Fanfic: Tentando o Chefe - Adaptada Vondy - Finalizada | Tema: Vondy
CHRISTOPHER
No minuto em que recebi o telefonema, sabia que tinha a ver com a Dulce. Desde que ela entrou na minha vida, tudo tem sido louco, um episódio fodido após o outro. Nunca na vida franzi tanto a testa quantoultimamente, mas, admito que nunca ri tanto, também. Ela não só traz à tona o meu lado absurdo e insano, bem como o divertido, bobo, brincalhão, que eu nem sabia que tinha.
Um mês atrás, eu a teria demitido sem pensar duas vezes, mas agora, ela se demite praticamente todos os dias, sorrindo cada vez que me dá o aviso prévio.
Mas ela não pagar as minhas multas foi golpe baixo. Meu carro - meu bebê - foi rebocado, e eu tenho uma reunião importante com Denis no local do restaurante para finalizarmos várias coisas.
Agora, estou saindo do escritório com as chaves do ônibus dela nas mãos. Ok, não é um ônibus na verdade, mas o fodido chega perto. Eu clico ''desbloquear'' na chave e entro. Meus joelhos ficam pressionados contra o painel e o volante está tão perto que, praticamente, corta o ar da porra da minha garganta. Eu tateio pela lateral procurando os botões para mudar a posição do assento e me dar algum espaço para as pernas.
Quando estou acomodado e a circulação retorna para as minhas pernas, aperto o botão de partida sem chave, e o carro liga.
Eu afivelo o cinto e saio. Uma música suave toca ao fundo quando, de repente, a voz de uma menina começa a encher o carro.
Suave no início, e um pouco chata, então eu aperto o botão na tela para mudar para o rádio. Depois de clicar uma vez, nada acontece, e eu tento de novo. E, mais uma vez, nada acontece.
Estou muito ocupado tentando passar pelo tráfego neste veículo gigante, então eu tento me desligar. Sou até bem sucedido, isto é, até a gritaria começar e me assustar pra caralho. Alguém gritando algo sobre estar livre.
Que porra é essa? Eu pressiono o botão de novo, desta vez para o rádio via satélite, e a porra da música grita Livre Estou e não para de tocar. A voz e a música ficam mais e mais altas, e eu tento desesperadamente abaixar o volume.
Incapaz de silenciar este novo pesadelo induzido por Dulce, eu pego o telefone e disco o número dela, ainda tentando abaixar o volume, mas sem sorte.
Ela atende após um toque.
— Sim. — ela responde, obviamente irritada que eu esteja incomodando-a, se o tom da sua voz for qualquer indicação. Bem, estou irritado, também.
— Algo está errado com o seu carro. — eu grito para o telefone que estou segurando na minha mão, enquanto toco na tela e coloco-a no viva-voz.
— Bem, seja lá o que você tenha feito, desfaça. — ela aconselha, em seguida, continua. — Eu te disse antes de pegá-lo, se quebrar algo você paga.
Eu solto um suspiro irritado.
— Eu não quebrei nada. Eu não
consigo desligar o rádio. — enquanto isso, a música começou – de novo - a voz rompendo com a porra de Livre Estou.
— Oh isso, sim eu sei. Eu tenho que mandar arrumar. É como se ele estivesse congelado. — ela diz e imediatamente começa a rir sozinha. — Entendeu? Congelado?
Eu olho para o telefone, me perguntando se isso está acontecendo,
se estou mesmo tendo essa conversa.
— Eu não entendi. — eu bufo enquanto a garota canta sobre o frio não a incomodar. — Como diabos eu faço para ela calar a boca? — eu grito sobre a música.
— Oh, sim, eu não sei. Eu tentei pesquisar no Google, mas nada apareceu. — eu ouço-a digitando como se esta conversa não estivesse lhe incomodando.
— Você procurou no Google. — eu repito inexpressivo porque,certamente, eu ouvi errado. — Você pesquisou no Google?
Eu posso praticamente ouvir seus olhos revirando.
— Sim, eu pesquisei. O que mais eu poderia fazer? O Google sabe tudo.
— Dulce, eu estou prestes a perfurar meus tímpanos se eu tiver que continuar ouvindo essa garota SEM PARAR com essa MERDA de ESTAR LIVRE e a PORRA do frio NUNCA mais a incomodar. Como posso desligar esta porcaria? — eu toco todos os botões na tela.
— Você não é o único. Simplesmente não sei o que fazer. Eu acho que tenho que ligar na concessionária. — sua voz é tranquila.
