Fanfics Brasil - CAPITULO 37 Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA )

Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy


Capítulo: CAPITULO 37

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Oie, quem é vivo sempre aparece não é mesmo? Rs. Esse mês termino a fic amém.


 


Elas tiveram de descer para que a carruagem fosse consertada.


Depois de primeiro ajudar lady Mercy, Dulce desceu de costas, olhandopara baixo para se assegurar de não pisar em alguma poça. Masenquanto sua bota esquerda estava suspensa no ar, procurando um pontoseco, ela foi pega por dois braços fortes que ergueram seu corpo dacarruagem.


 


Christopher a carregava com facilidade com a expressão franca, o olhardiretamente à frente.


 


— Estava tudo bem — disse ela. — Eu poderia ter descido.


 


— Devo carregá-la, madame. É meu dever cuidar da senhora.


 


— Ai, meu Deus. Devo ser pesada, Smallwick.


 


— Leve como uma pluma, madame — resmungou ele.


 


Ela podia sentir quanto ele estava frio e molhado mesmo através desua roupa. Ele estava mancando, no entanto a carregava garbosamente,dando apenas alguns ofegos.


 


Dulce se arriscou a deixar o clima mais leve. — Eu não deveria tercomido todo aquele jantar ontem à noite. Se soubesse que você mecarregaria hoje, teria passado fome.


 


Ele estava muito sério, com o olhar focado no destino — um pontomais seco da estrada. — Teria feito tanta diferença, madame? Umjantar?


 


— Sim — respondeu ela, irritada.


 


— Então que pena, madame, que a senhora comeu um pudim a maisontem à noite.


 


Ela olhou-o fixamente. — E como você sabe que eu comi um pudima mais ontem à noite?


 


Ele piscou inocentemente. — Imaginei, madame. Parece inevitável. Amaioria das mulheres tem tão pouca força de vontade.


 


— Se eu estivesse sobre meus dois pés, Smallwick, poderia repreendê-lo severamente por esse comentário.


 


— Então é melhor que eu não a ponha de pé, madame.


 


— Você não ficará terrivelmente cansado?


 


— Por mantê-la em meus braços, madame? Onde a senhora nãopode me fazer nenhum mal, mas posso fazer tudo que quiser com asenhora? — Os lábios dele tremularam. — Creio que cansado não seja apalavra. Na verdade, é algo completamente oposto. Mesmo agora, sinto osangue borbulhando com vitalidade em certos órgãos.


 


Dulce achou igualmente divertido e ultrajante. — Smallwick, quemquer que tenha sido responsável pelo seu treinamento, não posso deixar depensar que foi uma porcaria.


 


— A senhora me acha ineficiente, madame?


 


— Não. — Ela observou seu belo nariz. — Mas seus modos carecemde... bem, na falta de uma palavra melhor... decoro.


 


O som de cavalos se aproximando em um ritmo constante fez todosvirarem para olhar. Uma carruagem grandiosa, com quatro cavalos, parouao lado da que estava quebrada. Um rosto surgiu do lado de fora.James não a colocou no chão, apesar de seu pedido sussurrado. Ele amanteve no colo, segurando-a firmemente junto ao peito.


 


— Senhorita Saviñon! É você, minha querida? Meu bom Deus, faztantos anos. O que aconteceu aqui? Está ferida?


 


Em sua pose à vontade nos braços vigorosos, ela respondeu: — LordeShale. Que prazer em vê-lo — tentando soar normal. — Foi só umpequeno acidente. Ninguém se feriu com gravidade.


 


Lorde Shale era um cavalheiro afável e digno, um dos amigos maispróximos de seu pai e visitante frequente de Lark Hollow quando ela erapequena.


 


— Meu filho, Trenton, está comigo... você se lembra de Trenton? —Um jovem de rosto fino olhou por cima do ombro de Lorde Shale eassentiu ligeiramente em sua direção, antes de voltar ao calor dacarruagem.


