Fanfic: Stranger Things: Cobaia 001 | Tema: Stranger Things
[ ELEVEN ]
Ainda estava cedo e o Sol não tinha começado a nascer más já estava começando a clarear, pelo lugar estar cercado de vegetação um vento frio e um sereno pairava pelo lugar, Eduard estava com as duas mãos nos bolsos do palito, o topete levantado junto do rosto e encarava seriamente Bill, o soldado estava com um sorriso irônico no rosto, fitava tanto a mim como a Eduard e estava com o fuzil em mãos, logo atrás estava a equipe de soldados da TCE posicionados e mantinham a mira das armas em nós a todo o momento, eu estava séria más minhas mãos tremiam e eu estava com medo, o delegado estava com o revólver em mãos e encarava o soldado loiro, permanecemos assim por alguns segundos mas o soldado desviou o olhar e viu Mike e Vitória dentro do carro
Bill: E quanto aqueles dois? Se não querem sair não deveriam nem ter vindo aqui -Ele observava friamente os dois-
Eduard: Eles não tem nada a ver com a negociação então não há motivos para estarem aqui fora, cadê ele? -Respondeu friamente-
Bill: São as regras garoto, todos aqui fora, é questão de segurança, não há como saber com o que estão e ele vira logo -Respondeu rapidamente de maneira enérgica-
Jim: São crianças, está com medo de que soldado? Crianças armadas? -O tom de deboche tomou a frase-
Bill: São as regras -Se irritou com o comentário-
Eduard: Não foi passado nada pelo telefonema
Bill: É porque as regras de segurança quem decide sou eu -Disse de maneira imponente-
Jim: Eles vão ficar no carro -Ele apertou o revólver na mão e deu alguns passos para a frente-
Eu apenas observava em silêncio enquanto eles discutiam entre si, cada vez mais a discussão ficava acalorada, seus rostos ficavam avermelhados de raiva e a paciência começava a ir embora, assim que papai falou que o Mike e a Vitória ficariam no carro o comandante da TCE olhou para o grupo e fez um sinal com a cabeça apontando para o carro, e instantaneamente dois soldados saíram do grupo e começaram a caminhar rapidamente até o carro, um deles abriu a porta e tentou segurar o Mike que se debatia e gritava
Mike: NÃO... ME SOLTA... ME LARGA... NÃO
Más o soldado perdeu a paciência o segurou e o jogou contra o chão do estacionamento, aquilo me irritou muito, foi quando vi o papai se aproximando apontando o revolver para o soldado e permaneceram estáticos
Jim: SE ENCOSTAR NELE DENOVO ABRO UM BURACO NA SUA CARA DE MERDA -Ele falou enraivecido-
Bill: Tenta vai, vou gostar de te esburacar delegadinho de bosta -Bill estava com meu pai na mira-
Como num reflexo todos os soldados ergueram as armas e apontaram para meu pai, o outro soldado apontou o fuzil para Mike que olhou assustado para a arma, Vitória saiu correndo por uma das portas de trás da viatura e foi até seu irmão o abraçando forte
Bill: SOLTA A ARMA DELEGADO, EU NÃO VOU PEDIR DENOVO -Ele encarava enraivecido Jim-
Jim: MANDA O TEU CACHORRO SE AFASTAR DO GAROTO E EU PENSO NO SEU CASO
Eu vi quando o soldado perto do Mike e o Bill puxaram o que parecia ser as travas dos fuzis e foi quando eu parei de pensar e simplesmente levantei a mão, o soldado perto do Mike foi lançado por cima da viatura atingindo com força a grade e me virei para o comandante más fui surpreendida quando senti o gelado cano do fuzil encostar na minha testa e travei de medo ao ver o comandante me olhando de maneira sanguinária, o grupo de soldados continuava mirando no Jim então ele não conseguiu vim até mim
Bill: Tenta vai, VAMOS, me mata, eu estudei você aberração, eu fui treinado especialmente para cuidar de você, pode até me matar más eu garanto que ninguém sai daqui vivo, antes mesmo que possa dar um passo alguém vai abrir um buraco nessa sua linda carinha, então é melhor se comportar monstrinha, se pensar em fazer isso de novo EU VOU ENCHER VOCÊ E A PORRA DO SEU PAI DE CHUMBO
