Fanfic: Prazer Sob Controle {Adaptada} +18 | Tema: Levyrroni
"Tire isso"
Um calafrio percorreu seu corpo e, de repente, foi totalmente consciente de quão molhadas estavam suas calcinhas. Necessitou uns segundos para recuperar o fôlego e responder ao desafio do William.
- Direi o que vamos fazer. Ficarei nua se você também o fizer. Os dois estamos juntos neste projeto, assim, acredito que é o mais justo, não te parece? Além disso, terei que ver o LevyConda se é que quero observar suas reações.
Os músculos da mandíbula de William esticaram e as aletas de seu nariz dilataram. Agarrou a taça de Maite dentre seus dedos e a deixou sobre a mesinha, junto a sua. Logo a rodeou pela cintura com seus fortes braços, descansou as mãos, grandes e cálidas, sobre a pele de suas costas e aproximou os lábios a sua orelha. Seu doce fôlego lhe roçou brandamente a nuca como se fosse a carícia de um amante. Uma calidez lânguida se estendeu muito devagar pelo corpo de Maite e provocou o mais delicioso dos prazeres.
- Sabia Maite... Sabia que sob o avental de laboratório se escondia uma rebelde - murmurou-lhe ao ouvido com voz sedutora.
Ela encolheu de ombros e ignorou aquele comentário. Sabia que no trabalho todos a conheciam como a Princesa de Gelo. Mal sabiam eles que em seu interior ardia um fogo mais intenso que o de seu queimador Bunsen. Só necessitava ao homem adequado para que contribuísse com a primeira faísca.
William segurou as lapelas do robe com as mãos e acariciou o tecido. Logo a atraiu de novo entre seus braços, enquanto de sua garganta brotava um suave gemido se satisfação.
De repente, Maite sentiu que sua pele tinha tomado vida própria e teve que esforçar-se para poder recuperar a voz.
- Registrou?
- O que te parece se levarmos este jogo um passo mais adiante? - Colocou uma mão no bolso do jeans e tirou uma moeda. Em seguida levantou o olhar de novo e sorriu, fazendo aquela careta tão sensual que sempre conseguia com que Maite perdesse o norte.
Inclinou a cabeça, claramente interessada naquela nova proposição.
- Me esclareça.
- O que acha de jogarmos a sorte? Quem ganhar manda. Um pouco como o strip pôquer, mas com uma moeda.
Ela passou a língua pelo lábio inferior. Aquele era um movimento que não teve em conta. Pelo visto o apelidavam o Selvagem por algo.
- E quais são as regras deste jogo?
- Vamos alternando. Você atira a moeda, eu escolho cara ou coroa, e vice-versa. Depois de cada rodada, quem perder terá que fazer o que o outro ordenar - Deixou a moeda sobre a palma da mão de Maite - Joga?
Deu a volta à moeda e logo olhou fixamente aos olhos com uma sobrancelha levantada.
- E este jogo nos servirá para analisar os resultados do soro? Puramente com fins científicos?
Embora, a finalidade final era vê-lo nu.
- É obvio.
- Bom, pois se esse é nosso objetivo, claro que jogo. - Soprou sobre a superfície chapeada da moeda para atrair a sorte e logo a lançou ao ar. Apanhou-a no ar e a apertou contra o reverso da mão - Cara ou coroa?
- Mmm... Cara ou coroa, cara ou coroa... Gosto de cara - passou a mão pelo rosto como se estivesse concentrado em seus pensamentos. - A cara sempre amplia o leque de possibilidades, não sei se me entende - acrescentou, enquanto piscava um olho com malícia.
Maite fechou as pernas com toda a força que foi capaz de reunir. Sim, claro, é obvio que sabia a que se referia.
- Mas também tem a coroa que, claro, sempre me funciona muito bem - Ele passou a língua pelos lábios e ela se perguntou se seria consciente do poder que exercia seu encanto natural.
Sua respiração ia acelerando por momentos. Deus! Adorava seu senso de humor e aquele lado tão brincalhão que lhe mostrava só de vez em quando.
- Se decida Levy. - Ele sorriu.
- Coroa.
Maite levantou a mão da moeda e suspirou contrariada. Parecia que os deuses da sorte não estavam com ela naquela noite. E provavelmente era porque estava jogando com o diabo em pessoa.
- Você ganha.
William esfregou as mãos e deixou que seu olhar percorresse lentamente o corpo de sua companheira.
Sua voz se voltou suave, quase como um sussurro.
-Tire o robe.
Retrocedeu até a parede do salão e, uma vez ali, começou a tirar rapidamente o enorme robe com o que cobria seu corpo.
