Fanfic: Stranger Things: Cobaia 001 | Tema: Stranger Things
[ ELEVEN ]
Eu estava sentada em uma cadeira de metal dentro de uma sala branca, não tinha nada comigo além de uma enorme mesa de metal, tinham me dado umas roupas estranhas, pareciam seres feitas de plástico ou que tinham uma camada de plástico, eram brancas e largas, no meu lado esquerdo na parede da sala havia um enorme vidro preto que me refletia, eu não sabia ao certo quanto tempo eu já estava naquele lugar, os dias passavam muito rápido e eu tinha perdido a noção do tempo, más eu sei que já estava ali a mais tempo do que eu queria ficar, até agora não fizeram nenhum teste mais agressivo más quase todos os dias mediam minha pressão, tiravam meu sangue, sem falar de outros vários testes como: psicológico, auditivos, visuais, acho que nunca passei por tantos exames assim na vida, nem quando eu já estava aqui antes, eu não sabia aonde estava Eduard, eram poucas as vezes que eu o via, na maioria das vezes eram nós corredores e eu tinha apenas tempo de acenar para ele e logo ele era levado para algum lugar, más não parecia o mesmo rapaz que eu conheci, na maioria das vezes estava meio encharcado como se estivesse acabado de mergulhar em uma piscina, ou com os cabelos todos bagunçados, estava ofegante como se tivesse feito muito esforço, seus olhos estavam arregalados, tinham manchas vermelhas na roupa e em alguns casos eu o via sendo transportado de maca de um lugar para o outro já inconsciente, estava na cara que os testes que faziam comigo não eram os mesmos com ele, depois de algum tempo a porta se abriu rapidamente e um homem careca e com uma barba grande e marrom, usando um jaleco branco e com uma prancheta na mão fez um sinal para que eu lhe acompanhasse, ele andava rápido e eu mal conseguia o acompanhar, passamos por vários corredores, todos com soldados da TCE e mais pessoas de jaleco, assim como faxineiras, por onde eu passava todos me olhavam e comentavam algo, enfim nós chegamos até um elevador e ele apertou um botão, em poucos segundos a porta se abriu e entramos, ao lado tinha quatro botões más também tinha um local aonde parecia se colocar algum tipo de chave más era estranho pois tinha o formato de um X, foi então que aquele homem barbudo colocou a mão no bolso do jaleco e puxou a tal chave especial, logo que ele a virou uma pequena portinha se ferro se abriu abaixo dos outros botões revelando outros três botões vermelhos, ele apertou o número 2 e a porta do elevador se fechou, em poucos segundos a porta já estava aberta, era um lugar sem janelas más muito bem iluminado, tinha bem menos no movimentação lá, ele voltou a andar bem rápido e tentava acompanha-lo más logo passamos por um corredor havia uma sala com duas paredes de vidro do qual dentro havia um lugar com alguns brinquedos e tinha umas 4 crianças de várias idades, tentei ignorar aquilo e corri atrás do homem más aquilo não saía da minha cabeça, no final do trajeto ele abriu uma porta de ferro que revelou uma sala muito grande também branca, com uma porta além da que eu entrei, próximo do teto em uma das paredes tinha outro daquele vidro preto que refletia más esse chegava de um lado ao outro da parede que era larga, ao lado havia uma latinha de refrigerante, depois uma barra de ferro pequena más grossa, um cubo médio de concreto e um cofre médio más muito reforçado que estava aberto e virado para cima, dentro estava cheio de pedras, junto dessa série de itens tinha outros iguaizinhos, o barbudo fez um sinal para que eu ficasse ali e ele entrou na outra porta, segundos depois a porta pela qual entrei se abriu e acompanhado por uma mulher loira estava Eduard, ela disse para ele aguardar e entrou na outra porta, fui rapidamente até ele, estava encharcado e pingando gotas de água pelo cabelo, ofegante e um dos olhos estava vermelho
Eleven: O que aconteceu com você? -Eu olhava assustada-
Eduard: Eu... estou... bem -Ele dizia com dificuldade e respirando rápido-
Eleven: Você não está nada bem
Eduard: Eles... queriam... -Ele teve uma crise de tosse e não conseguia falar direito- ver se o tempo... que passei... fora do... laboratório não... me "amoleceu" más como... -Ele começava a voltar ao normal- más como você está? Eles não te machucaram não é?
