Fanfics Brasil - CAPÍTULO 15 Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA )

Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy


Capítulo: CAPÍTULO 15

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ELA REAGIUCOMO SE ele tivesse acabado de lhe dar um beliscão no traseiro. — Não seja ridículo. Que ideia absolutamente abominável.


— Alguém tem de transformá-la em uma mulher honesta.


— Você roeu suas amarras, Uckermann? Ouvi dizer que o pessoal do hospício estava procurando um paciente sumido.


— Minha avó me assegura que está na hora de me casar. Quanto a você, Saviñon, os anos estão passando e você claramente precisa da disciplina que somente um marido pode lhe dar.


— E como um marido faria isso?


Ele limpou a garganta, mas não o bastante. Suas palavras seguintes saíram como um rugido rouco. — Dando-lhe umas belas palmadas.


Ele pensou novamente em suas pernas e no toque acetinado da curva aquecida acima do quadril, sob a palma de sua mão, os pelos macios da feminilidade pressionados ao músculo rijo de sua coxa enquanto ele a segurava no colo, para umas palmadas, há muito devidas. Isso chocaria a expressão presunçosa, eliminando-a de seu rosto. Ele gostava da ideia de chocar Dulce Saviñon. Ele sentiu que ela não se chocava facilmente, e assim deveria ser. Se fosse pela vontade dele, seria com frequência.


— Então, sou a melhor opção que você pôde arranjar? — Ela exclamou. — Está tão desesperado assim?


— Para sua informação, Saviñon, recebo propostas com frequência.


— De casamento ou para você colocar a cabeça na água fervendo?


— Ainda nesta noite, tive uma jovem muito determinada a seguir como passageira clandestina em minha carruagem, decidida a me levar para Gretna Green, onde ela sem dúvida tinha coisas muito sinistras em mente para mim.


Ela riu, um som provocante que novamente o sacudiu até os pés. A essa altura, ele já deveria ter se acostumado, mas, de alguma forma, nunca estava pronto para o efeito que isso lhe provocava. Cada vez que ele ouvia era como a primeira. — Então, você perdeu sua chance com ela. Eu não iria a Gretna Green com você. Nem por todo o chá da China.


— Suas irmãs caçulas se casaram antes de você — ele persistiu. — Você certamente está ansiosa para se casar antes que seja tarde demais.


Os olhos dela cintilaram com uma súbita chama incendiária. — Tarde demais para quê? Sou mais nova que você, Uckermann. Dez anos mais nova. Tarde demais, pois sim! — Se ele não estava muito enganado, suas palavras atingiram um ponto fraco. Interessante.


— Os homens podem esperar — disse ele. — As mulheres têm um número limitado de anos antes de perderem o viço. Não que eu esteja dizendo que você já teve algum. Em um dia ruim, quando você emburra, fica parecendo o próprio diabo.


Ela fez uma cara feia, instantaneamente provando que ele estava certo tanto em sua afirmação quanto no palpite anterior.


— E com seu comportamento escandaloso, quem mais a teria? — Acres­­centou ele, apertando os lábios, esforçando-se para não rir de sua expressão. — Eu, claro, estou acostumado à sua língua ferina. Não há nem um centímetro em mim que você não tenha ferido. Isso me deixa imune.


— Eu feri você?


— É claro. Você nega...?


— Não quero me casar — ela estrilou. — Gosto da minha vida do jeito que é, desimpedida. Não consigo imaginar abrir espaço para um homem agora.


— E quanto ao conde? Você não abre espaço para ele?


Ela engoliu rapidamente. — Ele é livre para ir e vir, como lhe apraz. Assim como eu. Um marido é uma inconveniência permanente. Prefiro muito mais ver um homem ocasionalmente, quando ele está de bom humor. Então, quando ele está doente, resfriado e infeliz, eu o mando para casa novamente, com um conselho amistoso para evitar golpes de vento, e ele já não é mais minha responsabilidade.


Ela possuía um tom bem satírico e se ele não estava errado havia um sorriso querendo surgir nos cantos de sua boca. Ela ficava tentando evitar, determinada a irritá-lo, mas o meio sorriso estava igualmente decidido a se soltar, sinistramente, à sua custa. Ele só tivera a intenção de provocá-la com a proposta de casamento. Sabendo como tinha aversão a ligações mais longas — aquela sequência de breves noivados, nos quais ela entrou com pressa igual, já era prova suficiente. No entanto, agora que ele havia iniciado o assunto com ela, realmente começava a parecer... possível.


Talvez fosse o calor da sala, o aroma inebriante de seu perfume, a expressão travessa de seu meio sorriso engraçado.


Hum. Seu sorriso. Ele já o vira muitas vezes ao longo do tempo em que se conheciam, mas havia algo diferente naquela noite. Algo que cutucava sua memória insistentemente.


Seus lábios eram muito bonitos. Era o tipo de lábios que fazia um homem ficar olhando, imaginando que gosto tinha.


— Há pelo menos meia dúzia de mulheres aqui, esta noite, que são mais apropriadas do que eu — asseguraram firmemente aqueles lábios travessos.


— Ah, é?


— Lady Southwold. Não era ela agora mesmo?


— Sim, era ela, e não, eu não vou me casar com ela.


