Fanfic: Mil beijos de garoto | Tema: Vondy
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— dulce, espere ! Vá mais devagar — gritou Christopher, enquanto eu dobrava a esquina para o bosque no parque.
Atravessei correndo a estrada; As grandes Cerejeiras, que estavam floridas, faziam um túnel sobre a minha cabeça. A grama era verde sob meus pés, e o céu estava azul acima de mim. Pétalas brancas e cor-de-rosa cobriram as árvores. Então, bem no final do bosque, estava a maior árvore de todas. Seus galhos pendiam quase até o chão. O tronco era o mais grosso de todo o bosque.
Era a favorita absoluta minha e de Christopher.
E da vovó também.
Eu estava sem fôlego. Quando eu cheguei de baixo da árvore favorita de vovó, afundei no chão, apertando meu pote, enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu senti Christopher parar ao meu lado, mas não olhei para cima.
— dulcemin ? — Disse Christopher. Era como ele me chamava.
Significava "minha dulce" em norueguês. Eu adorava quando ele falava norueguês comigo. — dulcemin, não chore — ele sussurrou.
Mas eu não consegui evitar. Eu não queria que minha vovó me deixasse. Mesmo sabendo que ela precisava ir. Eu sabia que, quando voltasse para casa, vovó não estaria mais lá: nem agora, nem nunca.
Christopher sentou ao meu lado e me puxou para um abraço. Eu me aconcheguei no peito dele e chorei. Eu amava os braços de Christopher ele sempre me apertava tão forte.
— Minha vovó,Christopher , ela está doente e indo embora.
— Eu sei, minha mãe me contou quando eu voltei da escola.
Concordei com a cabeça, ainda encostada no peito dele. Quando já não conseguia mais chorar, me sentei, enxugando o rosto. Olhei para Rune, Que estava me observando.
Tentei sorrir. Assim que consegui, ele pegou minha mão e a levou ao seu peito.
— Sinto muito que esteja triste — Disse Christopher, apertando minha mão. A camiseta dele estava morna do sol. — Não quero que você fique triste, nunca. Você é dulcemin; você sempre sorri. Você está sempre feliz.
Funguei e apoiei a cabeça no ombro dele.
— Eu sei. Mas vovó é minha melhor amiga, Christopher , e eu não a terei mais.
Christopher não falou nada no começo, depois disse:
— Eu também sou seu melhor amigo. E não vou a lugar algum. Eu prometo. Sempre e sempre.
Meu peito que, estava doendo muito, de repente não doía mais tanto. Concordei com a cabeça.
— dulce e Christopher até o infinito. — Eu disse.
— Até o infinito — Ele repetiu.
Ficamos quietos por um tempo, até que Rune perguntou:
— Para que serve esse pote ? O que tem dentro ?
Puxando minha mão de volta, peguei o pote e o levantei no ar.
— Minha vovó me deu uma nova aventura. Uma que vai durar minha vida inteira.
As sobrancelhas de Christopher se moveram para baixo e seu longo cabelo loiro caiu sobre seus olhos. Baixei,pote,e Christopher Deu aquele meio sorriso. Todas as meninas da escola queriam que ele sorrisse daquele jeito para elas — elas me disseram.
Mas ele sorria assim apenas para mim. Eu disse aue nenhuma delas poderia ficar com ele, de nenhum jeito, pois ele era meu melhor amigo e eu não queria dividi-lo com ninguém.
Rune apontou para o pote.
— Eu não estou entendendo.
— Você lembra quais as memórias favoritas da minha vovó? Eu ja te contei.
Eu podia ver Christopher pensando intensamente, então ele disse:
— Beijos do seu vovô?
Assenti com a cabeça e puxei Uma pétala rosa claro de flor de cerejeira do galho que pendia ao meu lado. Observei a pétala. Elas eram as favoritas da minha vovó. Ela gostava delas porque não duravam muito. Ela me falou que as melhores coisas, as mais bonitas, nunca permanecem por muito tempo. Ela disse que uma flor de cerejeira era bonita demais para durar o ano todo. Era mais especial porque sua vida era curta. Como o Samurai: beleza extrema, morte rápida. Eu ainda não tinha muita certeza do que isso significava, mas ela disse que eu entenderia melhor a medida que ficasse mais velha.
E acho que ela estava certa. Porque minha vó não era tão velha estava indo embora jovem — pelo menos foi o que papai disse. Talvez fosse por isso que ela gostava tanto das flores de cerejeira. Porque era igual a elas.
— dulcemin?
A voz de Christopher me fez olhar para cima.
