Fanfics Brasil - CAPÍTULO 51 Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA )

Fanfic: Madrugadas de Desejo ( ADAPTADA ) | Tema: Vondy


Capítulo: CAPÍTULO 51

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ENTÃO, ISSO ESTAVA LIQUIDADO. Christopher tinha se preocupado em voltar a ver Anahí pensando em qual poderia ser a sensação depois de dois anos, temendo a volta daquelas pontadas conhecidas que ele tinha sentido por tanto tempo. Entretanto, ele meramente sentiu o prazer de rever um velho amigo depois de um período de ausência. Até sua animosidade em relação a seu marido tinha sido silenciada.


Dulce caminhava na frente, saltando as poças — frequentemente aterrissando dentro delas —, enquanto ele contornava cada uma e mantinha uma distância segura.


Essa era exatamente a mesma estrada que ele percorria quando bateu os olhos em Dulce Saviñon pela primeira vez. A caminho de uma visita a Anahí, ele seguia em seu coche e tinha confundido a garota com uma cigana. Ela vagueava sozinha pelo caminho com o vestido 
enlameado, os longos cabelos escuros pendendo nas costas, ornamentados com uma guirlanda de margaridas. Ele virou a cabeça para olhar para ela 
bem na hora em que as rodas da charrete passaram em uma poça funda e a cobriram de lama dos pés à cabeça. Ele teria parado, mas quando ela o xingou dos piores palavrões, ele não sentiu culpa e seguiu seu 
caminho.


Se naquela época alguém lhe dissesse que ele um dia pensaria em se casar com a garota, ele só teria rido do absurdo. Dulce Saviñon? Ela é feroz, ele teria dito. É claro, naquele tempo, ele não tinha muito tato.


Agora ele se arrependia profundamente de muitas coisas que havia dito no passado quando tentava ser divertido.


— Por que você disse a ela que nós estamos noivos? — Ela olhou por cima do ombro.


— Cedo ou tarde as pessoas terão de saber. — Esse havia sido seu propósito exclusivo ao ver Anahí naquele dia. Ele sentiu que era certo que ela soubesse. De certa forma, ele queria sua aprovação, e se Dulce 
não o tivesse seguido até lá ele também teria pedido seus conselhos.


— Mas não é realmente verdade. Não é um noivado.


— Isso de novo? — Ele parou de caminhar; ela também. Às vezes, ele se perguntava se ela realmente pretendia se casar com ele. Ela parecia temer o compromisso sempre evitando qualquer conversa séria sobre o assunto. Também havia seu histórico de noivados rompidos, uma série de romances desastrosos e desaconselháveis. Seria ele apenas mais uma casualidade de sua atenção inquieta, outro tolo enfeitiçado e jogado de lado, quando deixasse de ser útil e perdesse seu valor de distração?


— Você disse isso só para provocar Anahí? — Ela perguntou.


— Por que eu ia querer fazer isso, me diga? 
Ela inspirou profundamente e afastou um cacho solto sob a aba murcha de sua touca encharcada pela chuva. — Você era apaixonado por ela, que o abandonou por outro homem.


Christopher olhou para seus dedinhos miúdos e encrenqueiros. Estavam ficando azulados porque ela perdera suas luvas novamente. — Eu era apaixonado por ela?


— Todos dizem que sim.


— Então, deve ser verdade. Quer minhas luvas? Você está com frio.


— Não. Obrigada. — Sua expressão era contrariada. — E não ligo para a palavra noivado. Nunca me trouxe muita sorte, só mais escândalo.


Ele olhou para a boca teimosa e mandona. Ele queria sua mão, mas não parava quieta. — E quanto à palavra casamento, senhorita Saviñon? Essa palavra também a incomoda?


— Nós só nos casaremos se essas cinco noites forem frutíferas.


Ela estava particularmente bonita nesse estado varrido pelo vento. Muito tentadora.


— Esse foi o acordo, Christopher. — Ela começou a recuar; algo na expressão dele aparentemente a deixava ansiosa.


— Smallwick — ele corrigiu com um sorriso e caminhou em sua direção.


Para seu alívio, uma pequena curva surgiu nos cantos dos lábios dela, que parou de repente, de costas para o carvalho. — Então, posso ficar um pouco mais com Smallwick?


— Sim. — Ele ergueu a mão até o rosto dela e lentamente envolveu sua bochecha direita, deixando que a mão enluvada deslizasse para baixo devagar. — Se ele estiver sendo de bom uso.


