Fanfics Brasil - | 11 | Lick ADP Levyrroni

Fanfic: Lick ADP Levyrroni | Tema: Levyrroni


Capítulo: | 11 |

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Passamos a tarde no estúdio de gravação com Tyler e Mal. Quando William não estava tocando, ele me puxava para seu colo. Quando estava ocupado com a guitarra, eu ouvia, maravilhada com seu talento. Ele não cantou então fiquei no escuro quanto às letras. Mas a música era bela em seu estilo rock and roll. Mal pareceu satisfeito com o novo material, balançando a cabeça com o ritmo.


Tyler estava radiante atrás da esplendida mesa de botões e indicadores.


–Toca essa frase de novo, Will.


Meu marido assentiu e seus dedos se moveram pela escala, produzindo mágica.


Pam esteve ocupada nesse meio tempo no andar de cima, tendo começado a desembalar algumas das caixas. Quando ela fez menção de voltar ao trabalho no começo da noite, acompanhei-a. não era justo que ela acabasse cuidando de toda aquela tarefa sozinha. Sem falar que isso satisfazia o meu senso de organização interior. De vez em quando escapava para o porão para roubar um beijo, antes de voltar a subir para ajudá-la de novo. William e os amigos permaneceram imersos na música. Vez ou outra subiam atrás de comida e bebida, mas logo voltavam para o estúdio.


–É sempre assim quando estão gravando. Perdem a noção do tempo de tão envolvidos que ficam com a música. A quantidade de jantares que Tyler perdeu porque simplesmente se esqueceu! –disse Pam, com as mãos ocupadas numa das caixas –É o trabalho deles, mas tambem seu primeiro amor –prosseguiu, tirando o pó de uma tigela de estilo oriental –Sabe aquela velha namorada que sempre fica pairando pelos lados, ligando embriagada no meio da noite e pedindo para voltar?


Gargalhei.


–Como consegue lidar com o fato de nunca vir em primeiro lugar? –Você tem que encontrar um equilíbrio. A música é uma parte deles que você tem que aceitar, querida. Lutar contra isso não vai adiantar. Você já se sentiu verdadeiramente apaixonada a respeito de alguma coisa?


–Não –respondi com toda honestidade, observando outro instrumento de cordas que nunca tinha visto antes. Ele tinha um entalhe intricado ao redor do buraco na caixa de ressonância –Gosto da faculdade. Adoro ser barista, é um trabalho bem legal. Gosto muito das pessoas de lá. Mas não posso ficar fazendo café pelo resto da vida. –Parei e fiz uma careta. –Deus, essas são as palavras do meu pai. Esqueça. Que disse isso.


–Você pode ficar fazendo café pelo resto da vida, se essa for sua escolha –disse ela –Mas, às vezes, leva tempo para descobrir do que gostamos. Não há pressa alguma. Eu nasci e fui criada como fotógrafa.


–Que legal.


Pam sorriu, o olhar se perdendo ao longe.


–Foi assim que Tyler e eu nos conhecemos. Saí numa turnê por alguns dias com a banda da qual ele fazia parte. Acabei rodando a Europa com eles. Nós nos casamos em Veneza, no fim da turnê, e estamos juntos desde então.


–Que história linda.


–É, sim –Pam suspirou –Foi uma época maravilhosa.


–Você estudou fotografia?


–Não, meu pai me ensinou. Ele trabalhava para a National Geografic. Colocou uma câmera em minhas mãos quando eu tinha seis anos e me recusei a devolvê-la. No dia seguinte, ele me comprou outra, de segunda mão. Eu a carregava para onde quer que fosse. Tudo o que eu via era através das lentes. Bem, entende o que quero dizer... o mundo fazia sentido quando eu o enxergava assim. Melhor ainda, aquilo tornava tudo belo, especial.


Ela tirou alguns livros de uma caixa, colocando-os nas prateleiras afixadas. Já tínhamos conseguido encher metade delas com livros e objetos decorativos.


–William namorou diversas garotas ao longo dos anos. Mas ele é diferente com você. Sabe... o modo como ele olha para você, acho adorável. É a primeira vez que ele traz alguém aqui em seis anos.


–Por que a casa ficou vazia por tanto tempo?


O sorriso de Pam sumiu e ela evitou o meu olhar.


–Ele queria que este fosse seu lar, um lugar para onde voltar, mas as coisas mudaram. A banda estava fazendo muito sucesso. Acho que ficou mais complicado. Ele pode lhe explicar melhor isso.


–Tudo bem –disse eu, intrigada.


Pam se acomodou sobre os calcanhares, olhando ao redor da sala.


–Olha só eu aqui tagarelando. Trabalhamos o dia inteiro. Acho que merecemos uma pausa.


–Concordo.


