Fanfics Brasil - | 10 | Lick ADP Levyrroni

Fanfic: Lick ADP Levyrroni | Tema: Levyrroni


Capítulo: | 10 |

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O gongo da campainha ecoou pela casa pouco depois das dez. William dormia contra minhas costas, e nem se mexeu. Com algumas horas a mais de sono, eu já me sentia meio humana, felizmente. Saí debaixo do braço dele, tentando não perturbá-lo. Vesti a camiseta e a calça, e corri para baixo, tentando ao máximo não quebrar o pescoço nesse processo. Era bem provável que fosse mais alguma entrega.


–Noiva criança! Deixe-me entrar! –Mal berrou do outro lado da porta, seguindo com uma incrível performance de percussão ao bater as maos na madeira solida. Um baterista, sem sombra de dúvida –May!


Abri a porta e Mal tombou para dentro, Tyler se arrastou em seguida. Considerando-se que Tyler ficou bebendo e tocando com William até de madrugada, eu não me surpreendi com seu estado. O pobre homem estava evidentemente com a maior ressaca dos infernos. Parecia ter levado socos nos olhos, de tão profundas as olheiras por privação de sono. Uma bebida energética estava grudada aos seus lábios.


–Mal. O que está fazendo aqui? –Parei de pronto, esfregando o sono dos olhos. Chamada para a realidade, aquela não era a minha casa. –Desculpe, isso foi grosseria. Só estou surpresa em te ver. Oi, Tyler.


Tive esperanças de ter meu marido só para mim naquele dia, mas, pelo visto, isso não aconteceria.


Mal largou minha mala aos meus pés. Ele estava tão ocupado olhando ao redor que nem pareceu ouvir a minha pergunta, ela sendo rude ou não.


–William ainda está dormindo –expliquei e vasculhei o conteúdo da minha mala. Ah, as minhas coisas. Minha bolsa e meu telefone, em especial, eram um deleite para os olhos. Muitas mensagens de texto da parte de Lauren, e mais algumas do meu pai. Eu nem sabia que ele sabia mandar mensagens –Obrigada por me trazer isto.


–Will me ligou às quatro da manhã para dizer que escreveu umas coisas novas. Achei uma boa ideia aparecer e dar uma olhada no que está acontecendo. E pensei que você gostaria de ter suas coisas. –Mãos no quadril, Mal ficou diante da parede de vidro, observando a beleza da natureza. –Cara, dá uma olhada só nisso.


–Legal, né? –concordou Tyler, por detrás do seu energético –Espere só até ver o estúdio.


Mal circundou a boca com as mãos.


–Meu rei! Desça aqui!


–Olá, querida. –Pam entrou, rodopiando um molho de chaves no dedo. –Tentei convencê-los a virem mais tarde, mas, como pode ver, não deu certo. Desculpe.


–Deixa pra lá –disse eu. Não sou daquelas que distribui abraços. Não fazemos muito isso em família. Meus pais preferem o método “mãos livres”. Mas Pam era tão legal que retribui seu abraço de imediato quando ela passou os braços ao meu redor.


Conversamos por horas a fio na noite anterior no estúdio de gravação. Foi esclarecedor. Casada com um produtor e músico popular, ela viveu aquele estilo de vida por mais de vinte anos. Turnês, gravações, fãs.... Ela vivenciou todo o negócio do rock and roll. Ela e Tyler participaram de um festival de música e se apaixonaram por Monterrey, com seu litoral recortado e ampla vista para o mar.


–A sala e mais algumas camas estão a caminho, devem chegar logo. Mal, Tyler, ajudem-me a mover estar caixas. Vamos empilhá-las perto da lareira. –Subitamente, Pam parou e me lançou um olhar circunspecto.


–Um minuto. Você é a mulher da casa. É você quem dá as ordens aqui.


–Ah, perto da lareira parece uma ótima ideia, obrigada –disse eu.


–Vocês a ouvira, rapazes. Comecem a se mexer.


Tyler resmungou, mas deixou de lado a lata e seguiu para uma caixa, arrastando os pés como se estivesse para morrer.


–Só um instante. –Mal estalou os lábios para Pam e para mim –Ainda não recebi meus beijos de boas-vindas. –Ele apanhou Pam num abraço de urso, erguendo-a dos pés e girando-a até ela rir. Com os braços abertos, ele deu um passo na minha direção.