— Ah, ele está. — Ela sorriu.


— Então, ele é seu. 
Ele curvou a cabeça, mas quando esperava dar-lhe um beijo, ela se esquivou e continuou caminhando. Suspirando profundamente, ele se endireitou e foi atrás. — Até que Grieves venha com o doutor Salt — 
ela disse. — O que pode estar fazendo com que demorem tanto?


Christopher se retraiu. — Sem dúvida, Grieves está desfrutando de sua liberdade de me servir e está de pernas para o ar em Morecroft. — Ele não descartaria que o mordomo tivesse ido passar férias em outro lugar. Grieves era um sujeito astuto e provavelmente sabia que isso era um golpe.


Com os passos que vinham correndo atrás, ambos se viraram. Rafe, o garoto, voava na direção deles, acenando com as luvas gastas de couro.


— Moça, a senhora esqueceu isso!


— Quantas luvas você já perdeu? — Ele murmurou à mulher ao seu lado. Quantos homens as devolveram a você? Ele poderia ter acrescentado se quisesse arranjar outra discussão.


— Minhas irmãs dizem que devo andar com elas amarradas por uma cordinha, como fazia quando era criança.


O garoto trombou neles, de rosto vermelho. Christopher foi arrebatado pela lembrança de outra criatura de cabelos negros semelhantes, olhando para ele e sorrindo. Ah, senhor, esqueceu-se de seu chapéu, senhor. Uma jovem empregada viera correndo atrás dele quando ele deixou uma festa.


Foi a primeira vez que ele a notara e depois disso eles desfrutaram de um caso rápido. Não durou mais que uma semana. Ele era um jovem sensual e ela estava ávida, disponível, favorecendo. Uma garota adorável, 
de olhos escuros e voz suave. Ela era a empregada que ele conhecera há mais de dez anos — a jovem que mandara chamá-lo tarde demais e morreu. Supostamente, com seu filho.


Filho dele.


Os olhos do menino eram azuis, impressionantes, uma combinação incomum com cabelos negros.


Na sede da fazenda, ele se concentrara em contar as novidades que estavam lhe queimando a língua. O que Anahí dissera sobre o garoto não tinha sido inteiramente assimilado. Agora, sim. Rafe era sobrinho de Alfonso Herrera, segundo ela dissera. Dois anos antes, quando ela acusou Christopher de ter deixado a mulher e a criança morrerem, ela dera a entender que a mulher morta era irmã de Herrera, motivo pelo qual ela soubera a respeito.


Se a empregada era irmã de Herrera e esse menino era sobrinho de Herrera...

Ele se esforçava para se lembrar da conversa que tivera com Anahí dois anos antes, na noite em que ela correu dele para se casar com Herrera. Ela decididamente lhe dissera que a empregada — Rebecca — tinha morrido. O que ela disse sobre a criança? A lembrança estava 
nublada e ele tinha tomado conhaque na ocasião, mas tinha certeza de que ela lhe dissera que a criança também havia morrido. Se ela tivesse dito outra coisa, ele teria perguntado sobre a criança, iria querer vê-la, 
pagar por sua educação.


Dulce pegou as luvas, agradeceu ao menino e, com uma expressão pensativa, observou-o correr de volta rumo aos portões da fazenda.


Christopher também ficou olhando o menino voltar, estreitando os olhos. Seu filho? Seria possível que o filho de Rebecca tivesse sobrevivido?


O menino certamente tinha idade para isso. Ele engoliu com força e ficou olhando a estrada até que sua visão ficou embaçada. Um peso esmagador se instalou em seu peito. À distância, o portão da fazenda tilintou ao ser fechado.


Talvez fosse só uma coincidência. Afinal, ele sabia muito pouco sobre o passado de Herrera, e ele podia ter muitos irmãos, muitos sobrinhos.


Ele fechou os olhos.


Respire.


Ele tinha um filho. Meu bom Deus. Ele tinha um filho? Se Rafe fosse seu, Anahí lhe escondera a verdade por dois anos. Imperdoável.


— Olhe — disse Dulce.


Ele abriu os olhos. Ela estava apontando para o céu pesado.


— Já dá quase para sentir o gosto da neve. Não será maravilhoso se nevar no Natal?


Ele olhou novamente a estrada, na direção da sede da fazenda, cercada por seu muro de pedras. O rosto do menino o assombrava, não o deixava descansar. 
Seu filho. Seu filho?