De repente ele a deteve com um gesto negativo da cabeça. Olhou-o com o cenho franzido, sem entender aquela negativa.
- Faça-o lentamente. - Avançou até a música e subiu o volume - Sente a música, Maite. Deixe que te guie.
A luz da vela recortava as formas do corpo alto e musculoso de William. Ela inclinou a cabeça e olhou aos olhos. Seu coração palpitava com mais força por momentos. Era tão incrivelmente bonito...
Bloqueou sua mente ante a corrente repentina de emoções que tomou conta dela. Tomou ar, fechou os olhos e se deixou levar pela música. Em seguida sentiu como seu quadril se contorcia lentamente ao ritmo da canção.
Ouviu os passos de William aproximando-se até que soube que estava de pé frente a ela. Então abriu os olhos e olhou. Com seus olhos seguia cada um dos movimentos que ela fazia.
Maite desatou o cinto do roupão e o abriu um pouco mais até deixar descoberto as curvas de seus peitos. Logo deixou que o objeto se deslizasse graciosamente por seu corpo até formar a seus pés um pequeno atoleiro de algodão.
Sua suave textura a acariciou com tanta intensidade que a arrepiou.
A brisa que penetrava pela janela aberta lhe beijava a pele. Estremeceu de prazer, embora estivesse segura de que aquele estremecimento tinha mais a ver com o fato de ter a um homem diante, observando-a enquanto se despia, que com a fria brisa da noite.
A expressão do rosto de William se suavizou.
- Tem frio? - A ternura de sua voz a surpreendeu e fez seu coração dar um tombo.
Olhou aos olhos e viu neles uma preocupação que lhe pareceu sincera. Aquela era outra de suas qualidades, uma a mais da longa lista que Maite tinha redigido em sua cabeça e que fazia com que se sentisse irremediavelmente atraída por ele. Nas noites em que trabalharam até tarde no laboratório conhecera um lado dele que era tranquilo e reflexivo, atento e entregue. Um lado de sua personalidade que não só a atraía fisicamente, mas também de uma forma mais emocional.
Passou a língua pelos lábios.
- Um pouco.
William cruzou a sala para fechar a janela e logo refez seus passos para deter-se de novo frente a ela e acariciar sua bochecha com o reverso dos dedos.
- Melhor agora? - A ternura de sua voz fez desaparecer o frio do corpo de Maite. De repente sentiu uma calidez intensa, tanto dentro dela como percorrendo toda sua pele.
Finalmente, assentiu.
- Sim, obrigada. - A doçura de sua voz, a amabilidade que desprendia seu olhar e aquele contato tão íntimo sobre a pele a comoveu profundamente e a encheu de calidez e de um desejo desconhecido para ela.
William lhe ofereceu uma mão com a palma para cima e se aproximou até mais a ela.
- Toca-me - Era tão pouco o espaço que os separava que seu fôlego quente acariciou seu rosto.
Maite lhe entregou a moeda e se rodeou com os braços, tratando de ignorar o amontoado de emoções que tomaram conta dela.
William lançou a moeda ao ar, apanhou-a na outra mão e, não sem antes espiar o resultado, perguntou:
- O que escolhe? - A vibração de sua voz, tão masculina, fez Maite estremecer.
- Coroa - respondeu ela em um sussurro.
William levantou a mão que cobria a moeda e mostrou o resultado.
- Parece que hoje é seu dia de sorte.
Ela agitou os dedos em direção a seu peito.
- Tire a camiseta.
Com um rápido movimento, William tirou o objeto pela cabeça e atirou a um lado. William ficou ali de pé, aniquilada, mal podendo reagir ante o que estava vendo. Era tão masculino, tão viril...
Devolveu a moeda.
- Sabe o que, May? Assim que te deixar nua, penso fazer o que me agrade contigo. - Sua voz também parecia possuída pelo desejo.
Ela ficou sem palavras, enquanto sua temperatura interna não deixava de subir.
Falava a sério? Estava William Levy, aliás, o Selvagem, interessado nela? Em fazer o que quisesse com ela, para ser exata? Tinham deixado de jogar pelo bem da ciência?
Tinha morrido e subido ao céu?
Tentou que sua voz não soasse tão tremente.
- Primeiro terá que ganhar algumas vezes mais.
William esticou uma mão para afastar o cabelo de Maite de seu rosto e a tensão sexual que flutuava no ambiente se fez mais e mais intensa. Deus! Adorava que a tocasse com tanta familiaridade.
- Não tem nenhuma objeção? - perguntou William.
Maite lhe mostrou a moeda.
