Fanfics Brasil - | 9 | Lick ADP Levyrroni

Fanfic: Lick ADP Levyrroni | Tema: Levyrroni


Capítulo: | 9 |

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Mãos quentes empurraram minha regata enquanto o sol nascia. Em seguida, beijos sensuais desceram pela minha espinha, lançando tremores coluna acima. Minha pele ficou automaticamente eriçada, apesar da hora medonha do dia.


–May... Gata, vira pra cima –William sussurrou no meu ouvido.


–Que horas são?


Tínhamos descido para o estúdio de gravação no porão depois do jantar para “dar uma olhada rápida”. Pam saiu depois da meia-noite, dizendo a Tyler que a chamasse quando tivessem terminado. Ninguem pensava que isso aconteceria tão cedo, visto que abriram uma garrafa de uísque. Estiquei-me no sofá de lá de baixo, enquanto William e Tyler mexiam nos equipamentos, indo da sala de controle para o estúdio. Eu queria ficar perto de William, ouvi-lo tocar guitarra e cantar trechos de canções. Ele tinha uma linda voz. O que conseguia fazer com seis cordas nas mãos era inacreditável. Seus olhos fitavam ao longe e ele saía dali. Era como se nada mais existisse. Cheguei a me sentir sozinha algumas vezes, deitada ali só olhando para ele. Mas então a música chegava ao fim e ele balançava a cabeça, esticava os dedos, voltando à Terra. Seu olhar me encontrava, e ele sorria. Ele voltava.


A certa altura, cochilei. Como vim parar na cama, não fazia a mínima ideia. William deve ter me carregado. Uma coisa era certa: eu sentia cheiro de bebida alcoólica.


–São quase cinco da manhã –disse ele –Vire.


–Cansada –resmunguei, ficando bem onde estava.


O colchão oscilou quando ele me galgou nos quadris e apoiou um braço em cada lado da minha cabeça, inclinando-se sobre mi, cobrindo-me.


–Advinha? –perguntou.


–O quê?


Com suavidade, ele afastou meu cabelo do rosto. Depois lambeu minha orelha. Eu me retorci, sentindo cócegas.


–Escrevi duas canções –disse ele, com a voz um pouco arrastada e suave.


–Hummm. –Sorri sem abrir os olhos. Tinha esperança de que ele tomasse aquilo como um sinal de apoio. Eu não conseguia fazer muito mais com cerca de quatro horas de sono. Eu não era do tipo muito elétrico.


–Que bom.


–Não, você não está entendendo. Faz dois anos que não escrevo nada. Isso é bom pra cacete. –Ele esfregou meu pescoço com o nariz.


–E elas são sobre você.


–As suas canções? –perguntei, atônita. E ainda pasma –Verdade?


–É, eu só... –Ele inspirou fundo e mordiscou meu ombro, fazendo com que meus olhos se abrissem.


–Ei!


Ele se inclinou sobre mim para que eu visse seu rosto, o cabelo escuro pendendo.


–Aí está você. Então, penso em você e de repente tenho algo a dizer. Faz muito tempo que não tenho nada que eu queira dizer. Não ligava. Era sempre mais do mesmo. Mas você mudou as coisas. Você me consertou.


–William, estou feliz que tenha recuperado sua inspiração, mas você é incrivelmente talentoso. Nunca esteve quebrado. Talvez tivesse precisado de um tempo.


–Não. –De ponta-cabeça, ele franziu a testa para mim. –Vire. Não consigo conversar com você assim. –hesitei, e ele me deu um tapa na bunda. O lado não tatuado, sorte a dele. –Vamos, gata.


–Vê se maneira nas mordidas e nos tapas, meu chapa.


–Tá bom, Tá bom...


Ele saiu de cima de mim e foi para a outra ponta do imenso colchão, enquanto eu me sentava, dobrando os joelhos ao encontro do peito. O homem estava sem camisa, fitando-me apenas no seu par de jeans. Como é que ele acaba sempre perdendo a camisa? A vista do seu peito nu me fazia chegar ao ponto de babar. Os jeans me faziam ir além. Ninguém vestia jeans como William. E, depois de ter vislumbrado um tantinho dele sem eles, as coisas só ficaram piores. Minha imaginação entrou num estado de fúria frenética. As imagens que preencheram minha mente... Não faço ideia de onde elas vieram. Essas imagens eram surpreendentemente detalhadas. E tenho quase certeza de que não sou flexível o bastante para conseguir executar algumas delas.


