Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy
— Olá, Christopher. Você está muito bem. A amiga escondeu seu divertimento pelas calçolas muito melhor do que Dulce conseguiria. Anahi sempre foi melhor em esconder as coisas — como seus pensamentos e seus sentimentos.
— E você — disse Christopher. — Sua família está passando bem?
— Ah, sim. Muito.
Dulce queria gritar. Estavam todos sendo tão formais, falando frases de personagens de um romance. Como se nunca tivesse havido nada entre eles.
— Por favor, entrem.
O menino e seu cão os seguiram para dentro da casa, onde estava aquecido, com um cheiro delicioso de bolo assando, o que atiçou o estômago de Dulce e a fez lembrar que ela tinha vindo sem tomar café da manhã. Isso foi logo remediado. Anahi, conhecendo o apetite de Dulce, insistiu que ela sentasse à mesa perto da janela enquanto ela fazia chá e servia uma travessa de tortinhas de carne picadinha. Dulce tirou sua touca úmida e as luvas para comer. Ela observou a amiga circulando pela casa com eficiência alegre. O casamento, pensou ela, comparando Anahi com Pablo Lyle, combinava com algumas pessoas mais do que com outras. Anahi, é claro, sempre foi uma beldade. Ela jamais seria vista rolando em uma valeta tentando se esconder.
Christopher estava muito quieto. A raiva emanava dele em ondas e ia direto para ela. Ela jamais deveria tê-lo seguido. Escondendo-se por trás de árvores, pelo amor de Deus! O que ela estava pensando ao confrontá-lo daquele jeito? Ainda bem que Anahi não tinha ouvido.
Um bebê gemeu baixinho em um berço perto da lareira, acima do qual pendia um varal de camisas masculinas recém-lavadas, estendidas para secar. Sobre a pedra da lareira, pousados em meio aos ramos de viscos e azevinhos, havia três desenhos que sem dúvida tinham sido feitos por Anahi; um de seu marido, um do menino e outro do bebê rechonchudo, logo apresentado como Petruchio.
— Petruchio?
— Era isso, ou Romeo. — Anahi suspirou. — Receio que meu marido tenha começado a ler Shakespeare. — Dulce sabia que Anahi começara a ensinar o marido a ler. Aparentemente, as lições tinham progredido bem. — Pelo menos assim, podemos chamá-lo de Peter — ela acrescentou, com um sorriso. — Não há muito o que fazer com Romeo.
Ao longo dessa conversa, Christopher permaneceu em silêncio, observando o menino de cabelos pretos que, escondido, dava pedacinhos de pão ao cachorro, embaixo da mesa. Anahi, naturalmente, era educada demais para perguntar como ela e Christopher, antes inimigos, estavam viajando juntos.
— Ouvi você dizer que esse é Rafe? — Dulce perguntou.
Por algum motivo, a amiga não tinha apresentado o menino. Agora Anahi remexia o avental ao se juntar a eles, à mesa. Dulce percebeu que parecia haver um clima de grande nervosismo desde sua chegada a Sydney Dovedale. Primeiro sua tia, agora Anahi. Essa vila nunca teve tanta gente ansiosa que não conseguia olhá-la nos olhos.
— Sim — disse sua amiga, finalmente. — Rafe é sobrinho do meu marido.
— Então, quem são vocês? — O menino quis saber.
— Dulce Saviñon. — Ela estendeu a mão. — Prazer em conhecê-lo, jovem.
O garoto olhou para sua mão, depois novamente para seu rosto.
Ele esfregou a palma grudenta nas calçolas e apertou a mão dela, cauteloso. Novamente, ela sentiu que o reconhecia, mas passou, sumiu, antes que ela pudesse dar sentido. — Você mora aqui com seus tios? — Ela perguntou, já que Anahi não dissera mais nada.
