Fanfics Brasil - 2 Um cupido diferente - Adaptada (Vondy)

Fanfic: Um cupido diferente - Adaptada (Vondy) | Tema: Vondy


Capítulo: 2

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Certamente não hoje. Certamente não hoje. Certamente não hoje. Certamente não hoje.


Aquelas palavras ecoaram em minha mente durante toda a noite, enquanto esse eterno perdedor permanecia deitado em sua gaiola. Cochilando e acordando.


Na manhã seguinte acordei, deprimido e num mal humor infernal. Não conseguia acreditar que um cachorro como eu, que, supostamente, deveria ser mais esperto, sucumbira tão fácil ao charme de Dul e Ucker. Sucumbira a toda aquela idiotice.


Precisavam de mais tempo para pensar melhor sobre esse negócio de adoção, dissera ele.


Prometeram voltar, dissera ela.


A verdade era que eu fora abandonado. Descartado. Jogado de lado como um osso ressecado.


Pois estava completamente errado, porque Dul e Ucker voltaram. Fiquei tão excitado ao vêlos, que me atirei para frente, quase me entalando entre as barras da gaiola.


Mais tarde, com minha nova família a tiracolo, não andei, eu corri para fora do Cafofo, nem uma única vez parei ou olhei para trás, até chegarmos à calçada.


Então, gelei.


Não de frio. E sim de puro, abjeto, terror.


Ele estava a minha espera.


Parado na rua.


Rangendo os dentes podres.


O fedor de seu hálito logo inundou minhas narinas.


E lembrei-me do que tentara tão arduamente esquecer.


Mary, caída no chão, em uma poça de sangue. Os olhos da velha mulher abertos, porém vazios. A pele tão branca quanto os cabelos. Lambera seu rosto. Frio contra minha língua.


Cutucara-a com o focinho, ela não se mexera.


Latira para o homem sem parar.


— 0 QUE VOCÊ FEZ COM MINHA MARY? 0 QUE VOCÊ FEZ COM MINHA DONA?


O estranho erguera a faca, debochado.


Feche essa sua matraca de merda, ou eu a fecharei para você!


Mas eu não lhe dera ouvidos.


Então ele se lançara sobre mim. E errara.


— VOLTE AQUI, SEU PUTINHO!


Atirara-me pela janela aberta de nosso apartamento no subsolo, aterrissando no beco.


No instante exato em que o caminhão de lixo passava...


E, como naquela ocasião, a liberdade já não tinha um cheiro tão doce.


Fitei o casal e prontamente dei meia-volta.


Desculpem-me, não vai dar.+


 


— Aonde você está indo, amigão? — indagou Ucker.


De volta para o Cafofo. De volta para minha pequena cela pulguenta. De volta para trás das grades, que o separariam de mim.


Delicada, Dul puxou a guia. Não me movi. Ela me tomou nos braços.


 


— Por que você está tremendo, lindinho?


Porque se você soubesse o que eu sei, estaria tremendo leito vara verde também!


Com razão, Ucker concluiu que um longo passeio, pelo menos no momento, estava fora de cogitação. E chamou um táxi. Eu nunca havia andado de carro antes, muito menos de l. i x i, portanto não pude decidir se era uma coisa boa, ou ruim. () motorista, contudo, demonstrou possuir opinião bastante definida a respeito do assunto. Temendo que eu iria "urinar, defecar ou vomitar" nos "novos estofados de couro", sugeriu "transporte alternativo" e ordenou que procurássemos outro táxi!


Precisamente o que fizemos.


Dul segurou-me no colo ao nos precipitarmos rua abaixo. Nem aquele caminhão de lixo nem o estranho poderia me alcançar agora. Depois de me sentir um feixe de nervos até segundos atrás, comecei a relaxar. Olhei pela janela enquanto abríamos caminho no meio do tráfego. Nada e ninguém, me pareciam familiares nesta vizinhança. Nem os prédios, nem as pessoas. Não fazia a menor idéia para onde rumávamos, todavia tinha a sensação de que íamos na direção certa.


Contudo, não estava tão seguro assim sobre meus novos pais adotivos.


 


— Ufa! Quem, na face da terra, ensinou esse fulano a dirigir? — sussurrou Dul, encostando a cabeça no ombro de Ucker. — Steve Wonder?


 


— Nem me fale. Meu estômago acabou de dar uma cambalhota tripla.