Todo o ar abandonou o quarto. A verdade era que eu o desejava. Ele inteiro. O bom, o ruim, e tudo do meio. Eu o desejava mais do que jamais quis qualquer coisa na vida.


Mas não quando ele andava bebendo. Já passamos por isso, cometemos esse erro. Eu não sabia muito em o que estava acontecendo entre nós, mas não queria estragar tudo.


Portanto, muito bem. Nada de sexo. Caraca.


Eu tinha que parar de olhar para ele. Por isso, respirei fundo e fitei meus joelhos. Meus joelhos desnudos. Eu tinha ido dormir de jeans. Agora só estava de calcinha e camiseta. Também meu sutiã desaparecera misteriosamente.


–O que aconteceu com o resto das minhas roupas?


–Elas sumiram –disse ele, com um rosto sério.


–Você as tirou?


Ele deu de ombros.


–Você não ficaria confortável dormindo com elas.


–Como conseguiu tirar meu sutiã sem me acordar?


Ele deu um sorriso travesso.


–Não fiz nada. Juto. Eu só... o tirei por motivos de segurança. Aqueles ferrinhos internos são um perigo.


–Ah, tá.


–Nem olhei.


Estreitei o olhar nele.


–Isso é mentira –confessou ele, revirando os ombros –Eu tinha que olhar. Mas ainda somos casados, então, olhar não faz mal.


–Verdade? –Era praticamente impossível ficar zangada quando ele me olhava daquele jeito. Minhas tolas partes femininas ficaram todas animadas.


Nada. De. Sexo.


–O que está fazendo nessa ponta da cama? Isso não vai dar certo –disse ele, absolutamente alheio aos meus hormônios despertos e ao meu pesar concomitante.


Mais rapido do que jamais imaginei que fosse possivel em função do montante de bebida em seu hálito, ele agarrou meu pé e me arrastou cama abaixo. Minha costas bateram no colchão e a cabeça no travesseiro. William se esticou sobre mim antes que eu pudesse tentar qualquer manobra de evasão. Seu peso me pressionou contra o colchão na melhor das maneiras. Dizer não, naquelas condições seria pedir muito.


–Acho que não deveríamos fazer sexo agora –deixei escapar.


A lateral da boca dele se ergueu.


–Relaxa. De jeito nenhum vamos transar agora.


–Não? –maldição, cheguei a choramingar. Minhas patetices não tinham fim.


–Não. Quando fizermos da primeira vez, nós dois vamos estar sóbrios. Pode confiar em mim. Não vou mais acordar de manhã só para achá-la apavorada porque não se lembra ou mudou de ideia ou sei lá o quê. Não quero mais ser o babaca aqui.


–Nunca pensei que você fosse um babaca, William. –Não exatamente. Um besta, talvez, e definitivamente um ladrão de sutiãs, mas não um babaca.


–Não?


–Não.


–Nem mesmo em Vegas quando comecei a praguejar e a bater portas? –Seus dedos afundaram em meus cabelos, massageando meu couro cabeludo. Impossível não ir ao encontro do seu toque como uma gatinha manhosa. Ele tinha mãos mágicas. E até chegava a transformar as manhãs em algo suportável. Ainda que cinco da matina fosse forçar demais.


–Aquela manhã não foi boa para nenhum de nós dois –disse eu. –E quanto à vez em L.A., com aquela garota pendurada em mim?


–Você planejou aquilo?


Ele fechou um olho e me fitou com o outro.


–Talvez eu precisasse de um escudo contra você.


Fiquei sem saber o que dizer. De pronto.


–Não é da minha conta quem fica pendurada em você.


O sorriso dele foi de imensa satisfação.


–Você ficou com ciúme.


–Temos que fazer isso agora, William? –Empurrei seu corpo, sem nenhum sucesso. –William?


–Não consegue admitir, não é?


Não respondi.


–Ei, não consegui sequer tocar nela. Não com você ali.


–Não conseguiu? Essa declaração me acalmou bastante. As palpitações do meu coração diminuíram. –Fiquei imaginando o que havia acontecido. Você voltou tão rápido.


Ele grunhiu, se aproximando mais.


–Ver você com Jimmy...


–Não aconteceu nada. Juro.


–Eu sei. Desculpe quanto a isso. Fui um idiota.


Minhas mãos, que o empurravam, começaram a afagá-lo. Engraçado. Elas escorregaram pelos ombros, ao redor do pescoço, para brincar com o cabelo dele. Eu só queria sentir o calor de sua pele e mantê-lo perto de mim. Ele me desmoronou emocionalmente, pois passei do estado da privação do sono e rabugice para a idolatria em menos de oito segundos.