–Vem com papai, noiva criança.


Estiquei a mão para detê-lo, rindo.


–Isso é perturbador demais, Mal.


–Deixe-a em paz –disse William do alto da escada, bocejando e esfregando os olhos. Ainda só de jeans. Ele era a minha criptonita. Toda a força das minhas convicções quanto a ir com cuidado desapareceu. Minhas pernas chegaram a balançar. Odiei isso.


Estavamos ou não casados? Ele bebera demais na noite anterior. Pessoas embriagadas e promessas não combinavam –nós dois aprendemos isso pelo método mais doloroso. A mim, só cabia esperar que ele se lembrasse da nossa conversa e que ainda se sentisse da mesma forma.


–Que diabos você está fazendo aqui? –grunhiu meu marido. –Quero ouvir o material novo, bundão. Problema seu. –Mal o encarou, o maxilar determinado. –Eu devia te surrar até a morte. Cacete, cara. Aquela era a minha bateria predileta!


Com o corpo rijo, William começou a descer as escadas.


–Eu pedi desculpas. Serio.


–Talvez. Mas ainda tenho que revidar, cretino.


Por um instante, William não respondeu. A tensão marcava suas feições, mas havia uma expressão de inevitabilidade em seu olhar.


–Tudo bem. O que vai ser?


–Vai doer, cara. Pra cacete.


–Vai ser pior do que você aparecer sem avisar enquanto eu e May estamos tentando ficar sozinhos?


Mal teve a sensatez de parecer envergonhado.


William parou no último degrau, à espera.


–Quer levar isso lá pra fora?


Pam e Tyler não disseram nada, apenas assistiam à cena. Fiquei com a sensação de que não era a primeira vez que aqueles dois se enfrentavam. Garotos serão sempre garotos.... Mas fiquei ao lado de Mal, com todos os músculos tensos. Se ele desse um passo na direção de William, eu pularia em cima dele. Puxaria seu cabelo ou algo assim. Não sabia como, mas o deteria.


Mal lançou um olhar de avaliação.


–Não vou bater em você. Não quero machucar as mãos quando temos trabalho a fazer.


–Então?


–Você já destruiu a sua guitarra predileta. Então, vai ter que ser outra coisa. –Mal esfregou as mãos. –Algo que o dinheiro não pode comprar.


–O quê? –perguntou William, os olhos subitamente atentos.


–Olá, May. –Mal sorriu e passou um braço pelos meus ombros, puxando-me para perto.


–Ei! –protestei.


No segundo seguinte, a boca dele cobriu a minha, de modo absolutamente indesejável. William exclamou um protesto. Com um braço nas minhas costas, Mal me mergulhou, beijando-me com avidez, esmagando meus lábios. Segurei os ombros dele, com medo de cair no chão. Mas quando ele tentou enfiar a língua na minha boca, não hesitei em mordê-lo.


O idiota berrou.


Benfeito.


Com a mesma rapidez com que me afundou, me endireitou. Minha cabeça girou. Apoiei a mão na parede para não cair. Esfreguei a boca, tentando me livrar do gosto dele, enquanto Mal me lançava um olhar magoado.


–Maldição. Doeu. –Ele tocou a língua com cuidado, à procura dos estragos. –Estou sangrando!


–Ótimo.


Pam e Tyler gargalharam, divertindo-se a valer.


Braços me envolveram pela cintura e William sussurrou no meu ouvido.


–Belo trabalho.


–Você sabia que ele faria isso? –perguntei, parecendo bem irritada.


–Claro que não. –Ele esfregou o rosto na lateral da minha cabeça, bagunçando meu cabelo despenteado. –Não quero mais ninguém tocando em você.


Era a resposta certa. Minha raiva se dissolveu. Cobri as mãos dele com as minhas e ele me apertou mais.


–Quer que eu bata nele? –perguntou William –É só pedir.


Fingir levar isso em consideração por um instante, enquanto Mal nos observava com interesse. Obviamente, parecíamos muito mais amigáveis do que em L.A. Mas isso não era da conta de ninguém. Não era do seu amigo, nem da imprensa, nem de ninguém.