Eduard: Vamos todos se acalmar por favor -Ele dizia se aproximando lentamente abraçando Vitória- Jane, por favor se acalma, naquelas janelas devem haver atiradores de elite, se você fizer mais alguma coisa nós estamos mortos, pense no Mike e nos seus amigos, por favor Jane -Ele me dizia de maneira calma más com uma expressão preocupada-
Bill: É melhor escutar ele aberração -Ele continuava com a arma encostada em na minha testa-
Eduard: Bill por favor abaixa a sua arma, nós vamos ficar juntos se é isso que você quer más por favor abaixa isso é manda seus homens abaixarem as armas
Bill: Está falando muito suave para alguém que estava todo convencido a minutos atrás -Ele não tirava os olhos de mim- ela arremessou um dos meus homens
Eduard: Situações de desespero exigem medidas desesperadas e ela apenas o arremessou pois ele agrediu o rapaz que ela tem afeto e porque seu pai adotivo foi ameaçado -Seu tom tinha mudado para um muito calmo- não teria sentido vir aqui só para brigar, então por favor se acalma e nós vamos seguir as regras
Ele encarou Eduard por alguns segundos e se afastou de mim abaixando a arma, ele ergueu a mão enluvada e fez um gesto com ela que instantaneamente fez os soldados abaixarem as armas, Jim ajudou Mike a levantar e eles vieram rapidamente até mim
Bill: Só quero deixar bem claro que se ela repetir algo assim, estouro os miolos da aberração
Eduard: Compreendo, obrigado por aceitar comandante -Ele estava abraçado com a irmã-
E foi no meio daquela tensão que ouvimos um bater de palmas lento e forte, quando olhei para a direção da porta do laboratório vi um homem se aproximando de nós a passos lentos e firmes, batendo palmas, assim que ele já estava junto do grupo se soldados foi quando pude vê-lo por inteiro, tinha cabelos castanhos, curtos e penteados para os lados, olhos verde escuro misturado com um marrom, uma barba média que se ligava ao bigode, seu rosto era um pouco quadrado no queixo, era um pouco alto devia ter entorno de 1,70 de altura, usava um jaleco abotoado branco que atingia até os joelhos, sua calça também era branca assim como os sapatos, ele parou de bater palmas e foi quando percebi que estava usando luvas, ele colocou a mão nos bolsos do jaleco e passeou os olhos por nós más quando me viu os fixou em mim e pude sentir um frio na espinha, quando virei meu rosto para escapar do olhar foi que vi Vitória escondendo o rosto no peito de Eduard e o rapaz estava com uma expressão séria mas seus olhos estavam arregalados, o homem permaneceu me encarando, deu alguns passos para frente se alinhando a Bill e virou lentamente o rosto para Eduard
???: Sabe porque você sempre foi minha cobaia preferida Eduard? -Ele se manteve em silêncio enquanto recebia aquele frio olhar- porque por mais que você tenha todos esses poderes você ainda sim tem noção do que é certo a se fazer e prefere o diálogo acima de tudo, mantém sua postura firme más abdica dela quando necessário apenas para evitar conflitos e acima de tudo sabe muito bem quem tem real poder, por isso você sempre foi minha cobaia adorada -Ele dizia lentamente e sua voz não era tão grave más tinha um timbre de imponência e que conseguia intimidar-
Jim: E você é quem?
???: Achei que já estava evidente más em todo caso perdoem minha falta de educação, eu sou o Dr. Faustos Dilian e isto é tudo que vocês podem e precisam saber sobre minha pessoa
Ele novamente olhou para mim e começou a caminhar lentamente em minha direção e foi quando eu congelei, eu sabia que poderia mata-lo facilmente, quebrar seu pescoço ou coisa do tipo, más alguma coisa nele, alguma coisa naquele olhar me amedrontava a ponto de não conseguir reagir, Jim chegou perto de mim e colocou a mão no meu ombro más ele nem chegou a olhar para o Jim, quando já estava na minha frente ele se abaixou, fixou os olhos nos meus e colocou uma das mãos no meu cabelo
Dr. Faustos: É um imenso prazer conhece-la pessoalmente senhorita Jane más também conhecida como Eleven, é uma garota muito bonita e forte, pode parecer quieta más é apenas um disfarce para os pobres desavisados que te irritarem -Ele sorriu de maneira amigável más isso não diminuiu meu medo-