–É maravilhoso que tenha conseguido escrever algumas letras.


–Hum-rum. E quando a deixe com Adrian e os advogados? Ficou brava comigo dessa vez?


Expirei forte pela boca.


–Muito bem. Admito ter ficado um pouco incomodada com aquilo.


Ele assentiu lentamente, os olhos nunca se desviando dos meus.


–Quando voltei e eles me disseram o que havia acontecido, e que você saíra com Mal, perdi o controle. Acabei com a minha guitarra favorita, usando-a para destruir a bateria dele. Ainda não consigo acreditar que fiz isso... Fiquei tão absolutamente bravo, com ciúme e puto comigo mesmo.


Senti meu rosto se contrair em sinal de descrença.


–Você fez isso?


–Fiz. –Seus olhos estavam imóveis, arregalados. –Eu fiz isso.


–Por que está me contando isso agora, William?


–Não queria que você ficasse sabendo por outra pessoa. –Ele engoliu, fazendo a linha do maxilar se movimentar. –Olha só, May. Eu não sou assim. Você mexe comigo. Toda essa situação mexeu. Sei lá, acho que estou tagarelando. Você está entendendo?


Mais tarde, talvez ele não se lembrasse de nada daquilo. Mas, naquele momento, parecia sincero. Meu coração se condoeu por ele. Fitei os olhos injetados e sorri.


–Acho que sim. Mas isso não cai mais acontecer mesmo?


–Não. Juro. –o alivio na voz dele era palpável –Estamos bem?


–Sim. Vai tocar essas canções para mim mais tarde? –perguntei –Eu adoraria ouvi-las.


–Ainda não estão prontas. Quando estiverem, eu toco. Quero que estejam perfeitas para você.


–Tudo bem –disse eu. Ele escrevera canções sobre mim. Isso era incrível, a menos que fossem o tipo não lisonjeiro e, nesse caso, nós precisaríamos conversar –Elas não são sobre como estou sempre te amolando, são?


Ele balançou a mão no ar.


–Um pouco. Mas de um jeito legal.


–O quê? –exclamei.


–Confie em mim.


–Você escreveu mesmo que sou um pé no saco nessas canções? –Não com essas palavras. Não. –Ele riu a valer, o bom humor retornando. –Você não quer que eu minta e diga que tudo foi só uma porrada de unicórnios e arco íris, quer?


–Talvez. Sim. As pessoas vão saber que essas canções são sobre mim. Tenho uma reputação de deleite constante para proteger.


Ele gemeu.


–Maite, olhe para mim.


Olhei.


–Você é um maldito deleite constante. Acho que ninguem jamais duvidaria disso.


–Você fica tão lindo quando mente.


–Mesmo? Gata, são canções de amor. O amor nem sempre é tranquilo e sem incidentes. Ele pode ser bem doloroso e confuso –disse ele –Mas não quer dizer que não possa ser a coisa mais incrível a acontecer com você. Não significa que eu não seja louco por você.


–Você é? –perguntei com a voz embargada de emoção.


–Claro que sou.


–Também sou louca por você. Você é lindo, por dentro e por fora, William Levy.


Ele encostou a testa na minha, fechando os olhos por um breve instante. Como fez com aqueles idiotas em Vegas. Gosto de você ter se importado, defendido aquela garota. Até gosto quando você me dá nos nervos. Mas não o tempo todo. Merda. Estou tagarelando de novo....


–Tudo bem –sussurrei –Gosto da sua tagarelice.


–Quer dizer que não está brava por eu ter me descontrolado?


–Não, William. Não estou brava com você.


Sem nenhuma outra palavra, ele saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado. Puxou-me para junto dele, um braço debaixo de mim e outro sobre meu quadril.


–May?


–Hum?


–Tire a camiseta. Quero sentir a sua pele –disse ele –Por favor? Nada mais que isso, prometo.


–Tudo bem. –Sentei-me e tirei a regata, depois voltei a me aninhar nele. Pele contra pele era alguma coisa.... Ele me acomodou debaixo do queixo e a sensação do peito nu dele foi perfeita, excitante e calmante ao mesmo tempo. Cada pedacinho da minha pele parecia vivo com sensações. Mas estar assim com ele acalmou a tempestade selvagem interna, ou algo assim. Tampouco importava o cheiro remanescente da bebida na sua pele, eu só queria ficar perto dele.


–Gosto de dormir com você –disse ele, a mão afagando as minhas costas –Não achei que eu fosse capaz de dormir com alguém mas, com você, está tudo bem.