Quase metade das caixas estava aberta. O conteúdo que não encontrava um lar imediato ficava numa fila ao longo da parede. Um imenso sofá de veludo preto fora entregue. Ele combinava perfeitamente com a casa e com o dono. Com diversos tapetes, fotos e instrumentos dispostos, o lugar estava quase se parecendo com um lar. Fiquei imaginando se William aprovaria. Com muita facilidade, eu conseguia nos visualizar passando algum tempo ali quando eu não estivesse em aula. Ou talvez ele passasse os feriados em turnês. Nosso futuro era uma coisa linda, deslumbrante, repleto de promessas.


Contudo, no calor do momento, eu ainda não tinha ligado para Lauren. Um fato que em provocava culpa. Explicar aquela situação não me apetecia, tampouco confessar meus sentimentos crescentes por William.


–Venha, vamos pegar comida lá no fim da estrada. O bar faz as costelas mais saborosas que você já provou. Tyler as adora –disse Pam.


–Que ideia brilhante. Só vou avisar onde estamos indo. Preciso me trocar? –Eu estava de jeans preto, regata e tênis. O único calçado que consegui encontrar em meio às compras de Martha que não tinha, salto dez. para variar, eu quase parecia associada ao rock. Pam estava de jeans e camiseta branca, com um colar grosso de turquesa. Era um look casual em teoria, mas Pam era uma mulher maravilhosa.


–Está muito bem assim –disse ela –Não se preocupe. O lugar é bem informal.


–Tudo bem.


O som da música ainda vinha do andar de baixo. Quando desci, a porta estava fechada e a luz vermelha estava acesa. Consegui ver Tyler com os fones de ouvido, ocupado no console. Eu havia m esquecido de carregar meu celular com todos aqueles acontecimentos. Mas tambem não tinha o numero de William, portanto, nem poderia mandar uma mensagem de texto. Não quis interromper. No fim, acabei deixando um recado sobre o banquinho da cozinha. Não demoraríamos. William muito provavelmente nem perceberia.


O bar era o tradicional pais das maravilhas em madeira, com um imenso jukebox e três mesas de bilhar. Os funcionários cumprimentaram Pam quando entramos. Ninguem sequer piscou para mim, o que foi um alivio. O lugar estava lotado. Foi bom voltar a ficar no meio das pessoas, apenas como parte da multidão. Pam havia telefonado antes para fazer a encomenda, mas o pedido ainda não estava pronto. Pelo visto, a cozinha estava tão atarefada quanto o bar. Pegamos duas bebidas e nos sentamos para escapar. Era um local agradável, bem relaxado. Havia risos e música country saindo do jukebox. Meus dedos acompanhavam tamborilando no ritmo.


–Vamos dançar –disse Pam, apanhando minha mão e me puxando da cadeira. Ela se remexeu e rebolou enquanto eu a seguia até a pisca cheia.


Foi gostoso relaxar. Sugarland virou Mirando Lambert, e eu ergui os braços, movendo-me com a música. Um cara se aproximou e me segurou nos quadris, mas recuou um passo quando balancei a cabeça com um sorriso. Ele retribuiu o sorriso e continuou dançando, sem se afastar. Um homem girou Pam e ela rodopiou, permitindo que a segurasse num abraço frouxo. Pareciam se conhecer.


Quando o cara se aproximou um pouco, não me opus. Ele não tentava me segurar e isso me pareceu amigável o bastante. Não conhecia a canção seguinte, mas tinha uma boa batida e continuamos dançando. Minha pele ficou suada e os cabelos grudaram no rosto. Em seguida foi a vez de Dierks Bentley. Quando tinha uns doze anos, fui absolutamente apaixonada por ele, mas só por causa dos seus lindos cabelos, e não por causa da música. Meu amor por ele era algo embaraçoso.


O cara numero um se afastou e outro assumiu seu posto, passando um braço ao redor da minha cintura e me puxando ao seu encontro. Plantei as mãos em seu peito e o empurrei, dando-lhe o mesmo sorriso e meneio que havia funcionado com o primeiro. Ele era forte. Tinha o peito largo e fedia a cigarros.


–Não –disse eu, tentando afastá-lo de mim –Lamento.


–Não lamente, querida –gritou em meu ouvido, batendo na minha testa com a aba do chapéu –Dance comigo.


–Solte.


Ele sorriu malicioso e as mãos desceram para as minhas nádegas. O cretino começou a se esfregar em mim.


–Ei! –Empurrei-o, mas não consegui afastá-lo. –Me solta!


–Benzinho. –O maldito se inclinou para me beijar, batendo no meu nariz com a aba do chapéu de novo. Doeu. E tambem o odiei. Se ao menos conseguisse acomodar a perna entre as dele para lhe desferir uma bela joelhada na virilha, eu poderia igualar o placar. Ou deixá-lo se contorcendo no chão, chorando e implorando pela mamãezinha dele. Um resultado ao qual eu não me opunha.


Enfiei o pé entre os dele, aproximando-me do meu objetivo. Mais perto...


