Fanfic: Como minha vida seria sem você😍- vondy | Tema:

-são quase 15 horas...- Peter disse dando um nó na gravata. Estava de frente ao espelho, em roupa social, se arrumando. A pequena Dulce Maria o observava curiosa. Estava em um vestido floral vermelho, laçarote branco no cabelo e unhas pintadas em tons vermelhos. Alma observava a filha a uma certa distância, analisando-a.

-não se preocupe irmãozinho, Dulce está pronta!- Alma disse com um sorriso e virando-se para Peter que acabara o nó em sua garganta. Olhou para a sobrinha, exibindo um sorriso.

-está linda, Dulce Maria!- disse ele se agachando até a sobrinha e lhe dando um beijo na testa. Dulce sorriu.

-como se diz, Dulce?

-obrigada- Dulce disse timidamente, abaixando-se em reverência, puxando a barra do vestido um pouco, delicadamente.

-ora, que educada.- Peter sorriu- vamos, tenho que ligar o carro e pegar a pequena Anahi- ele sorriu- vamos ao carro?- ele disse vendo os olhinhos da pequena ruivinha brilharem.

-vamos!

-tem certeza que não vai, Alma?- disse ele se virando para a irmã. Alma estava abatida...

-estou cansada, querido. Fica pra outro dia, ok?- Alma sorriu amarelo, abraçando o irmão.

-tudo bem... Vamos, pequenina?- Pete disse pegando Dulce no colo e correndo até o carro. Era uma limusine preta enorme. Os olhos de Dulce nunca tinham visto um carro tão grande e brilhante em sua vida. Peter abriu a porta do segundo banco de trás, do lado do motorista, e colocou a pequena Dulce ali, apertando-lhe bem o cinto- confortável?- disse ele apertando-lhe o cinto. Dulce sorriu.

-uhum- ela disse pegando o pirulito que ganhara depois do almoço. Não teve chocolate quente mais cedo, mas fora compensada apropriadamente. Claro, tudo escondido de Alma...

-ok, vamos buscar a pequena Anahi...- Pete não teve tempo de terminar sua frase, Sr. Colucci estava do lado de fora da garagem, de mãos dadas com a pequena Anahi do lado direito e o garoto de antes em sua mão esquerda.

-Peter, Anahi irá com Christopher pro shopping, ok?- Sr. Colucci disse em tom cordial, mas mesmo sendo simpático sua voz fazia Dulce sentir um calafrio na espinha.

-oh... claro. Christopher, olá- Peter disse estendendo a mão para Christopher. O garoto ficou observando a mão do motorista algum tempo, sem exibir reação qualquer.

-você sabe, ele é... um pouco tímido.- Sr Colucci sorriu.

-ok, tudo bem...- Peter abriu a porta da limu- minha sobrinha Dulce irá conosco, tudo bem?- Peter sorriu.

-sem problema algum.- Sr. Colucci disse e então Dulce olhou para trás, observando os olhos castanhos de Christopher a olharem fixamente, como antes- Annie precisa ir ao Shopping Boulevar, como sabe não é o mais próximo, mas é... importante!- Sr. Colucci disse olhando a pequena loirinha, vendo um sorriso artiloso surgir em seu rostinho branco.

10 anos no futuro

-água... Água....- a voz fraca repetia sem parar –água... Água! –repetia em uma voz cada vez mais fraca e cada vez mais pausada -por favor... Água!

            De repente, um barulhão. Dulce abriu seus olhos e espreguiçou-se lentamente. Sentia-se cansada. Uma música suave começou a tocar, a voz de Troye Silvan invadiu seu quarto e um sorriso no rosto da ruiva foi inevitável.

-bom dia, bom dia, bom diaaaaa!- a voz de Maite adentrou estridentemente em seu quarto, seguida pela porta sendo aberta abruptamente.

-ah, Maite...

-xiu! Nem ouse falar nada- Mai disse pulando na cama e abraçando Dulce com força.

-ai meu Deus me larga garotaaa!

-não, não. Não largo!- Mai disse pulando em cima de Dulce e lhe enchendo de beijos na bochecha e cócegas.

-garota, sai daqui- Dul disse tentando se desvencilhar e não conseguindo, já que estava rindo muito.

-ok, ok... as lésbicas podem calar a boca?- Mai e Dul pararam, olhando para a porta em direção de quem tinha dito aqulo. Era Anahi, as olhando fixamente. Patty estava logo atrás, olhando para as duas com cara de nojo.

-ai Annie, nem fala com essas sapatas ridículas!- Patty soltou revirando os olhos

-como é que é?- Maite rangeu os dentes, como sempre fazia quando estava realmente nervosa. Talvez fosse melhor Patty correr dali...

-só façam menos escândalo, ta bom?- Anahi disse fechando a porta com força, o que fez um estrondo enorme. Maite e Dulce permaneceram abraçadas, olhando para a porta sem acreditar no que aconteceu.

-aquela loira de farmácia...

-Maite, para!- Dulce bufou, se levantando e pegando sua coberta e dobrando-a. Sua mão estava trêmula, provavelmente de ódio, ou de susto por ver Annie tão cedo de manhã?

-ah, qual é Dulce. Vivemos em um internato e até hoje essa menina te trata como se você fosse uma agregada da casa dela que tem que ouvir todas as merdas que ela fala calada!

-é...

-e você ainda se sente assim!- Maite gritou, irritada- ai, não dá pra aguentar essa sua passividade toda- May se virou de costas, irritada.