–Não –sussurrei de volta, minha barriga dando cambalhotas. Eu estava me apaixonando com tanta rapidez que isso me assustava. –Melhor não.


William me virou nos braços, e me encaixei em seu corpo, enlaçando-o pela cintura. Aquilo parecia natural e certo. O cheiro da pele dele me inebriava. Eu seria capaz de ficar horas ali, cheirando-o. parecia que estavamos juntos, mas já não confiava no meu julgamento, se é que algum dia confiei.


–Malcolm vai acompanhar vocês na lua de mel? –a voz da Pam estava carregada de descrença.


William riu.


–Não, esta não é nossa lua de mel. Se tivermos uma lua de mel, será em um lugar bem longe de todos. E, com certeza, ele não vai estar lá.


–Se? –perguntou ela.


Eu adorava mesmo a Pam.


–Quando. –ele se corrigiu, abraçando-me com força.


–Tudo isso é muito lindo, mas eu vim fazer música –anunciou Mal.


–Então você vai ter que esperar –disse William –May e eu temos planos para esta manhã.


–Esperamos dois anos para que algo novo aparecesse.


–Que pena. Você pode esperar mais algumas horas. –William me pegou pela mão e me levou de volta para as escadas.


A excitação me percorreu. Ele escolhera a mim, e isso era maravilhoso.


–May, desculpe por atacar sua boca –disse Mal, acomodando-se na caixa mais próxima.


–Está perdoado –disse com um aceno leve, sentindo-me magnânima ao subirmos.


–Vai se desculpar por me morder? –perguntou Mal.


–Não.


–Bem, isso não é muito gentil da sua parte –ele exclamou para nós;


William riu.


–Ok, rapazes, precisamos mudar essas caixas de lugar. –Ouvi Pam dizer.


William nos apressou pelo corredor, depois fechou e tranco a porta do quarto atrás de nós.


–Você voltou a vestir suas roupas –disse ele –Tire-as.


Ele não me esperou fazê-lo segurando a barra da camiseta e puxando-a por cima da minha cabeça e braços erguidos.


–Não achei que atender à porta praticamente nua fosse uma boa ideia.


–Muito justo –murmurou ele, puxando-me na sua direção e me espremendo na porta –Você parecia preocupada com alguma coisa lá embaixo. O que foi?


–Não foi nada.


–Maite... –havia algo na maneira como ele dizia meu nome. Transformava-se numa massa trêmula. E também o modo como ele me encurralava, pressionando o corpo no meu. Pousei as mãos no peito dele. Não para afastá-lo, mas porque precisava tocá-lo.


–Eu estava pensando –disse –Depois da nossa conversa de hoje cedo... quando nós, hum, falamos sobre a assinatura dos papéis na segunda.


–O que tem? –perguntou, encarando-me. Eu não teria como desviar os olhos, mesmo se tentasse.


–Bem, eu não tinha certeza se você ainda se sentia assim. Se não queria mais assiná-los, quero dizer. Você bebeu bastante.


–Não mudei de ideia. –A pélvis estava alinhada com a mina e as mãos ao meu lado. –Você mudou?


–Não.


–Bom. –As mãos seguraram meus seios, e eu perdi a habilidade de pensar de maneira coerente. –Isto aqui está bem pra você? –Ele olhou para as mãos.


Assenti. A habilidade de falar desapareceu com a de raciocinar, pelo jeito.


–Então, eis o plano. Porque sei o quanto adora um plano. Vamos ficar neste quarto até ficarmos satisfeitos no que se refere a em que pé estamos. Concorda?


Assenti mais uma vez. Sem sombra de dúvida, aquele plano tinha meu total apoio.


–Bom. –Ele pousou a palma de uma mão entre meus seios, esticada em meu peito. –Seu coração está batendo bem rápido.


–William.


–Hum?


Nada nem uma palavra ainda. Então, em vez de falar, cobri a mão dele com a minha, segurando-a ao encontro do meu coração.


Ele sorriu.


–Esta é a uma repetição da noite em que nos casamos –anunciou ele, olhando para mim por baixo das sobrancelhas escuras –Segure firme. Estavamos sentados na cama no hotel em que você estava hospedada. Você estava sentada em cima de mim.


–Estava?


–Estava. –Eles me conduziu para a cama e se sentou na beirada. –Venha.