— Claro que moro — disse o garoto, fazendo voar farelos de açúcar da boca. Então ele parou, soltou seu pedaço de torta e olhou-a fixamente. — O que você está fazendo aqui. Aqui não vêm muitos estranhos. Você não veio para me levar embora, veio?
— Rafe — Anahi exclamou —, não seja tolo. Essa é minha amiga Dulce e ela e o senhor Uckermann vieram lá de Londres para nos visitar. Por que ela ia querer levá-lo embora?
O garoto ainda olhava Dulce por baixo da franja de cabelos negros. — Só queria ter certeza. Ela parece encrenca.
Christopher finalmente falou. — Mas que criança perceptiva.
Rafe afastou os cabelos pretos. — O que é isso, senhor?
— Você já analisou a senhorita Saviñon.
O menino limpou a boca na manga e olhou para Dulce. — Por que você é encrenca?
Ela sacudiu os ombros sem conseguir responder porque Christopher tinha acabado de colocar a mão sobre a sua, em cima da mesa. Ela não sabia o que fazer a respeito. Será que isso queria dizer que ela estava perdoada? — Não sou, não — ela respondeu. — É só boato e fofoca. A maioria injusta e sem fundamento.
Ao seu lado, Christopher deu uma pequena fungada de deboche que ela ignorou solenemente.
— Ela também diz isso de mim — o garoto disparou. — Que eu sou encrenca.
Anahi lhe deu um guardanapo e pediu a ele que limpasse a boca com ele, não na manga, depois o repreendeu por não ter lavado as mãos antes de vir para a mesa. Relutante, o menino foi até a cozinha para completar a tarefa. O cachorro foi pulando atrás dele.
— Tia Lizzie me disse que seu irmão vendeu sua propriedade.
— Sim, a um sujeito muito nobre de nome sir William Milford, um solteiro que não vem muito para cá, frustrando as esperanças das moças solteiras das redondezas. Embora não se possa condenar o sujeito por não querer morar naquela fortaleza cheia de correntes de ar. Comenta-se que há grandes planos de reformá-la. — Anahi sacudiu os ombros. — É de pensar o que pode ser feito com um lugar daqueles, e se ele é maluco por assumir o fardo. Mas seus inquilinos e funcionários dizem que ele é gentil e justo. — Ela deu um sorriso torto. — Tia Finn diz que isso é apenas porque ele raramente vem aqui.
— Sua tia está por aqui? — Perguntou Dulce, decepcionada por não ver a idosa em sua habitual cadeira de balanço, perto da lareira. Finnola Portilla era uma pessoa animada com sua porção de passado escandaloso. Sempre era esperado que ela dissesse algo chocante. Dulce tinha grande afeição por ela e vice-versa.
— Tia Finn passa algumas semanas em Norwich com um velho amigo — Anahi respondeu com um rápido sorriso. — Até o que sei, a cidade ainda está de pé. Esperamos que ela volte para o Natal, mas, se estiver se divertindo, acho que não terá pressa em voltar.
— Sim, tenho certeza.
— Você pretende passar o ano-novo, Dulce? — Perguntou Anahi, subitamente com a voz frágil.
— Eu queria uma mudança agradável e Londres está tão...
— Nós estamos noivos — disse Christopher.
A partir daí, é só emoção em, foco meninax (ox).
Autor(a): cilly
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O ar ficou preso em sua garganta. — Nós certamente não estamos noivos! Os dedos dele apertaram os dela. — Claro que estamos, mulher! — Ainda não. — Ela sentiu as bochechas esquentando. Estava constrangida diante da amiga, que devia achar que ela tinha ficado maluca. Hoje em dia, noivados a matavam de medo. Ela jam ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 38
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35
cadê a fanfic?
-
capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57
Uhul,continua logo. Amo demais
-
capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09
Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk
-
capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15
Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona
-
capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44
Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona
cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00
Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3
-
capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11
Continua. Amo demais
-
Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58
Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.
cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27
Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.
-
Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38
Continua...
-
capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49
Continua logo
-
capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39
Cadê você mulher??