Fanfics Brasil - CAPÍTULO 4 Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA )

Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy


Capítulo: CAPÍTULO 4

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Londres, seis meses depois.


DULCE SAVIÑON NUNCA TEVE muita simpatia pelos homens até ela se tornar um, temporariamente. Disfarçada de “Conde de Bonneville”, vestindo calçolas de cetim e uma peruca antiga para jogar com os absurdamente ricos da sociedade, ela descobriu um fato surpreendente. Ao contrário do que antes supunha, o animal macho não tinha, necessariamente, toda a diversão. Era verdade que eles podiam arrotar à vontade, sem nenhuma repreensão, e sentar com as pernas na posição que lhes fosse confortável. Contudo, eles também tinham percalços a evitar, pois o sexo feminino podia ser igualmente obstinado na busca esportiva e reticente para receber um não como resposta.


Por exemplo, o “conde” teve sorte em se safar com essa identidade intacta — assim como suas calças —, uma vez que lady Belinda Southwold provou ser uma vadia tão ávida naquela noite. Enquanto pressionava um elegante colar de brilhantes na mão enluvada do conde, como pagamento da garantia do jogo, a lady também apresentou uma oferta surpreendente, sussurrando tão fervorosa em seu ouvido que o calor fez entortar sua peruca. Oferta que ele foi obrigado a recusar, por motivos óbvios apenas para ele mesmo.


Ainda bem que os dedos de lady Southwold não se aventuraram subindo pelas calçolas do conde, ou ela compartilharia seu segredo e teria tido um choque terrível.


Seguido de uma decepção de severa magnitude.
Agora, Dulce podia rir do incidente, pois estava seguramente recolhida a uma hospedagem ruidosa na periferia de Londres. Ajoelhando-se na cama e vestindo a camisa rendada de conde, ela contou o dinheiro que havia ganho depois de outra noite depenando aristocratas e jovens ricos sem a menor desconfiança. Ela cuidadosamente ergueu o colar de lady Southwold e observou os cinco diamantes imensos que pendiam em pequenas argolas. Dulce nunca usou muitas joias fora as pérolas deixadas pela mãe, que eram elegantes e discretas. No entanto, aquele colar não era nada disso. Ela nunca vira diamantes tão grandes. E pesados. Eles certamente pesariam no pescoço de uma mulher até o fim de uma noite. Era realmente impossível ter muito de alguma coisa boa.


Embora aquela tivesse sido uma noite proveitosa para o “conde” encantador, quando Dulce olhou os diamantes horrendos, teve uma sensação de mau agouro. Atiçou seus nervos como a língua de um vento malicioso e fresco. Talvez aquela noite tivesse sido proveitosa demais. Talvez fosse a hora de pendurar as calçolas do conde antes que a astúcia fosse descoberta. Na verdade, ela estava surpresa por ter levado seu disfarce tão longe. Isso não favorecia muito a sua aparência, pensou Dulce, considerando que ela se disfarçava tão facilmente de homem. Ou então dizia pouco da aparência masculina dos cavalheiros aristocratas daquele tempo.


Depois de guardar seus ganhos em segurança, ela cuidadosamente desgrudou as sobrancelhas teatrais que coçavam, terminou um copo de conhaque, deu um sopro para apagar a vela e voltou para a cama. Esparramada sob o luar, bocejou profundamente, ouvindo os barulhos lá de baixo enquanto pensava na estranha direção que sua vida tomara. Como principal cuidadora de sua família desde os oito anos, ela sempre soube que algo diferente a esperava, no futuro, mas nunca imaginou que percorreria um caminho como aquele.


Na manhã seguinte, ela precisava voltar a ser a comum Dulce Saviñon, com sua musselina e boina, sendo esperada na casa tão apropriada e ordeira da meia-irmã e do cunhado. Eles foram relutantes em aceitá-la, torcendo — segundo a última carta da irmã — para que ela não os mortificasse demais enquanto estivesse em Londres. Ninguém que lesse a carta da irmã poderia imaginar a verdade: que fora a própria Dulce quem custeara, sozinha, as irmãs e seus dotes para o casamento. Se tivessem deixado tudo por conta do pai, elas seriam grisalhas antes de pertencer à sociedade. Na mente das irmãs, porém, Dulce era um constrangimento, uma mulher que se recusava a viver nos limites do apropriado e, em lugar disso, fazia as próprias regras. As irmãs estavam sempre lhe dando sermões quanto a se adequar, mas, embora Dulce praticasse o contrário como o próprio ofício, ela o fazia de bom grado, de um jeito alegre, e ninguém realmente podia impedi-la.


Seu início misterioso não ajudou muito. Sua mãe era uma viúva náufraga e grávida quando se casou com o Almirante Saviñon, e nada se sabia sobre o pai falecido de Dulce. Catherine, sua mãe, ficara arrasada demais para falar dele, e Dulce nunca se atreveu a tocar no assunto, uma vez que isso podia perturbar o casamento frágil de Catherine com o almirante — um homem muito mais velho que, embora tolo e orgulhoso de si mesmo, precisava frequentemente ouvir quanto era sortudo em ter uma esposa tão mais jovem e bonita, como se ninguém entendesse como ele conseguira isso. Então vieram Maite e Amélia, filhas de sua mãe com o almirante, e Dulce tinha uma nova família.