— Você deveria, logo depois de ligar para o tribunal e descobrir como diabos pego o meu carro de volta. — eu digo com raiva, logo antes do rádio gritar - Livre estou - novamente.
— Sim, sim. Vou fazer agora. Você só precisa disso? — ela está me dispensando. Justo quando o piano começa novamente.
— Só. — resmungo. — Graças a Deus, acabei de chegar à reunião. Essa música fodida é a trilha sonora do inferno, tenho certeza disso. — afirmo antes de desconectar e desligar o carro. Claro, eu estou chocado e consternado que eu ainda possa ouvi-la tocar. Não é até que eu abro a porta que o rádio finalmente desliga. Espero, na verdade, oro para que ele não religue. Agarro as chaves e meu telefone, eu fecho a porta sem nem me incomodando em trancá-la, pensando que Dulce teria sorte se alguém o roubasse.
Quando abro a porta do restaurante, o cheiro de madeira e tinta me bate. Esta é a parte favorita do meu trabalho. Criar algo. Eu posso não ser bom com as minhas mãos, mas eu tenho o dom da visão e conceito, que é para isso que eu sou pago.
Denis caminha até mim, usando as calças cargo e botas de construção de costume.
— Ei, você parece muito melhor do que da última vez. — ele estende a mão para apertar a minha. Sem brincadeira, eu quase morri a última vez que ele me viu. Eu apenas aceno para ele e me dirijo para a área do bar, onde os projetos estão espalhados.
Eu olho para cima e vejo a escadaria bonita. Percebo que os blocos de vidro foram instalados exatamente como eu pretendia, de modo que quando os clientes subirem, poderão ver através deles para a área de baixo. As cabines arredondadas serão ótimas para um grupo de amigos que querem um pouco de privacidade; cada estande pode ser visto de baixo também. Mal posso esperar até que a decoração chegue e seja instalada, completando o visual que quero - aconchegante. Sexy, alta
classe, mas ainda assim aconchegante, obviamente.
Eu olho em volta e vejo as mesas que serão espalhadas por todo o vasto espaço, que estão empilhadas no canto.
— Você também pediu algumas mesas altas, certo? — eu pergunto enquanto as examino.
— Sim. Chegarão na próxima semana, junto com a versão alta de banquinho dessas cadeiras. — ele faz um gesto em direção às cadeiras empilhadas ao lado das mesas. Eu corro minha mão ao longo da parte superior do balcão, uma madeira de mogno pesada, lisa, brilhante, sexy. É o único toque rústico no espaço; a base do balcão é de um vidro fosco com luzes que parecem incorporadas ao vidro. As banquetas parecem ter sido feitas de hastes metálicas finas, dando-lhes uma aparência elegante e moderna. Toda a parede de trás da área do balcão é espelhada, fazendo com que o espaço pareça maior. As prateleiras, que serão do mesmo vidro fosco da base do balcão, ainda precisam ser instaladas.
Vejo Serena vindo em minha direção. Oh, Serena, com o cabelo castanho brilhante que vai até a cintura e as pernas longas, magras e tonificadas que já vi várias vezes em seu esforço para me seduzir. Seus olhos nunca desviam dos meus, ela caminha até mim como uma caçadora rastreando sua caça.
Eu sorrio quando observo o terno vermelho que cobre as suas curvas, como se fosse feito somente para ela. Com o dinheiro que ela tem, provavelmente foi.
Serena é uma das patrocinadoras desse empreendimento. É um dos seus 'empregos secundários', como ela os chama. Ela ganhou a maior parte do seu dinheiro a partir de um aplicativo de moda que ela criou.
— Christopher. — ela cantarola em seu sotaque sulista. — Eu não sabia quando cheguei aqui, que o meu dia estava prestes a ficar um milhão de vezes melhor com uma visita sua. — ela caminha até mim, me abraça e inclina a cabeça para beijar a parte de baixo do meu queixo.
Eu me afasto dela e de seus lábios tingidos de vermelho sangue.
— Serena, eu não sabia que você estaria aqui. — eu digo sobre sua cabeça e,
principalmente, para Denis.
Sexy e linda, como Serena é, meu pau sabe que se eu der liberdade para ela, ela fará tudo o que puder para afundar aquelas garras vermelhas em mim. Além disso, ela chupou Noah e engoliu. Então sim, eu sei que é loucura, mas minha boca não se aproximará da dela. Nunca. Por essas razões, não tomo nenhum gole do que ela oferece constantemente.