Subi no colo dele, as pernas envolvendo-o.


–Assim?


–Isso mesmo. –As mãos me seguraram pela cintura. –Você se recusou a ir para o Bellagio comigo. disse que eu perdera contato com a realidade e que precisava ver como as pessoas reais viviam.


Gemi de vergonha.


–Isso não me parece nem um pouco arrogante.


A boca dele se curvou num sorriso.


–Foi divertido. Mas você também estava certa.


–Melhor não me dizer isso sempre, ou vai subir à cabeça.


O queixo dele se ergueu.


–Pare de brincar, gata. Estou falando sério. Eu precisava de uma dose de realidade. Alguem que, de vez em quando, dissesse não para mim ou dissesse que alguma coisa é idiotice. É isso o que fazemos. Nós forçamos um ao outro para fora da zona de conforto.


Fazia sentido.


–Acho que você tem razão... Isso basta?


Ele, mais uma vez. Pousou a mão sobre o meu coração, e bateu a ponta do nariz no meu.


–Consegue sentir o que estamos fazendo aqui? Estamos criando alguma coisa.


–Sim. –Eu conseguia sentir, a nossa ligação, a necessidade premente de estar com ele. Nada mais importava. Havia o lado físico, a maneira como ele me subia à cabeça mais rápido do que qualquer outra coisa que eu tivesse experimentado. O cheiro maravilhoso dele logo ao acordar. Mas eu queria mais do que isso. Queria ouvir sua voz, ouvi-lo falando tudo e sobre nada.


Senti-me acender por dentro. Coo se uma mistura potente de hormônios estivesse me atravessando à velocidade da luz. a outra mão me segurava pela cabeça, aproximando a minha boca da dele. Beijar William era jogar querosene naquela mistura dentro de mim. Ele enfiou a língua dentro da minha boca e afagou a minha, antes de mexer com meus dentes e lábios. Nunca senti algo tão bom antes. Dedos me acariciavam nos seios, provocando coisas maravilhosas e me fazendo arfar. Deus, o calor da pele nua dele. A mão abandonou meu seio para seguir para as costas, pressionando-me contra ele. Ele estava rijo. Eu sentia através das camadas dos jeans. A pressão aplicada entre minhas pernas foi divina. Incrível.


–Isso, assim –murmurou quando balancei sobre ele, à procura de mais.


Nossos beijos eram ávidos, famintos. A boca cálida se moveu sobre meu maxilar e queixo, depois, pelo pescoço. Onde o pescoço se unia ao peito, ele parou e sugou. Tudo dentro de mim ficou tenso.


–William....


Ele se afastou e me fitou, os olhos dilatados. Tão afetado quanto eu. Ainda bem que eu não era a única arfando. Um dedo traçou um caminho entre meus seios e a cintura da calça.


–Você sabe o que aconteceu depois –disse ele. A mão escorregando para baixo –Diga, May –quando hesitei, ele me inclinou para a frente e me mordiscou no pescoço –Vamos. Conte para mim.


Morder nunca me apeteceu antes, nem em pensamento, tampouco em ações. Não que tivesse existido muita ação. Mas a sensação dos dentes de William em minha pele me virava do avesso. Cerrei os olhos. Um pouco por causa da mordida, e muito por ter que dizer as palavras que ele queria.


–Só fiz isso uma vez.


–Você está nervosa. Não fique. –Ele me beijou onde acabara de morder. –Bem, então, vamos nos casar.


Minhas pálpebras se ergueram, e um riso surpreso escapou de mim.


–Aposto que não foi isso o que você disse naquela noite.


–Eu posso ter me mostrado um pouco mais preocupado com a sua falta de experiência. E podemos ter falado um pouco sobre isso. –Ele me lançou um sorriso leve e me beijou na curva da boca. –Mas tudo deu certo.


–Que palavras? Conte-me o que aconteceu.


–Nós resolvemos nos casar. Deite na cama para mim.


Ele me segurou pelo quadril, ajudando-me a sair de cima dele e ficar no colchão. Minhas mãos escorregaram sobre o lençol macio e fresco de algodão. Deitei-me de costas e ele rapidamente desabotoou os jeans e os tirou. O colchão cedeu quando ele se ajoelhou acima de mim. Eu me sentia prestes a implodir, o coração batendo forte, mas ele parecia perfeitamente calmo e controlado. Que bom que um de nós estava. Claro, ele fizera aquilo dezenas de vezes.


