Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy
ELA ACORDOU ASSUSTADA, SURPRESA por ter adormecido. Seupescoço estava rijo por ter dormido na poltrona. Lady Mercy, já de capae botas, com uma echarpe de pele pendurada no pescoço, estava ao seulado, cutucando-a com um dedo.
— Acorde, Saviñon. Ele disse para acordá-la e para você descer.
— O quê? Quem? — Ela deu um salto e limpou a saliva do cantoda boca com uma das mãos.
A cama estava vazia, todas as coisas do jantar de ontem haviam sido recolhidas e o quarto estava arrumado, até as peças da armadura estavam de volta em seu lugar, protegendo a porta.
— Ele ainda acha que é um criado — acrescentou a menina,cantarolando. — É tudo culpa sua, porque se você não tivesse usado suas terríveis astúcias femininas para seduzi-lo ele teria esperado por mim. Ele jamais estaria aqui com você, uma prostituta sem virtude, e eu jamais teria gritado.
Com que rapidez a garota tinha arranjado um culpado para sua parteno acidente da noite anterior. Isso fez com que Dulce se lembrasse de si mesma.
Ela pegou a manga do casaco da menina, segurando com o polegar e o indicador. — Lady Mercy, você precisa prometer que não dirá nem uma palavra do que viu ontem à noite.
— Por que eu deveria prometer alguma coisa a você?
— Porque até que o senhor Uckermann esteja bem — e possa se defender,pensou ela, tristemente —, é melhor não mencionar nada. — A última coisa de que ele precisava em seu estado atual era que sua avó descobrisse, através de boatos, que Christopher tinha passado a noite com Dulce Saviñon em Barley Mow. — Pelo bem dele — ela acrescentou, sabendo onde estava a lealdade da menina.
A criança truculenta projetou o lábio inferior.
Dulce suspirou profundamente. — Vou lhe dever um favor.
Finalmente, a garota concordou em fazer o melhor possível. —Embora eu não possa prometer — disparou ela. — Sou terrível para guardar segredos. — Com esse pequeno consolo lançado, ela empinou o nariz sardento e saiu faceira.
Em algum momento depois da meia-noite deve ter voltado a chover forte. Havia grandes poças no pátio da hospedaria e o ar estava pesado e úmido. A cada palavra dita, uma nuvem de fumaça saía do hálito dos passageiros que esperavam para entrar na carruagem postal. Vários rostos viraram em sua direção quando Christopher carregou seu baú surrado no ombro e abriu caminho por entre a aglomeração maltrapilha, levando-a até uma carruagem particular. Era a mesma carruagem negra que quase forçou o veículo postal a sair da estrada no dia anterior.
O senhor Grieves segurava a porta aberta para ela e apontou para o tijolo aquecido para os pés, atraindo-a para dentro com a promessa desse luxo.
Conforme entrou atrás de lady Mercy, ela ouviu Christopher xingar, relutar com o baú desajeitado. O fecho tinha cedido outra vez. Os nós da corda recentemente amarrada estavam frouxos demais e vários itens tinham caído nos paralelepípedos molhados. Ela queria ajudá-lo, mas o senhor Grieves aconselhou-a a não fazê-lo.
— Deixe que o mordomo prenda seu baú, senhorita saviñon. Não se incomode.
— Mas sei de um jeito específico para...
— De verdade, senhorita Saviñon, ele vai conseguir. — O senhor Grieves fez um afago em sua mão e sorriu abertamente. — Ele é mais forte do que parece, e muito ávido. — Então, ele virou a cabeça e gritou pela janela. — Pode acelerar, Smallwick,* ou serei forçado a dar umas chicotadas em suas costas ossudas. Você está fazendo a senhorita Saviñon esperar.
Dulce se retraiu. — Isso certamente não é necessário — ela sussurrou.
— Lembre-se, ele acha que é um criado, senhorita Saviñon, e o médico disse que devemos concordar até que ele se recupere. Não podemos desafiar seu cérebro com ideias que não lhe sejam familiares.
— Mas... Smallwick?
O criado deu um sorriso tímido. — Achei que o nome combinaria com ele, madame, e ele aceitou sem reclamar.
— Senhor Grieves, isso é bem perverso de sua parte.
— Na vida, há alguns prazeres que se deve ter, madame. É preciso aceitá-los onde se pode. Necessário é.
Ela própria, seguidora dessa filosofia, não tinha como discutir.
Ele elevou a voz para gritar pela janela da carruagem: — E deve-se falar com esses sujeitos na linguagem que eles entendam, senhorita Saviñon. Smallwick precisa aprender.
Outro palavrão abafado precedeu a queda do baú, com um estrondo.Sem se importar com o apuro de Christopher, o senhor Grieves passou os momentos seguintes ruidosamente perguntando a lady Mercy se ela havia dormido bem e se tinha gostado do jantar.
— Senhor Grieves, acho que devemos ajudar...