-ai, Mai. Chega. Não vou deixar a rainha das patricinhas destruir meu dia, ok?- Dulce se levantou e foi em direção do banheiro

-ok. Vou te esperar no refeitório, ta?- Mai sorriu, saindo do quarto em seguida.

-ok.- Dulce disse respirando fundo, se olhando no espelho. Estava com olheiras enormes graças às últimas três noites mal dormidas tendo sempre o mesmo pesadelo...por que isso estaria acontecendo?

            Respirou fundo, abrindo a torneira e lavando o rosto. “Vamos lá Dulce, você não é mais uma menininha que pode correr pra mãe quando Annie faz algo errado...”

10 anos no passado

-oi, eu sou Anahi Puentes Colucci- a loirinha disse estendendo a mão. Estavam todos dentro da limusine, Annie e Dulce frente a frente e Christopher ao lado da loira, olhando para a janela

-Dulce Maria...- Dul disse apertando a mão de Annie e lhe dando um aperto de mão, como sua mãe havia lhe ensinado

-seremos grandes amigas!- Anahi disse com alguma empolgação, e então pegou sua mochila em formato de puddle rosa e a abriu, pegando um papel dali de dentro- esta é minha mãe- disse ela entregando o papel para Dulce

            O papel era uma foto do sr. Colucci com uma mulher de cabelos curtos, loira, olhos azuis reluzentes e sorriso encantador. Obviamente, mãe de Anahi e... Christopher?

-minha mãe esta muito doente e... bem, vou comprar algo para fazê-la feliz hoje!- Annie disse exibindo um sorriso de dentes perfeitos, menos um, esboçando uma “janelinha”, como Alma gostava de dizer- você pode me ajudar? –Anahi possuía um brilhos no olhar

-claro!- Dul disse simpática. Acabou não conseguindo mais evitar e olhou Christopher diretamente. O garoto permanecia encarando a janela, como se estivesse com o pensamento longe- ele ta assim por causa da doença da mãe de vocês?

-ah, não...- Anahi sorriu e revirou os olhinhos azuis rapidamente- ele não é meu irmão de verdade. Minha mãe não é mãe dele, o pai dele casou com minha mãe

-oh...- Dulce olhou Christopher novamente, curiosa. Esse garoto parecia ter muito mais coisas interessantes em si do que se podia ver

10 anos no futuro

-Ei, Christopher!- um dos internos gritou incrivelmente alto.

Dulce já estava acostumada, então apenas fechou os olhos e tampou os ouvidos enquanto o time de basquete do internato passava por ela. Eram, em geral, vários garotos barulhentos e chatos, e as lideres de torcida. Anahi, a líder principal delas, era quem organizava todos os passos de suas fieis seguidoras. Christopher von Uckermann Puentes Colucci era o capitão do time. Ucker, como era conhecido, e Anahi comandavam a escola. “O que o dinheiro não pode comprar, certo?” Dulce pensou. Havia um boato que os irmãos, que na verdade nem irmãos eram, tinham algum lance sexual estranho e místico rolando. De fato, a família Colucci, ou Uckermann, ou Puentes... (como quiser chamar) é ridiculamente estranha e sombria

-Ei, Dulce!- Maite gritou. Dul a olhou, sentada na mesa de sempre, com as pessoas de sempre: Mia, Luana e Kaleb. Em regra, garotos e garotas não podiam lanchar nas mesmas mesas, com exceção de Annie e Ucker (claro!), mas Kaleb sentava-se com as estranhas do internato sem reclamar, e ninguém ousava tocar nele ou falar-lhe alguma coisa. Kaleb é faixa preta em diversas modalidades de luta e traz orgulho ao internato com suas medalhas –na verdade, ele seria o único que poderia competir com Christopher no quesito popularidade-. Além disso, Dulce tinha quase certeza... Kaleb era gay!

-bom dia princesa do meio dia!- Kaleb disse em meio a uma risada para Dulce assim que ela se aproximou da mesa

-está quase nada atrasada, hein?- Mia soltou um sorriso e deu espaço para que Dul se sentasse. A ruiva assim o fez.

-fiquei sabendo que vocês deram de cara com Annie e sua minion logo de manhã...- Luana disse, revirando os olhos e bufando ao citar o apelido de Anahi.

-é...- Dul limitou-se a dizer sentando-se

-não entendo essa fixação por Christopher uckermann.- Mia revirou os olhos enquanto pegava sua maçã e a analisava friamente. A garota possuía essa personalidade metódica e analítica pra tudo, certamente seria uma ótima cientista como assim almejava!

-ele é bonito.- Luana, que até então manteve-se em silêncio, falou. Dulce a olhou de relance a observando. Era uma garota loira de pele branca com sardas por todo o rosto, era claramente vergonhosa e escondia-se atrás do cabelo volumoso e roupas de manga longa e tecidos volumosos, escondendo seu corpo. Desde jovem sentia-se gorda, não era novidade para ninguém, mesmo que fosse pouca coisa mais gorda que Maite ou mesmo que Dulce

-é um esnobe.- Maite condenou em seu cabelo negro como a noite e lábios grossos, saboreando seu iogurte de morango. Lambeu a tampa de forma infantil e sorriu ao ver a ruiva a observar. Dulce sorriu de volta sem jeito.

-você esta estranha hoje- Kaleb observou- ainda mais que o normal- sorriu vendo Dulce ficar seria

-e você ainda mais intrometido- mostrou a língua

-vocês fizeram a atividade da senhorita Dolores?- Mia disse num susto como se tivesse acabado de lembrar

            Todos a olharam estáticos

-puta que pariu...