Provavelmente mais, com todas aquelas fãs. Centenas? Milhares, quem sabe?


Eu não queria muito pensar sobre isso.


O olhar se ergueu para encontrar o meu, quando ele enroscou os dedos na minha calcinha. Sem pressa alguma, ele desceu a minha última peça de roupa pelas pernas. A necessidade de me cobrir foi tremenda. Mas, e vez disso, cerrei os punhos, esfregando o tecido entre os dedos.


Ele desabotoou os jeans. O barulho do tecido das roupas sendo descartadas era o único som. Não desviamos nossos olhares. Não ate ele se virar para a mesinha de cabeceira para pegar um preservativo, enfiando-o discretamente debaixo do travesseiro ao meu lado.


William nu desafiava qualquer descrição. Belo nem chegava aos pés, todas aquelas linhas firmes do corpo e as tatuagens cobrindo a pele, mas ele não me deu muito tempo para olhar.


Subiu na cama, deitando-se ao meu lado, erguendo-se sobre o cotovelo. A mão se curvou sobre meu quadril. Os cabelos escuros caíram para a frente, bloqueando seu rosto. Eu queria vê-lo. Ele se inclinou para baixo, beijando-me com suavidade, desta vez na boca, no rosto. Seus cabelos resvalaram minha pele.


–Onde estavamos? –perguntou ele, a voz apenas um rumor em meu ouvido.


–Decidimos nos casar.


–Hum, porque eu acabara de ter a melhor noite da minha vida. Pela primeira vez depois de muito tempo, não me senti só. Pensar que poderia não ter você todas as noites... Eu não poderia. –a voz dele subiu pelo meu pescoço –Eu não tinha como deixar você ir embora. Ainda mais depois que descobri que só esteve com um outro cara.


–Pensei que isso o tivesse incomodado.


–Incomodou, sim –disse ele, beijando-me no queixo –Estava na cara que você estava disposta a dar outra chance para o sexo. Se eu fosse idiota o bastante, você poderia encontrar outra pessoa. Não consegui suportar a ideia de você transando com outro cara que não fosse eu.


–Ah.


–Ah –concordou ele. –Falando nisso, alguma ressalva quanto ao que estamos fazendo aqui?


–Não. –Muito nervoso, mas nenhuma dúvida.


A mão sobre o quadril passeou para o abdômen. Circundou o umbigo antes de se aprofundar nele, fazendo-me estremecer.


–Você é tão linda –ele sussurrou –Cada pedacinho seu. E quando a desafiei a deixar seu plano de lado e fugir comigo, você disse sim.


–Eu disse?


–Disse.


–Ainda bem.


Dedos acariciaram acima do meu sexo antes de se moverem para os músculos rijos coxas unidas. Se eu quisesse que aquilo avançasse mais, teria que abrir as pernas. Sabia disso. Claro que sabia. As lembranças da dor da última vez me fizeram titubear. Os dedos dos pés se crisparam e uma câimbra ameaçava começar na panturrilha de tanta tensão. Ridículo. Tommy Byrnes fora um cretino sem consideração. William não era assim.


–Podemos ir tão lentamente quanto você desejar –disse ele, captando o que eu sentia muito bem –Confie em mim, May.


A mão cálida espalmou minha coxa enquanto a língua viajava pela extensão do pescoço. Era maravilhoso, mas não bastava.


–Preciso... –virei o rosto para ele, à procura da sua boca. Ele ajustou os lábios aos meus, consertando tudo. Beijar William curava qualquer mal. O nó de tensão dentro de mim se transformou em algo doce ao saboreá-lo, ante a sensação do corpo dele contra o meu. Um braço estava preso debaixo do corpo, mas usei o outro muito bem, tocando tudo o que estava ao meu alcance. Afagando o ombro e sentindo a rigidez e a suavidade da superfície das costas.


Quando suguei sua língua, ele gemeu no fundo da garganta e minha autoconfiança flanou. A mão dele escorregou por entre minhas pernas. Apenas a pressão da sua palma já me fez ver estrelas. Interrompi o beijo, incapaz de respirar. Primeiro, ele me tocou com suavidade, deixando que me acostumasse a ele. As coisas que aqueles dedos faziam...