- Um trato é um trato. Não tenho escolha. - respondeu depois de se desfazer do nó que aprisionava a garganta.
Tampouco queria poder escolher. Sentia-se intrigada e excitada ao mesmo tempo pelas possibilidades que aquele jogo oferecia. Além disso, se William realmente fizesse com ela o que quisesse, tal e como prometeu, seria como ganhar na loteria. A quem estava enganando? Ganhar na loteria não seria nada em comparação.
Lançou a moeda e ganhou a aposta. Assinalando os jeans de William, ordenou:
- Tire-o.
Ele obedeceu com diligência e entusiasmo, tanto que esteve a ponto de arrancar as pernas.
Maite observou então a cueca que se escondia debaixo e sua respiração ficou mais agitada ao ver o enorme vulto que apontava da fina malha de algodão.
Seu corpo tremeu encantado perante semelhante visão, e seus lábios se abriram ligeiramente sem que ela se desse conta.
- Muito bonitos... - As palavras saíram de sua boca antes que tivesse tempo de censurá-las.
- May?
Muito penosamente, ela levantou a vista para o olhar aos olhos.
- Sim? - perguntou ensimesmada, enquanto seu cérebro se negava a centrar-se em outra coisa que não fosse o ponto que ocupava um lugar privilegiado de sua anatomia, bastante ao sul.
E pensar que uma fina capa de algodão separava sua boca daquela proeminência... Piedade! De onde tinha saído semelhante ideia?
- Me toque. - Como se houvesse lido cada um de seus pecaminosos pensamentos, William sorriu e se inclinou sobre ela, prendendo seu corpo entre seu peito musculoso e a parede.
Agarrou a moeda de sua mão e a lançou ao ar. Maite fez sua aposta e perdeu.
- Eu ganho - mofou William. Lentamente floresceu em seus lábios um sorriso pícaro, de menino mau, e ela sentiu como imediatamente seu pulso se acelerava de novo. - Estou certo de que sabe querida May, que não preciso te ter totalmente nua para fazer contigo o que quiser. As regras dizem que tem que fazer o que te ordene. E isso pode não se ater unicamente a tirar a roupa. - Baixou o olhar até seus peitos e o contato de seus olhos foi como uma tosca carícia.
Maite tremia quase com violência, mas não era medo o que sentia, mas sim um claro sentimento de antecipação.
- O que quer que faça?
Ele limpou a garganta antes de falar.
- Ver uma mulher dançar é algo que sempre me excita. Acredita que poderia fazê-lo para mim? - Ela percebeu claramente como seus olhos se obscureciam.
Passou a língua pela boca, que de repente parecia ter ficado totalmente seca, e começou a mover-se seguindo o ritmo da música. Fez silêncio a seu redor enquanto deslizava as mãos pelos lados até descansá-las finalmente na cintura. Os olhos de William pousaram primeiro em sua boca e logo nos peitos, para acabar detendo-se no suave montículo que se elevava entre suas coxas.
Deslizou um joelho entre as pernas dela e a obrigou a abri-las. Aquele contato tão tosco, tão invasivo, acendeu seu sangue.
- Abra as pernas para mim. - Sua voz era hipnótica e tinha um efeito quase mágico sobre suas terminações nervosas.
De repente, sentiu como os lábios de seu sexo se separavam apenas uns milímetros. Uma sensação cálida e úmida bulia em seu ventre e entre suas pernas e a enchia de um desejo quase doloroso. Respirou profundamente e sentiu como sua pele esticava-se cada vez mais.
A combinação da suave luz, a vela com aroma de framboesa, o aroma masculino e viril do homem frente a ela e a cadência sedutora da música fizeram estragos em seus sentidos. Foi consciente por momentos de até que ponto estava excitada, de quanto precisava sentir o contato de sua pele.
Abriu as pernas um pouco mais e ele respondeu com um grunhido de aprovação. Seu corpo tremia de desejo.
Agarrou a moeda da mão de William e a lançou de novo.
- Cara - disse ele com uma voz tão rouca que era como escutar o rangido da folhagem. Deu a volta nela, sem nem sequer olhá-la, mostrou o resultado -. Eu ganho, Maite.
- Suponho que isso significa que perco.
Perder. Ganhar. A linha entre uma possibilidade e outra era muito fina.
- Se toque.
- O que?
As aletas do nariz de William se dilataram.
- Quero que se toque.
Maite levou os dedos até o pescoço e começou a acariciar-se brandamente.
- Mais abaixo - ordenou ele, sua voz era apenas um áspero sussurro.
