a sentar na mesa e cruzar as pernas-


Heythan: Um dos seus clientes comprou Lasca de Chifre de Lincher e utilizou para fazer um frasco de Maldade Líquida que acabou...


Mamãe Flora: Que acabou colocando a jovem e doce princesa Elizabeth no profundo e sombrio sono da terrível maldição Sono Eterno -Ela falou o interrompendo-


Lizandra: Como sabe disso? -A feiticeira perguntou bruscamente-


Mamãe Flora: És uma tola se achas que tal segredo podia ser mantido por tanto tempo, os guardas do castelo também tem necessidades e ficam incrivelmente falantes enquanto estão sendo chupados, tem razão quanto a isso Leão Negro, quando a pessoa me encomendou o item fiquei bastante intrigada, de qualquer forma negócios são negócios, então quando chegou um bom pedaço eu mesmo fiz questão de extrair uma lasca, não só para me certificar da qualidade do produto como também pelo interesse pessoal quanto a esse pedido nada normal -Ela bebeu mais um gole do cálice e estendeu o braço com o cálice do qual rapidamente foi enchido pela garota-


Eric: Espere um pouco, você segurou um pedaço de Chifre de Lincher?, como não perdeu a mão ou morreu pela carga de magia negra? -Eric se intrometeu-


Mamãe Flora: Que pergunta mais ridícula para um Hunter, deveria saber que nós temos uma resistência natural a magia negra


Eric: Como assim nós?


Mamãe Flora: Não contou para ele Hunter de Ouro? -Ela fitou Heythan com os olhos amarelos-


Heythan: Queria ver se ele iria descobriria sozinho


Eric: Descobrir o que?


 


 


Mamãe Flora colocou o cálice na mesa e bateu duas palmas, rapidamente as garotas e garotos da sala começaram a mudar, alguns adquiriram uma pele vermelha escura, outros uma mais rosada, os cabelos variavam entre castanho, loiro, ruivo e negros, alguns tinham olhos roxos e outros laranjas, chifres marrons, curtos e retos que se inclinavam para trás nas pontas apareceram nas cabeças dos rapazes e chifres negros, curtos e com duas voltas apareceram nas cabeças das garotas, Mamãe Flora também mudou muito, sua pele adquiriu uma tonalidade de vinho, chifres médios, negros e com três voltas apareceram em meio aos cabelos grisalhos e seus olhos continuaram amarelos mas adquiriram um brilho semelhante a coloração do ouro, Eric mudou sua expressão para uma de espanto


 


 


Eric: Súcubos e Íncubos


Lizandra: Parasitas desprezíveis


Mamãe Flora: É a primeira vez que se depara com minha espécie jovem Hunter?


Eric: Sim


Mamãe Flora: Então devo avisa-lo que não sou a única Súcubo Matriarca que tem um putero em todo o mundo, mas voltando ao assunto principal, sabes que no meu ramo de trabalho a descrição e o sigilo quanto aos meus clientes são essenciais caçador


Heythan: E também sei que nesse mercado a expressão "Uma mão lava a outra" é muito utilizada, então diga-me do que precisas? -Ele disse se aproximando dela, pegando o cálice e colocando na mão dela e logo ela deu um fundo gole-


Mamãe Flora: Porque eu não te encontrei quando eu era mais nova e antes dela? -Ela disse em tom baixo mas logo voltou ao tom normal- o rapaz que faz a entrega dos meus produtos vem de tempos em tempos, mas ele atrasou alguns dias recentemente, quando mandei algumas pessoas investigaram, eles encontraram pedaços da carroça e sangue por todo o local, e até o meu fornecedor me mandar um novo rapaz vai demorar um pouco, até lá não posso ficar com meus estoque vazios, rastreie e traga minhas mercadorias e darei as informações que precisa


Heythan: Com todo o respeito Mamãe Flora, saqueadores atacarem uma carroça de um entregador de um traficante, parece mentira, nenhum bandido é tão idiota


Mamãe Flora: Se com saqueadores você quer dizer algo grande e forte o bastante para partir um cavalo ao meio e arrastar o corpo do animal junto com a carroça, então sim eram saqueadores


Heythan: Aonde foi o ataque?


Mamãe Flora: A norte, cerca de 40 minutos a cavalo, perto das colinas, o que me diz?, vai aceitar essa presa caçador? -Ela tomou o último gole de vinho e o fitou com os olhos agora dourados-


Heythan: Trarei suas mercadorias -Ele colocou o chapéu e retirou os fios de cabelo que estavam no rosto-



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Autor(a): heythan

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