Fanfics Brasil - | 4 | Parte II Lick ADP Levyrroni

Fanfic: Lick ADP Levyrroni | Tema: Levyrroni


Capítulo: | 4 | Parte II

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Não fora convidada para a festa. De jeito nenhum eu queria pensar no que poderia estar acontecendo na casa da piscina. Sem dúvida, William estava dando tudo o que eu quis em Vegas para a Garota do Biquíni. Para mim, nada de sexo. Em vez disso, ele me mandou para o quarto como uma garota levada.


E que quarto.  O banheiro da suíte tinha uma banheira do tamanho do meu quarto em Portland. Espaço suficiente para nadar. Era tentadora. Mas nunca fui muito boa nesse lance de ser mandada para o quarto. Nas poucas ocasiões em que aconteceu, eu costumava sair pela janela e ficar lendo livro do lado de fora. Deixava muito a desejar como ato de rebeldia, mas me satisfazia. Havia muito trás de um empreendedor discreto.


Ao inferno com ficar parada no quarto do esplendor. Eu não conseguiria.


Ninguém me notou quando, sorrateiramente, desci as escadas. Parei no canto mais próximo e me acomodei para observar as belas pessoas na ativa. Foi fascinante. Corpos se retorciam numa pista de dança improvisada no meio da sala. Alguém acendeu um charuto nas proximidades, permeando o ar com seu cheiro acentuado. Lufadas de fumaça subiram para o teto, uns bons seis metros acima. Diamantes brilhavam e dentes reluziam, e isso só em alguns dos homens. Opulência escancarada se digladiava com desleixo no grupo heterogêneo. Você não conseguiria melhor lugar para observar pessoas mesmo que tentasse. Infelizmente, nenhum sinal do Mal. Pelo menos ele fora amigável.


–Você é nova –uma voz disse ao meu lado, assustando-me a valer. Dei um salto de um quilometro, ou pelo menos de alguns centímetros.


Um homem vestido num terno preto se recostava na parede, sorvendo de um copo com liquido âmbar. O terno preto elegante era outro assunto. Era bem provável que o de Sam tivesse saido de uma arara de loja varejista, mas não aquele ali. Nunca compreendi muito bem o apelo pelo terno e gravata, mas aquele homem os vestia incrivelmente bem. Ele parecia ter mais ou menos a idade do William e tinha cabelo escuro, curto. Bonito, claro. Como William, ele tinha um maxilar divino.


–Sabe, se recuar meio metro vai acabar desaparecendo por completo atrás daquela palmeira. –Sorveu mais um gole da bebida. –E, então, ninguem a veria.


–Vou pensar nisso. –Não me dei ao trabalho de negar que estava me escondendo. Pelo visto, isso era obvio para todos.


Ele sorriu, revelando uma covinha. Tommy Byrnes tinha covinhas. Ele me imunizou contra o efeito delas. O homem se inclinou mais para perto, muito provavelmente para se fazer ouvir acima da musica. O fato de ele ter acrescentado a isso um passo largo na minha direção me pareceu desnecessário. Espaço pessoal era uma coisa maravilhosa. Alo nesse cara me dava arrepios, apesar do terno elegante.


–Sou Jimmy.


–May.


Ele contraiu os lábios, encarando-me.


–Não, definitivamente não conheço você. Por que não conheço você?


–Conhece todo os outros? –passei o olhar pela sala, duvidando muito disso. –Há muitas pessoas aqui.


–Há mesmo –concordou –eu conheço todas elas. Todas, exceto você.


–William me convidou –eu não queria mencionar o nome dele, mas estava sendo imprensada num canto, figurativa e literalmente, conforme Jimmy se aproximava de mim.


–É mesmo? –os olhos dele estavam estranhos, as pupilas dilatadas. Havia algo de errado com aquele cara. Ele fixou o tanto de pele revelada pelo meu decote como se quisesse enfiar o rosto ali.


–É. Convidou.


Jimmy não me pareceu exatamente alegre ao saber disso. Pegou o drinque e acabou com ele num gole só, enchendo a boca.


–Então William a convidou para a festa.


–Ele me convidou para ficar alguns dias, o que não era mentira. Quem sabe, ele não teria ficado sem saber da novidade a respeito de mim e William? Ou talvez, ele estivesse chapado demais para somar dois mais dois. De todo modo, não seria eu a colocá-lo a par da situação.


–Mesmo? Quanta consideração da parte dele.


–É, foi sim.