Ele se levantou, mais uma vez ignorou o Jim e caminhou até junto de Eduard, Vitória continuava escondendo o rosto no peito do irmão e abraçando fortemente ele, assim que ficaram frente a frente se encararam por alguns segundos, eu percebi que Eduard tentava manter sua postura más seus olhos arregalados e sua expressão que oscilava entre pavor e seriedade não deixavam
Dr. Faustos: Um terno lhe cai melhor que as vestimentas do laboratório más espero que não tenha se apegado a ele -Ele direcionou seu olhar para Vitória- olhe para mim minha jovem -A garota nem sequer se moveu más pude ouvir alguns fracos soluços, ela tinha começado a chorar-
Eduard: Ela não tem nada a ver com isso, deixe-a por favor, foi o nosso acordo
Dr. Faustos: E em momento algum eu pensei em distorce-lo ou quebra-lo minha preciosa criação
Assim que ele terminou de falar, Jim que estava do meu lado andou rápido até ele, alguns soldados se colocaram em prontidão e Bill ficou ao lado do doutor más ele fez um sinal com a mão e todos voltaram as posições anteriores, meu pai ficou frente a frente com aquele homem
Jim: Você já falou e fez o seu show tempo demais, más até agora eu não vi sinal algum das crianças que você sequestrou, eu só estou aqui porque me preocupo com elas más mesmo assim estou deixando minha filha na toca do leão, más se dependesse apenas de mim por mais que eu morresse em seguida já teria enfiado uma bala na sua cara engomadinha, então só vou perguntar uma vez: Cadê as crianças que você raptou? -Ele perguntou de maneira raivosa-
Dr. Faustos: Delegado Jim Hopper, um homem de muita coragem más pouco poder, diga-me realmente criou algum afeto por ela? Ou apenas faz isso por obrigação? Ou porque se sente um herói fazendo isso? Deixe-me esclarecer Sr. Hopper, está é uma negociação unilateral, de qualquer jeito eles iriam voltar para as salas de experimentos porque eles pertencem a ela, se isso lhe consolar pense que sua "filha" servirá para tornar essa nação uma potência nunca antes vista e dar cada vez mais uma melhor qualidade de vida a futuras gerações, tenha Eduard como exemplo meus experimentos o transformaram em uma poderosa máquina de combate e sem falar que retardou seu envelhecimento, isso já é o primeiro passo -Ele ajeitou a gola do meu pai assim que a viu amassada enquanto dizia tudo e depois o encarou friamente- más não esqueça de quem tem real poder aqui más você está certo em um ponto pois até agora não mencionei as crianças -Ele bateu duas palmas e da porta saíram três soldados puxando as crianças cada um por correntes, estavam amarrados, algemados e amordaçados-
Eduard: Santo Deus doutor são apenas crianças
Dr. Faustos: Crianças muito indisciplinadas, principalmente a de cabelos avermelhados a Max se não me engano -Assim que eles nos viram começaram a se debater e a tentar falar más tudo que saía eram gemidos abafados que se misturavam ao balançar das correntes- eu já lhes informei dos termos más nunca faz mal relembrar, os itens 011 e 001 deveram colaborar e se submeterem ao projeto sem qualquer tipo de objeção e resistência e em troca os respectivos presentes não citados assim como suas famílias não receberam qualquer tipo de represália eu fui claro? -Todos concordaram com a cabeça- muito bem -Ele fez um sinal com a cabeça e as amordaçada junto das algemas foram retiradas, Dustin estava chorando assim como Max, Lucas estava resistindo ao máximo para não chorar- venham então
Jim: Primeiro as crianças
Bill: Não é você quem dá as ordens aqui delegadinho
Dr. Faustos: Tenha mais educação comandante Bill, más eles está certo não é o senhor que decide algo aqui, então as crianças iram após Jane e Eduard virem até mim
Eduard: Não há outro jeito -Ele olhou para Jim-
Eduard tentou se livrar da irmã mas ela o abraçava forte e não deixava, por mais que ele tentasse, os soluços da garota aumentaram e foi possível ouvir mais facilmente seu choro
