Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy
Essa era uma ideia tão aflita que ele não saiu de casa por duas semanas.
A mulher no banco não tinha sua pose rígida, de costas para ele. Se ela estava passando mal, talvez precisasse de sua ajuda.
Talvez, porém, antes Tivesse deixado o baile lotado por motivos semelhantes aos dele e, nesse caso, poderia estar irritada pela companhia não convidada. Ainda assim, independentemente do que sentiu em relação à sua chegada desastrada, ela ficou. Sem dúvida estava esperando que ele fosse embora. Se ela o ignorasse, ele iria embora. Seria esse seu plano?
Bem, um tanto descortês da parte dela.
Estaria ela esperando que outro homem surgisse sob o arco? Dando uma olhada para trás, para escuridão através da qual ele havia cambaleando, Christopher achou ter visto uma forma surgir, lentamente absorvida pela sombra. Um movimento Sutil remexeu as folhas do arbusto, não mais que algo talvez provocado por um coelho. Alguém mal-intencionado. Então, a rainha de gelo tinha um encontro secreto planejado. Rá! Ela simplesmente teria de esquecer-se disso porque ele não voltaria por aquele labirinto para se perder outra vez apenas para a conveniência dela. Ele tinha tanto direito de estar ali quanto ela e Christopher precisava daquele banco. Ele bebera bastante conhaque e o ar fresco abrandava os efeitos desagradáveis. Tudo o que ele queria era sentar-se antes que suas pernas cedessem.
Ele se aproximou para se apresentar e subitamente reconsiderou. Trajado como um ladrão mascarado do século 19, com uma máscara de couro, ele poderia ser qualquer um. Do mesmo modo que ela. O Anonimato era uma vantagem e tanto.
Ele se Balançou a frente em uma referência oscilante:
- Posso me sentar ao seu lado, madame?
Os lábios dela se abriram, com suspiro levemente cansado:
- Não sou dono do labirinto. Nem do banco.
A voz parecia vagamente familiar, assim como o tom da resposta, mas ele não pode pensar a respeito por muito tempo. Se não se sentar-se imediatamente, ele ia cair.
- Então, então como um "sim". - murmurou ele.
Ela inclinou a cabeça para trás, para olhar para ele, e o luar reluziu em sua Peruca Loira Branca altíssima, minúsculas Pedrinhas pretas que contornavam sua máscara brilharão como as estrelas que havia acima.
- Não posso impêdi-lo, posso?
- Não. - ele tropeçou a frente, batendo o joelho na beirada do banco de Pedra quase caindo no pequeno canteiro junto a uma das pontas do banco . A criatura emburrada não chegou para o lado para dar espaço; em vez disso, sentou bem no meio do banco, com suas anquinhas ridículas espalhadas para os dois lados. Para sentar, ele precisou, com a coxa, empurrar as franjas e a armação rígida interna. Piscando com força, ele ficou meio tonto, examinando o perfil do rosto semi mascarado. - Maria Antonieta - resmungou ele.
— Isso mesmo. — Ela estava com o olhar fixo em algum lugar, ao longe. — E você deve ser o Dick Turpin.
— É uma honra. — Ele estendeu a mão, porém ela ignorou-a, e ele acabou usando-a para coçar o queixo. Droga! Hoje ele não tinha feito a barba. No entanto, só podia ser essa a sua sorte, encontrar uma bela mulher sob o luar, sozinha, e estar com a barba por fazer, como um babaca. Infelizmente, Grieves tinha partido por algumas semanas, para visitar os parentes, e Christopher estava sozinho em Brighton, para uma visita improvisada. As coisas tendiam a perder o prumo sem seu hábil criado para mantê-las em ordem. Ele jamais deveria ter concedido ao homem essas férias de uma quinzena inteira, mas Grieves ficava muito emburrado quando as coisas não aconteciam à sua maneira.
— Você precisa ficar respirando em cima de mim? — exclamou a mulher.
Ele deu um soluço. — A senhora pode ir embora, madame.
— Eu estava aqui primeiro.