— Não, não, ele já conseguiu. Pronto. Está vendo.
Dulce segurou na moldura da janela e olhou para fora bem na hora em que suas panturrilhas fortes saltavam de volta para a carruagem.
Christopher era alto, o que sem dúvida tornaria difícil que ele se mantivesse em seu poleiro precário. Sua mente se antecipou às vias estreitas, cheias de galhos pendurados. O pobre homem poderia ser arranhado em pedaços.Olhando em volta, para o interior relativamente aquecido da carruagem do senhor Grieves, ela sugeriu que havia espaço para "Smallwick" ali dentro, frisando que a chuva deixaria o banco externo escorregadio. Mas seu novo companheiro de viagem se recusou a acatar a ideia.
Ela olhou para fora mais uma vez e viu uma bela mulher abanando atouca na entrada da taberna.
— Christopher! Ah, Christopher! Pare! Christopher!
Horrorizada, ela se encolheu em seu banco, afastando-se da janela.Belinda Southwold. Que diabos ela estava fazendo em Barley Mow?Christopher, é claro, tendo perdido a memória, não atendeu ao nome.A carruagem disparou à frente, passando pelas poças, ganhando velocidade sem nenhuma precaução com as pessoas no pátio. Dulce se segurou na alça de couro ao lado de sua cabeça e olhou para Grieves,que estava sorrindo abertamente. Ele estava tendo um prazer maldoso no apuro do patrão e pela primeira meia hora, cada solavanco, a cada buraco que passavam, era acompanhado por um ronco de riso que o deixava com os olhos molhados.
Dulce tentou não se preocupar com o desafortunado "Smallwick", mascada batida dos joelhos do pobre homem na traseira da carruagem afazia cerrar os dentes.
— Smallwick tem um repertório e tanto de palavrões — ela finalmente comentou.
— De fato, madame. Serei obrigado a repreendê-lo por esse linguajar quando chegarmos a Morecroft.
Novamente, eles ouviram uma chuva de palavrões vinda do homem que se agarrava ao exterior da carruagem. Dulce estava contente por lady Mercy estar com sua touca debruada de pele puxada por cima das orelhas para mantê-las aquecidas. A menina aparentemente viera bem preparada para o clima de inverno. Como confessara ter se livrado da babá, era óbvio que se cuidava de forma surpreendente para alguém tão jovem. Algumas mulheres criadas que Dulce conhecia não eram tão capazes de cuidar de si mesmas.
Necessário é, pensou Dulce, dando uma olhada para a garotinha retraída ao seu lado.
Conforme seguiam velozes, a carruagem tombava de um lado para outro e os joelhos de Christopher batiam na traseira da carruagem.O senhor Grieves se inclinou sobre o pequeno espaço para tranquilizá-la com um sussurro. — Isso será bom para ele, sabe, madame, para ver como vive a outra metade.— Imagino que sim. — Se ele se lembrar de alguma coisa depois.A carruagem balançava com tanta violência por cima das raízes que eles eram quase jogados para fora de seus assentos. Um estrondo de algo quebrando veio logo a seguir e a carruagem tombou de lado antes de colidir, parando subitamente.— Acho que perdemos Smallwick — murmurou ela. — Ouvi algo pesado caindo.O senhor Grieves foi até a porta e saltou diretamente em uma valeta com água até o tornozelo. Ela ouviu a gritaria e continuou sentada em seu lugar. Não se atrevia a olhar, temendo que seu baú estivesse na lama, e todas as suas peças de roupa íntima, espalhadas pelo chão. Era de esperar que Christopher tivesse contratado um condutor cujo interesse principal fosse a velocidade, não o conforto de seus passageiros.
Lady Mercy se pendurou para fora da janela e relatou a situação com sua ênfase dramática. — A roda quebrou. Parece que estamos empacados. E está chovendo de novo. Logo a via estará alagada. Vamos ser levados, provavelmente afogados. Ainda bem que estou com minha melhor calcinha de renda, pois detestaria que meu cadáver fosse encontrado só com linho.
Recadinho: Galera, não da pra continuar postando se vocês não mostrarem que estão gostando. Só tem como eu saber se vocês comentarem, então me ajudem, please.
Autor(a): cilly
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Oie, quem é vivo sempre aparece não é mesmo? Rs. Esse mês termino a fic amém. Elas tiveram de descer para que a carruagem fosse consertada. Depois de primeiro ajudar lady Mercy, Dulce desceu de costas, olhandopara baixo para se assegurar de não pisar em alguma poça. Masenquanto sua bota esquerda estava suspensa no ar ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 38
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capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35
cadê a fanfic?
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capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57
Uhul,continua logo. Amo demais
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capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09
Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk
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capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15
Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona
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capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44
Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona
cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00
Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3
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capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11
Continua. Amo demais
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Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58
Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.
cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27
Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.
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Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38
Continua...
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capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49
Continua logo
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capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39
Cadê você mulher??