Eduard: Está tudo bem maninha, eu vou voltar por você, eu prometo -Ele acariciava os cabelos dela- olhe para mim tenho que te dizer algo -A garota levantou lentamente o rosto e seus olhos estavam vermelhos e inchados, suas bochechas estavam molhadas das lágrimas- eu te amo minha irmã e voltarei para você -Ele levantou a mão e estralou os dedos na frente dela- descanse maninha -Ela começou a fechar os olhos, Eduard a carregou nos braços e levou até a viatura, deitou ela no banco de trás e voltou até o Jim- cuide dela por favor -Então ele olhou para mim- está na hora
Eu olhei para o delegado que eu agora feliz podia chamar de pai então o abracei, ele também me abraçou forte, passou a mão em meus cabelos e beijou minha testa
Jim: Aguente firme, eu vou ir busca-la -Sorri um pouco tristonha ao ouvir aquilo-
Fui até o Mike e olhei nos olhos dele, geralmente aquilo me acalmava más dessa vez eu o acalmei, antes que ele pudesse falar algo eu o abracei bem forte a ponto de sentir claramente seu coração bater, dei um selinho nele e me afastei
Eleven: Te amo Mike
Mike: Não vai por favor.... Eu imploro -Ele segurou minha mão com força e começou a chorar-
Dr. Faustos: Comovente o amor na adolescência, más eu tenho o dia todo e o futuro não é fácil de ser alcançado
Eduard: Você já nos tem em suas mãos doutor, tenha um pouco de clemência e deixe a menina se despedir do amado antes de voltar a ser tratada como um rato de laboratório
Dr. Faustos: Não aguardarei muito mais tempo
Eleven: Adeus Mike
Ele tentou vir até mim más Jim o segurou e o abraçou forte, caminhei em direção a Eduard que me olhou com um aspecto deprimido, começamos a ir em direção àquele homem, não, aquilo não era um homem aquilo era um monstro, ficar de frente com outro Demogorgon seria melhor que ficar de frente com ele, más isso era para proteger quem amávamos, assim que chegamos perto ele colocou as mãos em nossos ombros e nos encarou
Dr. Faustos: Não fiquem tão tristes, vocês deveriam saber que para pessoas como vocês é impossível conviver em sociedade, pois por mais que não tenham nascido em laboratório, vocês pertencem a ele, vocês serão o gatilho para uma nova raça de um novo mundo, uma raça que será capaz de derrotar todo tipo de ameaça até mesmo aquilo no outro mundo -Aquelas palavras me assustaram tanto quanto ele próprio- sim, eu sei sobre aquele ser composto de sombras que atormentou o jovem Willian, más isso é assunto para outro momento
Ele olhou para Bill e confirmou com a cabeça e o comandante fez um aceno com o fuzil para as soldados com as crianças e eles libertaram a todos que automaticamente correram até o delegado
Dr. Faustos: Agora sim nossa negociação está completa delegado
Jim: Isso não terminar desse jeito e você sabe bem disso
Dr. Faustos: Não delegado, as coisas vão terminar desse jeito mesmo, más análise comigo, o senhor perdeu uma suposta filha e ganhou outra imediatamente, ao meu ver o senhor ficou indiferente nessa negociação, deveria aproveitar essa sorte que o senhor tem, agora se me der licença tenho inúmeros afazeres, o comandante Bill irá acompanha-los até a saída, tenham um bom dia -Ele se virou para mim e para Eduard colocou uma mão em nossos ombros e começou a andar nos empurrando, eu consegui olhar para trás e ter um último vislumbre do Mike chorando, meus amigos me encarando de maneira assustada e meu pai me olhando com tristeza, também pude perceber que Eduard deu uma última olhada para a viatura até finalmente entrarmos no prédio e a porta se fechar atrás de nós-
O lugar por dentro não parecia muito diferente de antes, dois elevadores ao final do salão, tinha um soldado na porta de cada elevador e outros dois nas portas de entrada, também tinha três faxineiras limpando próximo aos elevadores, logo na entrada havia um enorme balcão com duas mulheres uma loira e outra morena mexendo em dois computadores e assim que viram que entramos se levantaram nos encararam por alguns segundos para logo depois a loira se pronunciar
Recepcionista: Bom dia doutor é um prazer vê-lo novamente
Dr. Faustos: Pulemos as cordialidade, tem algum assunto ou correspondência remetente a mim?