–Elvis não pôde estar aqui coma gente hoje –disse ele.


–O quê? –perguntei, confusa.


Ele parou e levou dois dedos à boca, molhando-os ou saboreando-me, não sei dizer. Pouco importava. O importante era que ele voltasse a colocar a mão em mim, rápido.


–Não quis partilhar isto com ninguem. –A ponta do dedo me pressionou, penetrando apenas um pouquinho. Afastou-se antes de voltar a pressionar. Aquilo não provocava as mesmas sensações de quando ele me afagou, mas também não machucava. Ainda não.


–Então, nada de Elvis. Eu mesmo vou ter que fazer as perguntas –disse ele.


Franzi o cenho, achando difícil me concentrar no que ele estava dizendo. Não podia ser mais importante do que ele me tocar. A busca pelo prazer governava minha mente. Talvez ele tagarelasse durante as preliminares. Não sei. Se ele quisesse, eu estava mais do que disposta a ouvi-lo mais tarde.


O olhar dele se demorou nos meus seios até ele finalmente abaixar a cabeça e tomar um na boca. Minhas costas se arquearam para trás, empurrando o dedo dele ainda mais para dentro. A maneira como a boca dele me sugava abafou qualquer desconforto. Ele arremeteu entre minhas pernas e o prazer aumentou. Eu me sentia formigar do melhor dos modos. Quando eu fazia aquilo, era bom. Quando o William fez, o resultado chegou às raias de espetacular. Eu sabia que ele era bom com uma guitarra, mas aquele devia ser seu verdadeiro talento. Sério.


–Deus, William. –Eu me arqueei ao seu encontro quando ele passou para o outro seio. Dois dedos se mexiam dentro de mim, um pouco desconfortável, mas nada com que eu não pudesse lidar. Contanto que ele mantivesse a boca em mim, esbanjando atenção nos meus seios. O polegar esfregou um ponto sensível, e meus olhos se reviraram dentro das orbitas. Tão perto. A força que se avolumava era inacreditável. Espetacular. Meu corpo acabaria explodindo e virando pó, dissolvendo-se em átomos, quando aquilo chegasse em fim.


Se ele parasse, eu choraria. Choraria e imploraria. E talvez mataria. Ainda bem que ele não parou.


Cheguei ao clímax gemendo, todos os músculos se retesando. Foi quase demais. Quase. Flutuei, o corpo inerte, saciada para sempre. Ou até a próxima vez.


Quando voltei a abrir os olhos, ele estava esperando. Abriu a embalagem do preservativo com os dentes e o ajustou. Eu mal tinha recuperado o folego quando ele se ergueu sobre mim, movendo-se entre minhas peras.


–Tudo bem? –perguntou ele, com um sorriso de satisfação.


Um aceno foi só o que consegui fazer.


Ele suportou todo o seu peso nos cotovelos, o corpo me pressionando na cama. Notei que ele gostava de usar seu tamanho a nosso favor. Funcionava. Por certo, não havia nada de entediante, nem de claustrofóbico naquela posição. Não sei por que achei que haveria. No banco de trás do carro dos pais do Tommy, fiquei toda desajeitada e desconfortável, mas isto não era nada daquilo. Deitada debaixo dele, sentindo o calor da sua pele contra a minha, foi perfeito. E não poderia existir duvidas de quanto ele queria aquilo. Fiquei deitada, esperando que ele me penetrasse.


E esperei.


Ele resvalou os lábios nos meus.


–Maite Perroni, aceita continuar casa comigo, William Levy?


Ah, era desse Elvis que ele estivera falando. Aquele que nos casou. Claro. Afastei seus cabelos para trás, precisando ver seus olhos. Eu deveria ter pedido que ele o prendesse. Assim ficava difícil tentar determinar a seriedade dele.


–Quer mesmo fazer isso agora? –perguntei, um pouco confusa. Estive tão ocupada me preocupando com o sexo que não percebi aquilo se aproximando.


–Absolutamente. Vamos repetir nossos juramentos agora mesmo.


–Sim? –respondi. 