Uma mão desceu distraidamente por seu corpo, cada vez mais abaixo, até que finalmente se perdeu no abismo que se escondia entre suas pernas. A outra, enquanto isso se entregou a encher os peitos de carícias, até que o desejo se estendeu por seu corpo como um incêndio fora de controle.
Os olhos de William a percorreram como se a abraçassem, fazendo-a esquecer que o objetivo daquele jogo era puramente científico. Uma deliciosa sensação de calor cobriu a pele de Maite enquanto observava como ele seguia cada um de seus movimentos. Sob a intensidade daquela carícia visual, seus mamilos ficaram enrijecidos. William voltou a centrar sua atenção em seu rosto.
- Quero que brinque com seus seios. - Sua voz era um leve murmúrio, grave e rouca.
Maite sentia o batimento de seu coração no pescoço cada vez com mais força. Deteve-se um instante, em dúvida, sem saber muito bem o que fazer. Nunca antes havia se tocado daquela maneira diante de outra pessoa.
- Ponha as mãos sobre seu corpo, Maite - sussurrou William - E se toque.
Era uma ordem, não um pedido.
Todas suas dúvidas desapareceram quando ele começou a incitá-la com aquela voz que cada vez parecia mais rouca. Um gemido escapou de sua garganta, fruto do desejo descontrolado que a consumia.
Nunca antes se comportou com tanto descaramento, mas William tinha esse efeito sobre ela, convertia-a em uma mulher atrevida. Arqueou as costas, deslizou a mão por debaixo da regata e beliscou os mamilos tal e como tinha sido ordenado.
Aquilo intensificou ainda mais sua ânsia de sexo. Já não lhe bastava que fossem suas próprias mãos as que brincassem com seus peitos. Queria que as mãos de William percorressem suas suaves curvas, explorassem as formas de seu corpo e extinguissem as brasas que ameaçavam incendiar tudo e a queimar fora de controle.
Maite umedeceu os lábios e tratou de manter o ritmo de sua respiração, ignorando os descontrolados pulsados do coração.
- Toca-me - disse William, enquanto lançava a moeda ao ar.
Maite queria ganhar aquela rodada a todo custo para poder lhe ordenar que a tocasse e sentir a calidez de seus lábios na boca, nos seios, entre as pernas.
- Cara - murmurou baixinho, enquanto o aroma de sua própria excitação se apoderava de seus sentidos.
William ganhou de novo a aposta.
- Enfie as mãos na calcinha. - A cadência profunda de sua voz reverberou por toda sua corrente sanguínea.
Ébria de desejo, Maite fez o que ordenava. Necessitava-o, precisava acariciar a si mesma, liberar a pressão que cada vez era mais intensa entre suas pernas, antes que seu corpo se convertesse em uma bola de fogo.
Percorreu as curvas de seu corpo com as mãos até que finalmente seus dedos deram com a cintura de sua calcinha. Enrolou a fina banda elástica ao redor de um de seus dedos e puxou-a, deixando descoberto os cachos que cobriam seu sexo. Com um gemido profundo e sensual, deslizou os dedos sob o fino tecido. O som da respiração entrecortada de William se mesclou com seus roucos suspiros. Acariciou a suave pele do clitóris até liberá-lo de seu doce cárcere rosado.
Para trás ficava perseguir o bem da ciência. Agora o que queria era conseguir um orgasmo.
Descreveu espirais infinitas sobre a seda líquida que era seu sexo. Podia sentir a pressão, mais intensa por momentos, mais próxima, logo ao limite. Olhou a William com uma súplica no olhar, implorando que a ajudasse a acabar com a inquietação que formava redemoinhos entre suas coxas. Desejava-o com tal intensidade, de tantas formas distintas, que mal podia respirar.
A voz de William, quebrada pela paixão, interrompeu seus pensamentos.
- Se toque - Sua respiração era também entrecortada e em sua testa brilhavam pérolas de suor.
Maite soube com certeza que estava lutando para não perder o controle.
Desejava tanto sentir suas mãos sobre ela que mal tinha força suficiente para obedecer. Finalmente, retirou a mão do interior da calcinha e se dispôs a pegar a moeda.
- Escolho coroa - disse ele enquanto a entregava.
Mas Maite tinha a mão tão molhada que escapou de entre seus dedos.
- Merda, onde caiu? -- perguntou William.
- Debaixo do sofá.
Maite se agachou para poder procurá-la. Apoiou os joelhos no chão e se inclinou para frente. Aquela posição deixou seu traseiro descoberto ante uma audiência entregue de unicamente um espectador.
Um grunhido de satisfação emergiu da garganta de William.
- Santo Deus, Maite. O que está me fazendo?