— Por que não?


— Você mesma disse, ela é uma sirigaita não confiável. Fazendo investidas em seu amante. Não foi isso que me disse?


As sobrancelhas dela se ergueram e ele novamente se deleitou com o calor de seu olhar. — Sim.


— Então, ela não é certa para mim. — Ele deixou que a mão deslizasse ligeiramente para baixo, em sua coluna. Se ela notou, guardou para si mesma. Ele abriu os dedos sobre a musselina macia, já com um sentimento de posse. Em todos os anos que se conheciam, ele não se lembrava de que seus olhos tivessem aquela cor. Onde ela teria guardado aqueles olhos por todos esses anos? Escondidos, deliberadamente.


Ela acabou desviando o olhar e observando a sala por cima do ombro dele. — Aquela mulher, perto da vasilha de ponche. Senhorita Clarke, acho que é seu nome. Já a conhece?


— Não. — Ele nem olhou, estava ocupado demais tentando pensar, vasculhando a memória. O que será que aqueles lábios e aqueles olhos tentavam dizer, mas não diziam?


— Ouvi dizer que ela é muito boa e jamais lhe causaria problema.


Ele finalmente seguiu seu olhar. — Alta e magra demais. E nervosa.


— Nervosa? Se não a conhece, como pode...?


— Ela tira as sobrancelhas quase inteiras e suas clavículas são tão evidentes que só posso imaginar que, se come alguma coisa, a comida nem tem chance de colar em seus ossos.


Ela suspirou. — E tem a bela senhorita Wilson, que conversa com a mãe. Ali, perto do pedestal com a urna grega.


— Urna grega? É isso? Achei que fosse algum tipo de cafeteira.


— Preste atenção, Uckermann! A jovem ao lado...


— Pedestal — murmurou ele. — Essa não é uma palavra esplêndida? Pedestal.


— Christopher Uckernann, nós estamos falando da senhorita Jane Wilson.


Ele a girou em um rodopio apertado. — Ela tem os pés grandes demais. E a língua presa.


— Bem, então e quanto à filha de lady Clegg-Foster? Não me lembro de seu nome, porém ela é a coisa mais graciosa e canta como uma cotovia, segundo me disseram.


Ele também faria os lábios de Dulce Saviñon cantarem, pensou ele, se tivesse meia chance. — O nome da jovem é Rosalind. Ela rói os dedos.


— Você quer dizer as unhas.


— Não. Ela rói os dedos. Já vi as cicatrizes. Só Deus sabe o que ela faria com um marido depois que não tiver mais digitais. — Ele sorriu.


Parecia que ela ainda estava decidida a não sorrir abertamente para ele. — E a sobrinha de lady Aynsbury, de vestido amarelo?


— Não gosta de cães, nem de cavalos.


— A senhorita Walters, com plumas nos cabelos?


— Come de boca aberta.


— Senhorita Gordon. Agora, o que você poderia encontrar de errado com aquela coisinha meiga?


— É pequenina demais. E doce demais.


Ela bufou irritada. — Você é meticuloso demais!


— Não estou surpreso que você tenha rompido tantos noivados, Saviñon, se escolhe seus homens com a mesma negligência com que espera que eu encontre uma esposa.


Claro que ele sabia que ela possuía um gosto questionável. Uma onda de raiva o tomou violentamente, mesmo em meio à conversa animada que estavam tendo. Ele não conseguia imaginar o que a atraíra àquele pilantra Bonneville, mas ele não tinha reparado muito na aparência do homem. Ele só vira o sujeito a distância e notou um bufão cheio de babados, um narizinho e um queixo inadequado. O conde arrebatou um bocado de seguidores, em Bath, no ano passado, e em Londres, com admiradores de ambos os sexos. Desde que Beau Brummell partiu para Calais, fugindo de suas dívidas, o cordeiro desmiolado precisava de alguém novo para seguir. No entanto, a tal Saviñon, que não tinha um pingo de juízo, sempre lhe pareceu o tipo que não se impressionaria com o afeminado vestido de cetim.


Esse vestido era decotado demais.


E ficava interrompendo seus malditos pensamentos. Aqueles montinhos de encher a mão, subindo e descendo a cada vez que ela respirava, atraíam sua imaginação rumo a um território perigoso. Ele imaginou que fosse proposital, para que depois ela pudesse fingir afronta e repreendê-lo por olhar. As mulheres eram traiçoeiras, nesse sentido. Grieves o lembraria que os homens são fantoches de suas maquinações



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Autor(a): cilly

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

— São quinze — disse ela, subitamente. Confuso, ele desviou os olhos para seu rosto. — Como? — São quinze botões de rosa de seda em miniatura costurados ao redor do meu decote, Uckermann. Vejo que você está interessado na contagem, já que os observou diretamente pelos últimos cinco minutos. Está ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35

    cadê a fanfic?

  • capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57

    Uhul,continua logo. Amo demais

  • capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09

    Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk

  • capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15

    Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona

  • capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44

    Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona

    • cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00

      Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3

  • capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11

    Continua. Amo demais

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58

    Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.

    • cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27

      Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.

  • Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38

    Continua...

  • capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49

    Continua logo

  • capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39

    Cadê você mulher??


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