Eleven: Não, eu estou bem
Eduard: Isso é bom, eu prometo que vamos sair daqui
Eleven: Más como? Eles vão machucar nossos amigos
Eduard: Eu sei, por isso vamos ter que eliminar o formigueiro quando ele estiver cheio ou dar um golpe forte no projeto a ponto de assusta-los
Eleven: Como?
Eduard: Vou pensar em um jeito
Eleven: O que vamos fazer aqui?
Eduard: Provavelmente um teste de habilidade
Eleven: Teste de que? -A porta pela qual o barbudo e a mulher entraram se abriu-
As mesmas pessoas voltaram más cada um estava com uma seringa cheia com um líquido levemente rosado, e dois soldados vieram carregando alguns equipamentos estranhos, os colocaram no chão e começaram a ajeita-los, quando o homem veio para cima de mim com aquilo eu fiquei assustada e levantei a mão, automaticamente os soldados me olharam e colocaram a mão na pistola foi quando Eduard me segurou e fez um sinal com a cabeça indicando "não", ambos tomamos a injeção e estranhamente aquilo não chegou a doer más logo após eles colaram na minha testa e na minha nuca como na de Eduard umas estranhas borrachas ligadas a fios que davam direto nos aparelhos
Eduard: Isso que injetaram em nós é um tipo de droga que vai ajudar aquele aparelho a ler a nossa atividade neural enquanto usamos nossos poderes nesses objetos, por agora você não está sentindo nada más quando começar a usar seus poderes vai sentir uma palpitação, dor de cabeça e ânsia, e algumas horas depois vai sentir tontura e muito sono
Eleven: Já usaram isso em você? -Olhei para ele-
Eduard: Mais vezes do que consigo contar -Ele viu que o barbudo se aproximava- prepare-se
Médico: Vocês vão utilizar de seus poderes nesses objetos do menor para o maior, vão ergue-los no ar e contar até cincos, depois vão gira-los três vezes para todas as direções e por fim vão esmaga-los o máximo que conseguirem, entenderam? -Ele olhou para nós e para a prancheta e confirmamos- ótimo quando eu der o sinal vamos começar pela garota
Ele olhou para a tela dos aparelhos, veio até mim e verificou aquelas borrachas e por fim fez um aceno com a cabeça, item por item eu fazia o que foi mandado, ergui a latinha e contei até cinco então comecei a gira-la três vezes para cada lado com intervalos de cinco em cinco segundos, eu pude ouvir os aparelhos atrás de mim funcionando como é estivessem imprimindo algo, más me concentrei no teste e pôr fim esmaguei a latinha o máximo que pude, más quando comecei o mesmo teste com a barra de ferro os sintomas que Eduard havia descrito começaram a aparecer, primeiro uma palpitação fraca e em seguida uma ânsia e pôr fim a dor de cabeça, más consegui ignorar, em seguida fui para o bloco de concreto, os efeitos pioraram e quase deixei o cubo cair más me mantive firme e no final eu prensei o cubo a ponto dele rachar e despedaçar, por último eu parti para o cofre cheio de pedras, ergue-lo já foi um sacrifício pois achei que minha cabeça ia explodir, mantê-lo no ar e gira-lo fez com que saísse muito sangue do meu nariz, por fim eu o esmaguei o máximo que pude más não consegui terminar e cai no chão ofegante e tonta, meu coração parecia que ia sair pela boca, eu tentei vomitar mas nada saía e minha cabeça doía por completo, eu estava sem saber direito o que acontecia a meu redor, tudo estava ficando embaçado e depois escuro, apenas senti alguém me carregando e ouvi a voz de Eduard próximo a mim
Eduard: SEUS IDIOTAS, VOCÊ DEU UMA DOSAGEM MUITO ALTA PARA ELA E AINDA POR CIMA SUBMETEU ELA A ESSE TESTE
Médico: Fique quieto e não se mova -Quando comecei a recuperar a consciência vi Eduard me carregando e os dois soldados apontando as pistolas para ele-
