Fanfics Brasil - As Aventuras de Hannah Baker AS AVENTURAS DE HANNAH BAKER

Fanfic: AS AVENTURAS DE HANNAH BAKER | Tema: Harry Potter, The Thirteen Reasons Why


Capítulo: As Aventuras de Hannah Baker

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AS AVENTURAS DE HANNAH BAKER


 


     Hannah estudava na Escola de Magia e Bruxarias na cidade de Tounsville. De uma Inteligência e curiosidade intensa, sempre foi interessada por tudo o que era relacionado à poções e feitiços, (feitiços do bem, deixamos bem claro).


     A menina descobriu cedo que possuía poderes sobrenaturais. Aos cinco anos de idade, em um supermercado com sua mãe Kate, conseguiu atrair uma barra de chocolate da prateleira, diretamente para o carrinho de compras. Apenas Kate viu, mas foi o suficiente para perceber que algo estranho estava acontecendo com sua filha.  Mas não ficou com medo. A falecida mãe de Kate, era uma bruxa com poderes idênticos ao de Hannah, mas nunca deixou transparecer. Tinha medo do que poderia acontecer, caso a cidade descobrisse, portanto optou em utilizá-los apenas em casos extremos de necessidade. Nunca utilizou para o mal, não deixava a magia inflar seu ego ou subir para a cabeça. Seguindo os passos da avó, Hannah foi instruída a sempre cuidar em não expor seus dons aos outros, pois o seu poder era especial e poderia assustar as pessoas que não conheciam este fenômeno. E assim, foi levando, ano após ano, sempre estudando sobre o assunto e se aperfeiçoando cada vez mais na arte da magia. Mas a menina vivia uma vida muito solitária, tinha amigos, mas como poderia ter amigos, se não deveria contar a eles sobre seus dons?


     Hannah, estava prestes a completar 16 anos quando Kate descobriu a Escola de Magia e Bruxaria, um castelo que ficava bem nas montanhas, afastada da cidade. Era uma instituição bem estruturada, onde todos os anos abria as portas para receber bruxinhos de todo o mundo que desejassem aprender, de coração, sobre magia, de forma responsável  e eficaz. Tendo aulas em português ou inglês, era capacitada a receber alunos de várias partes do globo terrestre. Ali, aprendiam com os professores mais capacitados do mundo mágico. As aulas de Poções, Feitiçaria, Defesa Antitrevas, Herbologia, entre outras, eram teóricas e práticas. Nas aulas, os alunos não apenas aprendiam sobre a magia, mas os motivos dela ser real. Durante todo o período em que estivessem na EMB, os alunos deveriam trajar as capas de identificação de suas casas, disponibilizadas no momento da matrícula. Também recebiam um mapa do castelo para melhor programarem suas aulas, sua carteirinha de estudante bruxo, uma autorização de porte de varinha e o exclusivo Copo Refil Mágico (item necessário para aproveitarem o saboroso KIBRUXO, disponibilizados em vários pontos do castelo). Mas não apenas de aulas se faziam bons estudantes. Nos momentos de folga, os alunos poderiam usufruir da piscina aquecida, dos belos jardins, fazer compras no Complexo de Compras dos Boticários e tomar cerveja amanteigada na taverna do Javali Bisonho. Durante os dias de aulas, os alunos somavam pontos para sua casa na Copa das Casas, sendo na prova final, disciplina em aula (resolvendo enigmas), ou no glorioso Campeonato de Argobol.  A casa vencedora era anunciada no Baile de Formatura para a comemoração de toda a escola e no dia seguinte, entregavam as Medalhas e o Certificado de Formação Bruxa. Era um local ideal para jovens bruxos desfrutarem de seus dias letivos completamente protegidos contra as artes das trevas!


     Hannah e a mãe ficaram encantadas com tudo o que a instituição oferecia e optaram por ser ali o melhor lugar para a menina aprender.  Além das matérias normais, que toda o aluno aprendia, como português, matemática, geografia, entre outras, desenvolvia, também seus poderes e como  utilizá-los de forma correta. Estudaria todos os dias, em turno integral (manhã e tarde). À noite e em finais de semana ia para casa.


     Logo na primeira semana Hannah já fez amizades. Clay e Jèssica tornaram-se seus melhores amigos. Também amantes de bruxaria, estavam ali para melhorarem seus dotes prestigiosos de feitiços. 