Recepcionista: Sim senhor, o Supervisor da Equipe de Reparos pediu para informa-lo que as Câmaras Térmicas já saíram da manutenção e estão prontas para uso
Dr. Faustos: Excelente, obrigado
Recepcionista: Ele também pediu para que o senhor executasse os testes o quanto antes para que possa passar um relatório a ele sobre como está o funcionamento delas
Dr. Faustos: Informe-o que efetuarei logo os testes e que caso não esteja de meu agrado ele saberá pois vou coca-lo dentro de uma delas por toda a semana
Recepcionista: Irei informa-lo
Dr. Faustos: Sejam bem vindos de volta
[ ELEVEN OFF ]
[ MIKE ]
Nada, eu não consegui fazer simplesmente nada, fiquei parado, chorando e desejando com força para que não a levassem más tudo que consegui foi ver ela desaparecendo enquanto a porta daquele maldito prédio se fechava atrás dela, o único consolo que eu tinha era que meus amigos estavam bem, más isso não diminuía minha dor, Max ainda estava meio eufórica e ficava encarando o Bill que parecia nem ligar para ela, Lucas estava segurando o choro e ainda estava tão em choque que não conseguia falar nada, já o Dustin tinha cedido a muito tempo, estava chorando e gritando em meio as lágrimas
Dustin: PELO AMOR DE DEUS VAMOS EMBORA DESSE LUGAR ENQUANTO AINDA PODEMOS FAZER ISSO -As lágrimas não paravam de escorregar por suas bochechas-
Bill: É melhor ouvirem o desdentado -Ele sorriu e fez um gesto apontando para o Dustin- e também já não há mais motivos para ficarem aqui, está na hora de irem
Lucas: A gente não vai deixar assim não é? Eles estão com a Eleven -Ele quebrou o silêncio e Jim logo o respondeu-
Jim: Agora não é momento para isso garoto, entre logo na viatura
Todos nós entramos, ninguém estava bem naquele lugar, Vitória ainda dormia no banco de trás com a cabeça encostada na janela, Jim acelerou um pouco e Bill já esperava do lado do portão e assim que nos aproximamos ele o abriu, e assim que passamos perto Max passou por cima de mim e colocou a cabeça para fora da janela
Max: Isso não vai ficar assim nós vamos voltar pela nossa amiga -Ela encarou firmemente o soldado que não aguentou e começou a rir sem parar-
Bill: Vocês do interior não conseguem aceitar as coisas como são, não é? -Ele falou em meio a risos, Max voltou para o lugar e ele me encarou mudando para uma expressão séria- você e seus amigos acharam mesmo que tudo teria um "final feliz"? Acharam mesmo que aquilo poderia ter uma vida normal? NÃO EXISTE NADA DE NORMAL NELA FEDELHOS, OUVIRAM? NADA -Seu rosto tinha ficado levemente vermelho pelos gritos- Achou o que em? Que vocês resgatariam ela de uma vida cruel e sofrida, seriam felizes e no futuro você se casaria com ela Mike e teriam dois lindos filhos aqui na cidade, e permaneceriam felizes e realizados até o final de suas vidas? Não me fação rir criançada, ela pertence a um laboratório e ela vai morrer em um LABORATÓRIO -Ele mudou para uma expressão menos irritada só que mais fria- Quer um conselho? Esquece ela e arruma outra garota e vocês arrumem outra amiga, vocês estão lidando com gente muito poderosa das quais falar seus nomes já representa um risco para sua vida, não imaginam a sorte que tem por saírem daqui vivos e com as próprias pernas, então aproveitem isso e esqueçam ela
Ele fechou o portão atrás de nós e Jim avançou com o carro, enquanto a gente se afastava eu virei a cabeça e consegui olhar para o laboratório foi quando eu ouvi o delegado
Jim: Não de ouvidos aquele cretino Mike, nós vamos traze-los de volta, custe o que custar, eu lhe prometo
Já se passou duas semana dês que ela se foi, não tive mais notícias sobre a situação, nem do delegado e nem de ninguém, perdi a vontade de fazer qualquer coisa, eu saio de casa apenas porque os meus amigos me arrastam para fora mas mesmo assim eles também não são os mesmo de antes, todos nós andamos tristes e desanimados, Dustin que sempre foi o mais "empolgado" de nós também perdeu sua entonação, nós estávamos andando de bicicleta perto da pista que levava ao laboratório, Max estava com seu Skate, nós não estávamos pensando em ir a lugar algum estávamos apenas andando, quando íamos passar por uma curva um caminhão de tamanho médio da cor preta passou muito perto de nós e quase acertou o Will más ele conseguiu ir com a bicicleta para o acostamento antes disso
Will: Uuoou, essa foi por pouco -Ele estava assustado e tremulo-
Dustin: SEU IDIOTA VOCÊ QUASE MATOU NOSSO AMIGO
Mike: Ele não vai te escutar Dustin -Quando olhei para trás vi que o caminhão foi em direção ao laboratório-
Lucas: Você está bem Will?
Will: Estou más não graças àquele motorista
Max: O caminhão, ele foi para o laboratório
Dustin: O que será que estão transportando?
Mike: Eu não sei, más se vai para aquele lugar então não pode ser nada de bom
Lucas: Será que deveríamos contar para o delegado?
