Fanfics Brasil - Capítulo-02 Lobo Solitário AyA

Fanfic: Lobo Solitário AyA | Tema: AnahiyAlfonso, Ponny ,Adaptção


Capítulo: Capítulo-02

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Sentar-se na confortável poltrona do avião apos a correria das ultimas horas deveria ser um alivio para Anny. Entretanto, a tensão de Alfonso ao lado dela, causava-lhe maus pressentimentos. Ele quase não conversara desde que haviam decolado. E mesmo agora, depois de horas de viagem continuava trancafiado num silencio enigmático.
Para Anny, vê-lo tão preocupado sem nada poder fazer era uma situação angustiante. Alfonso quase nunca falava da irmã, mas quando isso acontecia, referia-se a ela com uma ternura capaz de justificar todo aquele nervosismo.
— Alfonso eu sinto muitíssimo por tudo o que esta acontecendo — afirmou, solidária — Imagino o quanto deve estar sendo duro para você e gostaria de ajudá-lo... De verdade. Ha alguma coisa que se possa fazer num caso desses?
Um sorriso largo, de dentes alvíssimos, suavizou por alguns momentos as feições carregadas de Alfonso
— Você acha que estamos de mãos atadas? — ele perguntou, com ares de mistério.
Anny observou-o por alguns instantes. Era obvio que ele arquitetara algum plano e, pelo visto, devia ser perigoso. Só restava saber qual era. Mesmo sem esperanças de arrancar-lhe informações, resolveu sondá-lo.
— Você não estava falando serio quando disse que não avisaria as autoridades, estava? — perguntou — Afinal, só os governos tem equipes treinadas para resgatar vitimas de seqüestros...
— Os policiais do governo estão ocupados demais com os seqüestros políticos.
— E não e o caso de Dulce? Ao que eu sabia, todos os seqüestros internacionais tem um fundo político...
— Mas esse não esta diretamente relacionado com a política italiana entende? E depois essas equipes especiais não são infalíveis. Não posso arriscar a vida de Dulce.
— Nisso você tem razão.
Alfonso virou-se para olhá-la. A expressão preocupada somavam-se agora ternura e atenção.
— Você esta com medo, não e mesmo?


— Um pouco, para ser sincera.
— Pensei que estivesse acostumada, depois de tantas aventuras...
— Todas as nossas viagens anteriores eram assuntos de trabalho. Não havia ninguém conhecido correndo risco de vida.
Ele tirou do bolso a cigarreira de prata e acendeu um cigarro, tirando dele uma baforada profunda.
— Sei que esta tenso, Alfonso, mas tente controlar o cigarro — Anny aconselhou-o — nicotina e um veneno para o coração.
- Por que ainda não se casou Anny? — E com um sorriso meio sem jeito diante do espanto dela, ele acrescentou: — Daria uma boa esposa, dedicada e atenciosa...
— Prefiro empregar essas qualidades na minha carreira. Gosto do que faço... Daqui a alguns anos, quem sabe eu não encontro alguém interessante? Por enquanto, estou fascinada mesmo e pelo meu trabalho. Homem nenhum me atrairia tanto.
— É, você nunca se queixou.
— Não tenho razões de me queixar, muito ao contrario. Tenho uma vivencia jurídica que poucos advogados formados possuem. Conheci vários lugares, alguns que nunca sonhei em visitar. Travei contato com todo o tipo de pessoas, desde gangsters até marginais comuns...
— Que bela descrição de um emprego para se fazer ao patrão! - ele interrompeu-a rindo.
— Pois para mim, não existe cargo melhor. Detestaria a vida monótona que as outras secretarias levam.
— Você não é só uma secretaria, já a considero uma assistente. Na verdade pensei em mandá-la para a faculdade de Direito no próximo semestre, você tem muito jeito, sabia?
Ela riu sacudindo a cabeça.
— Não tenho não. Não tenho sangue frio para agüentar quieta as provocações do adversário no tribunal, testemunhas mentindo o tempo todo... Juro que mataria alguém!