- É coroa - respondeu ela, enquanto saía debaixo do sofá.
- Então ganho - acrescentou ele.
Sua voz, profunda e sensual, caiu sobre ela como uma neblina espessa e fez que seu corpo estremecesse como sacudido por um terremoto.
William pôs uma mão sobre suas costas.
- Fique aí, Maite. Quero que fique de joelhos e que rebole.
Ela fez o que lhe ordenava. Balançou-se a frente e atrás e em seguida sentiu uma baforada de fogo que a rasgava por dentro com tal intensidade que teve que morder o lábio para reprimir um gemido de prazer. Era evidente que William sabia muito bem o que fazia. Com aquele movimento lhe estimulava o clitóris e levava suas paixões ainda mais nas alturas. Se aquilo era perder, não queria ganhar nunca mais.
Continuou rebolando sobre o chão até que sentiu um desejo abrasador em seu interior. Estava nervosa, impaciente por sentir o tato de sua pele, por receber o alívio que tanto ansiava. A moeda lhe escorreu de entre os dedos pela segunda vez e rodou até perder-se fora de seu alcance.
- Will?
- Sim?
- Perdi a moeda. - Ele caiu de joelhos.
- Já não a necessitamos.
- Não? - Oh, aquilo só podia significar que o soro finalmente tinha feito efeito.
Maite olhou por cima do ombro, tratando de comprovar com seus próprios olhos o que tinha ocorrido a seu pênis.
- O que está fazendo, preciosa? - Sua voz profunda e masculina lhe acariciou brandamente a pele, renovando o desejo.
Tentou manter um tom de voz constante e pausado, mas logo se deu conta de que seus esforços eram inúteis.
- Estou tentando ver seu pênis. Para comprovar se a dose funciona.
- Meu o que? - podia-se distinguir claramente a nota de humor em sua voz.
Maite sentiu como o rubor subia até suas bochechas e tratou de fazê-lo desaparecer.
- Já me ouviu.
- Que forma é essa de falar? Pênis.
Maite deu a volta para olhar à sua cara.
- Bom, chama-se assim, não?
- Tecnicamente, sim. Mas deixemos o jargão técnico para o laboratório. Não me excita absolutamente. - Inclinou-se para ela, afastou-lhe o cabelo dos ombros e logo deixou que seus olhos pousassem sobre a delicada pele do pescoço. - Sabe o que é que realmente me esquenta, preciosa?
Sua voz grave e sensual a envolveu como uma manta cálida e Maite se deu conta de que se aproximou ainda mais a ele.
- O que?
- Dizer sacanagens.
O pulso de Maite disparou. Virgem Santa! Tinha toda sua atenção, entre outras coisas porque também a excitava o mesmo.
- Começo eu.
Ela assentiu, entusiasmada. Maldição, ao menos deveria ter tratado de ocultar sua emoção.
- Tenho o pa/u como uma pedra e a ponto de estalar, Maite. Morro de vontade de te foder.
Tragou saliva. Seus mamilos tremeram presos aquela sorte quase celestial. Todo seu corpo tremeu enquanto sua mente desfrutava com a imagem tão provocadora.
- Se toque -- disse ele.
Maite abriu a boca e em voz baixa e sensual disse:
- Will, quero sentir seu pa/u todo cravado em mim.
Ele ficou imóvel, como se tivesse se convertido em uma estátua de sal. Ela baixou a vista até sua virilha para comprovar se suas palavras tiveram o efeito desejado. Jogo, set e partida!
Com um rápido movimento, William ficou em pé e a puxou para que se levantasse também. Em seguida se colou a ela, tanto que Maite podia sentir cada um dos músculos de seu corpo moldando-se às curvas do dele. Seu olhar era profundo e intenso e seu corpo desprendia uma calidez quase sufocante. Por um segundo acreditou ver o brilho de uma emoção mais profunda em seus olhos, embora certamente fosse fruto de sua imaginação.
Como se tratasse de uma mensagem silenciosa, William apertou os quadris com mais força contra o corpo de Maite. Estava excitado, e muito. Ela tragou saliva. Estava excitado e quente por ela. Sentiu que o pulso acelerava e uma sensação cálida percorreu seu corpo.
Deveria ter se sentido decepcionada de que o soro tivesse falhado, especialmente porque seu futuro profissional dependia do êxito daquele experimento. Mas, maldita seja, não estava. Sentia-se eufórica.
Tragou o nó que fechava por completo sua garganta. Santo Deus! Era enorme. Um calafrio percorreu seu corpo. Sabia, sabia que tinha razão. Nem todas as coisas boas vêm no menor pacote.