Mike: Não é uma ideia ruim
Nós demos meia volta e começamos a ir para a delegacia, saímos rápido dá pista e logo entramos na cidade, pedalávamos rápido por todo o lugar e mal conseguíamos fazer as curvas, quase acertamos diversas vezes várias pessoas e outras gritavam e nos xingavam, não demorou para percorrermos todo o caminho e estávamos na porta da delegacia, deixamos as bicicletas no chão e entramos correndo com o fôlego cansado e fomos direto a recepcionista
Mike: Moça precisamos falar com o delegado, é urgente e tem que ser agora
Recepcionista: Se acalmem primeiro, respirem e me digam o que aconteceu
Mike: É urgente moça, é um assunto pessoal
Lucas: Por favor senhora -Todo nós começamos a pedir sem parar ou se quer dar chance para a moça responder e foi quando o oficial Powell saiu de dentro de uma sala com uma caneca de café na mão e nos olhou de maneira séria-
Powell: Aonde é o incêndio? -Disse de maneira sarcástica-
Dustin: Que incêndio?
Lucas: É maneira de falar, ele quer saber porque estamos tão eufóricos
Mike: Nós precisamos falar com o delegado o mais rápido possível, é urgente
Powell: Digam o que houve ai eu repasso a ele
Mike: Não dá, é um assunto muito pessoal
Powell: Vocês não podem entrar em uma delegacia, querendo falar apenas com o delegado e com mais ninguém, com todo esse ar de mistério
Will: É sobre as minhas consultas no laboratório, eu queria falar com ele sobre elas e por isso é muito pessoal
Powell: É tão pessoal que trouxe metade de Hawkins com você -Ele respirou fundo, olhou para a recepcionista e depois nos olhou- o delegado saiu, ele está em patrulha na estrada do antigo laboratório, aparentemente os moradores da região reclamaram de uma certa atividade suspeita na região do laboratório -quando ele falou isso nós olhamos uns para os outros- então ele foi dar uma olhada, más já aviso que ele não está de bom humor
Mike: Como assim?
Powell: Já faz umas duas semanas que ele está desanimado más também irritado, fica de um lado para outro na delegacia mexendo em arquivos antigos, vendo todo tipo de documento que envolva o velho laboratório, fazendo ligações, procurando todo tipo de citação a um tal de Faustos alguma coisa, fica rondando entorno do laboratório, ele tá muito esquisito então se forem falar com ele é melhor tomarem cuidado -Ele tomou um gole de café-
Mike: Tudo bem, obrigado oficial
[ MIKE OFF ]
[ JIM HOPPER ]
Sabe como é se sentir impotente? Sabe como é ver alguém que te conquistou ir embora para te proteger e você não conseguir mover um único dedo para ajudar? Quando minha filha morreu eu me fechei muito pois ela deixou um vazio que eu achei que nunca seria preenchido, más com toda a história daquela garota que estava sozinha e assustada com tudo aquilo, uma garota da qual nunca teve contato com a mãe e o pai era um monstro, uma garota que estava sozinha e era perseguida por suas habilidades, ela preencheu esse vazio, alguém que eu nunca imaginaria, eu já perdi uma filha antes e eu juro que não vou perder mais uma, eu estava a mais ou menos três quilômetros do laboratório dentro da viatura que deixei escondida entre as árvores um pouco a dentro da floresta, eu olhava atento para os dois lados da pista e foi quando um caminhão de tamanho médio e todo preto começou a vir do laboratório, assim que ele passou eu coloquei a mão por dentro de um dos bolsos da farda e puxei meu bloco de anotações, logo depois peguei uma caneta presa a gola, abri em uma página demarcada e comecei a escrever
Jim: Terça-feira... volta as 10 horas... mesma placa da terça passada, o que é que estão transportando? -O rádio tocou e no mesmo instante o peguei- delegado Jim Hopper na escuta pode falar
Powell: Delegado aqui é o Powell, tinha umas crianças querendo falar com você delegado, um tal de Mike e o pelotão de amigos dele
Jim: Diga que agora eu não posso
Powell: Ai é que está delegado, eu já disse para eles aonde estava o senhor e eles já foram até ai, parecia ser urgente pelo desespero deles
Jim: Merda, tudo bem, obrigado por avisar oficial, desligando -Coloquei o rádio de volta no lugar- o que é que eles querem em um momento desses?