–Em que quarto ele a instalou? Ele parou diante de mim e jogou o copo vazio no vaso com um gesto descuidado. O sorriso dele parecia maníaco. Minha necessidade de me afastar dele aumentou com urgência imediata.


–O branco –respondi, procurando um modo de me esquivar dele –Falando nisso, é melhor eu voltar.


–O quarto branco? Ora, ora, se você não é especial.


–E não é que sou? Com licença. –Empurrei-o, desistindo das afabilidades.


Ele não devia estar esperando por aquilo, porque cambaleou para trás.


–Ei. Espere ai.


–Jimmy. –William apareceu, recebendo minha imediata gratidão. –Algum problema aqui?


–Nenhum –disse Jimmy –Só estava conhecendo.... May.


–Bem, você não tem que conhecer a.... May.


O sorriso do cara era expansivo.


–Para com isso. Você sabe como aprecio as suas novidades.


–Vamos. –William disse para mim.


–Você não costuma ser estraga prazeres, Will! –disse Jimmy –Eu não vi a adorável Kaetrin com você agora há pouco na varanda? Por que não vai atrás dela, para que ela possa fazer aquilo em que é boa? May e eu estamos ocupados aqui.


–Na verdade, não estamos, não –repliquei. E por que William voltara tão cedo da sua diversão com a Garota do Biquíni? Por certo ele não estaria preocupado com o bem-estar de sua esposinha.


Nenhum dos dois pareceu ter me ouvido.


–Quer dizer que você a convidou para se hospedar na minha casa... –disse Jimmy.


–Eu tinha a impressão de que Adrian alugou esta casa para todos nós, enquanto trabalhamos no álbum. Algo mudou que eu ainda não saiba?


Jimmy riu.


–Gosto deste lugar. Decidi comprá-lo.


–Ótimo. É só me informar quando o negócio estiver fechado que me mudo em seguida. Nesse meio tempo, meus convidados não são assunto seu.


Jimmy olhou para mim, o rosto iluminado por um olhar malicioso.


–É ela, não é? Aquela com quem se casou, seu filho da puta.


–Venha. –William segurou minha mão e me arrastou em direçao às escadas. O maxilar dele estava travado a ponto de fazer um musculo saltar.


–Eu poderia tê-la contra a parede numa maldita festa e você se casou com ela?


E essa agora?


Os dedos de William apertaram minha mão.


Jimmy deu riso de escarnio como o cretino que era.


–Ela não é nada, seu idiota. Olhe para ela. Só olhe para ela. Mas me diga se esse casamento não foi uma cortesia de vodca e cocaína.


Não era nada que eu já não tivesse ouvido antes. Bem, a não ser pela menção ao casamento. Ainda assim, suas palavras feriram. Antes que eu pudesse dizer a Jimmy o que eu achava dele, contudo, a pegada em minha mão desapareceu. William o atacou, segurando-o pela lapela. Eles eram mais ou menos semelhantes. Ambos altos, fortes. Nenhum parecia disposto a recuar. A sala ficou em silencio, todas as conversas pararam, apesar de a música continuar a tocar.


–Vá em frente, irmãozinho –sibilou Jimmy –Mostre-me quem é a estrela deste show, na verdade.


Os ombros de William ficaram rijos sob o algodão fino da camiseta. Então, com um grunhido, libertou Jimmy, fazendo-o recuar um passo.


–Você é tão ruim quanto a nossa mãe. Olhe para si mesmo, você está um farrapo.


Fiquei olhando para os dois homens, atordoada. Aqueles eram os irmãos do grupo. O mesmo cabelo escuro e belos rostos. Obviamente, não entrei para uma família das mais felizes. Jimmy quase me pareceu envergonhado.


Meu marido passou marchando por mim, apanhando meu braço pelo caminho. Todos os olhos estavam fixos em nós. Uma morena elegante deu um passo à frente, com a mão esticada. Seu rosto adorável revelava aflição.


–Você sabe que ele não falou a sério.


–Fique fora disso, Martha –disse meu marido, sem desacelerar.


A mulher me lançou um olhar de desgosto. Pior, de acusação. Pelo modo como William estava agindo, tive a sensação de que isso era geral.


Ele me arrastou escada acima, depois pelo corredor na direção do meu quarto. Não dissemos nada. Talvez dessa vez ele me trancasse. Ou, quem sabe, empurrasse uma cadeira debaixo da maçaneta. Entendi que ele estivesse bravo com Jimmy. O cara era um cretino de proporções épicas. Mas o que eu fiz? Exceto ter escapado da prisão luxuosa, claro.


