Fanfics Brasil - Reescrita do conto " Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector. Filha do dono da livraria

Fanfic: Filha do dono da livraria | Tema: Reescrita do conto " Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector


Capítulo: Reescrita do conto " Felicidade Clandestina" de Clarice Lispector.

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Na minha escola havia uma menina que não gostava de mim, pois me achava gorda, baixa e porque tinha cabelos crespos e um enorme busto. Enquanto ela era magra e achatada, sempre falava de eu encher os dois bolsos da minha blusa com balas. Mas eu não me importava com o que ela pensava ao meu respeito, mas me sentia muito sozinha por não ter amigas. Então certo dia uma aluna nova do colégio onde eu estudava notou que eu sempre estava sozinha e veio falar comigo, começamos a conversar e se tornamos amigas, ela se chamava Bruna, contei a ela por que sempre andava sozinha e ela me disse que deveria ser inveja, logo pensei inveja do que se sempre me criticaram, aí ela me disse que eu possuía o que qualquer criança devoradora de livros gostaria de ter, um pai dono de livraria.


Então essa garota que não gostava de mim, sempre me convidava para seu aniversário com a intenção de eu dar um livro a ela, e eu sempre dava um cartão-postal da loja do meu pai, que ainda por cima era uma paisagem de Recife mesmo, onde nós morávamos, pois ela não merecia um livro porque sempre que podia ela me humilhava. Mas ela achava que eu tinha inveja delas por elas serem bonitinhas, esguias, altinhas e de cabelos livres, sendo que eu só me sentia constrangida e envergonhada pelo o que elas falavam quando eu passava.


    Sempre que podiam me pediam emprestado os livros que eu não lia, já que sabiam que eu não gostava de ler. Então contei que eu possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, e disse a ela que se ela quisesse eu a emprestava, era só ela passar em minha casa no dia seguinte.


 E no dia seguinte ela foi até minha casa, nem convidei para entrar e apenas disse que já havia emprestado para uma outra menina, falei para passar no dia seguinte que talvez estaria comigo.  


No outro dia chegando a escola Bruna veio até mim e me perguntou se eu tinha entregado o livro a ela, eu contei sobre o meu plano, Bruna não gostou e disse que eu estava totalmente errada, mas eu estava decidida em fazer ela ir até minha casa só para ver a alegria dela se transformando em tristeza, a tarde ela foi novamente até minha casa estava sorrindo e feliz e eu disse que ainda o livro não estava comigo, disse que voltasse no dia seguinte , eu estava realmente feliz por que eu queria que ela sentisse o que eu sentia, realmente eu queria me vingar.


E assim todos os dias ela ia até minha casa sem faltar um dia sequer, então falei a ela que o livro estava comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã e eu emprestei a outra menina e sempre ela ficava muito triste com a minha resposta.


 Quando ela estava saindo minha mãe apareceu e estranhou que aquela menina vinha diariamente até nossa casa e pediu explicações para nós duas. Ela disse para minha mãe que vinha em busca de um livro, mas que eu já havia emprestado para outra menina. Minha mãe falou que aquele livro nunca tinha saído de nossa casa e que eu nunca quis ler, disse que era para eu emprestar naquele instante, eu simplesmente disse que não ia emprestar ainda mais para ela que só sabia me humilhar e criticar, mas minha mãe me obrigou a empresta-lo e disse a ela que ela poderia ficar com o livro o tempo que ela quisesse. 


Eu fiquei com muita raiva, além de ela me humilhar agora ela estaria com o livro que ela tanto queria.  Ela ficou muito feliz, pegou o livro em mãos e saiu sem dizer nada, até estranhei sua reação pois sempre saia pulando.


Assim que ela saiu minha mãe veio até mim e pediu que eu explicasse o que tinha acontecido, eu contei que ela me criticava pela minha aparência, tinha inveja por eu ser filha do dono da livraria e eu queria dar uma lição nela. Minha mãe me explicou que o que eu não quero para mim eu não posso desejar aos outros, que assim eu estaria sendo igual a ela, que sempre devemos nos orgulhar de ser quem somos e não sentir vergonha pela nossa aparência, que sempre devemos ajudar ao invés de fazer pessoas sofrerem.


E depois dessa longa conversa, eu entendi que vingança não é justiça e a partir daí passei a ser, uma pessoa melhor e não apenas, uma filha do dono da livraria.



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Autor(a): lehmannsantosgirl1818

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