     Clay era um menino tímido, porém muito inteligente, assim como Hannah. Gostava de ler livros sobre magia e astronomia.


     Jéssica era radiante, sempre com um sorriso no rosto, não deixava ninguém triste. Seu sorriso era seu superpoder, onde passava, irradiava luminosidade e sorrisos de todos.


     Em uma manhã, após uma aula produtiva de Historia da Magia, os três amigos foram até a Taverna do Javali Bisonho, comer um saboroso Hambúrguer Bafo de Dragão e tomar uma deliciosa cerveja amanteigada. Calma, a cerveja podia ser tomada por crianças, pois não utilizavam álcool e sim suco de fadas azuis.


     Ao fundo da caverna, havia uma biblioteca recheada de livros de todos os autores célebres em bruxarias.  Jéssica, Hannah e Clay, deliciavam-se em cada prateleira. Jéssica se encantou pelo livro chamado  O Grande Livro de Magia da Bruxa, onde continha numerosos encantamentos simples e eficazes, além de muitos ritos mágicos. Muitas das magias utilizam-se do poder do fogo através da chama de uma vela, outras contam com vibrações sutis de ervas, plantas e minerais. Existem encantamentos que levam mais tempo do que outros para funcionar, mas bastava seguir este manual de magia e ter fé em seus trabalhos que certamente seus desejos se realizariam.


     Clay,ficou entusiasmado ao encontrar o poderoso Grimório: O Livro das Sombras, um diário usado por praticantes de magia  para registrar rituais, feitiços e seus resultados, bem como outras informações mágicas. Nele são inscritos invocações, receitas de poções, métodos de realização de rituais, contos de mitologia, enfim, tudo relacionado à Wicca e Bruxaria.


     Já Hannah Baker, nossa, ao vislumbrar um livro poderosíssimo de seu grande ídolo Harry Potter, foi à loucura.  Era toda a coleção de sete livros da saga do bruxo mais querido do mundo, reunido em uma caixa toda decorada formando o famoso castelo de Hogwarts. 


     Para quem não conhece a história, os livros narram a vida do menino Harry Potter, que não tinha um pingo de magia. Vivia com os tios e o primo, que não gostavam dele. O quarto de Harry era um armário sob a escada, e ele nunca comemorava um aniversário sequer em onze anos. Até que, um dia, Harry recebeu uma carta misteriosa, entregue por uma coruja: um convite para estudar em um lugar incrível chamado Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele encontrou não só amigos, mas esportes praticados em vassouras voadoras e magia para todos os lados, como também seu destino: ser um aprendiz de feiticeiro até o dia em que enfrentaria a pior força do mal, o bruxo que assassinou seus pais. Mas para isso, Harry, precisaria passar por uma série de desafios e enfrentar muitos perigos no caminho.


     Mas tinha um porém nesta história toda. O livro possuía uma chave, mas... onde estaria?


     Hannah foi até o balcão da biblioteca e perguntou ao rapaz que atendia na Taverna, onde estava a chave do livro, pois queria levar para casa, e ler em seu período de folga. O rapaz em questão chamava-se Brian. Era um moço muito bonito, mas  tinha um olhar que dava medo. Parecia estar sempre irritado com algo. Com seu mau humor peculiar, disse que não sabia onde estava a chave, que era para passar mais tarde que ele veria com seu pai. Hannah concordou e pediu para deixar separado o exemplar, que mais à tardinha, passaria para busca-lo.


     Ao voltar a sala de aula, os três amigos ficaram intrigados com o olhar de Brian, ao ver que Hannah estava com o livro.  Clay contou uma história sobre o rapaz que a deixou estarrecida. Contou que quando era criança, era um menino alegre, e sempre estava brincando feliz com seus amigos Desde cedo, frequentava a Escola da Magia, pois seu pai e sua mãe sempre trabalhavam na Taverna, e moravam em uma cabana, próxima à instituição. Seu irmão mais velho, Justin, estudava na escola, por também ter ligação com a magia.


       Há três anos, eles perderam Justin em um acidente de carro. Brian estava na direção, mas seu irmão não resistiu aos ferimentos. Os dois estavam voltando de uma festa em um sábado à noite. Tinham ido comemorar o aniversário de um amigo dos dois. Como era um lugar com bebida liberada, Justin acabou bebendo demais e Brian acabou na direção. Voltando para a casa em uma madrugada chuvosa, acabou adormecendo no volante e só voltou a si quando ouviu a buzina de um carro que vinha na direção oposta. Conseguiu desviar, mas acabou colidindo em uma  árvore que ficava bem ao lado do banco onde estava seu irmão. O impacto foi certeiro, e a batida atingiu Justin, que não resistiu aos ferimentos. Foi triste, uma tragédia.