— Mas você não precisa ser criminalista. Consultoria jurídica, direito de família, transferência de títulos de propriedade... Há tantas coisas no direito que exigiriam menos de seus nervos do que um tribunal... Seria pena desperdiçar tanto talento.
— Obrigado, mas não tenho certeza de que e isso que eu quero de verdade. Gosto de advocacia agora, mas não sei se essa paixão pode durar a vida inteira. Uma coisa e ser secretaria num escritório de advocacia. Outra, muito diferente e ser dona do escritório.
— Quantos anos você tem, Anny?
— Vinte e três.
Alfonso sacudiu a cabeça com um sorriso misterioso. Observou-lhe o rosto jovial, em contraste com o bem comportado conjunto branco e os óculos de leitura pousados no auto da cabeça. Toda ela possuía uma elegância especial, estranha mescla de sensualidade de mulher e da graça de menina.
— Pois sempre pensei que você ainda não tivesse vinte. — Confessou.
Anny soltou uma gargalhada espontânea.
— Você poderia repetir isso daqui a vinte anos, Alfonso? Garanto que adorarei ouvir.
Ele riu também, deliciado com o trocadilho. Pela primeira vez, Anny teve certeza de que Alfonso estava flertando com ela. O sorriso dele emanava um calor e uma intensidade inquietante, envolvente. Era como se um campo magnético poderoso os rodeasse, perturbando-a.
— Se não for advogada, o que você pretende ser? — ele perguntou, recostando-se na poltrona.
— Ainda não decidi. Talvez uma agente secreta... Ou quem sabe, uma espiã industrial bem ousada. — E tomando um ar serio, acrescentou: — No momento, só me interessa saber para onde estamos indo.
— Para a Itália, claro.
— Sim, mas que lugar da Itália?
— Você é curiosa, hein? Estamos indo para Roma, resgatar minha irmã.
Pollito tinha razão, Alfonso era maluco mesmo! E ela uma desvairada porque, ao invés de causar-lhe medo, a perspectiva do resgate a excitava, Anny pensou com um sorriso, olhando as nuvens brancas e fofas através da janela.
— Rindo de mim, Srta Anahí Portillo?


Apesar da brincadeira, havia uma sensualidade inegável na voz de Alfonso, inclinou-se sobre ela a pretexto de apagar o cigarro, invadindo-a inteira com o perfume másculo e agreste misturado a um leve cheiro de tabaco. Depois, voltou a aposição normal bem devagar, observando-a com insistência.
Anny perdeu-se por um momento naquelas pupilas, repletas de mistérios insondáveis. Sabia-se em perigo, mas deixava o feitiço se completar por inteiro. E, ao mesmo tempo, crescia dentro dela uma estranha segurança, com se ela própria fosse a feiticeira, não a vitima da magia.
— Pensei muito antes de trazê-la comigo — ele disse de repente — Se pudesse escolher, não a envolveria nessa historia. Mas não posso confiar em mais ninguém, Anny, e a situação e muito delicada para arriscar. Alem do mais... Não acostumo viajar sem você.
Anny agradeceu com um ligeiro aceno de cabeça. Melhor contornar a situação, caso contrario aquela viagem teria conseqüências seriíssimas...para ela.
— Espero que tenha consciência de que, agindo de forma paralela à lei, também esta colocando em risco a vida de Dulce.
— Sei disso, mas não tenho escolha. Se eu não agir logo, ela morre, talvez ate em menos tempo. Se envolvermos as autoridades, as negociações com os seqüestradores ficarão muito mais lentas e complicadas. E ficar esperando que a situação se resolva sem fazer nada e impossível para mim.
— Eu compreendo.
E Anny entendia de verdade. Um homem com o temperamento enérgico e ativo de Alfonso jamais se conformaria em esperar as decisões alheias. Se lutava com tamanho empenho pela vida dos clientes, o que não faria pela própria irmã.
Observou-o por alguns instantes, num silencio cheio de admiração. Ele sorriu-lhe e tomou-lhe a mão, inundando-se de corpo e alma num calor aconchegante e sensual.


— Estou fazendo o que acho certo — explicou, agora certo. — Não temos certeza de que os seqüestradores ainda mantêm Dulce na Itália. Se for assim, ficara bem mais fácil. Mas se as suspeitas de Christopher estiverem certas... Ele acha que conheço um dos seqüestradores, um antigo colega meu... de colégio. A família possui uma fazenda na América Central e, se eles levaram Dulce para lá, ai sim, as coisas ficam feias de verdade.
— E como eles estão negociando com Christopher?
— Um dos integrantes do grupo tem se comunicado por telefone para acertar o recebimento do resgate. Apesar disso, tenho o pressentimento de que precisaremos viajar muito, antes desse pesadelo acabar...
— Mas pode ser que não. Quem sabe não resolvemos esse problema na Itália mesmo...


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Autor(a): sunshineaya

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— Tomara! Mas de todo jeito, a Itália é uma escala obrigatória para nos. Preciso encontrar alguns amigos que, há muito tempo, ficaram me devendo um favor. Chegou à hora de cobrá-los. A expressão de Alfonso tornou-se distante e dura. Havia uma aura de mistério em torno dele e de seu passado que atraia Anny de manei ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • Nandacolucci Postado em 25/09/2019 - 23:38:07

    Continuaaaa... Tô amando <3

    • sunshineaya Postado em 15/10/2019 - 22:29:07

      Ai que bom que está gostando amore,acabei de continuar <3

  • dayse108 Postado em 22/09/2019 - 16:53:38

    Continua

    • sunshineaya Postado em 15/10/2019 - 22:29:39

      Acabei de postar novo capítulo

  • Nandacolucci Postado em 16/09/2019 - 00:21:44

    CONTINUAAAA

  • tahhponny Postado em 13/09/2019 - 10:16:07

    continua

    • sunshineaya Postado em 15/10/2019 - 22:27:49

      Já continueii amore


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