— Estou certo ? Beijar seu avô eram as lembranças favoritas de sua vovó?
— Sim — responde, deixando a pétala cair —, todos os beijos que ganhou que fizeram o coração dela quase explodir.
Vovó disse que os beijos dele eram as melhores coisas do mundo. Por que significavam que ele a amava, que se importava com ela. E ele gostava dela exatamente por quem ela era.
Christopher fitou o pote e bufou.
— Ainda não estou entendendo, dulcemin.
Eu ri, e ele fez um bico e uma careta. Ele tinha belos lábios; era bem grossos, com um arco perfeito. Abri o pote e puxei um coração de papel cor-de-rosa sem nada escrito eu segurei no ar entre mim e Christopher.
— Isto é um beijo vazio. — Então apontei para o pote e continuei:
— Vovó me deu 1000 deles para colecionar na minha vida. — Coloquei o coração de volta no pote, peguei a mão dele e disse:
— Uma nova aventura, Christopher. Colecionar 1000 beijos de garoto antes de morrer... Beijos da minha alma gêmea.
— O quê, dulce? Estou confuso — Disse ele, mas eu podia ouvir a raiva em sua voz. Christopher podia ser bem genioso quando queria.
Eu puxei a caneta do bolso.
— Quando o garoto que eu amo me beijar, quando for tão especial que meu coração poderia quase explodir... Apenas os beijos muito especiais... Eu tenho que escrever os detalhes em um desses corações. É para quando eu ficar velha e grisalha e quiser contar para os meus netinhos tudo sobre os beijos realmente especiais da minha vida. E sobre o doce garoto que me beijou. — Eu me levantei, sentindo a empolgação dentro de mim. — É o que vovó queria para mim, Christopher. Então tem que começar logo ! Quero fazer isso por ela.
Christopher também ficou de pé. Justamente nesse momento uma rajada de vento soprou pétalas de flor de cerejeira bem onde estávamos, E eu sorri. Mas Christopher não estava sorrindo. Na verdade, ele parecia furioso.
— Você vai beijar um garoto, para o seu pote ? Um garoto especial ? Que você ama ? — Ele perguntou.
Assenti.
— Mil beijos, Christopher !! MIL !!
Christopher balançou a cabeça e fez bico de novo.
— NÃO! — Ele rosnou.
O sorriso sumiu do meu rosto.
— O quê? — Perguntei.
Christopher se aproximou, balançando a cabeça mais forte.
— Não! Eu não quero você beijando um garoto para o seu pote ! Eu não vou deixar!
— Mas ... — Eu tentei falar, mas Christopher tomou minha mão.
— Você é minha melhor amiga. — Ele disse e estufou o peito, puxando a minha mão. — Eu não quero você beijando garotos!
— Mas eu tenho que beijar — Expliquei, mostrando o pote. — Eu tenho que beijar para minha aventura. Mil beijos é muita coisa, Christopher. Muita coisa! Você ainda seria meu melhor amigo. Ninguém jamais será tão importante para mim, seu bobo.
Ele olhou intensamente para mim, depois para o pote. Meu peito doeu de novo. Pelo olhar em seu rosto, eu via que ele não estava feliz. Ele tinha ficado mal humorado de novo. Cheguei mais perto do meu melhor amigo, e os olhos de Christopher se fixaram nos meus.
A HISTÓRIA CONTINUA ABAIXO

— dulcemin— Ele disse, com a voz mais profunda, dura e forte. — dulcemin! Essa palavra significa minha dulce. Até o infinito, para sempre e sempre. Você é minha dulce!
Abri a boca para gritar com ele, dizer que era uma aventura que eu tinha que começar. Mas, assim que fiz isso, Christopher se inclinou para a frente e pressionou os lábios nos meus.
Eu congelei. Não conseguia mover um músculo sequer enquanto sentia seus lábios. Eram mornos. Christopher tinha gosto de canela. O vento soprou o seu cabelo longo sobre o meu rosto. Começou a fazer cócegas no meu nariz.
Christopher se afastou um pouco, mas seu rosto ficou perto do meu. Tentei respirar, mas meu peito estava esquisito, meio leve.
E meu coração estava batendo rápido. Tão rápido que coloquei a mão no peito para senti-lo tão acelerado dentro de mim.
— Christopher — sussurrei. Levantei a mão para colocar os dedos sobre os lábios. Ele piscou várias vezes enquanto me observava.
Estendi minha mão e pousei os dedos sobre o seus lábios. — Você me beijou — eu disse, aturdida.
Christopher levantou a mão para segurar a minha. Ele baixou nossas mãos unidas para o seu lado.