–Nunca dormiu com ninguem antes?


–Já faz muito tempo. Eu preciso do meu espaço. –Os dedos dele brincaram com o elástico da minha calcinha, provocando-me arrepios.


–Hum...


–Isto com você é tortura, mas é uma boa tortura.


Tudo se aquietou por alguns minutos, e pendei que ele tivesse adormecido. Mas não.


–Fale comigo, gosto de ouvir sua voz.


–Tudo bem. Eu me diverti bastante com a Pam, ela é legal.


–Ela é.... –Os dedos subiam e desciam pela minha coluna. –Eles são boa gente.


–Foi gentil da parte deles trazer o jantar. –eu não sabia o que dizer. Não estava pronta para confessar que estive pensando sobre o que ele dissera a respeito de eu ser uma arquiteta. Revelar que eu tinha medo de meter os pés pelas mãos e, de algum modo, arruinar as coisas para a gente também não me parecia muito inteligente. Talvez o destino estivesse ouvindo e arrasasse comigo na primeira oportunidade. Deus, esperava que não. Então, em vez de tudo isso, optei por uma conversa trivial –Adoro poder ouvir o mar daqui.


–Hum.... –ele murmurou em concordância –Gata, não quero assinar aqueles papéis na segunda.


Fiquei absolutamente imóvel, o coração descompensado.


–Não quer?


–Não. –A mão continuou subindo, dedilhando abaixo do meu seio, tracejando a linha das minhas costelas. Tive que me lembrar de respirar. Mas ele nem pareceu consciente do que fazia, como se só estivesse rabiscando na minha pele do mesmo jeito que se rabisca num papel. Os braços dele se apertaram ao meu redor. –Não há por que não esperar. Podemos passar um tempo juntos, ver como as coisas andam.


A esperança me invadiu, quente e excitante.


–William, está falando sério?


–Estou. Estou, sim. –ele suspirou –Sei que andei bebendo. Mas pensei em tudo. Eu não.... Caramba, sequer gostei de te perder de vista nestas últimas horas, mas você parecia precisar dormir. Não quero que a gente assine os papéis.


Apertei os olhos bem forte e mandei uma prece silenciosa para os céus.


–Então não assinamos.


–Certeza?


–Sim.


Ele me abraçou com força.


–Bom. Isso é bom. Muito bom.


–Vamos ficar bem. –suspirei, contente. O alivio me deixou fraca. Se não estivesse deitada, teria acabado no chão.


De repente, ele cheirou o ombro e debaixo do braço.


–Putz, estou fedendo a bebida. Vou tomar uma chuveirada. –Me deu um beijo rápido e saiu rolando da cama. –Pode me chutar para fora da cama da próxima vez que eu chegar cheirando assim. Não me deixe chegar perto de você deste jeito.


Adorei o fato de ele estar falando da gente juntos, como se isso pudesse se tornar uma rotina. Adorei tanto que nem importei com o cheiro dele.


Amor verdadeiro.                   


 



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Autor(a): felevyrroni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • poly_ Postado em 19/08/2019 - 15:40:25

    Ansiosa para o próximo capítulo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 03/10/2019 - 23:10:08

      Oiiie ^^ Voltei amore, desculpe o sumiço Vamos para os capítulos

  • poly_ Postado em 12/08/2019 - 13:23:40

    Q amorzinho, ainda bem que estão se entendendo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 14/08/2019 - 00:39:10

      Sim, uns fofos ^^ Postando amore

  • poly_ Postado em 10/08/2019 - 01:40:26

    Cadê vc mulher? Não me mate de curiosidade assim

    • felevyrroni Postado em 11/08/2019 - 22:55:21

      Voltei, desculpe fiquei sem wifi rs Postando amore ^~^

  • poly_ Postado em 05/08/2019 - 13:24:24

    Não vejo a hora de acontecer esse reencontro. Continuaaa. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:49:12

      Vai ser tenso kkkkk

  • poly_ Postado em 03/08/2019 - 23:25:58

    Não sei se sinto pena ou fico feliz pela Mai, não é todo dia q consegue se casar com William Levy né? Kkkkkkkk. Continuaa logooo

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:50:13

      kkkkkk então né, ela deveria levantar as maos para o céu e agradecer q ela se casou com esse deus grego kkkkkkk

  • poly_ Postado em 02/08/2019 - 12:46:59

    Ja gostei, continuaaa. Bjuss!!

    • felevyrroni Postado em 02/08/2019 - 12:56:04

      Obaaa :)


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