     Desde então, Brian mudou completamente.  Tornou-se uma pessoa triste e rancorosa. Largou sua faculdade de Medicina que estava prestes a se formar e entrou em uma profunda depressão. Neste meio tempo, caiu nas drogas, acabou sendo internado em uma clínica de reabilitação e fazia duas semanas que tinha retornado para casa. Começou a trabalhar na Taverna com seu pai, há dois dias.


     Mas Hannah notou que Brian estava muito obcecado pelo livro que ela carregava nas mãos. Não entendia o motivo de um livro como aquele, uma obra da literatura mágica, estar ali, naquela prateleira. Era uma edição limitada e muito especial daquela coletânea de livros, com poucos exemplares publicados. Mas, mesmo assim, ela iria novamente lá para tentar resgatá-lo para sua leitura. Ler sempre foi um hábito de Hannah. Desde muito cedo, seus pais liam histórias sobre fadas, duendes, magos e bruxas. E ela encantava-se, dizendo que um dia seria uma bruxa muito poderosa e que ajudaria sempre as pessoas que estivessem passando por um problema grave. Era uma menina caridosa, sempre preocupada com os outros, pensava sempre em estudar muito para um dia tornar-se psicóloga, seu maior sonho. Não era somente livros de bruxaria e magia que a menina lia, mas tudo o que envolvia o inconsciente e o subconsciente  do ser humano também. No início de sua adolescência interessava-se em ler publicações de livros de renomados psicanalistas como Freud e Jung. Sua motivação era poder ligar a Magia juntamente com  a Psicologia em seu futuro profissional, sempre, claro, de uma forma ética, sem prejudicar seu paciente.


     Como combinado, lá se foi Hannah em busca de sua obra literária. Ia sonhando com o livro, como quem vai a um encontro especial com a pessoa amada. Já imaginava lendo seu livro, dormindo ao lado dele, sonhando com as páginas e imaginando em quanto tempo ela poderia deleitar-se em ficar com ele. Gostaria que fosse para sempre, claro. Mas como os livros da Taverna, tinham um prazo de 15 dias para ler e devolver, já resolvera que teria de renovar o livro, afinal, era uma coleção de sete exemplares com páginas imensas cada um.


     Chegando à Taverna, encontrou Brian novamente no balcão. Ao ser questionado sobre a chave, disse que seus pais ainda não haviam chegado, que passasse amanhã pela manhã, no intervalo da aula, que seu pai estaria lá e lhe entregaria a chave.


     Pensativa e intrigada com a resposta, foi ao encontro de Clay e Jéssica, que estavam na sala de jogos, e contou a eles o ocorrido. Não só Hannah, como eles também suspeitaram da tal resposta de Brian e resolveram investigar a situação. À propósito: por qual motivo uma coleção de livros como aquela estaria na prateleira da biblioteca sem a chave? E por que o rapaz estava enrolando tanto para entregar a chave?


     Resolveram então esperar, e no outro dia pela manhã, retornaram à Taverna para ver se finalmente, a chave estaria com o pai de Brian. Ao falar com seu Hobbit, pai dele, notaram que o livro não estava mais na reserva, e muito menos na prateleira. O dono da Taverna ficou desconfiado, pois ele não possuía a chave, pois se encontrava na gavetinha do balcão, e ao abrir, não a encontrou. Olhou no computador, mas ninguém havia alugado no momento. Hannah contou o acontecido a Hobbit, que imediatamente ligou os fatos.


     Contou que o livro era de Justin e que ele havia comprado em uma livraria, assim que soube do seu lançamento. Era sua relíquia maior, pois era fã dos filmes de Harry Potter, olhou toda a saga do bruxinho. Ele o guardou em lugar destaque em sua prateleira de livros e comentou com todos da família que aquela coletânea só sairia dali para a prateleira da biblioteca da Taverna, assim que terminasse sua leitura, pois gostaria de compartilhar este clássico com quem mais tivesse interesse pela obra. Logo depois do acidente trágico, durante a arrumação no quarto de Justin, os pais resolveram atender ao pedido do filho, e colocaram a coletânea completa na biblioteca da Taverna. Virou um sucesso, todos queriam alugar o livro. E nunca deu problema quanto ao aluguel, pois sempre entregavam no dia e com a chave junto. Então, quem havia raptado a chave e o livro? Provavelmente Brian deveria ter levado e colocado de volta no quarto de Justin, novamente. Mas poderia ficar tranquila, que amanhã mesmo ela teria o livro para a sua leitura.