Ele inclinou a cabeça, estreitando o olhar no meu. A expressão no rosto dele era, definitivamente, de sofrimento.


–Sim? Não tem certeza?


–Não. Quero dizer, sim –repeti com mais firmeza –Sim. Tenho certeza. Aceito.


–Porra, ainda bem. –A mão dele se enfiou debaixo do travesseiro ao meu lado, voltando com o anel estupefacientemente reluzente entre os dedos. –Mão.


Estendi a mão entre nós e ele deslizou o anel em meu dedo. Minhas bochechas doíam de tanto que eu sorria.


–Você tambem disse sim?


–Sim. –Ele tomou minha boca e me beijou com paixão. Uma mão desceu pela lateral, por sobre meu abdômen para me afagar entre as pernas. Tudo ali ainda estava sensível e, sem dúvida, úmido. O ardor em seus beijos e o modo como ele me tocava garantiam que ele, definitivamente não se importava com isso.


Ele se encaixou e me penetrou. E foi assim. E, de repente, caramba, não consegui relaxar. A lembrança da dor da última vez em que tentei aquilo mexeu com a minha cabeça. A lubrificação pouco importava se meus músculos não cedessem. Arfei, as coxas apertando-o no quadril. William era firme e espesso, e aquilo machucou.


–Olhe para mim. –disse ele. O azul do seu olhar escurecera e a mandíbula dele estava tensa. A pele úmida reluzia na luz baixa –Ei.


–Oi. –minha voz soou tremula até para os meus ouvidos.


–Beije-me. –Ele abaixou a cabeça e eu o beijei, pressionando a língua na boca dele, precisando dele. Com cuidado, ele se moveu sobre mim, penetrando-me um pouco mais. A almofadinha do seu polegar afagava ao redor do meu clitóris, contrabalanceando a dor, que diminuiu, chegando bem perto de ser apenas o velho e conhecido desconforto com uma salpicada de prazer. Tudo bem. Com aquilo eu sabia lidar.


Dedos circundaram minha coxa antes de desceram para espalmar uma nádega. Ele me puxou ao seu encontro e entrou um pouco mais. Movendo-se até que eu o absorvesse por completo. O que era um problema, porque não havia espaço suficiente para ele dentro de mim.


–Está tudo bem –ele gemeu.


Fácil para ele dizer isso.


Caramba.


Os corpos quentes, úmidos um ao outro, ficaram imóveis. Meus braços estavam tão firmes ao redor da cabeça dele, agarrando-o, que não entendi como ele ainda conseguia respirar. De algum modo, ele conseguiu virar o rosto o suficiente para me beijar no pescoço, lamber o suor da minha pele. E subir, por sobre o maxilar até a boca. A pegada letal que eu tinha nele relaxou quando ele me beijou.


–Isso mesmo –disse ele –Tente relaxar para mim.


Assenti num espasmo, obrigando meu corpo a relaxar.


–Você é tão linda e, Deus tão maravilhosa.... –A mão grande afagou meu seio, os dedos calejados me massageando na lateral, acalmando-me. Meus músculos começaram a relaxar mais e mais, ajustando-se à sua presença. A dor diminuía a cada vez que ele me tocava, sussurrando elogios.


–Isso é bom –disse eu por fim, as mãos parando em seus bíceps –Estou bem.


–Não, você é mais o que isso. É maravilhosa.


Emiti um sorriso nervoso. Ele dizia coisas incríveis.


–Quer dizer que posso me mexer? –perguntou.


–Sim.


Ele começou a se mexer contra mim, um pouco mais a cada vez. Acelerando conforme nossos corpos se movimentavam escorregadios. Nós nos encaixávamos, em grande parte. E estavamos mesmo fazendo aquilo, a nossa façanha. Aquilo sim era estar próximo de alguém. Não havia como estar fisicamente mais próximo do que aquilo. Fiquei imensamente feliz de ser com ele. Aquilo significava tudo.


Com Tommy, durou apenas dois segundos. O tempo para ele romper meu hímen e me machucar. William me afagou e me beijou e se demorou. Lentamente, o doce calor, aquela sensação de pressão crescente, voltou. Ele cuidou de tudo com atençao, beijando-me conga e ternamente. Penetrando-me de um modo que só provocava prazer. Ele foi incrível, observando-me atentamente, captando minhas reações ante tudo o que fazia.