— Eu vou te dar mil beijos, dulcemin. Todos eles. Ninguém nunca vai beijar você, só eu.
Meus olhos se arregalaram, mas meu coração não desacelerou.
— Isso seria para sempre, Christopher. Nunca ser beijada por mais ninguém significa que ficaremos juntos para sempre e sempre e sempre.
Christopher fez que sim com a cabeça e então sorriu. Ele não sorria muito. Normalmente, dava um meio sorriso ou um sorrisinho.
Mas ele deveria sorrir sempre. Ele ficava lindo quando sorria.
— Eu sei. Porque somos para sempre e sempre. Até o infinito, lembra ?
Assenti com a cabeça lentamente e então a inclinei para o lado.
— Você vai me dar todos os meus beijos? O suficiente para encher esse pote inteiro? — perguntei.
Christopher deu um sorrisinho.
— Todos eles. Vamos encher o pote inteiro e mais. Vamos juntar bem mais que mil.
Dei um suspiro e então me lembrei do pote. Puxei de volta minha mão, assim conseguiria alcançar a caneta e abrir a tampa do pote. Peguei um coração e me sentei para escrever. Christopher se ajoelhou diante de mim e colocou a mão sobre a minha, impedindo-me de escrever.
Olhei confusa para ele. Ele engoliu em seco. Enfiou o cabelo atrás da orelha e perguntou :
— quando... Eu... Beijei você... Seu coração quase explodiu? Foi muito especial? Você disse que só os beijos muito especiais iam para o pote. — Ao dizer isso, ele ficou vermelho e baixou os olhos.
Sem pensar, coloquei os braços em torno do pescoço do meu melhor amigo. Encostei o rosto em seu peito e escutei seu coração.
Estava batendo tão rápido quanto o meu.
— Foi, Christopher. Foi tão especial quanto é possível ser especial.
Senti Christopher sorrindo e me afastei um pouco. Cruzei as pernas e coloquei o coração de papel sobre a tampa do pote.
Christopher também se sentiu de pernas cruzadas.
— O que você vai escrever? — Ele perguntou.
Encostei a caneta no lábio enquanto pensava. Sentei-me reta me inclinei para frente. Pressionando a caneta no papel.
💋 Beijo 1 💋
Com meu Rune.
No bosque florido.
Meu coração quase explodiu.
Mas Quando eu terminei de escrever, guardei o coração no pote e fechei bem a tampa. Olhei para Christopher, O que tinha minha observado o tempo todo, e eu anunciei, orgulhosa:
— Aqui esta. Meu primeiro beijo de garoto!
Ele assentiu com a cabeça, mas seus olhos se voltaram para os meus lábios.
— dulcemin?
— Sim ? — Sussurei.
Christopher pegou minha mão e começou a fazer traços nela com a ponta do dedo.
— Posso... Posso te beijar de novo?’
Engoli em seco. Sentindo um frio na barriga.
— Você quer me beijar de novo... ja ?
Christopher fez que sim com a cabeça.
— Fazia tempo que eu queria beijar você. E, bem, você é minha e gostei disso. Gostei de te beijar. Você tem gosto de açúcar.1
— Eu comi um biscoito no almoço. Nozes. O favorito da vovó. Expliquei.
Christopher respirou fundo e se inclinou para mim. Seu cabelo foi para frente.
— Eu quero fazer isso de novo. — Disse ele.
— Tudo bem.
E Christopher me beijou.
E ele me beijou e me beijou e me beijou.
Até o fim do dia eu tinha mais de quatro beijos de garoto no meu pote.
Quando chegar em casa, mamãe me disse que minha vovó tinha ido para o céu. Corri para o meu quarto o mais rápido que pude. E me apressei para pegar no sono. Como ela havia prometido, vovó estava lá nos meus sonhos. Contei para ela sobre os cinco beijos de garoto do Christopher.
Minha vovó deu um grande sorriso e me beijou no rosto.
Eu sabia que essa seria a melhor aventura da minha vida.
Se estiverem gostando curtam e comentem o que estão achando ok !! Bjs ❤️ Bom capítulo.
Autor(a): Dulceluna51
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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manuzinhacandy Postado em 25/11/2019 - 23:50:12
Continuaaa... Estou amando!!!
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manuzinhacandy Postado em 07/09/2019 - 15:54:51
Continuaa...
eliyene2 Postado em 29/09/2019 - 18:50:49
Continuando flor
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tahhvondy Postado em 03/09/2019 - 20:22:20
continua
eliyene2 Postado em 29/09/2019 - 18:51:08
Continuando flor