William sorriu com um ar provocador.
- Então que assim seja. - Sua voz não era mais que um tosco sussurro.
O intenso calor que alagava seu olhar lambeu sua pele e o corpo da Maite reagiu exigindo ainda mais. Cravou-lhe os dedos no quadril para ancorar seu corpo ao dela. Maite estremeceu ante aquele contato tão prometedor. Inclinou a cabeça e ali estava sua boca, a uns centímetros da sua. A única coisa que tinha que fazer era abrir os lábios e o convidar.
Mas, essa decisão foi arrebatada de suas mãos quando os dedos de William começaram a descrever uma lenta ascensão por suas curvas. Afastou uma mecha de cabelo da frente, afundou as mãos em sua cabeleira e atraiu sua boca para a dele.
- Acabaram-se os jogos, Maite. - Sua voz parecia embebida pela emoção. Quando olhou fixamente aos olhos, algo especial, quase íntimo, passou entre eles. - Preciso saborear seu corpo. Cada centímetro de sua pele. - Acariciou seus lábios com o dedo polegar. - Começarei por aqui e logo irei descendo lentamente.
Vencida pela ternura de suas palavras e a delicadeza de suas mãos, Maite sentiu que se desfazia por dentro.
William prendeu seu rosto entre suas mãos e acariciou os olhos, o nariz, as bochechas com os lábios, antes de cair implacável sobre os dela e invadir sua boca com a faminta ponta de sua língua. Quando ela se abriu para recebê-lo, ele trocou o ângulo de seu beijo para convertê-lo em um ato de selvagem abandono.
Maite podia sentir seu corpo contra o dela, cada centímetro de sua pele tatuada sobre o seu. Peitos contra torso, membro contra ventre, pernas contra pernas. Suas mãos ganharam vida própria e começaram a percorrer as firmes planícies do corpo de William, deleitando-se com o contraste que supunham as suaves curvas de uma mulher encaixadas nos rígidos músculos de um homem.
Rebolou contra seu corpo enquanto a língua dele saqueava sua boca lasciva. Um calor abrasador corria por suas veias. Trocaram beijos durante tanto tempo que seu corpo exausto, não deixava de tremer.
Finalmente, seus lábios se separaram e William decidiu então centrar-se nos peitos. Acariciou o decote com o olhar, enquanto de sua garganta emergia um grunhido de aprovação.
- Tem um corpo muito bonito, Maite.
Olhou aos olhos e soube que dizia aquelas palavras com genuína convicção. Gostava de suas curvas generosas. Uma cálida sensação a percorreu de cima abaixo e se deteve finalmente em algum canto escuro de seu coração.
William retirou com delicadeza as finas tiras que seguravam a regata aos ombros e deixou descobertas as sinuosas curvas de seus peitos. Um gemido profundo e erótico se formou na garganta de Maite. Cada movimento era mais sensual que o anterior, mais estimulante. O coração pulsava cada vez com mais violência e os mamilos se contraíam com tanta força que a sensação resultante se aproximava perigosamente à dor.
William puxou a regata até que esta ficou enrolada ao redor da cintura de Maite. Durante uns intermináveis segundos observou sua nudez em todo seu esplendor. Logo beijou sua pele com uma extrema delicadeza e respirou o doce aroma que desprendia.
- Cheira tão bem.
Lambeu um mamilo com pequenos movimentos circulares que estiveram a ponto de levar Maite ao limite. Ela deixou cair a cabeça para trás e gemeu de prazer, enquanto os lábios de William seguiam atormentando seus peitos. Sentia o frio contato de sua língua sobre a pele incendiada de seus mamilos.
Deus! Estava se afogando naquele prazer tão intenso. Com a determinação própria de quem tem um objetivo claro em mente, William fechou a boca ao redor de um dos pálidos montículos de seu peito e chupou, arranhando com os dentes a sensível pele dos mamilos.
Percorreu com as mãos os suaves contornos de seu corpo, enquanto iniciava uma lenta descida para o sul. A sensação de seus toscos dedos sobre a pele era indescritível.
O coração de Maite pulsava cada vez com mais força. Os tenros lábios de seu sexo abriram-se e as terminações nervosas do clitóris gritaram, tratando de atrair a atenção de William. Sentia-se tonta, quase superada por aquele desejo tão intenso. Rendeu-se ante o inevitável e abriu ligeiramente as pernas, convidando-o em silêncio a entrar.
Ele se situou entre suas coxas e com um rápido movimento se desfez da fina renda que cobria seus quadris. Seus escuros cachos empapados de paixão. Quando acariciou as úmidas dobras de sua feminilidade e sentiu a excitação líquida sobre a pele de seus dedos, um grunhido profundo e gutural escapou de sua garganta. Aproximou sua boca a dela.
