Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy
— Ela caiu, Grieves?
O mordomo entrou no sótão do celeiro, ao lado do patrão, e espirroucom força. — Acredito que sim, senhor. Seus comentários, quando adeixei, eram um tanto estridentes, e ela fazia juramentos ofensivos.
Christopher sorriu, recostando para trás e apoiando-se em um cotovelo. —Bom. E Belinda Southwold?
— Ela o aguarda nos recessos escuros de uma despensa, atrás dascozinhas. Expliquei à moça que o senhor está em uma missão muitosecreta e que estará com ela assim que possível.
— Por quanto tempo você acha que isso a manterá fora do caminho?
— Um tempo considerável, senhor. — Grieves mostrou-lhe umapequena chave. — Tomei a liberdade de trancá-la também. A empregadada cozinha é minha amiga particular.
— É mesmo, Grieves? Você é danado.
— Tenta-se fazer o melhor, senhor. Os prazeres devem seraproveitados onde são encontrados.
Christopher riu. — É mesmo.
Grieves se remexeu no feno, afundando mais. — Será uma noitemuito fria.
— Poderia ser pior. Pelo menos não está nevando.
O criado esfregou a ponta do nariz, onde um pingo d'água acabaragraciosamente de cair pelo ar, vindo de um buraco no telhado. —Perdoe-me, senhor, mas disse que isso é uma peça na senhorita Saviñon?
— Sim.
— Entendo, senhor. Sim. Ela deve estar muito aborrecida. Naquelequarto enorme, aquecido e confortável. Que deveria ser nosso.
— Estou ouvindo seu tom, Grieves, e não está me abalando.
— Acho que sou muito mal-educado para não entender o gracejo, nãotendo o benefício de ser formado em Cambridge.
Christopher suspirou e sacudiu a cabeça. — Fique com meu casaco,Grieves. Posso ficar sem ele. — Ele estava com bastante calor, pensandona punição que logo daria à geniosa senhorita Saviñon.
Ele lhe deu meia hora antes de voltar ao quarto, destrancou a portae entrou. Ele esperava encontrá-la em estado de pânico, pronta pararastejar e pedir sua ajuda; em vez disso, encontrou a mulher calmamentesentada, refestelando-se com o jantar dele.
— Aí está você, Uckermann. Agora você pode explicar àquele homem, oGrieves, que tudo isso é um mal-entendido tolo.
Ela encarou a prisão com um pé nas costas, pensou ele, melancólico.Provavelmente já passara por situações semelhantes. A mentirosa canalhaparecia bem à vontade em seu encarceramento. Ela lhe custara millibras, ele voltou a lembrar a si mesmo. É bom que valha cada centavo.Cada maldito centavo. Devia fazer quase vinte anos desde que elecorrera pelo interior atrás de uma mulher.
Atravessando o cômodo em direção a ela, ele arrancou o chapéumolhado, ciente de suas mãos hesitantes. Repuxos de expectativapercorriam seu corpo como dominós caindo e derrubando os seguintes. Acama do quarto era vultosa — como se tivesse crescido desde a últimavez em que ele estivera ali. Ele respirou fundo, lembrando a si mesmoque estava no controle desse jogo. Ele era um Uckermann e os Uckermannsempre estavam no controle.
Conseguiu dar um sorriso tenso. — Mal-entendido?
— Isso mesmo. Eu não roubei aqueles diamantes e você sabe disso.— Mulherzinha atrevida.
— Sei?
Com o garfo na metade do caminho da boca, ela parou. — Vocêsabe que o conde os ganhou, nas cartas.
— O conde?
— Isso mesmo — ela respondeu, devagar, condescendente, como sefalasse com uma criança.
Ele puxou uma cadeira e sentou-se de frente para ela, do outro ladoda mesa. — Não estou bem certo se posso convencer minha avó de suainocência, já que você, e não ele, está de posse dos diamantes.Naturalmente, ela vai culpá-la pelo roubo. Ele lambeu os lábios, sentindoo gosto da chuva. — Eu mesmo estou inclinado a achá-la culpada. Emrelação a você, acreditar em outra coisa seria do contra.
— Christopher Uckermann! — Ela empurrou sua cadeira para trás e levantourapidamente. — Aqueles diamantes nunca foram roubados e você sabedisso. Eles foram adquiridos em um jogo de cartas. — Ela apontava odedo para ele. — Dados ao conde por sua imoral Belinda Southwold.Você pode negar que tem tanta culpa em perdê-los quanto ele em obtê-los?
Novamente, ele achou que ela deveria estar em um palco.
Recostando em sua cadeira, Christopher manteve o rosto sério. — Odiamante que recebi esta manhã veio da senhora, madame. Como foi quepôs as mãos na pilhagem dele?