Verdade. Em seu estado precário, ele estava até contente pela proximidade dela, para mantê-lo ereto. Se ela subitamente deixasse o banco, ele desconfiava que tombaria. Ele tentou cruzar os braços, mas desistiu depois de algumas tentativas.
Ela deu outro suspiro: — O céu não está lindo esta noite?
Ciente de que olhar para cima poderia fazê-lo cair na grama, estatelado de costas, ele meramente concordou com ela, com o olhar fixo em sua bochecha.
— Eu me pergunto quantas estrelas deve haver — acrescentou ela.
— Milhões. Até mais do que podemos ver com o olho humano. — Ele novamente ficou imaginando por que ela não se levantou e foi embora. A maioria das mulheres o teria feito, levando-se em conta a sua proximidade. — Estava esperando alguém, madame?
— Sim, na verdade estava. — Ela finalmente virou a cabeça e olhou para ele. — Prometi a mim mesma que o próximo homem que passasse por aquele arco seria aquele com quem me casaria. Quem quer que fosse. Estou sendo forçada a isso, entende, e receio estar um tanto cansada dos homens, de maneira geral. Portanto, decidi arriscar. Por que não? O casamento tem a ver com risco, não? Eu já fiz bastante isso.
Ele franziu intensamente o rosto tentando focar. Ela não piscava. Seus olhos, meio na sombra, olhavam-no através dos buracos da máscara.
Antes que ele pudesse responder, ela acrescentou:
— Então, você aparece cambaleando.
Um sorriso estranhamente repentino interrompeu a última palavra. Ela sacudiu a cabeça e as pérolas em suas orelhas giravam, dançando. Aquele riso também soava familiar, mas ele simplesmente não conseguia fazer com que seus pensamentos se portassem de forma sensível. Eles estavam atrapalhados, esparramados como seu corpo em cima do pequeno banco.
— Eu? — Ela o conhecia?
Se conhecia, estava encobrindo.
— Um ladrão mascarado e bêbado. Mas que incrivelmente apropriado. — Mais uma vez ela voltou a cabeça para o céu estrelado. — Todas aquelas luzinhas lá em cima e a que cai para mim na terra é você. Ah, que absurdo!
Mantendo os ombros firmes, ele fez um grande esforço para ficar ereto sem precisar se escorar nela. — Posso ser um partido e tanto, madame. Posso ser um solteiro muito elegível.
— Não diga?
— Muita gente se engana a meu respeito. — Ele observou os lábios dela se curvarem em um sorrisinho. — Fazem chuposições.
— Chuposições?
Espere um minuto. Isso não soava certo, mas, de alguma maneira, ele precisava explicar-lhe. O mais importante era que ele se fizesse entender e a fizesse enxergar além do que as pessoas geralmente viam. Qual era a grande necessidade de que uma estranha soubesse a verdade? Realmente, ele não sabia dizer. Talvez fosse o rosto presunçoso e aqueles lábios emburrados — e um tanto adoráveis — dela.
— Sim. Sim. — Ele acenou a mão impaciente, depois segurou em sua manga rendada, para manter o equilíbrio. — Entendem tudo errado.
— É mesmo? — Ela parecia entretida, olhando os dedos dele amassando a renda delicada de sua roupa.
Christopher encolheu a barriga e estufou o peito:
— Um dia, vão engolir suas palavras.
— Vão mesmo?
Ela não estava ouvindo. As mulheres fazem esse negócio superior com a boca quando têm certeza de que estão certas, e nada poderia convencê-las do contrário.
— Sim, vão mesmo. Você verá. Eu encontrarei meu caminho, meu propósito.
Ela lançou-lhe um olhar intrigado através dos buracos da máscara preta de seda:
— Você não está meio velho para ainda estar procurando um propósito?
— Você não está meio velha para ainda estar procurando um marido? — Não que ele soubesse sua idade. Ele estava supondo, claro. Por sua postura confiante, ele diria que ela tinha pelo menos 20 e tantos anos. Decididamente não era nenhuma debutante de risadinhas que cora à toa. E também tinha sua própria confissão, de estar “cansada” dos homens, o que sugeria que ela já estava no circuito social há tempo suficiente para ter perdido o gosto por isso. Assim como ele.