 


Ah, sim, ela se lembrava de Trenton Shale, um garoto mimado esorrateiro que vivia choramingando e uma vez comeu todos os ovos depáscoa que ela tinha achado na caça aos ovos depois de tê-los roubadode seu cesto, quando ela não estava olhando. Depois de comer tudo, eleimediatamente os vomitou em seu vestido, um incidente pelo qual jamaisfoi punido. Ele era uma criança danada e horrenda, e apesar de maisnovo que Dulce, ela era obrigada a "distraí-lo" sempre que ele ia até suacasa, com o pai. De alguma forma, suas irmãs escapavam dessa tarefaárdua já que, assim como o pai delas, evitavam qualquer coisadesagradável que tivesse de ser feita.


 


— Por favor, diga que nos acompanha — prosseguiu lorde Shale. —Podemos providenciar para que a senhorita seja seguramente entregue emseu ponto de destino.


 


Chovia forte, mas ainda havia mais por vir, pois as nuvenscontinuavam pesadas. A temperatura tinha caído rapidamente. Christopherestava ensopado, tinha perdido o chapéu, seus cabelos estavam colados àtesta, mas ele agora seguia adiante, pisando pelas poças. Quando elefinalmente chegou a um ponto seco, colocou-a no chão, demorando umpouquinho além do necessário para soltá-la. Ninguém notou, exceto ela.Grieves veio correndo e sussurrou em seu ouvido. — Leve-o com asenhora, madame. Cuidarei da carruagem e irei buscar o doutor Saltassim que chegarmos a Morecroft.


 


Virando-se para lorde Shale, ela sorriu radiante. — Se o senhor tiverespaço para Smallwick e minha jovem acompanhante, lady MercyDanforthe, aceitarei sua oferta, senhor.


 


O olhar de lorde Shale percorreu o porte alto do homem ao ladodela. — Smallwick?


 


Ela decidiu que era melhor fingir que ele lhe pertencia, algo que, decerta forma, era verdade. Por cinco noites. — Ele está incumbido deproteger minha bagagem.


 


— Mas meu criado pode providenciar isso, senhorita Saviñon.


 


— Não, não, senhor. Smallwick é a única pessoa a quem confioqualquer coisa minha.


 


Os empregados de lorde Shale olharam para Christopher com pura inveja.Ele retribuiu sorrindo ameaçadoramente, como um tigre que protege suapropriedade.


 


— Estou me molhando e não estou gostando. — Sem mais delongas,lady Mercy rumou até a carruagem Shale e escancarou a porta. Agora, aoferta não poderia mais ser recusada, mesmo tendo sido feita apenas aDulce.


 


Grieves ajudou Smallwick a prender o baú quebrado e a bagagembem mais composta de lady Mercy na carruagem Shale. Dulce subiu,segurando a porta com uma das mãos.


 


— Chegue para lá, Trenton — exclamou lorde Shale. — Dê espaçopara a querida senhorita Saviñon.


 


— Suba, Smallwick — ela chamou —, você tem que se sentar aomeu lado.


 


Atrás dela, os Shale reclamaram ligeiramente, porém ela estavairredutível quanto ao criado sentar-se com eles no interior, onde estavaseco. Christopher já tinha passado maus bocados e ela não queria que ele seferisse outra vez. — Mas madame, devo...


 


Ela elevou a voz a um tom estridente. — Smallwick, eu insisto. Nãome deixe zangada. Para dentro da carruagem.


 


Ele umedeceu os lábios com os olhos maliciosamente entretidos. —Não gostaria de deixá-la zangada, madame.


 


— Estou bem certa que não.


 


Christopher entrou de lado para passar pela porta, depois espremeu seuporte grande no espaço estreito ao lado de Dulce. — Obrigado, madame.Agora ela estava encaixada firmemente entre Christopher e o corpodelgado de Trenton Shale. Do outro lado da carruagem, lorde Shalelutava por espaço com lady Mercy, que insistia em manter sua caixa de"Necessidades" no banco, entre os dois.


