Fanfics Brasil - Capítulo 1 Aluga-se um Noivo Laliter ADP

Fanfic: Aluga-se um Noivo Laliter ADP | Tema: Laliter


Capítulo: Capítulo 1

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Me diz porque estamos fazendo isso, mesmo?


 


-Porque, meu irmão, vai se casar com a Rochi .


 


-Tem certeza de que é melhor alternativa?


 


-Cande, você não é obrigada a me acompanhar..


 


-Tá maluca?? E perder toda a diversão?


 


Atravessamos a Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro super apressadas, o sinal já piscava indicando que nosso tempo estava acabando.


 


Entramos no prédio na rua do Ouvidor, conforme indicado pela agência, quinto andar, respire fundo e toquei a campainha, arrumei a saia lápis preta e a blusa bege, a porta abriu, meu queixo foi no chão.


 


-Ammm...Desculpa, toquei por engano.


 


Saimos do prédio rindo tanto que foi necessário que nos apoiássemos na parede para gargalharmos um pouco mais.


 


-Meu Deus o que era aquilo, Lali? Tem certeza de que era o lugar certo?


 


-Tá aqui no email, olha o endereço. –Cande deu uma olhada no papel entre uma fungada e uma respirada profunda para se recompor.


 


-Tem razão, mas tipo, impossível!


 


Realmente, impossível, o homem que nos atendeu usava uma cueca de elefantinho, com aquela “tromba” pendurada, ele era estranho, com uma cara de sono, barba por fazer...Sem chance!


 


-Vamos tomar um café antes de voltarmos para o trabalho.


 


-Desiste dessa loucura amiga


 


-Nem pensar! Não posso dar gostinho ao Mariano! Candela, eu sou a irmã do noivo!


 


-E o Mariano seu ex namorado!


 


-Correção, meu ex namorado e padrinho do meu irmão. Não acredito que o Gaston fez isso comigo.


 


-É....chamar seu ex e a atual pra padrinhos foi mesmo... –Cande, fechou os dedos num círculo aberto, sim, foi um cu!


 


-Vamos naquele café na rua do Carmo.


 


-Ah não, muito longe! –odeio a preguiça dela! –Vamos aqui mesmo na livraria que dá no mesmo. Amo trabalhar no centro do Rio de janeiro, existe tanta opção pra tudo. Que...sei lá, amo!


 


Entramos na gigantesca livraria na rua do Ouvidor mesmo, havia uma fila de espera, nada muito grande, umas cinco pessoas na frente, Cande fez o que sempre faz, disfarçou e foi furar fila, parando no balcão, isso me mata de vergonha!


 


Mas não serei hipócrita, finjo que não vejo e aceito os jeitinhos que ela dá pra tudo. Enquanto ela esperava pelo pedido, estava na cara que iria demorar um pouco, afinal às 13 horas, num dia nublado, todos os trabalhadores de bom senso estavam em busca de um café, e bom, fui zanzar um pouco, estava vendo as novidades quando me interessei por um exemplar com um tigre azul na capa, parecia promissor...lembro que pensei em comprar, mas depois...hmmm a fila do caixa estava enorme, coloquei-o de volta na prateleira e dei meia volta, alguém deu meia volta também e nos esbarramos feio!


 


O cara pediu desculpas, eu pedi desculpas e nos olhamos, ele sorriu, fiquei meio sem graça, caralho que gato! Olhos castanhos, nariz perfeito, eu amo nariz, afinal fica no meio da cara! Olhei para os lábios dele, foi tão rápido, mas ele me deixou ver seu sorriso, lindo. Depois disso se afastou com um livro.


 


Não sei o que me deu, peguei o primeiro exemplar que minha mão alcançou e fui o seguindo, disfarçando, Cande acenava pra mim, e fiz que não com a cabeça, ele entrou na fila que havia diminuído consideravelmente, estiquei os olhos, entortei o rosto, fingi que estava procurando uma revista na prateleira que segue até o caixa e finalmente ele mudou a posição do livro e pude ver que estava para comprar Grande Sertão Veredas. Primeiro pensamento “hmmm...culto’’.


 


Nada de mais, ele pagou com cartão de credito, segui dois caixas depois e peguei, ele foi embora e eu voltei para o café.


 


Cande me olhava com um baita sorriso e uma expressão de safada que eu conhecia muito bem.