Ela tinha uma resposta pronta. — Pedi ao conde que os desse amim.
— Talvez vocês estivessem juntos nisso o tempo todo, não? — Eleprecisava saber quanto ela participara. — Ou ele está querendo algo maisde mim usando você e meus diamantes como isca?
Ela sacudiu a cabeça, e seus cachos agitados balançaram em volta deseu rosto.
— Verei o que pode ser feito para limpar seu nome, mas se o condenão puder ser encontrado... — Ele lentamente cruzou as pernas e pousouo chapéu sobre o joelho. — Salve a si mesma e me diga onde ele está.
Ela começou a andar de um lado para o outro, e sua bainhaenlameada revolvia em seus tornozelos. — Você sabe que ele não roubouaquele colar.
— Lady Southwold vai jurar que ele roubou, sim, dela.
— É claro que ela está mentindo! Ela os deu a ele e ofereceu muitomais. Coisas que sou muito refinada para mencionar.
Ele riu debochado. — E por que, exatamente, devo acreditar emvocê?
— Então, não acredite! Pode ter certeza de que não me importo.
— Onde está seu amante agora? Ele sabe que você está aquicomigo?
Ela parou de costas para ele, com os ombros tensos. — Eu não seionde ele está.
Lorota. Ele e eu temos uma ligação muito estreita. Somos quaseinseparáveis.
Girando, ela subitamente foi correndo e se ajoelhou diante dele. —Sei que você pode me salvar, Christopher. Por favor. Eu não quis fazer malnenhum. Você certamente pode interceder por mim e falar com o oficialde justiça em Morecroft. — Ela estava com os olhos bem arregalados,brilhando. — Eu farei qualquer coisa. — Ela pousou a lateral do rosto nojoelho dele e ele quase pulou da cadeira. — Querido Christopher.
— Bem — ele tossiu. — Vou tentar o que for possível. — Ele seremexeu, desconfortável na cadeira, excitado pela proximidade dela, suasúbita vulnerabilidade — algo que ele nunca vira nela. Ela beijou seujoelho, depois passou o ombro em suas coxas, abrindo-as, entrando nomeio delas. As mãos suaves subiram até o peito dele, finalmentechegando ao seu pescoço, onde ela segurou atrás, em sua nuca. Elaestava com o rosto perto o suficiente para beijar.
— Sei que você pode me salvar, Christopher — ela sussurrou.
Com o corpo dela pressionado ao dele, ele não conseguia falar. Orevolver de desejo o prendia na cadeira, à mercê dela.
— Você vai me salvar, não vai?
Ela beijou seu queixo, depois ao longo de seu maxilar, até a orelha.
— Agora estou vendo que fui uma garota muito má. — Ela lambeu-lhe o lóbulo da orelha. — Só você pode me consertar.
Rá! Finalmente, ela também via isso. Ele levou as mãos às nádegasdela, segurando firmemente junto a si. — Sim — ele gemeu de olhosfechados, passando os dentes no rosto dela. — Sim. — Ele afagou-aatravés da roupa, apertou suas curvas, e as ideias de como consertá-lapreenchiam-lhe a mente.
Com as mãos nos ombros dele, ela recuou para olhar seu rosto. —Era isso que você queria ouvir?
Ele ficou olhando enquanto sua pulsação latejava nas têmporas.— Não sejamos tolos. Cada um de nós tem algo de que o outroprecisa. Você precisa de uma esposa e, infelizmente, eu preciso dedinheiro. — Ela deu uns tapinhas no rosto dele com força suficiente parachacoalhar os pingos de chuva da barba por fazer. — Mas não vouimplorar por sua ajuda, Christopher. Sobrevivi vinte e sete anos às minhascustas e me atrevo a dizer que posso encontrar outro meio de manterminha família provida. Consegui, até aqui. Portanto, se você quer umamulher fraca, que dependa de você para tudo, encontre outra pessoa. —Ao ficar de pé e alisar a saia, ela acrescentou: — Agora se você querum casamento relativamente indolor, com uma mulher que não façaperguntas nem espere seu amor e a, feição, nem exija que você passetempo em sua companhia e fique emburrada se você não passar — ela finalmente respirou fundo —, então fale com esse tal de Grieves paraque ele saiba que foi um mal-entendido. De outro modo, vou corrermeus riscos com o juiz e você pode encontrar outra mulher para secasar. Algo em que você obviamente não teve muita sorte ou jamais me consideraria.
Autor(a): cilly
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 38
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capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35
cadê a fanfic?
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capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57
Uhul,continua logo. Amo demais
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capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09
Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk
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capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15
Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona
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capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44
Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona
cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00
Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3
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capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11
Continua. Amo demais
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Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58
Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.
cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27
Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.
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Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38
Continua...
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capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49
Continua logo
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capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39
Cadê você mulher??