- Está muito molhada, preciosa.
Em seus olhos brilhava um brilho faminto de paixão. Acariciou suas suaves pétalas e separou com delicadeza os lábios rosados.
- Me diga, Maite. Desfrutou se tocando tanto como eu te olhando?
Ela inspirou profundamente e reuniu toda a coragem que pôde para responder.
- Sim - admitiu finalmente.
Os lábios de William acariciaram sua bochecha.
- Faz quando está sozinha? Toca-se? – Maite duvidou por um segundo, assim que ele continuou. - Não é errado, também o faço.
- Sim - sussurrou finalmente - Gosto de me tocar.
- E o faz até chegar ao limite? - Sua voz acariciava a pele com sua suave cadência.
Como um arco que se tensa, Maite lhe ofereceu seu corpo.
- Sim.
Sua pele estava cada vez mais úmida coberta do suave vermelho da paixão, e sua respiração mais superficial. Nunca antes tinha estado tão excitada. Sua honestidade pareceu agradar a William, que a recompensou deslizando um dedo em seu interior.
- Esta noite o privilégio de te levar até o orgasmo será meu - assegurou com a voz cheia de promessas, enquanto seu dedo abria caminho entre as cálidas e escuras paredes de seu sexo.
Um intenso fogo acariciou suas coxas. Aquelas palavras, tão sexuais, tão prometedoras, estiveram a ponto de fazer estalar o vulcão que se escondia entre suas pernas.
Enquanto com um dedo a penetrava, com o polegar acariciou a tenra pele do clitóris. Maite respirou profundamente, surpreendida pela intensidade daquela sensação, enquanto as peritas mãos de William faziam magia nela.
- Me conte no que pensa quando se joga na cama pelas noites e se acaricia com os dedos. Imagina que são as mãos de outra pessoa as que lhe percorrem? - A excitação converteu sua voz em um profundo ronco.
Ela sentiu como o rubor de suas bochechas se fazia mais intenso.
- Sim.
- Me conte no que pensa, Maite - insistiu, e o calor que desprendia seu corpo se filtrava pelos poros de sua pele.
Ante seu silêncio, William retirou o dedo e acariciou o clitóris com mais intensidade, sabendo que cada vez estava mais perto do limite.
Ela protestou e se retorceu entre suas mãos, tratando de obrigá-lo a penetrar de novo em seu corpo, onde mais o necessitava. William abriu ligeiramente a entrada de seu sexo com a ponta do dedo.
- Conta-me tudo - insistiu, deslizando o dedo um centímetro mais pra dentro. -- Me diga no que pensa e te darei o que quer.
Havia algo na forma em que a olhava, como se pudesse ver as curvas mais profundas de sua alma e ler todos seus pensamentos, cada uma de suas emoções. Olhou-o nos olhos, de um verde quase lacerante, e soube que não tinha sentido ocultar a verdade.
- Em você, Will. Penso em você - sussurrou Maite.
Aquelas palavras, aquele reconhecimento da verdade, fizeram William gemer de prazer, e voltou a deslizar o dedo dentro dela. A punhalada de prazer foi tão intensa que Maite ficou sem fôlego.
- Sim. - Fechou os olhos e gemeu.
Aquela sensação era tão indescritível...
William procurou de novo sua boca e a beijou com força, enquanto com os dedos continuava assaltando-a com suavidade. Um contínuo tremor se apoderou dos músculos do sexo de Maite à medida que, onda atrás de onda, o prazer cada vez mais intenso.
Tremiam-lhe os joelhos. Rodeou o pescoço de William com os braços e se prendeu a ele, temerosa de perder as forças e cair ao chão.
A fez retroceder até que suas pernas tocaram o sofá e imediatamente soube quais eram suas intenções. Deixou-se cair sobre as macias almofadas e abriu ainda mais as pernas, franqueando o caminho, fazendo-o saber sem lugar a dúvidas o que mais desejava.
William ficou de joelhos e se posicionou entre as coxas dela, abrindo-a ainda mais com a amplitude de seus ombros. Maite viu como as aletas de seu nariz se dilatavam ao perceber o aroma feminino de sua própria excitação, que impregnava o ambiente.
- Carinho, é incrível.
Afundou os dedos em sua cabeleira e o guiou até o ponto em que tanto precisava sentir o contato de sua boca.
- Por favor... - implorou, com as pálpebras meio fechadas.