Eu me desvencilho de suas garras e olho ao redor.
— Isso vai ser um sucesso enorme, eu posso sentir. — Serena afirma, e continua a me olhar de cima a baixo, com evidente interesse carnal.
— Eu também acho. Denis, você disse que tinha algo para discutir comigo, alguma coisa na cozinha? — eu olho para ele incisivamente, vendo um olhar de surpresa antes que ele finalmente entenda.
— Certo, certo. — ele balança a cabeça. — Eu acho que o encanador disse algo sobre... — ele para de falar, ao entrarmos na cozinha e a porta se fechar atrás de mim.
— Porra, ela parece um abutre. — eu tento sacudir seu toque de cima de mim.
— A noite de abertura vai ser interessante. — Denis sabe que ela provavelmente vai ficar ao meu lado o tempo todo.
Balanço a cabeça, sem nem querer pensar nisso.
— O que mais precisamos antes dos retoques finais acontecerem? — pergunto-lhe quando meu telefone emite um bipe no bolso. Pego, olho para a tela e vejo um texto de Dulce.
O carro vai ser liberado assim que você for lá e preencher um formulário. Desculpe, eu não posso fazer isso porque o carro está em seu nome.
Eu balanço a cabeça.
Você tem que me levar até lá. Isso é culpa sua, afinal.
Ela responde em questão de segundos.
Ótimo, mal posso esperar. Boas notícias, eu posso cantar junto com a música!
Foda-se, aquela maldita canção começa na minha cabeça novamente.
Esqueça. Vou pedir ao Noah.
Envio mensagem para o Noah em seguida, pedindo-lhe para me pegar no escritório em uma hora. Olho para o relógio, e noto que tenho que voltar, ou vou ter que dirigir o carro de Dulce até em casa.
— Ok, então quando vamos fazer as fotos? — pergunto ao Denis ao sairmos da cozinha. Eu faço a varredura da área e vejo que Serena, ou deixou o prédio, ou está escondida em algum lugar, provavelmente, pronta para atacar.
— Eu tenho que falar com Jake da empresa de relações públicas, mas acho que na noite da abertura, antes de todos chegarem, seria melhor. — Denis responde e pega o seu próprio telefone para fazer algumas notas.
— Perfeito. — eu digo adeus e volto para o sol quente. Meu bom humor é de curta duração quando eu vejo quem está parado ali, à minha espera, em frente ao restaurante. O que eu começo a achar que é um navio para o inferno, conhecido como minivan da Dulce, que me espera para me transportar de volta para o escritório com a música que certamente irá assombrar meus sonhos por um longo tempo. Foda-se a minha vida.
Christopher amou o livre estou kkkkk.
Beijocas!!
Autor(a): tifanny
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 703
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Giullya Postado em 21/12/2019 - 23:09:33
Tô morrendo de saudade dessa história ÷[
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Paola_Martinez Postado em 01/12/2019 - 22:40:42
Amei demais essa história. O final foi tudo de bom! Descansa e aproveita mexmooo, feliz Natal e ano Novo pra ti tbm
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Paola_Martinez Postado em 01/12/2019 - 22:39:40
Já acabou? T-T
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victória Postado em 27/11/2019 - 17:20:42
Amei, felicidades e tudo de bom!!!
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nat.vondy Postado em 27/11/2019 - 13:03:28
Fim ótimo, adorei o pedido de casamento. Feliz natal pra você também
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Ellafry Postado em 26/11/2019 - 22:56:13
adorei. Aproveite a gravidez. Feliz natal e boas entradas desde ja :D
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Giullya Postado em 26/11/2019 - 21:43:26
*Chorando* amei tudo, foi perfeita essa história!! Tudo bem, beijos para vc e para a Elisa <3
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ana_vondy03 Postado em 26/11/2019 - 19:52:11
Aiiii amei o final! Você está certíssima, tem mesmo que aproveitar essa fase boa na sua vida! Desejo tudo de bom para vocês!!
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mari_vondy Postado em 26/11/2019 - 18:00:45
ah que final lindo, vou sentir saudades dessa fanfic maravilhosa
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Melissa Postado em 26/11/2019 - 14:16:37
Que capítulo cheio de surpresas kkkkkk. Noah é um sem vergonha mesmo, dormia com as funcionárias, se relacionou com as Dani e ainda por cima casado. Cont....
tifanny Postado em 26/11/2019 - 16:37:08
Foi mesmo, uma vez garanhao sempre garanhao kkkkk. Postado!!