 


-Deixa eu ver. –Ela puxou a sacola e tirou o livro –O quê?? ‘’ Meu primeiro livro de culinária’’ ?? –não se furtou em cair na gargalhada, chamando a atenção de muitos.


 


Fiquei com a cara no chão!


 


-Lali, quem é esse homem que te fez gastar R$ 39,90 num livro de culinária infantil?


 


–Não sei. Ah, Cande! Nem sei o que me deu, foi meio que um... –jogava meu corpo pra frente -...um impulso, louco!


 


-Você é louca. Gente, devia ser uma coisinha esse homem...


 


-Gato. Muito.


 


-E você nem puxou assunto com ele? Uma fila daquelas?


 


-Ah! Nem lembrei, estava mais interessada em ver o livro que ele pegou.


 


-Qual foi?


 


-Grandes Sertões Veredas.


 


-Hmmm...culto.


 


-Porra!!! –agora fui eu quem fez vergonha falando palavrão em alto e bom som –Foi isso que eu pensei! Exatamente isso! –praticamente sussurrei. 


 


Bebemos nosso café e fomos embora, ainda haviam muitos contratos para serem analisados e eu não tinha patrão, tinha chefe, o cara era um escroto, narcisista filho da puta, mas não vou mais falar dele, já gastei algumas linhas só de lembrar dele e não vale a pena, serio, não vale.


 


Aquela semana foi louca, procurei em varios anúncios, mas nenhum se enquadrou no meu perfil ideal, começava a achar que eu não tinha um perfil ideal.


 


Fiquei repassando mentalmente a péssima quinta-feira. Cande estava comigo o tempo todo e fazia cada careta... Entrevistamos cinco caras, no meu apartamento, o que fez minha melhor amiga ficar super nervosa, mas eu iria encontrar com eles onde? Na lanchonete da esquina? 


 


O primeiro era muito mais baixo que eu, até era legal, mas não ia rolar...


 


O segundo só falava espanhol, então, não.


 


O terceiro era lindo, charmoso e.... tinha um tique nervoso de ficar passando o dedo na língua, nem pensar!


 


O quarto tinha pinta de tarado.


 


O quinto ficou mais interessado na Cande que em mim, ele mal me olhou!


 


Suspirei fundo, isso não estava indo nada bem e o casamento era para poucos meses. Merda!


 


Finalmente consegui dormir, mal, um frio da porra no meu apartamento. Acordei de mal humor, o chuveiro demorou pra esquentar, me atrasei com o café...sabe dia que começa estranho? Foi aquela sexta-feira.


 


Começou e seguiu na estranheza. Meu chefe dando esporro em todo mundo, falando da porcaria do time de futebol dele, ah! Que inferno! Discussão acalorada com um fornecedor, almoço trocado, Meu Deus que dia!


 


Pra completar, o desgraçado do Otílio, o chefe escroto, deixou uma pilha do tamanho do Everest de documentos de seguro de vida atrasados pra minha amiga resolver, então obviamente que dali ela não sairia tão cedo, e se não fosse um cara chamado Seth, com quem marquei pra conhecer, sem dúvida ficaria com ela, ajudando.


 


Ao menos Seth era pontual, e bonitão, com umas entradas no cabelo, mas no geral era legal e educado, usava um perfume barato, mas sabia falar de muita coisa. O nome dele na verdade era Setembrino, não consegui evitar a risada, ele não ligou muito de eu estar rindo, acabamos marcando para o sábado, assim a Cande poderia conhece-lo e validar.


 


  *~~*~~*~~*


 


Inacreditável! Sabado quase nove da noite e nada do cara aparecer, ligou dizendo que a mãe dele estava com apendicite.


 


–E agora, Lali?


 


–Sei lá, acho que vou procurar na internet.


 


–Tá louca? Pode aparecer um sequestrador, um estuprador, um assaltante!


 


–Relaxa, Cande! Vamos olhar...sem compromisso...


 


–Ainda acho que deveria ligar para agencia de acompanhantes...


 


Puxei o notebook e digitei no site de busca garoto de programa, ficamos passando umas fotos, até que meu olho bateu no seu rosto, tirou a foto com celular, pegando uma parte do queixo, o tronco super bem definido e uma parte de seu membro.


 


Cande e eu nos olhamos ao mesmo tempo.


 


–Lali, olha isso, amiga!


 


–Estou olhando mas não estou crendo, ah... isso deve ser photoshop.


 


–Essa coisa tem a espessura de que? Uma lata de Coca-Cola?