William começou então uma lenta subida com a língua sobre a suave pele de suas coxas. A calidez de sua boca se gravava a fogo sobre a carne enquanto se aproximava cada vez mais ao vale que se escondia entre suas pernas. Quando finalmente sentiu seu quente fôlego sobre as delicadas pétalas de sua vulva, Maite arqueou as costas para oferecer ainda mais seus quadris. Nunca antes havia sentido algo tão delicioso.
- O que quer que faça preciosa? -- Perguntou William de algum lugar remoto entre suas pernas.
Ela inspirou profundamente enquanto sentia que seu corpo estava a ponto de estalar, loja de comestíveis de uma fome incomensurável.
- Quero você, William- gemeu sem poder conter-se, e apertou com força os punhos, afundados ainda na escura cabeleira de seu amante - Sempre quis você.
Ao primeiro contato com a língua, Maite estremeceu de prazer. Os dedos de William acariciaram os úmidos cachos de seu sexo até encontrar ao fim a zona mais sensível de seu sexo. Cobriu-a de suaves carícias, persuadindo-a para que se unisse ao jogo, enquanto ele continuava com o festim. Cobriu com beijos as partes mais íntimas de Maite, e ela rebolou, apertou-se contra ele, procurando aquilo que seu corpo tanto ansiava. Deus, como gostava do que estava lhe fazendo. Estava morta e tinha subido aos céus.
- Assim está gostoso, May? Você gosta? -- Sussurrou Will.
Seu quente fôlego acariciou o pelo empapado e fez cócegas na pele. Adorava a forma em que parecia preocupar-se com seu prazer.
- Sim, Will. Assim está ótimo. Nunca foi melhor - admitiu - Por favor, não se detenha.
Deslizou dois dedos dentro dela, abrindo-a ainda mais, enchendo-a por completo. Seus dedos eram tão grossos que Maite se sentiu deliciosamente completa.
O prazer era quase muito intenso para poder suportá-lo. Continuou penetrando-a, mais forte, mais rápido, trocando o ritmo e o tempo, levando-a cada vez mais a beira do abismo.
De repente, uma onda de calor cobriu Maite por completo. Tremeu sob seu corpo e soube que estava se desfazendo entre seus braços. Apertou-se ainda mais contra ele.
- Sim, assim - gemeu com voz rouca.
Um poderoso terremoto se desatou em seu interior e suas ondas expansivas o arrasaram todo.
William a apertou com força, absorvendo os tremores enquanto ela se precipitava e se descontrolava, para o orgasmo. Sua boca se encheu de seda líquida, enquanto o olhar dela se cobria de estrelas, uma por cada pequeno fragmento de prazer.
Sentou-se sobre os calcanhares e a olhou fixamente aos olhos. Quando os olhares de ambos se encontraram, Maite sentiu uma intensa calidez em seu interior. Deslizou sobre o corpo dela para perder-se em sua boca e devorar um errático suspiro de prazer. Maite podia sentir sua ereção incrustada em sua coxa.
Beijou-o, saboreando sua própria essência ao fazê-lo. Ele devolveu o beijo. Foi aquela uma carícia longa, quase preguiçosa, que lhe removeu a alma, alterou suas emoções e a recordou que, apesar de haver-se prometido que não se apaixonaria por ele se a beijasse, ou a tocasse, ou fizesse amor docemente, isso era justamente o que lhe tinha acontecido.
William mudou de posição, como se tratasse de não esmagá-la sob o peso de seu corpo. Aquele pequeno gesto a encheu de ternura.
- Levante-se - ordenou Maite, sem poder controlar a emoção que a estrangulava.
Ele entreabriu os olhos e franziu o cenho, empanando a perfeição dos traços de seu rosto.
- Passa algo?
- Claro que passa algo - respondeu ela com expressão neutra. Era evidente que William estava muito vestido para a ocasião.
Ele a olhou com seus preciosos olhos verdes cheios de uma preocupação evidente.
- Te fiz mal?
- Não. Cale-se e se ponha de pé. - Pôs as mãos sobre o peito dele e o empurrou.
Finalmente, ele fez o que ordenava.
Maite tomou uns segundos para olhá-lo de cima abaixo.
-Temos um problema.
- Um problema? - William retirou o cabelo molhado do rosto.
Deus! Parecia tão adorável ali de pé, com o olhar cheio de ternura e preocupação.
- Sim, um problema - continuou ela com um sorriso brincalhão nos lábios. Logo baixou o olhar até pousá-lo entre suas pernas. - Gosto de sua cueca.
Ele franziu a sobrancelha, desconcertado.
- Obrigado.
- Agora tire isso.
Autor(a): felevyrroni
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