Eduard: FIQUE QUEITO VOCÊS SEUS IMBECIS, ESTAO ACHANDO QUE ELA É UM BRINQUEDO DE TESTES? TEM IDEIA DO QUE O FAUSTOS VAI FAZER NÃO SÓ COM VOCÊ MÁS SIM COM VOCÊS QUANDO ELE DESCOBRIR QUE VOCÊ QUASE PROVOCOU UMA OVERDOSE NELA? -Eu me levantei e me apoiei na parede, tudo estava girando então fechei os olhos e deitei, más ainda pude ouvir a discussão-
Médica: Ela está bem, foi apenas o primeiro contato dela com o medicamento, agora faça o seu teste
Eduard: Vamos acabar logo com essa palhaçada
Eu abri um pouco meus olhos e pude ver Eduard fazendo o teste, ele passou pela latinha e pela barra sem muitos problemas, no cubo pude perceber que ele também foi afetado pelos efeitos más mesmo assim despedaçou o cubo sem levantar a mão, no cofre ele sofreu mais pois os efeitos se tornaram mais fortes já que por alguns segundos ele colocou uma das mãos na cabeça, más mesmo assim ele esmagou o cofre a ponto das pedras que estavam dentro saltarem para fora e logo depois ele se apoiou no joelho e respirava ofegante e cansado, más logo se recompôs e veio até mim, consegui finalmente abrir os olhos e levantar
Eduard: Eieiei vai com calma, esse primeiro contato nunca é fácil, vai ficar tudo bem
Eleven: Você lidou bem melhor -Disse meio fraca-
Eduard: Porquê já estou acostumado e a dosagem que você recebeu foi alta demais para seu primeiro contato, descanse um pouco e logo vai passar
O barbudo terminava de ver o resultado dos testes junto da mulher loira e logo depois ele pegou um envelope e colocou tudo dentro, fechou ele e entregou aos soldados
Médico: Leve isso ao Dr. Faustos e entregue diretamente nas mãos dele, levem esses dois junto com vocês, ele quer falar com eles
Um dos soldados pegou o envelope e o outro veio até nós
Soldado dá TCE: Levantem e nos sigam, andaremos rápido então prestem atenção para não se perderem -Eduard me ajudou a levantar e os guardas nos esperavam na porta-
Eu fechei os olhos e respirei fundo, consegui me recompor o máximo que pude e assim que os soldados perceberam abriram a porta e começamos a caminhar rapidamente, os soldados pisavam firme e o barulho das botas tomavam o corredor, não tinha muitos funcionários pelos corredores e pela velocidade do andar não demorou até chegarmos no elevador, entramos e o soldado com a pasta apertou o botão vermelho com o número 3, segundos depois a porta se abriu em um novo corredor reto que se dividia em duas direções opostas logo no final e bem iluminado, rapidamente os soldados começaram a caminhar e ao chegarmos no final do corredor viramos para a esquerda, ao final havia uma porta branca com uma placa dourada escrita: "Doutor Faustos Dilian", um dos soldados bateu na porta e logo depois entraram, o Dr. Faustos estava sentado em uma poltrona analisando documentos dentro de uma pasta amarela e escrevendo algo neles, a sala era grande, tinha uma mesa média cheia de papéis, canetas, lápis, uma caneca de café e um estranho objeto com várias bolinhas penduradas uma ao lado da outra, tinha duas cadeiras de frente para ele e no lado esquerdo da sala tinha um pequeno armário de aço com três enormes gavetas com uma delas meio aperta e cheia de pastas amarelas, más logo atrás dele havia três pares de cortinas também brancas o que eu achei muito estranho pois não tinha visto nenhuma janela até agora, os soldados nos empurraram para dentro, um deles deixou a pasta próximo a caneca e saíram fechando a porta atrás de nós, eu olhei para Eduard por um instante e vi que ele encarava o homem de maneira séria, após alguns segundos o Dr. Faustos soltou a caneta, fechou a pasta, pegou a caneca e tomou um gole de café e nos olhou friamente, então fez um gesto para que tanto eu como Eduard sentássemos nas cadeiras, eu estava um pouco tonta ainda então não recusei o convite e Eduard se sentou logo após, más tudo a minha volta começou a girar e a então fechei os olhos por um instante
Dr. Faustos: O que houve com ela?