 


–E não adianta nada se tiver o tamanho da lata também... –mostrei a mão fazendo sinal de pequeno.


 


–E que diferença faz? Você não vai transar com ele!


 


–O que você acha?


 


Na mesma hora Cande abriu um sorriso enorme e arregalou os olhos.


 


–Liga ué. Aqui, –ela me passou o celular dela –usa o meu que tem identificação bloqueada.


 


Liguei para o número, não atendeu.


 


Liguei mais duas vezes, nada.


 


–Tenta mais uma vez, de repente ele está em ‘’ atendimento’’. –Cande falou com deboche que começamos a rir.


 


–Tá legal, última vez, senão a gente procura outro.


 


–A gente, não querida, você. Não sou eu quem cismou em alugar um namorado só pra aparecer acompanhada na frente do ex.


 


–Até parece que você não conhece o Mariano...


 


–Ah! Liga logo para o gostosão da foto.


 


Liguei, ele atendeu no segundo toque.


 


–Alô?


 


Gaguejei.


 


–É....oi...é....eu...é....


 


–Quer marcar um programa. –ele perguntou ou afirmou?


 


–É. –Minha voz saiu quase que um pedido de desculpas!


 


–Mulher ou homem?


 


–Um-mulher...mulher!


 


Pude sentir que ele sorria do outro lado da linha, meu Deus que ódio de mim!


 


–Tá, uma mulher...várias mulheres...só mulher...


 


–Só eu.


 


–São cento e vinte a hora, vaginal, a posição que você escolher, não faço chuva de cor nenhuma, dourada, negra, e não aceito isso tambem, nada com sangue, crianças, animais ou árvores... –Crianças?? Arvores?? Ele continuou com as condições e precisei interrompe-lo.


 


–Moço. Moço! –ele se calou –Sou só eu, sem vaginal, oral ou anal.


 


Ele ria do outro lado da linha, uma risada gostosa, Cande segurava a boca, até então não havia tido nenhuma conversa assim, na agencia era diferente, só precisei dizer que queria um acompanhante para um fim de semana prolongado e pronto!


 


–Isso é trote, moça? Se for, não ligue, não posso ficar ocupando essa linha com besteiras e....


 


–É sério! Só preciso de um acompanhante.


 


Ele ficou mudo. Será que estava pensando?


 


–Certo...onde podemos nos encontrar?


 


–Anota o endereço.


 


Passei meu endereço a ele enquanto Cande ficava gesticulando que era louca, pra não fazer isso. Mas eu fiz! E depois fiquei morrendo de medo!


 


Foram mais de um século pra ele chegar, na eternidade de quarenta e cinco minutos, meu coração estava saindo pela boca! Cande resolveu manter um spray de inseticida à mão, afinal de contas, a gente não tinha spray de pimenta nem gás lacrimogênio!


 


A campainha tocou, Cande se levantou num pulo e olhou pelo olho mágico, se virou pra mim, com uma cara insana, a boca se abrindo aos poucos até formar um O, estava eufórica, se abanava com uma das maos e a outra no peito. Fui até a porta, ele tocou novamente a campainha, olhei pelo olho magico, mas ele estava apoiado na porta, cabeça baixa, só vi seus cabelos repicados.


 


Franzi o cenho, Cande foi para o sofá, do lado oposto ao que havia escondido o spray de inseticida. Respirei fundo e abri a porta.


 


O cara levantou o rosto e eu congelei. Ao mesmo tempo que minhas pernas tremeram. Ele sorriu, fazendo que não com a cabeça, umedeceu os lábios com a língua e voltou a sorrir de lado.


 


O cara da livraria.      


 


 



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Autor(a): boaleitura

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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  Fiquei tão sem ação que ele levantou as sobrancelhas, esperando que eu dissesse algo, como não disse, fiquei feito uma retardada na porta, Cande veio em meu socorro, me puxou de leve para um lado e o convidou pra entrar. Senti o ar sair dos meus pulmões. Eu estava prendendo a respiração?       Que ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • leninhalaliter Postado em 28/09/2019 - 00:37:27

    CONTINUAAAAAAAA HISTÓRIA MARAVILHOSA! TO LOUCA OARA SABER O QUE VAI ACONTECER COM ELES, por favor não para de postar nunca!!!!!! Melhor fábrica ever!

  • jucinairaespozani Postado em 01/08/2019 - 07:51:19

    Continua, que bom ter uma finc Laliter outra vez


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