     As pistas levaram a Brian, claro. Hannah havia pedido ao rapaz a chave, ele olhou para o livro muito assustado e incomodado. Alguma ligação tinha nessa história toda.


     Os três amigos foram embora, mas intrigados com toda a situação. Qual o problema com o filho de Hobbbit? Estaria ele com ciúmes do livro? Deduziram que a perda de Justin ainda tocava o coração do jovem rapaz.


     Era sexta-feira e o final de semana estava se aproximando. Era verão e os pais de Hannhah resolveram ir à casa de praia para descansarem da rotina exaustiva de trabalho. Convidou a menina,porém ela não estava com vontade. Resolveu ficar em casa e estudar para a prova de Matemática que seria na segunda. A menina ficou sozinha em casa, juntamente com seu gato Félix, que, pasmem, conversava com Hannah quando ninguém estava por perto. Aliás, ela o considerava seu fiel amigo e companheiro de todos os momentos em que ela precisasse. De repente, ela escuta a campainha e Clay e Jéssica estavam do lado de fora do portão, muito aflitos. Imediatamente Hannah abre, e os recebe em sua casa, perguntando logo o que houve.


     Os dois amigos de Hannah disseram que avistaram Brian com o livro, colocando dentro da mochila, na saída da escola. Eles o seguiram e perceberam que o rapaz tinha levado a coletânea para casa e mostrava-se muito assustado. Mas o que será que estava acontecendo com o irmão de Justin? Por que ele corria tão apressado agarrado ao livro?


     O grupo conversou e resolveu bater à porta da casa. Ninguém atendia. Então, gritaram pelo nome de Brian, que não demorou muito e veio à janela atendê-los. Perguntado o que queriam, Hannah prontamente disse  que estava precisando conversar a respeito da coleção de livros de Harry Potter, mas ele voltou a dizer que não tinha acesso à chave. Porém, Clay, contou que o viram entrar com o livro nos braços. Brian era uma mistura de raiva e vergonha ao mesmo tempo. Os amigos disseram que queriam conversar normalmente, sem intenção de discussões, e que queriam ajuda-lo no que precisasse.


     Passado alguns minutos, o rapaz abre a porta da residência, com aspecto de muita tristeza. Convidou todos a entrarem e o aguardarem na sala, que logo voltaria. A espera estava ficando tediosa e Jéssica resolveu ver o que estava acontecendo. Subiu as escadas e foi procurando por Brian. Viu uma porta trancada e tentou escutar o que estava se passando por trás dela. Escutou o garoto citando frases, como se estivesse lendo e deduziu que estava por ler um ritual de magia. Desceu apressada e contou aos amigos o que estava se passando. Hannah imediatamente levantou-se e foi em direção ao quarto onde estava Brian. Mas antes de se levantar, o rapaz já descia a escada mais triste ainda.


    Um silêncio tomou conta da sala, todos apreensivos diante daquele garoto de olhos profundos e misteriosos. Ele estava muito arrasado, não tinha como não notar. De repente as lágrimas escorreram sobre sua face. Sentou-se no sofá e chorava em soluços, descompassado. Todos ficaram por um momento sem saber como agir, ou o que dizer a Brian. Passou um filme na cabeça de Hannah, diante de toda a história que Clay havia contado sobre a tragédia com seu irmão Justin, toda a desolação tocou o coração da menina que, de repente, levantou-se e foi abraça-lo. E o abraço foi longo, demorado, ele precisava daquele aconchego como se mais ninguém precisasse. Ficaram por longos minutos assim, até que Brian resolveu abrir seu coração para todos. Estava mais calmo, suspirou profundamente e contou sua ligação com o livro que era de Justin.