No meio do corredor, soltei meu braço de seus tratos carinhosos. Eu tinha que fazer algo antes que ele cortasse a circulação dos meus dedos.


–Eu sei o caminho –disse eu.


–Ainda está procurando ação, não? Deveria ter dito alguma coisa, e eu ficaria contente em servi-la –disse ele, com um falso sorriso –E, olha só, você não está mamada hoje. Poderia se lembrar de alguma coisa.


–Uau...


–Eu disse alguma mentira?


–Não. Mas ainda acho justo dizer que você está sendo um cretino.


Ele parou de pronto e me encarou, com os olhos arregalado, parecendo surpreso.


–Estou sendo um cretino? Ao inferno, você é minha esposa!


–Não, não sou. Você mesmo disse isso. Pouco antes de ir brincar na casa da piscina com a sua amiga –disse. Apesar de ele, evidentemente, não ter se demorado muito lá. Cinco, talvez seis minutos? Quase me senti mal pela Garota do Biquíni. Aquilo não pode ter sido um serviço muito benfeito.


Sobrancelhas escuras desceram tal qual nuvens de tempestade. Ele parecia menos do que impressionado. Que pena. Também os meus sentimentos por ele estavam em baixa.


–Você tem razão. Foi mal. Quer que a leve de volta ao meu irmão? –perguntou, estalando as juntas das mãos tal qual um Neandertal, com o olhar fixo no corredor pelo qual viemos.


–Não, obrigada.


–Muito legal da sua parte jogar seu olhar sensual para ele, a propósito. De todas as pessoas aqui, você tinha que flertar com Jimmy... –escarneceu –Quanta classe, May.


–É isso mesmo que você acha que aconteceu?


–Você e ele não estavam bem aconchegados naquele canto?


–Tá falando sério?


–Conheço o Jimmy e conheço as garotas ao redor do Jimmy. Foi isso mesmo o que pareceu, gata. –Ele abriu os braços. –Prove que estou errado.


Eu nem tinha certeza se sabia fazer um olhar sensual. Mas, definitivamente, não foi isso o que fiz no andar de baixo. Não era de admirar que tantos casamentos terminassem em divórcio. O casamento era uma merda e os maridos eram o pior de tudo. Meus ombros estavam desmoronando. Nunca pensei que me sentiria tão pequena.


–Acho que os seus problemas com seu irmão são ainda piores do que os seus matrimoniais, e isso quer dizer alguma coisa. –Lentamente, balancei a cabeça. –Obrigada por oferecer a oportunidade de eu me defender. Agradeço muito por isso. Mas, sabe de uma coisa, William? Não estou convencida de que uma opinião favorável sua a meu respeito valha a pena.


Ele se retraiu.


Afastei-me antes que eu dissesse algo pior. Vamos esquecer essa coisa de ser amigável. Quanto antes nos divorciarmos, melhor.


 



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Autor(a): felevyrroni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • poly_ Postado em 19/08/2019 - 15:40:25

    Ansiosa para o próximo capítulo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 03/10/2019 - 23:10:08

      Oiiie ^^ Voltei amore, desculpe o sumiço Vamos para os capítulos

  • poly_ Postado em 12/08/2019 - 13:23:40

    Q amorzinho, ainda bem que estão se entendendo. Continuaa

    • felevyrroni Postado em 14/08/2019 - 00:39:10

      Sim, uns fofos ^^ Postando amore

  • poly_ Postado em 10/08/2019 - 01:40:26

    Cadê vc mulher? Não me mate de curiosidade assim

    • felevyrroni Postado em 11/08/2019 - 22:55:21

      Voltei, desculpe fiquei sem wifi rs Postando amore ^~^

  • poly_ Postado em 05/08/2019 - 13:24:24

    Não vejo a hora de acontecer esse reencontro. Continuaaa. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:49:12

      Vai ser tenso kkkkk

  • poly_ Postado em 03/08/2019 - 23:25:58

    Não sei se sinto pena ou fico feliz pela Mai, não é todo dia q consegue se casar com William Levy né? Kkkkkkkk. Continuaa logooo

    • felevyrroni Postado em 06/08/2019 - 23:50:13

      kkkkkk então né, ela deveria levantar as maos para o céu e agradecer q ela se casou com esse deus grego kkkkkkk

  • poly_ Postado em 02/08/2019 - 12:46:59

    Ja gostei, continuaaa. Bjuss!!

    • felevyrroni Postado em 02/08/2019 - 12:56:04

      Obaaa :)


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