Quanto mais ele pensava, mais convencido ele ficava. 
— Espero que Molly Robins tenha remendado suas calças — exclamou Dulce. — Você está ridículo com essas, emprestadas da minha tia. — Ela deu uma risadinha, depois cobriu a boca, fingindo se desculpar.


Ele endireitou os ombros e ergueu o queixo. — Não posso fazer nada se o amante de sua tia é mais baixo e mais gordo.


— O que da minha tia?


Contente ao finalmente ver que a expressão divertida tinha sumido de seu rosto, ele falou de sua desconfiança sobre a entrega matinal do leite da tia.


— Como se atreve a sugerir tal coisa, Christopher Uckermann? Isso é certamente uma inverdade. 


— Eu vi o fazendeiro Osborne com meus dois olhos, saindo escondido da casinha ontem, depois que nós chegamos. E ontem à noite, ele estava tentando entrar pela porta dos fundos, claramente surpreso ao encontrá-la trancada.


— Minha tia é uma senhora distinta e é devotada à memória do capitão!


— Estou lhe dizendo, mulher, sei o que vi. — Ele gesticulou para suas calças. — E de que outra maneira você explica isso?


Ao ser lembrada das calças, ela deu outra gargalhada, colocando as duas mãos sobre a boca sem conseguir esconder a malícia nos olhos.


— Parece-me — acrescentou ele —, que o fazendeiro Osborne tem mais de um motivo para mandar a filha para Bath e tirá-la do caminho.


— Christopher! Minha tia e o fazendeiro Osborne, não! Jamais daria para conhecer duas pessoas mais respeitosas.


De cabeça erguida, Christopher seguiu caminhando, aumentando o passo e deixando-a para trás.


— Seu tornozelo deve ter melhorado muito, Smallwick — ela gritou, debochada.


Então, ele mancou acentuadamente. Ela soltou outra gargalhada.


Como é que uma pessoa podia ter tanto riso por dentro esperando para sair com a menor provocação?


— Aparentemente, todos nessa maldita vila estão guardando um segredo — murmurou ele, pensando não somente em Eliza Cawley e seu visitante clandestino, mas em Anahí e no garoto bochechudo, de cabelos cor de corvo.


_________________________♡♡♡♡♡________________________


HOLA MORES RS. Vou me fazer de louca e fingir que não sumi.


Coments.: VOCÊS VIRAM QUE FOFINHO A DUL COM CIÚMES? E O UCKER AMOLECENDO???? LINDO!


Será se ele tem um filho????? Hmmmmmm



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Autor(a): cilly

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Dulce viu seu reflexo no espelho do corredor conforme eles passaram pela porta da frente. Ela notou, ligeiramente aflita, as bochechas coradas e os cachos esvoaçados pelo vento. Não era de admirar que Christopher a olhasse de forma estranha. Ela devia ser a mulher mais esculhambada com quem ele já tinha sido visto. Pensando em correr lá para cima ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 38



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  • capitania_12 Postado em 29/07/2020 - 11:04:35

    cadê a fanfic?

  • capitania_12 Postado em 23/06/2020 - 09:06:57

    Uhul,continua logo. Amo demais

  • capitania_12 Postado em 15/06/2020 - 17:15:09

    Continua ,faz maratona . Poxa,o que esse garoto tem de tão misterioso? Kkk

  • capitania_12 Postado em 04/06/2020 - 12:55:15

    Continuaaaaaaa. Eu amo essa fanfic ,sabia? Não nos deixe ,poste mais. Faz maratona

  • capitania_12 Postado em 19/04/2020 - 18:51:44

    Continua logo, amando. Senti tanta falta kkk faz maratona

    • cilly Postado em 29/05/2020 - 00:43:00

      Sei que me faço de louca hahaha mas amanhã, prometo pra ti que vou postar dez capítulos <3

  • capitania_12 Postado em 26/02/2020 - 13:28:11

    Continua. Amo demais

  • Vondy Forever❤ Postado em 29/01/2020 - 12:55:58

    Não abandona a fic não ela esta muito boa, todo dia em venho aqui para ver se tem um capítulo novo.

    • cilly Postado em 30/01/2020 - 21:41:27

      Oi amore, me desculpe de verdade, eu tinha perdido a vontade de tudo. Mas prometo que agora vou ser mais ativa.

  • Vondy Forever❤ Postado em 15/01/2020 - 22:48:38

    Continua...

  • capitania_12 Postado em 02/01/2020 - 09:35:49

    Continua logo

  • capitania_12 Postado em 21/11/2019 - 10:32:39

    Cadê você mulher??


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