Depois que a mãe morreu, eles todos recorriam a Dulce para cuidados, mas, ultimamente, as irmãs tinham invertido os papéis na cabeça. Elas tinham a ideia de fazê-la se casar com o primeiro sujeito entediante que estivesse disposto, para que ela fosse empurrada à obscuridade antes que lhes causasse mais preocupação.


No entanto, as tramas futuras de Dulce só envolviam um descanso bem remunerado sem nenhum intrometido para dar palpites. O dinheiro que ela havia ganho naquela noite pagaria as contas restantes dos casamentos das irmãs e, se ela encontrasse algum lugar discreto para penhorar o colar de brilhantes, poderia até iniciar o conserto do telhado da casa do padrasto, em Lark Hollow. Então, ela finalmente poderia desfrutar de um pouco de paz. Ela planejava uma visita à tia Liz, na vila tranquila de Sydney Dovedale, onde poderia encher os pulmões de ar puro e honesto.


Já fazia um tempo que Dulce se sentia seguindo apressada por uma estrada truculenta, com os cavalos quase fora de controle, as rédeas escorregando por entre seus dedos. Se ela ao menos pudesse desacelerar por um tempinho, sentar em um lugar tranquilo, não fazer nada além de respirar! No interior, pode-se pensar na beleza da natureza sem realmente ter de fazer nada, apenas sentir. Ela em breve estaria rejuvenescida. Passeando pelas ruas agradáveis de Sydney Dovedale, poderia deixar que o conde desaparecesse por um tempo, se não para sempre. Algum dia, ela talvez até escrevesse sobre suas experiências, em um livro anônimo, e o colocasse para descansar oficialmente.


Ela estava com vinte e sete anos, mesma idade da mãe quando morreu, e velha demais para causar grandes devastações. Tinha sido divertido enquanto durou, mas agora era hora de se acomodar como solteirona. A única coisa que poderia lamentar sobre sua vida era não ter tido filhos. Ela gostava muito da ideia de ter um filho, mas não era possível ter um sem marido. Bem, rigorosamente falando, um bebê podia ser feito fora do casamento, porém, ela já tinha problemas suficientes sem causar mais escândalos para si mesma.


Determinada a se recolher e acabar com as travessuras, ela deixou que as pálpebras se fechassem, mas então uma comoção repentina agitou o corredor, e a porta de seu quarto quase foi arrancada das dobradiças. Dulce deu um salto e ficou em pé, totalmente desperta outra vez, segurando a coberta ordinária em volta dos ombros.


— Onde está ele? Onde está o vilão? — Com uma lamparina agitando na mão, empunhando o chicote de montaria na outra, uma figura alta passou por cima dos destroços da porta e olhou-a, zangado, sob a luz tremulante acobreada. Uma névoa fina emanava de seus ombros largos, onde o ar gélido noturno encontrava o calor de seu corpo. Ele até poderia ser um dragão monstruoso de alguma fábula sinistra que vinha se banquetear da donzela em sacrifício — se não fosse um ser humano muito real, identificado pelas reclamações de seus dedos machucados. Só um homem poderia reclamar de algo que ele mesmo fizera.


Além disso, ela não era nenhuma donzela virginal.


Em seguida, os dois pronunciaram a mesma palavra em espanto: — Você?


Rodamoinhos de neblina se formavam ao redor do quadril dele e seu rosto estava vermelho. Ele tinha vindo sem chapéu, e seus cabelos, ligeiramente dourados pelo verão que parecia ter sido há muito tempo, estavam espetados para cima, em todas as direções. Ele só podia ter se vestido com muita pressa, pois sua camisa estava mais para fora da calça do que para dentro.


Ela ficou imaginando da cama de quem ele acabara de sair para embarcar em sua perseguição doidivanas. Para completar sua aparência desgrenhada, ele estava com o lábio machucado e com um hematoma no lado direito do rosto. Aparentemente, ele tinha passado por um corredor polonês para chegar até ali.


O coração de Dulce estava disparado como as patas de uma raposa com cães de caça em seu encalço. Durante os seis últimos meses ela ficara fora de seu caminho, e, como a temporada social ainda estava para começar, ela não esperava vê-lo em Londres tão brevemente.


— Christopher Uckermann! O que está fazendo aqui?



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Autor(a): cilly

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Olá queridos leitores! Só quero dizer que a demora pra postar, é devido a escola. To com uma super pressão encima de mim. Enem e tals. Mas ja ja isso melhora. Grandes beijos♡    Ele deveria saber que encontraria logo ela, ali, no miolo da coisa. Dulce Maria Saviñon, promíscua, imprudente e ameaça notó ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35

    cadê a fanfic?

  • capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57

    Uhul,continua logo. Amo demais

  • capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09

    Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk

  • capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15

    Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona

  • capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44

    Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona

    • cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00

      Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3

  • capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11

    Continua. Amo demais

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58

    Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.

    • cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27

      Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.

  • Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38

    Continua...

  • capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49

    Continua logo

  • capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39

    Cadê você mulher??


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