     Todos já sabiam do que acontecera com Brian, isso não era segredo para ninguém, mas resolveu contar tudo novamente. Disse que tinha tentado o suicídio e que não estava mais conseguindo terminar sua faculdade. Saía na noite, bebia, e começou a usar drogas pesadas. Tudo para tentar esquecer a dor que tanto lhe afligia. Seus pais, vendo que o filho estava se deteriorando, depois de muita conversa com o rapaz, e diante de seu consentimento, decidiram interna-lo em uma clínica de reabilitação. Lá foi um período muito importante para Brian, pois teve bons profissionais que conseguiram lhe reerguer diante de muita psicanálise e reuniões em grupo com outros colegas, que passavam pela mesma situação que ele. Gente que tinha desistido de tudo, ou por alguma perda, ou por curiosidade, e que encontraram nas drogas o seu refúgio. Foi com todo o apoio da família, amigos que cativou lá dentro da clínica e com todo o carinho da equipe médica, que Brian conseguiu levantar a cabeça e seguir seu caminho, sempre levando seu irmão no coração, onde quer que fosse. Mas levaria ele, agora, com muito mais conforto, lembrando-se dos momentos bons que viveram juntos e amenizando sua culpa, apesar de ainda machuca-lo quando volta à cena do acidente.


     Foi para casa e decidiu ajudar o pai na Taverna, onde adorava ficar sempre que podia. Ele nunca estudou na Escola da Magia, pois não possuía nenhum dom, ou poder. Seu irmão tinha um dom maravilhoso, que era de mover as coisas de lugar. Mas sempre usou para o bem, como arrumar a cama, organizar a casa. Na escola foi aprendendo a aprimorar seus dons e já arrumava até cadeira quebrada com o poder da mente. Era impressionante. Nunca ninguém tentou fazer algum mal a ele. E mesmo que tivesse, ele jamais usaria seus poderes para prejudicar essa pessoa.


     Então, nunca mais havia lembrado do livro. Ele não conseguia entrar no quarto de Justin após o acidente. Quando viu Hannah com a coletânea na mão, todas as lembranças ruins voltaram, todo aquele sofrimento veio à tona novamente. Disse que era para voltar no outro dia, mas a chave estava com ele, sempre ficava em uma gavetinha, para quando alguém alugasse, levasse junto. Hesitou em querer pegar a caixa de livros  de volta, disse para Hannah voltar no outro dia, deu a outra desculpa, e resolveu raptar a obra e levar para casa. Começou a ler e descobriu um feitiço que faria com que uma pessoa que já estivesse partido, pudesse retornar por alguns momentos. Ele tentou ir até um parque, isolado de todos, para tentar fazer o ritual, porém não deu certo. Tentou várias vezes e nada do pedido acontecer. Claro que não daria certo, pois somente alguém que tenha o dom poderia tentar, todos afirmaram.


     Ficaram pensativos e entreolharam-se por alguns segundos. Decidiram que ajudariam Brian a ter um último momento com seu irmão. Hannah seria a que iniciaria o encontro dos dois. Foram até o quarto do rapaz e a garota começou a chamar Justin através das palavras mágicas. De repente, uma luz iluminou todo o quarto. Era ele, com um sorriso no rosto, a sua marca registrada. Não conseguiam vê-lo totalmente, apenas seu rosto cheio de luz. Brian começou a chorar, como na sala, junto com os seus amigos. Sim, amigos, uma grande amizade começaria a surgir entre todos que estavam naquela casa.


    Justin chegou perto de seu irmão, lhe tocou o rosto com aquela luz que irradiava o quarto inteiro, como se fosse um beijo de despedida. Disse para não chorar mais, que ele estava bem e que ficaria muito mais feliz se o visse alegre novamente. Conversaram em tempo muito rápido, mas o suficiente para Brian pedir perdão por tudo o que tinha feito e Justin confortá-lo com suas palavras de carinho.


     Foi fantástico. O espírito do irmão de Brian desapareceu completamente, mas deixou um cheiro de jasmim, jamais esquecido. Após o ocorrido, todos se envolveram em um forte abraço, recheado com um muito obrigado por parte do dono da casa. Seria um acontecimento jamais esquecível. Brian tornou-se uma nova pessoa, seu espírito alegre e cheio de vida retornara, sua amizade com Clay, Jéssica e principalmente Hannah, se fortaleceram.


     E o livro? Ah, sim, Hannah pode levar pra casa e ler normalmente, feliz demais não só por estar com ele em mãos, mas por ter ajudado aquele garoto triste a se tornar uma pessoa muito mais alegre através de seus poderes e de sua psicanálise em evolução.


 


 


   


 


   


 


 


    



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Autor(a): tanyforell

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