 


—E pensar que o outro motorista estava preocupado com a possibilidade de o cachorro vomitar.


 


Os dois gemeram em uníssono.


Não compreendi a razão de tanto estardalhaço. Este cão não possuía motivo algum para vomitar. Este cão estava adorando a corrida.


De qualquer modo, muitos quarteirões e reclamações depois, o carro estacionou junto ao meio-fio. Ucker desceu, seguido de Dul. Quanto a mim, recusei-me a me mexer, preferindo permanecer onde estava, seguro e aquecido.


 


— Não há nada a temer em Upper East Side, tolinho — disse Dul.


 


— Só se você se aventurar em um bar de solteiros em uma quinta-feira à noite — especulou Ucker. — Ou, imagino eu, se tentar impedir uma mulher de entrar na Bergdorf 's durante a liquidação semestral de sapatos.


 


Desnecessário dizer, este cão não entendeu a piada. Aparentemente, tampouco o taxista, que se pôs a buzinar.


 


— Não posso passar o dia inteiro aqui, sabe?


 


— Venha, queridinho.


 


Dul estendeu a mão para o interior do táxi, mas afastei-me.


— Você não quer conhecer seu novo lar?


 


Na verdade, eu queria sim. Muito. O taxista buzinou outra vez.


 


— Miles, por favor—ela implorou. — E sério, temos que ir. Ucker sacudiu o dedo para mim.


 


— Parceiro, vou lhe explicar uma coisa — o tom da voz não admitia controvérsia. —Este tipo de comportamento não vai funcionar.


 


Eu logo entendi que, se não parasse com aquela bobagem e entrasse na linha já, poderia muito bem voltar direto para o Cafofo.


Então, inspirei fundo e mergulhei na nova fase de minha vida canina.


 


Certamente não hoje. Certamente não hoje. Certamente não hoje. Certamente não hoje.


Aquelas palavras ecoaram em minha mente durante toda a noite, enquanto esse eterno perdedor permanecia deitado em sua gaiola. Cochilando e acordando.


Na manhã seguinte acordei, deprimido e num mal humor infernal. Não conseguia acreditar que um cachorro como eu, que, supostamente, deveria ser mais esperto, sucumbira tão fácil ao charme de Dul e Ucker. Sucumbira a toda aquela idiotice.


Precisavam de mais tempo para pensar melhor sobre esse negócio de adoção, dissera ele.


Prometeram voltar, dissera ela.


A verdade era que eu fora abandonado. Descartado. Jogado de lado como um osso ressecado.


Pois estava completamente errado, porque Dul e Ucker voltaram. Fiquei tão excitado ao vêlos, que me atirei para frente, quase me entalando entre as barras da gaiola.


Mais tarde, com minha nova família a tiracolo, não andei, eu corri para fora do Cafofo, nem uma única vez parei ou olhei para trás, até chegarmos à calçada.


Então, gelei.


Não de frio. E sim de puro, abjeto, terror.


Ele estava a minha espera.


Parado na rua.


Rangendo os dentes podres.


O fedor de seu hálito logo inundou minhas narinas.


E lembrei-me do que tentara tão arduamente esquecer.


Mary, caída no chão, em uma poça de sangue. Os olhos da velha mulher abertos, porém vazios. A pele tão branca quanto os cabelos. Lambera seu rosto. Frio contra minha língua.


Cutucara-a com o focinho, ela não se mexera.


Latira para o homem sem parar.


— 0 QUE VOCÊ FEZ COM MINHA MARY? 0 QUE VOCÊ FEZ COM MINHA DONA?


O estranho erguera a faca, debochado.


Feche essa sua matraca de merda, ou eu a fecharei para você!


Mas eu não lhe dera ouvidos.


Então ele se lançara sobre mim. E errara.


— VOLTE AQUI, SEU PUTINHO!


Atirara-me pela janela aberta de nosso apartamento no subsolo, aterrissando no beco.


No instante exato em que o caminhão de lixo passava...


E, como naquela ocasião, a liberdade já não tinha um cheiro tão doce.


Fitei o casal e prontamente dei meia-volta.


Desculpem-me, não vai dar.+


 


— Aonde você está indo, amigão? — indagou Ucker.


De volta para o Cafofo. De volta para minha pequena cela pulguenta. De volta para trás das grades, que o separariam de mim.


Delicada, Dul puxou a guia. Não me movi. Ela me tomou nos braços.


 


— Por que você está tremendo, lindinho?