Abri o porta luvas e peguei um pacote de papéis prendidos por um elástico, dentre eles tinha uma foto da região do laboratório vista de cima, comecei a analisar pontos nos quais eu poderia me aproximar pela mata sem ser avistado, peguei novamente a caneta e comecei a circular esses pontos e depois o coloquei no bolso dentro da blusa, logo depois pequei uma pasta amarela que estava debaixo do banco, dentro havia um arquivo com várias páginas e na primeira delas tinha a foto do Bill más bem mais novo e sem a cicatriz no rosto, comecei a folhear o documento e a circular e sublinhar vários itens
Jim: Bill Colins, serviu por 8 no exército, morte honrosa em missão? - As outras folhas estavam cheias de tarjas negras com poucas palavras a mostra- o desgraçado é um fantasma -Me estiquei para trás e peguei um jornal do qual a manchete era: "Com apoio do governo o doutor Faustos Dilian e sua equipe iram atender mais de 3.000 crianças órfãs" e uma foto dele um pouco mais novo junto da equipe- ele não atendeu essas crianças elas se tornaram cobaias dos laboratórios, tudo isso para conseguir os super-soldados, isso é loucura -Quando olhei para frente pude ver as crianças passando lentamente do outro lado da pista e olhando para os lados, depois que dei uma rápida olhada para os dois lados da rua e vi que não tinha ninguém por perto ou algum carro transitando dei uma leve buzinada, todos olharam rapidamente para minha direção e assim que me viram vieram até mim, desci da viatura e os esperei encostado no capô
Jim: O que foi que houve? -Perguntei de maneira séria-
Mike: A gente queria saber se você descobriu algo que pudesse nos ajudar a trazer a El e o Eduard de volta
Jim: Não descobri nada, más antes de tudo eu quero vocês fora disso, entenderão? -Ergui o tom de voz-
Mike: Isso não é justo, ela é nossa amiga, ela se sacrificou para ajudar eles, não podemos abandonar ela -Ele também ergueu a voz-
Jim: Ninguém está abandonando ninguém Mike, más isso é muito perigoso para vocês, já viram que esse tal de Faustos é o tipo de pessoa que não se importa em derramar quanto sangue for preciso para atingir seus objetivos
Lucas: Nós não temos medo dele
Jim: Pois deveriam, já que ele capturou vocês e poderia ter matado se quisesse ou coisa pior
Mike: Nós vamos ajuda-la
Jim: Vamos mesmo, más vão fazer isso longe das armas de fogo
Mike: E o que você pretende fazer? Simplesmente invadir como fez antes?
Jim: Eu ainda estou pensando sobre isso
Max: Antes que os dois voltem a discutirem, como está a Vitória? -Ela perguntou de maneira preocupada-
Jim: Nada bem, ela come apenas quando a fome é muita e só dorme quando desmaia de sono, ela sente muito a falta do irmão e ainda estava brava com ele por ter usado a Hipnose nela, mal sai do quarto e quando sai fica sentada do lado de fora olhando o lago
Lucas: Deve ser muito difícil, passar por tudo que ela passou e quando finalmente reencontra o irmão, tem que vê-lo ir embora para te proteger e a última lembrança que tem é um "Eu te amo"
Dustin: Coitada, deve estar sofrendo muito, que tal se agente fosse falar com ela depois? Para anima-la u pouco
Max: Isso sim é uma ótima ideia
Jim: Foi me dito que vocês estavam me procurando porque era muito importante, era só pelas perguntas? -Ele olhou para todos nós-
Mike: Não, agente estava te procurando pois enquanto andávamos perto da pista um caminhão preto quase atropelou o Will e quando olhamos para trás ele estava indo em direção ao laboratório, nós achamos estranho pois nunca tínhamos visto caminhão algum parecido com aquele-Ele me encarou-
Jim: Isso foi que horas?
Will: A umas duas horas atrás
Jim: O mesmo horário de sempre -Fiquei pensativo-
Lucas: Você sabia sobre esses caminhões sinistros?
Jim: Sim eu sábia
Mike: E NÃO NOS CONTOU? -Ele rapidamente mudou para uma expressão de raiva-
Jim: Desse jeito vão te ouvir lá do laboratório, eu não contei pois do que isso iria ajudar vocês a resgatar ela? Vão roubar um desses e invadir o local? -Todos ficaram em silêncio e Mike se acalmou- olha eu não sei direito para que eles servem ou o que transportam, más eu sei que toda terça e quinta um caminhão passa por aqui as 8 horas e volta as 10 horas no turno da manhã
Mike: No turno da manhã?
Jim: Sim pois a noite outro caminhão do mesmo modelo passa por aqui também as 8 horas e volta as 12 horas
Lucas: Porque transportariam algo de noite quando podem fazer isso de dia?
Mike: Talvez seja porque não querem chamar atenção
Jim: Eu vou descobrir o que eles estão transportando más para isso eu não posso correr o risco que algum de vocês se machuque, então vocês tem que me prometer que vão ficar longe disso, entenderam? -Ninguém respondeu então levantei um pouco a voz- vocês entenderão? -Todos responderam com um "sim" fraco- eu sei vocês sentem saudades dela, eu também sinto e Vitória sente do irmão, más para ajudá-la nós temos que agir com cautela
Mike: E como vai descobrir o que estão levando nos caminhões?