–Solte-a. –William miraculosamente apareceu em meio à multidão ao nosso lado, um musculo saltando em seu maxilar. Ai, caramba. Ele parecia pronto para matar.


–Espere a sua vez –o cowboy exclamou de volta, enterrando a pélvis ao meu encontro. Deus, que nojo. Eu seria capaz de vomitar. E não seria nada menos do que ele merecia.


William rosnou. Depois pegou o chapei do homem e o fez voar em meio à multidão. Os olhos do outro se arregalaram e ele me soltou.


Recuei um passo, livre por fim.


–William...


Ele olhou para mim e, nesse momento, o cowboy avançou. Seu punho atingiu o maxilar de William e a cabeça dele virou, ele cambaleou. O cowboy investiu contra ele. Aterrissaram com força, esparramados na pista de dança. Socos. Chutes. Eu al conseguia ver quem fazia o quê. As pessoas formaram um circulo ao redor deles, assistindo. Ninguem fez nada para detê-los. Sangue jorrou, esguichando no chão. Os dois rolaram e se empurraram, William acabou por cima. Só para depois cair de lado. Minha pulsação latejava nos ouvidos. A violência era surpreendente. Nathan costumava se meter em brigas depois da aula. Eu odiava aquilo. O sangue e a sujeira, a ira irracional.


Mas eu não poderia ficar ali olhando, tomada pelo estupor. Não faria isso.


Uma mão forte segurou meu braço, detendo meu movimento.


–Não –disse Mal.


Então, ele e outros dois intervieram. O alivio me assolou. Mal e Tyler arrancaram William de cima do cowboy. O outro par refreou o idiota de rosto ensanguentado que gritava a respeito do maldito chapéu. Cretino.


Levaram William para fora do bar, arrastando-o de costas. Passaram pelas portas e desceram os degraus enquanto ele chutava, tentando voltar para lá. E ele continuou se debatendo até que o empurraram contra a grande Jeep preto de Mal.


–Já chega! –Mal gritou no rosto dele –Acabou.


William se recostou no veiculo. O sangue descia por uma das narinas. Os cabelos escuros pendiam sobre o rosto. Mesmo nas sombras, ele parecia inchado, machucado. Não tanto quanto aquele cretino, mas ainda assim....


–Você está bem? –Dei um passo à frente para verificar a extensão dos seus ferimentos.


–Estou bem –respondeu, os ombros ainda se erguendo enquanto ele encarava o chão, arfante –Vamos embora.


Movendo-se em câmera lenta, ele se virou e abriu a porta do passageiro, entrando. Com um tchau resmungado, Pam e Tyler foram para o carro deles. Um casal estava na escada que dava para o bar, observando. Outro cara tinha um taco de basebol nas mãos, como se esperasse mais confusão.


–May. Entre no carro. –Mal abriu a porta de trás e me incitou a entrar. Vamos. A polícia pode estar chegando. Ou pior.


Pior era a imprensa. Eu já sabia disso. Eles cairiam matando naquela história.


Entrei no carro.                                                                                                         


 



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Autor(a): felevyrroni

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Mal desapareceu assim que chegamos em casa. William subiu batendo os pés na escada que levava para o nosso quarto. Seria nosso mesmo? Eu não fazia ideia. Mas o segui. Ele se virou e me encarou assim que entrei no quarto. A expressão dele era feroz, as sobrancelhas negras abaixadas e a boca formando uma linha fina. –Chama isso de os dar uma chance? ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • poly_ Postado em 19/08/2019 - 15:40:25

    Ansiosa para o próximo capítulo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 03/10/2019 - 23:10:08

      Oiiie ^^ Voltei amore, desculpe o sumiço Vamos para os capítulos

  • poly_ Postado em 12/08/2019 - 13:23:40

    Q amorzinho, ainda bem que estão se entendendo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 14/08/2019 - 00:39:10

      Sim, uns fofos ^^ Postando amore

  • poly_ Postado em 10/08/2019 - 01:40:26

    Cadê vc mulher? Não me mate de curiosidade assim

    • felevyrroni Postado em 11/08/2019 - 22:55:21

      Voltei, desculpe fiquei sem wifi rs Postando amore ^~^

  • poly_ Postado em 05/08/2019 - 13:24:24

    Não vejo a hora de acontecer esse reencontro. Continuaaa. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:49:12

      Vai ser tenso kkkkk

  • poly_ Postado em 03/08/2019 - 23:25:58

    Não sei se sinto pena ou fico feliz pela Mai, não é todo dia q consegue se casar com William Levy né? Kkkkkkkk. Continuaa logooo

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:50:13

      kkkkkk então né, ela deveria levantar as maos para o céu e agradecer q ela se casou com esse deus grego kkkkkkk

  • poly_ Postado em 02/08/2019 - 12:46:59

    Ja gostei, continuaaa. Bjuss!!

    • felevyrroni Postado em 02/08/2019 - 12:56:04

      Obaaa :)


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