Porque se você soubesse o que eu sei, estaria tremendo leito vara verde também!


Com razão, Ucker concluiu que um longo passeio, pelo menos no momento, estava fora de cogitação. E chamou um táxi. Eu nunca havia andado de carro antes, muito menos de l. i x i, portanto não pude decidir se era uma coisa boa, ou ruim. () motorista, contudo, demonstrou possuir opinião bastante definida a respeito do assunto. Temendo que eu iria "urinar, defecar ou vomitar" nos "novos estofados de couro", sugeriu "transporte alternativo" e ordenou que procurássemos outro táxi!


Precisamente o que fizemos.


Dul segurou-me no colo ao nos precipitarmos rua abaixo. Nem aquele caminhão de lixo nem o estranho poderia me alcançar agora. Depois de me sentir um feixe de nervos até segundos atrás, comecei a relaxar. Olhei pela janela enquanto abríamos caminho no meio do tráfego. Nada e ninguém, me pareciam familiares nesta vizinhança. Nem os prédios, nem as pessoas. Não fazia a menor idéia para onde rumávamos, todavia tinha a sensação de que íamos na direção certa.


Contudo, não estava tão seguro assim sobre meus novos pais adotivos.


 


— Ufa! Quem, na face da terra, ensinou esse fulano a dirigir? — sussurrou Dul, encostando a cabeça no ombro de Ucker. — Steve Wonder?


 


— Nem me fale. Meu estômago acabou de dar uma cambalhota tripla.


 


—E pensar que o outro motorista estava preocupado com a possibilidade de o cachorro vomitar.


 


Os dois gemeram em uníssono.


Não compreendi a razão de tanto estardalhaço. Este cão não possuía motivo algum para vomitar. Este cão estava adorando a corrida.


De qualquer modo, muitos quarteirões e reclamações depois, o carro estacionou junto ao meio-fio. Ucker desceu, seguido de Dul. Quanto a mim, recusei-me a me mexer, preferindo permanecer onde estava, seguro e aquecido.


 


— Não há nada a temer em Upper East Side, tolinho — disse Dul.


 


— Só se você se aventurar em um bar de solteiros em uma quinta-feira à noite — especulou Ucker. — Ou, imagino eu, se tentar impedir uma mulher de entrar na Bergdorf 's durante a liquidação semestral de sapatos.


 


Desnecessário dizer, este cão não entendeu a piada. Aparentemente, tampouco o taxista, que se pôs a buzinar.


 


— Não posso passar o dia inteiro aqui, sabe?


 


— Venha, queridinho.


 


Dul estendeu a mão para o interior do táxi, mas afastei-me.


— Você não quer conhecer seu novo lar?


 


Na verdade, eu queria sim. Muito. O taxista buzinou outra vez.


 


— Miles, por favor—ela implorou. — E sério, temos que ir. Ucker sacudiu o dedo para mim.


 


— Parceiro, vou lhe explicar uma coisa — o tom da voz não admitia controvérsia. —Este tipo de comportamento não vai funcionar.


 


Eu logo entendi que, se não parasse com aquela bobagem e entrasse na linha já, poderia muito bem voltar direto para o Cafofo.


Então, inspirei fundo e mergulhei na nova fase de minha vida canina.



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Autor(a): juh_uckermann_Collins

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De acordo com minhas fontes confiáveis, dois quartos e dois banheiros em um andar alto eram considerados o "ápice imobiliário de Manhattan". Quanto a mim, um pulguento acostumado a um apartamento minúsculo, de frente para latas de lixo, tendo ratos e baratas como convidados assíduos, jamais pusera os pés, e muito menos habitara, uma ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • tahhvondy Postado em 03/09/2019 - 20:13:23

    leitora nova,continua

  • Annytequila Postado em 03/09/2019 - 13:38:02

    Amando a fic *-* cnt logoooooooo

  • bruna_vondy_love Postado em 02/09/2019 - 15:53:53

    continuuuua. essa cena ai heim, rsrs hum hum, sei não kkkkkkkkk

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:27:52

    preciso saber o que vai acontecer. que prologo é esse.! separação vondy. ah, to roendo as unhas aqui

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:26:46

    continua

  • bruna_vondy_love Postado em 30/08/2019 - 10:26:34

    oi.. sou leitora nova, a primeira da fanfic... já estou encantada com o miles. tão miudinho e já sofreu tanto. espero que junto com o casal vondy ele fique bem....


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