Jim: Eu tenho um plano, más para evitar possíveis companhias -Olhei para todos eles- por agora é segredo, venham eu vou levar vocês de volta para a cidade, aqui não é seguro
Os garotos se apertaram um pouco e por fim todos couberam na caminhonete, coloquei as bicicletas e o Skate na parte de trás e voltamos até a cidade, poucos minutos depois já estávamos na cidade, deixei a todos na casa do Mike e logo depois fui para a delegacia e assim que entrei vi o oficial Powell conversando com a recepcionista más ele olhou para trás ao ouvir o barulho da porta
Powell: Bem vindo e volta delegado, conversou com as crianças?
Jim: Sim, conversei e também já resolvi o problema -Fui até a garrafa de café e despejei uma boa quantidade em uma caneca-
Powell: Espero que não tenha sido nada muito grave
Jim: Não foi nada demais, algum problema enquanto eu estava fora?
Powell: Nenhum, tá tudo calmo, calmo até demais na verdade
Jim: E espero que continue assim, se precisar de mim vou estar na minha sala
Assim que entrei e sentei na minha cadeira, pequei o mapa dentro da minha blusa e o abri em cima de mesa, fiquei olhando por alguns minutos até marcar com um X um dos círculos, pequei o mapa, um binóculos, uma lanterna e mais alguns equipamentos, os embrulhei na blusa, sai da sala e fui até o estacionamento aonde os coloquei no banco do carona na caminhonete, o resto do dia seguiu normalmente, sem nenhum caso grave ou coisa do tipo, apenas brigas de vizinhos e casos de roubos de galinhas, quando terminou meu turno e sai da delegacia fui direto para a pista, deixei a viatura um pouco mais longe que dá outra vez, coloquei ela entre as árvores, peguei meus equipamentos junto da blusa, peguei e liguei a lanterna pois já estava escurecendo e olhei para o por alguns segundos e logo depois para um ponto da vegetação, cortei o resto do caminho pela mata, a floresta não era muito densa e as árvores eram um pouco afastadas o que facilitava a movimentação, depois de alguns minutos de caminhada eu já conseguia avistar o laboratório que estava bem iluminado, comecei a me aproximar com cuidado e desliguei a lanterna, encontrei um local na qual havia uma árvore junto de alguns arbustos do qual servia para me esconder e que dava total visão para o pátio, me encolhi entre os arbustos e peguei o binóculos para observar, no pátio havia um grupo de soldados da TCE, duas empilhadeiras e alguns cientistas com capacete e pranchetas, no topo do laboratório havia quatro soldados munidos de rifles de precisão do qual cada um cuidando de uma direção, eu tinha que tomar cuidado com o que estava de olho na minha direção, não tenho certeza quanto tempo fiquei lá más quando foi 8:10 um caminhão preto do mesmo tipo chegou na portaria, um grupo de soldados foi até a cabine e pegou o que parecia ser a documentação do motorista e logo depois eles abriram o portão, o caminhão entrou e estacionou, sem demora um grupo da TCE abriu o compartimento de carga e foi quando começaram a puxar para fora caixotes, que variavam de pequenos a grandes, de madeira e outros de ferro, alguns os soldados conseguiam tirar e outros a empilhadeira tinha que descarregar, logo que saíam do caminhão eram abertos e alguns dos cientistas chegava perto, olhava dentro e anotava algo na prancheta, más todos os caixotes tinham uma marca grande e vermelha "AmericaTech", e nesse momento Bill saiu de dentro do laboratório esbravejando
Bill: TOMEM CUIDADO COM ISSO IDIOTAS, SE ALGUMAS DESSAS PEÇAS QUEBRAR EU MATO VOCÊS, SEJAM RÁPIDOS COM ISSO, DESCARREGUEM, ABRAM, CONFIRAM E LEVEM PARA O DEPOSITO DE CARGA, SEM FICAR ADMIRANDO -Ele andou até o caminhão e entrou no compartimento-
Jim: O que estão construindo?
Autor(a): heythan
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[ ELEVEN ] Eu estava sentada em uma cadeira de metal dentro de uma sala branca, não tinha nada comigo além de uma enorme mesa de metal, tinham me dado umas roupas estranhas, pareciam seres feitas de plástico ou que tinham uma camada de plástico, eram brancas e largas, no meu lado esquerdo na parede da sala havia um enorme vidro preto que ...
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