 


— Não amasse o meu vestido — ela alertou o idoso. — É domelhor veludo, portanto não se sente em cima dele. O senhor é tãogordo que provavelmente vai esmagar tudo. — Ela olhou em volta, ointerior da carruagem, com o narizinho empinado. — Essa carruagem ébem pequena.


 


— Geralmente não tem tanta gente dentro — respondeu lorde Shale,lançando um olhar cauteloso para Christopher.


 


— E cheira a serragem e tabaco — acrescentou a garota. — É umapena que meu sachê de lavanda esteja em meu outro baú. — Ela ficouencarando Trenton por baixo dos cachinhos ruivos que não tinhamachatado nem mesmo depois de uma noite de sono. — Alguém pisou emalguma coisa. Se eu não fosse tão durona, passaria mal.


 


Estando tão perto de Christopher, com sua coxa pressionada à dela, a mãodele quase tocando sua perna, Dulce deixou que a mente divagasse. Agoraela afastava novamente o pensamento fazendo um esforço torturante. —Vamos apenas até a casa de minha tia, em Sydney Dovedale, lordeShale. Não vamos incomodá-lo por muito tempo.


 


— Minha jovem querida, não é incômodo nenhum. Ainda bem quepassamos e a vimos. Foi Trenton, com seus olhos aguçados, que areconheceu, minha querida, e ele insistiu que logo parássemos. Não foimesmo, Trenton?


 


O filho suspirou, desinteressado: — Sim, pai.


 


Ela notou que Trenton Shale não tinha mudado muito. Estava apenasmais alto e mais magro, como se alguém o tivesse esticado em umamesa de tortura. Quem dera, pensou ela secamente, compondo a imagemna mente, com suas próprias mãos girando a roldana.


 


— A beleza da senhorita Saviñon não ilumina esse clima terrível,Trenton? — Perguntou o pai, batendo a bengala no piso da carruagem.— Atrevo-me a dizer que raramente vejo tamanha beleza. No inverno, éuma visão abençoada. Como se finalmente chegasse a primavera. Umfloquinho de neve na neblina.


 


— Sim. Verdade — foi a resposta rabugenta.


 


De alguma forma, Dulce conteve o semblante diante da ideia de simesma como um delicado floquinho de neve, mas manter o rosto sériofoi ainda mais difícil no instante seguinte.


 


— Eu não a considero nem um pouco bonita — resmungou ladyMercy balançando os pés. — Há rostos de sobra como o dela pelas ruas.Na verdade, considero-a bem comum. Seus lábios são desiguais e não hánada de especial em seu nariz. Ela só tem peito e pernas.


 


Uma descrição brutal, porém honesta. Dulce não podia discordar deuma palavra. Seu nariz era, de fato, uma grande decepção desde que eladescobrira a importância de um bom nariz. Ela sentiu Christopher se sacudindoao seu lado, contendo o riso. O senhor Grieves estava certo, pensou ela;esse serviçal precisava mesmo de uma boa repreensão para melhorar seucomportamento.



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Autor(a): cilly

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Oi! Não me matem, sei que sumo do nada e apareço fazendo a louca. Mas preciso terminar a fic, então lá vai... MARATONA PRA VOCÊS!!!!   — Smallwick — sussurrou ela. — Espero que você não estejatranspirando em meu vestido.   — Vou parar de suar agora mesmo, madame.   Ignorando a interru ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35

    cadê a fanfic?

  • capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57

    Uhul,continua logo. Amo demais

  • capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09

    Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk

  • capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15

    Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona

  • capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44

    Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona

    • cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00

      Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3

  • capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11

    Continua. Amo demais

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58

    Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.

    • cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27

      Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.

  • Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38

    Continua...

  • capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49

    Continua logo

  • capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39

    Cadê você mulher??


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