Por fim, agarrei-me a ele e cheguei ao ápice. Foi como se os fogos de artificio do Ano-novo explodissem dentro de mim, quentes, brilhantes, perfeitos. Tanto por dentro quanto sobre mim, a pele dele grudada na minha. Balbuciei seu nome e ele se pressionou com força contra mim. Quando ele gemeu, seu corpo inteiro estremeceu. Enterrou a cabeça em meu pescoço, a respiraçao aquecendo minha pele.


Conseguimos.


Puxa.


Uau.


As coisas ficaram um pouco doloridas. As pessoas tinha razão quanto a isso. Mas nada como da última vez.


Com cuidado, ele saiu de dentro de mim, desabando na cama ao meu lado.


–Conseguimos –sussurrei.


Seus olhos se abriram. Seu peito arfava, ele se esforçava para captar mais ar. Depois de um instante, rolou de lado para me encarar. Não existia um homem melhor. Disso eu tinha certeza.


–É... Você está bem? –perguntou.


–Sim. –Aproximei-me à procura do calor do seu corpo. Ele passou um braço sobre minha cintura, arrastando-me para perto. Deixando-me saber que era querida. Nossos rostos estavam a uma mão de distância. –Foi muito melhor do que da última vez. Acho que, no fim, gosto de sexo.


–Você não faz ideia do quanto fico aliviado por ouvir isso.


–Ficou nervoso?


Ele riu, se aproximando mais.


–Não mais do que você. Fico feliz que tenha gostado.


–Adorei. Você é um homem de muitos talentos.


Seu sorriso ficou mais reluzente.


–Não vai ficar todo metido para cima de mim agora, vai? Deixando o trocadilho de lado.


–Eu não ousaria. Confio em você para me manter com os pés no chão, senhora Levy. 


–Senhora Levy.... –repeti, sem deixar de me admirar –Que tal?


–Hum... –Seus dedos me afagaram no rosto.


Peguei a mão dele, inspecionando-a.


–Você não tem uma aliança.


–Não, não tenho. Temos que dar um jeito nisso.


–Sim, temos.


Ele sorriu.


–Olá, senhora Levy.


–Olá, senhor Levy.


Não havia espaço suficiente naquele quarto para todos os sentimentos que ele me inspirava.


Nem um pouco.                    



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Autor(a): felevyrroni

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Prévia do próximo capítulo

Passamos a tarde no estúdio de gravação com Tyler e Mal. Quando William não estava tocando, ele me puxava para seu colo. Quando estava ocupado com a guitarra, eu ouvia, maravilhada com seu talento. Ele não cantou então fiquei no escuro quanto às letras. Mas a música era bela em seu estilo rock and roll. Mal pareceu sati ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • poly_ Postado em 19/08/2019 - 15:40:25

    Ansiosa para o próximo capítulo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 03/10/2019 - 23:10:08

      Oiiie ^^ Voltei amore, desculpe o sumiço Vamos para os capítulos

  • poly_ Postado em 12/08/2019 - 13:23:40

    Q amorzinho, ainda bem que estão se entendendo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 14/08/2019 - 00:39:10

      Sim, uns fofos ^^ Postando amore

  • poly_ Postado em 10/08/2019 - 01:40:26

    Cadê vc mulher? Não me mate de curiosidade assim

    • felevyrroni Postado em 11/08/2019 - 22:55:21

      Voltei, desculpe fiquei sem wifi rs Postando amore ^~^

  • poly_ Postado em 05/08/2019 - 13:24:24

    Não vejo a hora de acontecer esse reencontro. Continuaaa. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:49:12

      Vai ser tenso kkkkk

  • poly_ Postado em 03/08/2019 - 23:25:58

    Não sei se sinto pena ou fico feliz pela Mai, não é todo dia q consegue se casar com William Levy né? Kkkkkkkk. Continuaa logooo

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:50:13

      kkkkkk então né, ela deveria levantar as maos para o céu e agradecer q ela se casou com esse deus grego kkkkkkk

  • poly_ Postado em 02/08/2019 - 12:46:59

    Ja gostei, continuaaa. Bjuss!!

    • felevyrroni Postado em 02/08/2019 - 12:56:04

      Obaaa :)


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