Eduard: Agradeça a um dos seus médicos que quase provocou uma Overdose nela, ela nunca teve contato com aquela droga que vocês usam para analisar a atividade neural e o imbecil deu uma dose alta demais para ela
Dr. Faustos: Quem é ele?
Eduard: Não sei o nome más é um homem com uma grande barba
Dr. Faustos: Me encarregarei dele
Eduard: Até porque caso não o faça duvido que ela possa passar por outras dessas situações ilesa, más porque você nos chamou aqui
Dr. Faustos: Duas semanas
Eduard: É o tempo que estamos aqui?
Dr. Faustos: Exatamente, eu devo dizer que estou muito orgulhoso de vocês pois até agora não houve relatos de tentativas de fuga ou agressões aos funcionários
Eduard: Não é por falta de vontade isso eu posso garantir
Eleven: E os meus amigos? -Falei interrompendo os dois-
Dr. Faustos: Quer saber se eles estão bem, correto? -Ele me encarou-
Eleven: Sim
Dr. Faustos: Pois bem -Ele pegou uma pasta verde na mesa dele e me entregou, quando abri havia várias fotos deles, do Jim e das famílias deles em atividades simples do dia a dia, tinha uma de todos eles juntos saindo da delegacia-
Eduard: Você não nos mandou trazer aqui apenas para dizer falsamente como está orgulhoso e mostrar isso a ela não é mesmo? -O homem deu uma leve risada e bebeu mais um gole de café-
Dr. Faustos: Sem percas de tempo não é mesmo Eduard? Bom, logo terá a reunião anual de encarregados desse projeto aonde vamos mostrar nossos avanços e você será meu item de amostra
Eduard: Não sei se fico lisonjeado ou enojado -Ele disse com uma expressão de repulsa- você não tem nenhuma outra pobre criança da qual está utilizando como rato de testes para exibir?
Dr. Faustos: Infelizmente não tenho -Ele levantou e segurou uma cordinha no par de cortinas que ficava no meio- pois a fórmula que criou você está sendo complicada de se reproduzir na dosagem certa
Ele puxou a corda e revelou um vidro que dava visão para um laboratório aonde havia cinco salas com paredes de vidro e nesses lugares havia uma criança dentro de cada cubículo, uma não tinha mais cabelos, outra estava pálida e com os olhos roxos, uma delas tossia fortemente, também tinha médicos andando de um lado para o outro naquele lugar, mexendo em aparelho, preparando injeções, mexendo no que parecia ser remédios, dentro dos cubículos havia alguns brinquedos, uma mesinha e uma cama
Dr. Faustos: Esses cinco são os mais próximos que tenho más duvido que resistiram muito mais tempo -Ele bebeu mais um gole-
Eduard: Em nome de Deus, são apenas crianças Dr. Faustos -Tanto eu como ele olhávamos assustados para tudo aquilo-
Dr. Faustos: São crianças largadas nas ruas e em orfanatos que as tratavam como lixos, neste lugar elas serviram para um propósito
Eduard: Saciar a sua insanidade e desejo de brincar de ser Deus?
Dr. Faustos: Criar uma nação aonde não existirá exército capaz de intimidar, aonde a maior arma serão os próprios soldados
Eduard: Você e seus amigos doentes desse projeto vão matar centenas de crianças só para conseguir poder para um país?
Dr. Faustos: Para dar para a população sensação de segurança, principalmente contra esses comunistas deploráveis e nojentos e contra aquele criatura no outro mundo
Eduard: Está se ouvindo? Você teme uma coisa que nem sequer está nesse mundo
Dr. Faustos: Um homem prevenido vale por dois
Eduard: E está disposto a conviver com esse sangue nas suas mãos?
Dr. Faustos: É um sacrifício necessário -Ele tomou o último gole de café-
Autor(a): heythan
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