Quem diabos era ela?
Agora ela estava com os lábios fechados bem apertados, como se achasse que ele a insultara, referindo-se à sua idade, mas ele só tivera a intenção de lançar de volta a sua própria flecha. Ofender-se era uma grande falta de espírito esportivo da parte dela. Como a maioria das mulheres, ela não jogava limpo.
— Não quero um marido, realmente — disse ela. — Se quisesse, a essa altura, já teria um.
Ela tinha o rosto em formato de coração e o queixo bem contornado. Seus lábios o faziam lembrar-se daqueles bolinhos doces e açucarados, servidos em porcelana fina, por mordomos silenciosos, em chás muito privativos, em salões de hotéis. Confeitos delicados que o fariam levar um tapa quando a avó o flagrasse, no ato, engolindo três de uma só vez.
O pescoço da rainha de gelo era longo e esguio, acentuado por aquela peruca ridiculamente alta. Ela com certeza tinha tudo no lugar, pensou ele, admirando devagar cada centímetro de seu pescoço de cisne, a volúpia do colo, logo abaixo. Abrigada e suspensa no espartilho apertado, suas formas estavam quase saltando para fora da renda.
Um instante antes, ele estava correndo de mulheres e conversa. Apenas poucas vezes ele tinha mudado de ideia a respeito de ambos. Talvez fosse por causa da bebida, pensou ele. As coisas sempre pareciam incrivelmente inspiradoras quando sob a influência de conhaque.
— Então, o que você quer?
— Não é estranho que ninguém jamais tenha me perguntado isso? — Ela olhou abaixo, para o colo. — Você vai rir.
— Certamente não vou. — Ele bateu com a mão no coração, soluçando outra vez. Por dentro, ele xingou a si mesmo por incitá-la a contar. Agora, ele teria de ficar ouvindo a história toda sobre um homem que não quis se casar com ela. Ou tolice parecida. E ouviria pacientemente, depois a tranquilizaria, dizendo que o tolo não sabia o erro que cometera. Finalmente, depois de derramar algumas lágrimas e pegar seu lenço emprestado, ou sua manga, ela sairia correndo de volta para o baile.
Por que ele não pôde dizer que não ligava para seus problemas? Não. Ele teve de abrir sua boca estúpida e perguntar, não é?
Baixinho, ela disse:
— Quero um quartinho repleto de livros. Deve ter uma lareira e um cachorro velho dormindo em um cesto, logo ao lado. Algumas poltronas confortáveis com muitas almofadas. Tudo com vista para um belo jardim. Um lugarzinho só meu, onde ninguém nunca me incomode. Só isso.
As pérolas penduradas em suas orelhas agora estavam paradas, enquanto as palavras se forçavam a sair, como se envergonhadas de ser ouvidas. O luar banhava a curva suave de seu colo, acima do corpete do traje de gala elaborado, e Christopher ficou olhando, desejoso, o movimento do peito se erguendo e baixando, com seu olhar embaçado.
— Isso é pedir muito? — Ela acrescentou.
Ele rapidamente conteve outro soluço:
— Não. De forma nenhuma. — Isso era tudo que ela queria? Ele lhe daria uma casa cheia de quartos assim, pensou ele. Qualquer coisa que ela quisesse. — Parece que você seria muito mais econômica de manter do que a maioria das mulheres que conheço.
— Está debochando de mim, senhor?
Autor(a): cilly
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Não! — Respondeu ele, magoado. — Por gentileza, pare de ficar olhando meu decote. Ele sentiu o rosto esquentar. Era raro que Christopher Uckermann ficasse nervoso por causa de uma mulher e ele não gostava da sensação: — Você escolheu vestir esse tipo de traje, imaginei que quisesse ser olhada. Esperando levar um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 38
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capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35
cadê a fanfic?
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capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57
Uhul,continua logo. Amo demais
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capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09
Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk
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capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15
Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona
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capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44
Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona
cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00
Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3
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capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11
Continua. Amo demais
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Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58
Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.
cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27
Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.
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Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38
Continua...
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capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49
Continua logo
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capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39
Cadê você mulher??